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Aula 09 1
9.1 EDO’s Lineares Homogêneas de Ordem 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
9.2 Wronskiano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
9.3 Funções Linearmente Independentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
Aula 10 12
10.1 Método de Redução de Ordem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
10.2 EDO’s Homogêneas com Coeficientes Constantes . . . . . . . . . . . . . 18
Aula 11 23
11.1 EDO de Euler-Cauchy Homogênea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Aula 12 31
12.1 EDO’s Não Homogêneas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
12.2 Método de Variação de Parâmetros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
ii
Aula 09
Teorema 9.1 (Princı́pio de Superposição). Sejam y1 (t) e y2 (t) duas soluções de (9.1).
Então
y(t) = αy1 (t) + βy2 (t)
Prova. Temos
y 00 + p(t)y 0 + q(t)y = (αy100 + βy200 ) + p(t) (αy10 + βy20 ) + q(t) (αy1 + βy2 )
= α [y100 + p(t) y10 + q(t) y1 ] +β [y200 + p(t) y20 + q(t) y2 ]
| {z } | {z }
=0 =0
= 0.
Observação 9.2. Suponhamos que as funções p(t) e q(t) são contı́nuas num intervalo
I ⊆ R e fixemos t̃ ∈ I. Pelo Teorema de Existência e Unicidade, consideramos por
exemplo
00 0
y + p(t)y + q(t)y = 0;
y1 (t) a única solução de y(t̃) = 1,
0
y (t̃) = 0.
00 0
y + p(t)y + q(t)y = 0;
y2 (t) a única solução de y(t̃) = 0,
0
y (t̃) = 1.
1
2◦ : Fixemos t0 ∈ I, y0 , y0,1 . Considere y(t) a única solução de
00 0
y + p(t)y + q(t)y = 0;
y(t0 ) = y0 , definida em I.
0
y (t0 ) = y0,1 .
PERGUNTA: Podemos dar condições a y1 (t) e y2 (t) de maneira que existam constantes
c1 , c2 ∈ R tais que
y(t) = c1 y1 (t) + c2 y2 (t) ∀ t ∈ I (9.2)
( " #
y(t) = c1 y1 (t) + c2 y2 (t) y1 (t) y2 (t)
(2) Como então det 6= 0. Portanto
y 0 (t) = c1 y10 (t) + c2 y20 (t) y10 (t) y20 (t)
y(t) y2 (t)
y1 (t) y(t)
y 0 (t) y20 (t) y10 (t) y 0 (t)
c1 = e c2 = .
y1 (t) y2 (t) y1 (t) y2 (t)
y10 (t) y20 (t) y10 (t) y20 (t)
2
Prova. Temos que F = y1 y20 − y10 y2 . Usando a hipótese, temos
Portanto F 0 + p(t)F = 0.
Observação 9.4. Do Lema 9.3, temos F 0 + p(t)F = 0, o qual é uma edo linear
homogênea de primeira ordem. Logo, a solução é dada por
Z
F (t) = k exp − p(t) dt .
Em particular
Se ∃ t0 ∈ I tal que F (t0 ) > 0 (F (t0 ) < 0) =⇒ F (t) > 0 ∀ t ∈ I (F (t) < 0 ∀ t ∈ I) .
Teorema 9.5. Sejam y1 (t) e y2 (t) duas soluções não nulas de (9.1), definidas em um
intervalo I ⊆ R, onde p(t) e q(t) são funções contı́nuas. Suponha que em um ponto
t0 ∈ I temos
" #
y1 (t0 ) y2 (t0 )
F (t0 ) = det 6= 0. (e portanto válido ∀ t ∈ I)
y10 (t0 ) y20 (t0 )
Então, para todo par de condições iniciais (y0 , y0,1 ), existem constantes c1 , c2 tais que
a única solução do PVI
00 0
y + p(t)y + q(t)y = 0;
y(t0 ) = y0 ,
0
y (t0 ) = y0,1 .
é da forma
y(t) = c1 y1 (t) + c2 y2 (t) ∀ t ∈ I.
Prova.
1◦ : Consideremos as funções definidas por
" # " #
y(t) y2 (t) y1 (t) y(t)
G(t) = det e H(t) = det .
y 0 (t) y20 (t) y10 (t) y 0 (t)
3
2◦ : Como F (t) 6= 0 para todo t ∈ I, então as funções
y(t) y2 (t)
y1 (t) y(t)
y 0 (t) y20 (t) y10 (t) y 0 (t)
G(t) H(t)
= e =
F (t) y1 (t) y2 (t)
F (t) y1 (t) y2 (t)
y10 (t) y20 (t) y10 (t) y20 (t)
Como y1 (t) e y2 (t) são soluções de (9.1), então F 0 (t) + p(t)F (t) = 0.
Assim
0
G0 (t) F (t) − G(t) F 0 (t)
G(t)
=
F (t) [F (t)]2
(−p(t)G(t)) F (t) − G(t) · (−p(t)F (t))
=
[F (t)]2
= 0.
Então
G(t) y 0 (t) y(t) − y2 (t) y 0 (t)
= 2 = c1 . (9.3)
F (t) F (t)
4◦ : Pela hipótese e Lema 9.3, temos
Como y1 (t) e y2 (t) são soluções de (9.1), então F 0 (t) + p(t)F (t) = 0.
Assim
0
H 0 (t) F (t) − H(t) F 0 (t)
H(t)
=
F (t) [F (t)]2
(−p(t)H(t)) F (t) − H(t) · (−p(t)F (t))
=
[F (t)]2
= 0.
Então
H(t) y1 (t) y 0 (t) − y10 (t) y(t)
= = c2 . (9.4)
F (t) F (t)
4
5◦ : De (9.3) e (9.4), obtemos
y20 y1 y20
y2 0 y1 y2
y− y = c1
y− y 0 = c1 y 1
F (t) F (t) F (t) F (t)
0 =⇒ 0
y1 y1 y1 y2 y2 y1
− y+ y 0 = c2 − y+ y 0 = c2 y 2
F (t) F (t) F (t) F (t)
y1 y20 − y10 y2
y = c1 y1 + c2 y2 .
F (t)
Temos
2 2
1◦ : As funções definidas por y1 (t) = et e y2 (t) = t et satisfazem
( 2
( 2
y10 = 2t et y100 = (2 + 4t2 ) et
2 e 2
y20 = (1 + 2t2 ) et y200 = (6t + 4t3 ) et
Assim
2
(
y100 − 4t y10 + (4t2 − 2) y1 = [(2 + 4t2 ) − 4t (2t) + 4t2 − 2] et = 0;
2
y200 − 4t y20 + (4t2 − 2) y2 = [6t + 4t3 − 4t (1 + 2t2 ) + (4t2 − 2) t] et = 0.
2 2
Então, pelo Teorema 9.5, a solução de (?) é da forma y(t) = c1 et + c2 t et . Logo
( 2
(
y(t) = [c1 + c2 t] et 1 = y(0) = c1
0 t2
e
y (t) = [2c1 + 2t (c1 + c2 t)] e −1 = y 0 (0) = c2
2 2
3◦ : Portanto a solução de (?) é y(t) = et − t et
5
9.2 Wronskiano
O WRONSKIANO de duas funções diferenciáveis f1 (t) e f2 (t) em t = t0 é definida por
" #
f1 (t0 ) f2 (t0 )
W [f1 , f2 ] (t0 ) = det .
f10 (t0 ) f20 (t0 )
t3
• f10 (t) = 3t2 , t∈R e • f20 (t) = 2t |t| + , t 6= 0.
|t|
2t |t|2 + t3 2t · t2 + t3 3t3
f20 (t) = = = , t 6= 0.
|t| |t| |t|
Então
f (0) f (0) 0 0
1 2
W [f1 , f2 ] (0) = 0 = = 0. (9.6)
f1 (0) f20 (0) 0 0
6
Exemplo 9.9. Calcular W [f1 , f2 ] (t) onde f1 (t) = e2t e f2 (t) = e3t .
Solução:
f1 e f2 são diferenciáveis em R. Assim
f (t) f (t) e2t e3t
1 2
W [f1 , f2 ] (t) = 0 = 2t = 3e2t e3t − 2e2t e3t = e5t .
0 3t
f1 (t) f2 (t) 2e 3e
Observação 9.10. Sejam y1 (t) e y2 (t) duas soluções de (9.1) em I. Então, pelo Lema
9.3 e Observação 9.4 temos que:
Teorema 9.11. Sejam y1 (t) e y2 (t) duas soluções fundamentais de (9.1) num intervalo
I ⊆ R. Então toda solução de (9.1) pode ser escrito da forma
Observação 9.12. O Teorema 9.11 nos diz que para encontrar a solução geral do
sistema (9.1) em um intervalo I ⊆ R, precisamos somente encontrar duas soluções
fundamentais de (9.1) em I.
y 00 + b2 y = 0.
Logo
y y cos (b t) sen (b t)
1 2
W [y1 , y2 ] = 0 = = b cos2 (b t) + b sen2 (b t) = b 6= 0.
0
y1 y2 −b sen (b t) b cos (b t)
7
9.3 Funções Linearmente Independentes
Definição 9.14. Sejam f1 (t) e f2 (t) duas funções definidas num intervalo I ⊆ R.
Diremos que o conjunto
{f1 (t), f2 (t)}
α f1 (t) + β f2 (t) = 0 ∀ t ∈ I.
Exemplo 9.15. Consideremos as funções f1 (t) = e2t e f2 (t) = e3t . Vamos a analisar a
dependência linear.
1◦ : Sejam α e β tais que
βe=0 =⇒ β=0.
8
Exemplo 9.17. Consideremos as funções f1 (t) = sen(2t) e f2 (t) = cos t sen t. Vamos
a analisar a dependência linear.
Como sen(2t) = 2 sen t cos t, então temos
α + β = 0. (9.12)
−α + β = 0. (9.13)
Teorema 9.19. Sejam f1 (t) e f2 (t) duas funções diferenciáveis em I. Suponha que
exista t0 ∈ I tal que
W [f1 , f2 ] (t0 ) 6= 0.
Prova.
1◦ : Sejam α e β tais que
9
3◦ : De (9.14) e (9.15) obtemos
( (
α f1 (t) + β f2 (t) = 0, t=t α f1 (t0 ) + β f2 (t0 ) = 0,
=⇒0 (∗)
α f10 (t) + β f20 (t) = 0. α f10 (t0 ) + β f20 (t0 ) = 0.
Pelo Exemplo 9.18 temos {t3 , t2 |t|} é L.I em R. Mas pelo Exemplo 9.8 temos
Prova.
(1) =⇒ (2) Obvio pelo Teorema 9.19.
(2) =⇒ (1) Pela hipótese y1 (t) e y2 (t) são soluções de (9.16) (isto é (9.1)). Então pelo
Lema 9.3, o Wronskiano W [y1 , y2 ] (t) é uma solução da equação
y 0 + p(t)y = 0. (9.17)
10
E pela Observação 9.4 temos
Z
W [y1 , y2 ] (t) = k exp − p(t) dt .
tem uma solução não trivial (α1 , α2 ) (α1 6= 0 ou α2 6= 0). Considere a função
Além disso, Ψ(t) = 0 é também uma solução de (9.20). Logo, pelo Teorema de Ex-
istência e Unicidade Φ(t) = Ψ(t) para todo t ∈ I. Isto é
E como y1 (t) e y2 (t) são L.I, devemos ter α1 = α2 = 0, o que é uma contradição.
Usamos isto e a a propriedade x2 = |x2 | para todo x ∈ R para mostra que y1 (t) e y2 (t)
são soluções de
t y 00 − 2 + t2 y 0 + (3t) y = 0, t ∈ R.
(9.22)
que não é uma equação da forma (9.1). Logo o Teorema 9.21 não se aplica nesta caso.
11
Aula 10
Suponhamos que (10.1) tem uma solução particular y1 (t) tal que y1 (t) 6= 0 ∀t ∈ I.
O objetivo agora é construir uma solução particular y2 (t) tal que y1 (t) e y2 (t) sejam
soluções fundamentais de (10.1).
Para poder resolver isto faremos o seguinte processo:
2y10 (t)
00
v + + p(t) v 0 = 0. (10.3)
y1 (t)
12
Assim
Z 0 Z
y1 (t)
w = c1 exp −2 dt − p(t) dt
y1 (t)
Z
= c1 exp (−2 ln |y1 (t)|) · exp − p(t) dt
Z
1
= c1 exp ln · exp − p(t) dt
y12 (t)
R
c1 e− p(t) dt
= .
y12 (t)
Logo R
e− p(t) dt
Z
v(t) = c1 dt + c2 .
y12 (t)
Escolhendo c1 = 1 e c2 = 0, temos
R
e− p(t) dt
Z
y2 (t) = y1 (t) dt. (10.4)
y12 (t)
4◦ : Para verificar que y1 (t) e y2 (t) são soluções fundamentais, avaliaremos seu Worskiano.
Para isto, pelo Teorema Fundamental do Cálculo, note que
R R
− p(t) dt
Z − p(t) dt
e e
y20 (t) = y10 (t) dt + y1 (t) ·
y12 (t) y12 (t)
R
Z − p(t) dt R
0 e e− p(t) dt
= y1 (t) dt + .
y12 (t) y1 (t)
Assim
y (t) y (t)
1 2
W [y1 , y2 ] (t) = 0 = y1 (t)y20 (t) − y10 (t)y2 (t)
0
y1 (t) y2 (t)
Z − R p(t) dt Z − R p(t) dt
e R e
= y1 (t)y10 (t) 2
dt + e− p(t) dt − y10 (t)y1 (t) dt
y1 (t) y12 (t)
R
= e− p(t) dt
> 0.
Exemplo 10.1. Use o método de redução de ordem para encontrar uma segunda
solução fundamental da equação
y 00 − 4x y 0 + 4x2 − 2 y = 0,
x ∈ R, (10.5)
2
onde y1 (x) = ex .
13
Solução:
1◦ : Observe que (10.5) é da forma (10.1). Logo temos
2
2◦ : y1 (x) = ex > 0 para todo x ∈ R. Logo podemos usar o método de redução.
Assim
R Z " 2x2 #
e− p(x) dt
Z
x2 e 2
y2 (x) = y1 (x) 2
dx = e 2x 2 dx = x ex . (10.7)
y1 (x) e
Segunda Forma:
2
Considerando y2 (x) = ex v(x). Então
( 2
y20 (x) = [2x v + v 0 ] ex ,
2
y200 (x) = [v 00 + 4x v 0 + (4x2 + 2) v] ex .
Logo
2
= v 00 ex . (10.8)
2
Assim v 00 (x) = 0. E podemos escolher v(x) = x. Portanto y2 (x) = x ex .
Exemplo 10.2. Use o método de redução de ordem para encontrar uma segunda
solução fundamental da equação
(x − 1) y 00 − x y 0 + y = 0, x > 1, (10.9)
onde y1 (x) = ex .
Solução:
1◦ : Observe que (10.9) não é da forma (10.1). Para resolver isto, note que (10.9) pode
ser escrito da forma
x 0 1
y 00 − y + y = 0, x > 1. (10.10)
x−1 x−1
14
Logo temos
x 1
p(x) = − e q(x) = .
x−1 x−1
2◦ : y1 (x) = ex > 0. Logo usamos o método de redução. Considerando y2 (x) = ex v(x),
temos
(
y20 (x) = (v + v 0 ) ex ,
y200 (x) = (v 00 + 2v 0 + v) ex .
Assim
0 = (x − 1) y200 − x y20 + y2
= [(x − 1) (v 00 + 2v 0 + v) − x (v + v 0 ) + v] ex
= [(x − 1) v 00 + (x − 2) v 0 ] ex (10.11)
Então Z
v(x) = c1 (x − 1) e−x dx = −c1 x e−x + c2 .
y2 (x) = x e−x ex = x.
(10.14)
Exemplo 10.3. Use o método de redução de ordem para encontrar uma segunda
solução fundamental da equação. Use isto para encontrar a solução geral
onde y1 (x) = x3 .
15
Solução:
1◦ : Observe que (10.15) não é da forma (10.1). Para resolver isto, note que (10.15)
pode ser escrito da forma
5 9
y 00 − y 0 + 2 y = 0, x > 0. (10.16)
x x
Logo temos
5 9
p(x) = − e q(x) = .
x x2
2◦ : Observe que y1 (x) = x3 > 0 para todo x > 0. Considerando y2 (x) = x3 v(x), temos
Assim
d
0 = xv 00 + v 0 = [xv 0 ] .
dx
1
Assim v 0 (x) = , logo v(x) = ln x (pois x > 0). Então
x
y2 (x) = x3 v(x) = x3 ln x.
y(x) = c1 x3 + c2 x3 ln x
a y 00 + b y 0 + c y = 0. (10.18)
Solução:
1◦ : (10.18) é escrito da forma
b c
y 00 + y 0 + y = 0. (10.19)
a a
a qual tem a forma (10.1).
16
b
2◦ : Considere a função y1 (t) = e− 2a t . Assim
b2
b b b b
a y100 + b y10 + c y1 = a e − 2a
+b − t
e− 2a t + c e− 2a t
4a2 2a
2 2
b b b
= − + c e− 2a t
4a 2a
(4ac − b2 ) − b t
= e 2a
4a
= 0.
Logo y1 (t) é uma solução de (10.18), com y1 (t) > 0 para todo t ∈ R.
3◦ : Denotando por r = − 2a b
, vamos calcular y2 (t) da forma y2 (t) = v(t)ert . De (10.19)
temos
b c
p(t) = e q(t) = .
a a
Logo
R Z −bt
e− p(t) dt
Z Z 2r t
rt e a rt e
y2 (t) = y1 (t) 2
dt = e 2r t
dt = e 2r t
dt = t er t .
y1 (t) e e
y(t) = c1 er t + c2 t er t (10.20)
aλ2 + bλ + c = 0.
√
2 −b ± ∆ b
Como ∆ = b − 4ac = 0, então tem uma única raı́z λ = = − = r.
2a 2a
PERGUNTA: Se considerarmos a edo homogênea
a y 00 + b y 0 + cy = 0, a 6= 0.
1. Esta edo tem uma solução da forma y1 (t) = er t para alguma constante r?
17
10.2 EDO’s Homogêneas com Coeficientes Constantes
Uma EQUAÇ~
AO HOMOG^
ENEA COM COEFICIENTES CONSTANTES é uma equação da forma
a y 00 + b y 0 + c y = 0. (10.21)
onde a 6= 0.
Suponhamos que existe y1 (t) = er t solução de (10.21). Então
PRIMEIRO CASO: ∆ = 0
b
Logo λ1 = λ2 = r = − . Este caso já foi analisado no Exemplo 10.4. Então
2a
y1 (t) = er t e y2 (t) = t er t
y(t) = (c1 + c2 t) er t
4y 00 − 4y 0 + y = 0.
Solução:
Equação Caracterı́stica: 4λ2 − 4λ + 1 = 0. Assim ∆ = 16 − 4(4)(1) = 0. Logo
1
λ1 = λ2 = . Portanto
2
y(t) = (c1 + c2 t) et/2
18
SEGUNDO CASO: ∆ > 0
Logo λ1 e λ2 são raı́zes reais distintas (λ1 6= λ2 ). Logo y1 (t) = eλ1 t e y2 (t) = eλ2 t
são soluções de (10.21). Além disso
e λ1 t eλ2 t
W [y1 , y2 ] = = (λ2 − λ1 ) e(λ1 +λ2 )t 6= 0.
λ1 eλ1 t λ2 eλ2 t
y 00 − y 0 − 6y = 0.
Solução:
Equação Caracterı́stica: 0 = λ2 − λ − 6 = (λ − 3)(λ + 2). Logo λ1 = 3 e λ2 = −2.
Portanto
y(t) = c1 e3t + c2 e−2t
Logo
√ √ √
−b ± ∆ −b + i −∆ −b 4ac − b2
λ= = = ±i = α ± iβ. (β 6= 0)
2a 2a 2a 2a
1◦ : Temos que
(
z1 (t) = e(α+iβ t) = eα t [cos (β t) + i sen (β t)] = eα t cos (β t) + i eα t sen (β t)
z2 (t) = e(α−iβ t) = eα t [cos (β t) − i sen (β t)] = eα t cos (β t) − i eα t sen (β t)
19
2◦ : Como
y10 (t) = α eα t cos (β t) − eα t β sen (β t) = [α cos (β t) − β sen (β t)] eα t ,
y 0 (t) = α eα t sen (β t) − eα t β cos (β t) = [α sen (β t) + β cos (β t)] eα t .
2
Temos
y y
1 1
W [y1 , y2 ] = 0 = y1 y20 − y10 y2
y1 y20
= e2αt cos (β t) [α sen (β t) + β cos (β t)] − [α cos (β t) − β sen (β t)] e2αt sen (β t)
= α cos (β t) + β cos2 (β t) − α cos (β t) + β sen2 (β t) e2αt
= β e2α t 6= 0.
2y 00 + y = 0.
Solução:
Equação Carac. 2λ2 + 1 = 0. Logo
1 i
λ2 = − ⇐⇒ λ = ±√ .
2 2
Assim α = 0, β = √1 . Portanto
2
t t
y(t) = c1 cos √ + c2 sen √
2 2
y 00 + 3y 0 + 3y = 0.
Solução:
Equação Carac. λ2 + 3λ + 3 = 0. Então
p √
−3 ± 9 − 4(1)(3) 3 3
λ= =− ± i.
2(1) 2 2
20
Portanto " √ ! √ !#
3 3 3
y(t) = c1 cos t + c2 sen t e− 2 t
2 2
Solução:
√
Equação Carac. 4 2λ2 + 4λ + 1 = 0. Então
q √
−4 ± 16 − 4(1)(4 2)
λ= √
2(4 2)
p√ !
1 2−1
= − √ ± √ i.
2 2 2 2
Portanto
" p√ ! p√ !#
2−1 2−1 √
y(t) = c1 cos √ t + c2 sen √ t e−t/(2 2)
2 2 2 2
y 00 + 2y 0 + α y = 0, (10.22)
para α > 1, α = 1, α < 1. Para quais valores de α, as soluções tendem a zero quando
t tende para o infinito.
Solução:
1◦ : A equação caracterı́stica é dado por
λ2 + 2λ + α = 0,
21
Primeiro Caso: α > 1
De (10.23) temos que as raizes são complexas e são dadas por
√
λ = −1 ± α − 1i.
lim y(t) = 0.
t→+∞
Segundo Caso: α = 1
De (10.23) temos uma única raiz dada por λ = −1. Portanto, a solução é dada por
E como
t
lim t e−t = lim = 0,
t→+∞ t→+∞ et
temos
lim y(t) = 0.
t→+∞
Temos
√
1− 1−α>0 ⇐⇒ α > 0.
Neste terceiro caso temos y(t) −→ 0 quando t −→ +∞ sempre que 0 < α < 1.
22
Aula 11
ax2 y 00 + bx y 0 + cy = 0, (11.1)
onde a 6= 0.
b 0 c
y 00 + y + 2 y = 0, x 6= 0. (11.2)
ax ax
Logo
b c
p(x) = , q(x) = . (11.3)
ax ax2
x x x r |x|r
• y10 = r |x|r−1 = r |x|r 2 = r |x|r 2 = ;
|x| |x| x x
r r |x|r x2 r(r − 1) |x|r
00 r r−1 x r r
• y1 = 2 r |x| x − |x| = 2 − |x| = .
x |x| x |x|2 x2
Logo
23
3 Então y1 (x) é uma solução de (11.1) (para x 6= 0) se, e somente se
Primeiro Caso: ∆ = 0
Temos então duas raizes iguais dadas por
(b − a) 1 b
r1 = r2 = r = − = 1− .
2a 2 a
1◦ : Temos que y1 (x) = |x|r , x 6= 0 é uma solução de (11.1). Então por (11.3) e usando
o método de redução em (11.2), obtemos
Z " R b
#
exp − dx
ye2 (x) = |x|r 2r
ax
dx
|x|
Z " b
#
r e− a ln|x|
= |x| b dx
|x|1− a
Z " − ab #
|x|
= |x|r b dx
|x|1− a
Z
r dx
= |x|
|x|
Z
dx
= ± |x|r (+ se x > 0, − se x < 0)
x
= ± |x|r ln |x| .
2◦ : Logo escolhemos
y2 (x) = |x|r ln |x| , x 6= 0.
24
Exemplo 11.2. Resolver o seguinte sistema de Euler-Cauchy
4x2 y 00 − 8x y 0 + 9y = 0, x 6= 0. (11.8)
Solução:
Temos a = 4, b = −8, c = 9. Logo a equação indicial é dado por
0 = 4λ2 + (−8 − 4) λ + 9
= 4λ2 − 12λ + 9
= (2λ − 3)2 .
3
que tem uma única raiz dada por r1 = r2 = . Portanto
2
3
y(x) = (c1 + c2 ln |x|) |x| 2 , x 6= 0
1
(2x + 1)2 y 00 − 2(2x + 1) y 0 + 4y = 0, x 6= − . (11.9)
2
Solução:
1◦ : (11.9) não tem a forma da equação (11.1). Para resolver isto, vamos considerar a
mudança de variáveis
t−1
t = 2x + 1 ⇐⇒ x= .
2
Definindo u(t) = y(x) = y(x(t)) temos
y 0 (x)
• u0 (t) = y 0 (x) x0 (t) = =⇒ y 0 (x) = 2u0 (t).
2
1 y 00 (x)
• u00 (t) = y 00 (x) x0 (t) = =⇒ y 00 (x) = 4u00 (t).
2 4
Assim
t2 u00 − t u0 + u = 0, t 6= 0. (11.10)
25
2◦ : Para (11.10) temos a = 1, b = −1 e c = 1. Logo a equação indicial é dada por
0 = λ2 + (−1 − 1)λ + 1
= λ2 − 2λ + 1
= (λ − 1)2
y(x) = u(t)
= (c1 + c2 ln |t|) |t|
= (c1 + c2 ln |2x + 1|) |2x + 1| .
soluções de (11.1).
2◦ Pelo feito em (11.4) temos
|x|r1 |x|r2
y10 (x) = r1 e y20 (x) = r2 .
x x
Então
x2 y 00 + 4x y 0 + 2y = 0, x 6= 0. (11.12)
Solução:
26
Temos a = 1, b = 4 e c = 2. Logo a equação indicial é dada por
0 = λ2 + 3λ + 2 = (λ + 1) (λ + 2)
3 0 3
y 00 + y − y = 0, x 6= −2. (11.13)
x+2 (x + 2)2
Solução:
1◦ : A equação (11.13) é da forma
t=x+2 ⇐⇒ x = t − 2.
2◦ : De (11.14) temos
0 = (x + 2)2 y 00 + 3 (x + 2) y 0 − 3y
= t2 u00 + 3t u0 − 3u. (11.15)
0 = λ2 + 2λ − 3
= (λ − 1) (λ + 3)
y(x) = u(t)
= c1 |t| + c2 |t|−3
= c1 |x + 2| + c2 |x + 2|−3 .
27
Terceiro Caso: ∆ < 0
1◦ : Temos raizes complexas distintas r1 = α + iβ, r2 = α − iβ, com β 6= 0. Logo
u1 (x) = |x|α+iβ = |x|α |x|iβ = |x|α eiβ ln|x| = |x|α [cos (β ln |x|) + i sen (β ln |x|)] ,
u2 (x) = |x|α−iβ = |x|α |x|−iβ = |x|α e−iβ ln|x| = |x|α [cos (β ln |x|) − i sen (β ln |x|)] ,
u1 (x) + u2 (x)
• y1 (x) = = |x|α cos (β ln |x|) ,
2
u1 (x) − u2 (x)
• y2 (x) = = |x|α sen (β ln |x|) ,
2i
são soluções reais de (11.1).
2◦ : Por outro lado, pelo feito em (11.4) temos
|x|α
α β
• y10 (x) = α cos (β ln |x|) + |x| − sen (β ln |x|)
x x
|x|α
=[α cos (β ln |x|) − β sen (β ln |x|)] ,
x
|x|α
0 α β
• y2 (x) = α sen (β ln |x|) + |x| cos (β ln |x|)
x x
|x|α
= [α sen (β ln |x|) + β cos (β ln |x|)]
x
Então
|x|2α
=β
x
6 0.
=
28
Exemplo 11.6. Resolva a equação
x2 y 00 + 4x y 0 + 3y = 0, x 6= 0. (11.17)
Solução:
1◦ : Temos a = 1, b = 4 e c = 3. Logo, a equação indicial é dada por
λ2 + 3λ + 3 = 0
t+2
t = 3x − 2 ⇐⇒ x= .
3
Definindo u(t) = y(x) = y(x(t)), temos
y 0 (x)
• u0 (t) = y 0 (x) x0 (t) = =⇒ y 0 (x) = 3u0 (t).
3
y 00 (x) 0 y 00 (x)
• u00 (t) = x (t) = =⇒ y 00 (x) = 9u00 (t).
3 9
2◦ : De (11.18) temos
√ √
0 = 4 2 (3x − 2)2 y 00 + 12 1 + 2 (3x − 2) y 0 + 9y
√ 2 √
= 4 2t (9u ) + 12 1 + 2 t (3u0 ) + 9u
00
√ √
= 36 2t2 u00 + 36 1 + 2 t u0 + 9u
√ 2 00 √ 0 1
= 36 2t u + 1 + 2 t u + u
4
29
Assim
√ 2 00
√ 0 1
2t u + 1 + 2 t u + u = 0, t 6= 0. (11.19)
4
√ √
3◦ : Para (11.19) temos a = 2, b = 1 + 2, c = 14 . Logo a equação indicial é dada por
√ 1
2λ2 + λ + =0
4
√ 1 √
que tem discriminante ∆ = 1 − 4 2 · = 1 − 2 < 0. Logo
4
p√
1 2−1
λ=− √ ± √ i.
2 2 2 2
y(x) = u(t)
" p√ ! p√ !#
1
− √ 2−1 2−1
= |t| 2 2 c1 cos √ ln |t| + c2 sen √ ln |t|
2 2 2 2
" p√ ! p√ !#
1
− √ 2−1 2−1
= |3x − 2| 2 2 c1 cos √ ln |3x − 2| + c2 sen √ ln |3x − 2| .
2 2 2 2
30
Aula 12
00 0
yH + p(x)yH + q(x)yH = 0.
Isto é: yH (x) é uma solução da equação homogênea associada a (12.1) dado por
Portanto
y(x) = yP (x) + yH (x)
Nas Aulas 09, 10, 11 temos analisado, para alguns casos, resoluções de equações ho-
mogêneas.
Veremos agora um método que consiste em obter uma solução particular para (12.1) a
partir da solução geral do problema homogêneo associado (12.2).
31
12.2 Método de Variação de Parâmetros
O método de variação de parâmetros tem os seguintes passos:
1 Sejam y1 (x) e y2 (x) duas soluções fundamentais de (12.2). Então, toda solução de
(12.2) é da forma
yH (x) = c1 y1 (x) + c2 y2 (x), (12.3)
2 Pela Observação 12.1, para encontrar todas as soluções de (12.1), bastaria encontrar
uma solução particular de (12.1).
Para isto, vamos supor que a solução particular yP é da forma
yP0 (x) = κ01 (x) y1 (x) + κ1 (x) y10 (x) + κ02 (x) y2 (x) + κ2 (x) y20 (x)
= κ01 (x) y1 (x) + κ02 (x) y2 (x) + κ1 (x) y10 (x) + κ2 (x) y20 (x)
| {z }
0 (x)
yP
Assim
κ01 (x) y1 (x) + κ02 (x) y2 (x) = 0. (12.6)
yP00 = κ01 (x) y10 (x) + κ02 (x) y20 (x) + κ1 (x) y100 (x) + κ2 (x) y200 (x)
= κ01 (x) y10 (x) + κ02 (x) y20 (x) + κ1 (x) [−p(x) y10 − q(x) y1 ] + κ2 (x) [−p(x) y20 − q(x) y2 ]
= κ01 (x) y10 (x) + κ02 (x) y20 (x) − p(x) [κ1 (x) y10 + κ2 (x) y20 ] − q(x) [κ1 (x) y1 + κ2 (x) y2 ]
= κ01 (x) y10 (x) + κ02 (x) y20 (x) − p(x) yP0 − q(x) yP
= κ01 (x) y10 (x) + κ02 (x) y20 (x) − r(x) + yP00 .
Assim
κ01 (x) y10 (x) + κ02 (x) y20 (x) = r(x). (12.7)
32
5 De (12.6) e (12.7), para calcular κ1 (x) e κ2 (x) devemos resolver o sistema
(
κ01 (x) y1 (x) + κ02 (x) y2 (x) = 0,
(12.8)
κ01 (x) y10 (x) + κ02 (x) y20 (x) = r(x).
y 00 − 3y 0 + 2y = ex sen x. (12.9)
Solução:
1◦ : Para (12.9) temos r(x) = ex sen x. Consideremos agora o sistema homogêneo
y 00 − 3y 0 + 2y = 0. (12.10)
2◦ : Note que (12.10) é uma equação homogêna com coeficientes constantes. Então
podemos resolvê-lo. Para isto, note que a equação caracterı́stica é dada por
0 = λ2 − 3λ + 2 = (λ − 1) (λ − 2) .
tal que
(
κ01 (x) ex + κ02 (x) e2x = 0,
(12.12)
κ01 (x) ex + 2κ02 (x) e2x = ex sen x.
33
5◦ : De (12.13) e da primeira equação de (12.12) temos
e−x
yP (x) = cos x · ex − (sen x + cos x) · e2x
2
ex
= (cos x − sen x) . (12.15)
2
7◦ : Portanto de (12.11) e (12.15) obtemos
ex
y(x) = (cos x − sen x) + c1 ex + c2 e2x
2
y 00 + y = 0. (12.17)
2◦ : Note que (12.17) é uma equação homogêna com coeficientes constantes. Então
podemos resolvê-lo. Para isto, note que a equação caracterı́stica satisfaz
λ2 + 1 = 0 ⇐⇒ λ = ±i
Assim, y1 (x) = cos x e y2 (x) = sen x são soluções fundamentais de (12.17). Então
34
tal que
(
−κ01 (x) cos x + κ02 (x) sen x = 0,
(12.19)
−κ01 (x) sen x + κ02 (x) cos x = sec x.
π π
E como − < x < , temos cos x > 0. Logo, integrando
2 2
κ1 (x) = ln (cos x) e κ2 (x) = x. (12.20)
5◦ : De (12.20) temos
yP (x) = [ln (cos x)] cos x + x sen x. (12.21)
x2 y 00 − 3x y 0 + 4y = x4 , x > 0. (12.22)
Solução:
1◦ : (12.22) pode ser escrito da forma
3 0 4
y 00 − y + 2 y = x2 , x > 0. (12.23)
x x
x2 y 00 − 3x y 0 + 4y = 0, x>0 (12.24)
35
que é uma equação de Euler-Cauchy homogênea. Então podemos resolvê-lo. Para isto,
note que a equação indicial é dada por
0 = λ2 − 4λ + 4 = (λ − 2)2 .
tal que
(
2κ01 (x) x2 + κ02 (x) x2 ln x = 0,
(12.26)
2κ01 (x) x2 + κ02 (x) [2x ln x + x] = x2 .
1
5◦ : Para calcular κ1 (x) usaremos integração por partes. Como (ln x)0 = , temos
x
0
x2
Z
κ1 (x) = − ln x dx
2
x2 ln x
Z
x
=− + dx
2 2
x2 ln x x2
=− + . (12.27)
2 4
36
Também temos que
x2
κ2 (x) = . (12.28)
2
6◦ : De (12.27) e (12.28) temos
x2 ln x x2 2 x2 2
yP (x) = − + x + · x ln x
2 4 2
x4
= . (12.29)
4
Portanto, de (12.25) e (12.29), obtemos
x4
y(x) = + c1 x2 + c2 x2 ln x, x>0
4
y 00 − 4y 0 + 6y = 3x. (12.30)
Solução:
1◦ : Para (12.30) temos r(x) = 3x. Consideremos agora o sistema homogêneo
y 00 − 4y 0 + 6y = 0. (12.31)
2◦ : Note que (12.31) é uma equação homogênea com coeficientes constantes. A equação
caracterı́stica satisfaz λ2 − 4λ + 6 = 0. Assim
√
4 ± 16 − 24
λ=
2
√
= 2 ± 2 i.
√ √
Logo y1 (x) = e2x cos 2x e y2 (x) = e2x sen 2x são soluções fundamentais. Assim
√ √
2x 2x
yH (x) = c1 e cos 2x + c2 e sen 2x . (12.32)
37
procuramos uma solução particular
√ √
2x 2x
yP (x) = κ1 (x) e cos 2x + κ2 (x) e sen 2x
tal que
( √ √
κ01 e2x cos 2x + κ02 e2x sen 2x = 0,
√ √ √ √ √ √
κ01 e2x 2 cos 2x − 2 sen 2x + κ02 e2x 2 sen 2x + 2 cos 2x = 3x.
(12.33)
Assim
0 e2x sen √2x
√
y20 (x)
√
3x −3x e2x sen 2x 3
0
• κ1 (x) = √ = √ = − √ x e−2x sen 2x ,
2e4x 2e4x 2
e2x cos √2x 0
√
y10 (x)
√
0
3x 3x e2x cos 2x 3
• κ2 (x) = √ = √ = √ x e−2x cos 2x .
2e4x 2e4x 2
3
Z h √ i
κ1 (x) = − √ x e−2x sen 2x dx.
2
1
Z h √ √ √ i0
−2x
=− √ x e −2 sen 2x − 2 cos 2x dx
2 2
1
Z h √ √ √ i0
= √ x e−2x 2 sen 2x + 2 cos 2x dx. (12.36)
2 2
38
√
Então, novamente de (12.35) para α = −2 e β = 2, obtemos
√ √ √ Z " √ √ #
xe−2x 2 sen 2x + 2 cos 2x
sen 2x cos 2x
κ1 (x) = √ − e−2x √ + dx
2 2 2 2
√ √ √ √ √ √
xe−2x 2 sen 2x + 2 cos 2x
e−2x −2 sen 2x − 2 cos 2x
= √ − √
2 2 2 6
√ √ √
e−2x −2 cos 2x + 2 sen 2x
−
2 6
√ √ √ i
" √ √ #
xe−2x h sen 2x cos 2x
= √ 2 sen 2x + 2 cos 2x + e−2x √ +
2 2 6 2 3
" √ √ # √ √ !
sen 2x cos 2x sen 2x cos 2x
= e−2x x √ + + √ + . (12.37)
2 2 6 2 3
3
Z h √ i
−2x
κ2 (x) = √ x e cos 2x dx.
2
1
Z h √ √ √ i0
= √ x e−2x −2 cos 2x + 2 sen 2x dx
2 2
" √ √ #
xe−2x h√ √ √ i Z sen 2x cos 2x
= √ 2 sen 2x − 2 cos 2x − e−2x − √ dx
2 2 2 2
39
Assim
" √ √ √ √ √ √ #
2x cos 2x
sen cos2 2x sen2 2x cos 2x sen 2x
yP (x) = x √ + + − √
2 2 2 2
√ √ √ √ √ √
sen 2x cos 2x cos2 2x sen2 2x cos 2x sen 2x
+ √ + + − √
6 2 3 3 6 2
x 1
= + . (12.39)
2 3
7◦ : De (12.32) e (12.39), obtemos
x 1 h √ √ i
y(x) = + + c1 cos 2x + c2 sen 2x e2x
2 3
40