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QUESTÃO DE PROVA - VALOR: 6 PONTOS - LÍNGUA PORTUGUESA, LITERATURA E

REDAÇÃO 2

Em Simulacro e Poder: Uma Análise da mídia, Marilena Chauí (2006) parte do pressuposto de
que a linguagem seria dotada de uma característica peculiar, phármakon, ou seja, ao mesmo
tempo “veneno” e “remédio”. Em sua análise, ela adiciona uma terceira faceta ao termo e diz que
a linguagem também pode ser considerada “maquiagem”:
a chamada cultura de massa se apropria das obras culturais para consumi-las,
devorá-las, destruí-las, nulifica-las em simulacros. Justamente porque o
espetáculo se torna simulacro e o simulacro se põe como entretenimento, os
meios de comunicação de massa transformam tudo em entretenimento
(guerras, genocídios, greves, festas, cerimônias religiosas, tragédias,
políticas, catástrofes naturais e das cidades, obras de arte, obras de
pensamento) (CHAUÍ, 2006, p. 22).
“A Devassa foi um dos grandes anunciantes envolvidos nos casos votados como campanhas que
deram errado. A marca havia sido denunciada por consumidores por conta de suposta conotação
sexual da campanha que tinha como mote “O que você está esperando para ter a sua primeira
vez?”, na qual um rapaz é estimulado a ter sua "primeira vez" com a cerveja.” (texto adaptado
da Revista EXAME, de 02/12/2013).
Dado o exemplo acima, podemos perceber a negação
de complexidades que, muitas vezes, acontecem em
grandes empresas no que tange às suas estratégias
comunicativas. Baseado nas discussões feitas em aula
síncrona e APNPs, discuta, em um texto breve (de até
15 linhas) sobre o potencial das mídias audiovisuais e/
ou digitais enquanto “fábricas de ilusão”.

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