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O primeiro módulo do curso de direito penal, inicia-se com a divisão hierárquica da República
Federativa do Brasil, destacando a estrutura do Poder Judiciário. Como estabeleceu o filósofo e
analista político suíço, do século XVIII, Rousseau, um Estado Democrático harmônico, teria que
ser dividido em 3 poderes, para assim, estivesse o poder controlando o poder. O Estado
brasileiro segue essa configuração, existindo, portanto, o Executivo, responsável pela
administração e execução, o Legislativo, responsável pela criação das leis e o Judiciário,
responsável pela aplicação das leis e fiscalização da legalidade dos demais. O poder Judiciário,
dividi-se em 4 instâncias, a 1, sendo ao nível local, no fórum na cidade, onde o juiz julgará os
casos solicitados. A 2 instância por sua vez (TJ), é formada por desembargadores, que julgarão
casos vindos da 1 instância em caso de recurso, sendo analisada por um colegiado (grupo de
juízes/cordão). Em seguida, a 3 instância (STJ), é composta por Ministros, e como se refere o
nome do tribunal, guarda especificamente as leis federais. Por último, no topo hierárquico do
sistema de Justiça no Brasil, está o (STF), que, segundo a Constituição Federal, é o guardião da
Constituição.
O módulo segue e explica o conceito de direito penal, sendo esse parte do ramo do direito
público, pois é controlado pelo Estado e visa a organização e pacificação social, haja vista que, a
constituição estabelece como função do Estado a segurança pública. As infrações penais por sua
vez, podem ser classificada como atos ilícitos, previamente estabelecidos, que, quando
praticados, serão passiveis de sanções por parte do Estado, que tem o dever/poder de impor a
punição. A infração penal por sua vez, pode ser dividida em duas categorias, crime e
contravenção penal. O crime tem caráter gravoso, podendo inclusive ser punida quando
praticada no exterior, são regulamentas pelo código penal e legislações especiais, podendo ser
aplicadas em forma de detenção (semi-aberto), reclusão (regime fechado), com a somatória ou
não de multa e com pena máxima de 40 anos. Já no caso da contravenção, tem caráter menos
gravosa, regulada pela lei 3.688/41, tem como forma de sanção a prisão simples, caracterizada
como semi-aberto ou aberto, em sessão especial de prisão comum, espaço esse, separado dos
demais condenados por crimes. Tem penas limitadas a 5 anos e podem ser combinadas ou não
com multas.
Segue-se o módulo, abordando agora as fontes do Direito Penal, como a fonte material e a fonte
formal (imediata/mediata). A fonte material caracteriza-se como sendo o Estado/União, na
forma do Congresso Nacional, Câmera e Senado, pois esses fazem as leis. Já a fonte formal é a
exteriorização do direito penal, é o modo como as regras são reveladas (fonte de conhecimento
ou cognição). Sendo a fonte formal imediata, a leis penais, que estabelecem previamente as
condutas ilícitas e suas respectivas punição. Enquanto, as fontes formais mediatas do Direito
penal é o costume, pois essa não tem carácter obrigatório e sim meramente costumeiro e
repetitivo. Lembrando o costume não revoga ou cria leis, mas sim a complementa, assim sendo,
apenas lei origina lei.
Assim sendo, segue adentrando nos Princípios Gerais do Direito Penal, iniciando-se com o da
Exclusividade: que estabelece como privativo da União, através dos legisladores, criar leis
penais, sendo, portanto, toda lei penal, uma lei federal e portanto, não cabendo ao Executivo,
Legislativo ou Judiciário, em âmbitos Estaduais ou Municipais, criar leis penais e sua respectivas
penas. (Princípio da Legalidade). Segue com o princípio do Imperativo, que como o nome já diz,
impõe e impera, sobre todos em território nacional ás leis vigentes. Em consonância lógica do
princípio anterior, a Generalidade, que visa a aplicação indistintamente a qualquer cidadão. O
princípio da Impessoalidade, que visa os acontecimentos e não pessoas.
Segue dizendo sobre a interpretação da lei penal, que através da Hermenêutica Jurídica, ou
seja, a interpretação pelo sentido das palavras, encontrar-se o significado proposto pelo
legislador. Sendo separado em dois 2 grandes categorias de interpretação da lei penal, quanto a
origem e quanto ao modo. Quando a origem, dividi-sem em 3 categorias de interpretação,
autêntica: quanto a própria interpretação trazida pela lei penas. Doutrinária, refere-se a
explicação dos operadores do direito, visando esclarecer as leis, através de livros e palestras.
Por último, a Jurisprudencial: é aquela feita pelos tribunais e juízes em seus julgamentos, sendo
alás por acordões, decisões formuladas por grupos de juízes na segunda e demais instâncias
acima. Já quanto ao modo, dividi-se em 7 tipos, sendo o primeiro, teológico: análise da
finalidade fim que o legislador almejou ao criar aquela lei, buscando saber ao que se destina.
Histórica, analisa o contexto histórico da criação da lei em questão, sendo recorrentemente
associado a nome de personalidades. Sistemática: exige do operador do direito que não análise
de forma isolada a norma em questão, sendo necessário compara-la com outras leis, para enfim
melhor interpreta-la. Resultado: Interpretação que visa chegar no mesmo sentindo da norma,
via demais interpretações. Restritiva: Quando se conclui que deve-se restringir a lei em questão,
pois se entende que ele abrangeu mais que objeto referido nela. Extensiva: Quando o
dispositivo não abrange o tema da forma que deveria, abrangido pelo operador do direito.
Analogia: Interpretar via comparação com decisões judiciais anteriores, para esclarecer termos
genéricos contidos na norma. Analogia: Quando existe uma lacuna na lei, ou seja, não
especificando a conduta do réu, lembrando que no direito pena, não há analogia para
prejudicar o réu e sim para beneficia-lo.
Por fim os princípios: In dubio pro reu: na dúvida a favor do réu. Da vedação do bis im idem:
Fenômeno que consiste na repetição de uma condenação do réu, tanto durante o caso, ao julgá-
lo por motivos análogos ao crime mas também posterior ao primeiro julgamento.