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⌊ 1.1- Introdução⌋
∂ 2u ∂ 2u
(•) + =0 (u(x, y) função incógnita)
∂x2 ∂y 2
∂u ∂ 2u
(•) + =0 (EDP de ordem 2 ou de segunda ordem)
∂x ∂y∂x
DM FCT-UNL: ANÁLISE MATEMÁTICA IV-B (Ano 2023-V1) A. PATRÍCIO
1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 5
& % & %
[Crescimento] [Decaimento]
onde:
(•) G é uma função real de três variáveis reais;
(•) y é a função incógnita (variável dependente);
(•) t é a variável independente, denida num intervalo (aberto) I ⊆ R;
′ (2)
G t, y(t), y (t) = 0
′
(•) G t, ϕ(t), ϕ (t) = 0
Exemplo 9. A função
ϕ(t) := t + 1
As funções
e
y1(t) := log t2 + 1 y2(t) := log t2 + 4
são duas soluções no intervalo ]−∞, +∞[. Estas duas funções são exemplos
de soluções na forma explícita.
Exemplo 13. A igualdade
y + sen y = x
Chama-se:
(•) solução geral (ou integral geral) de uma EDO num certo intervalo
aberto I , ao conjunto de todas as soluções da equação no intervalo I ;
(•) solução particular de uma EDO num certo intervalo aberto I , a qualquer
uma das soluções da equação no intervalo I .
Se uma EDO admitir como solução num certo intervalo aberto I a função
identicamente nula, esta designa-se por solução trivial da EDO em I .
Exemplo 14. A solução geral da equação diferencial de primeira ordem
y ′ = p(t) (p ∈ C(I), I⊆R intervalo aberto) (3)
é dada, explicitamente, pela família de funções
Z
y(t) = p(t) dt + A (A ∈ R)
é uma solução que não pode ser obtida por concretização da constante K.
Por vezes, nesta situação, diz-se que y(t) = 0 é uma solução singular.
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 18
Dada uma EDO pode ser bastante difícil, ou mesmo impossível, determinar
o conjunto de todas as soluções dessa equação.
(∗2 ) y(t0 ) = y0
dy
q(y) = p(t)
dt
com p(t) ∈ C(I), q(y) ∈ C(J), I e J intervalos abertos de números reais e q(y)
não se anulando em J, diz-se uma equação de variáveis separadas.
Uma equação diferencial de primeira ordem
G(t, y, y ′) = 0
dy
y = 3t
dt
ydy = 3tdt
2 dy
t(y + 1) + =0
dt
é uma equação de variáveis separáveis, pois esta última é equivalente,
através de operações elementares, à equação
!
1 dy 1
= −t ⇔ 2 dy = −tdt
y 2 + 1 dt y +1
dy
q(y) = p(t) (p ∈ C(I), q ∈ C(J)) ⇔ q(y)dy = p(t)dt (4)
dt
d dQ dy dy
[Q(y)] = = q(y) = p(t) (note-se y = y(t))
dt dy dt dt
y ′ + y 2 sen t = 0
Tem-se,
dy
= −y 2 sen(t)
dt
1
− dy = sen(t) dt (y ̸= 0)
y2
Z Z
1
− 2 dy = sen(t) dt + K (K ∈ R)
y
1
= − cos(t) + K
y
1
y(t) =
K − cos(t)
Integral geral:
1
y(t) = (K ∈ R) ou y(t) = 0
K − cos(t)
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 24
Em particular:
y ′ − 7y = 0
é y(t) = Ce7t, com C ∈ R.
xy ′ − y = 0 e y(1) = 3
é y(x) = 3x.
y−1 2
= Ket (K ∈ R)
y+1
2
1 + Ket
y(t) = 2
1 − Ket
Solução geral:
t 2
1 + Ke
y(t) = 2 (K ∈ R) ou y(t) = −1
1 − Ket
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 26
' $
& %
Ora,
dv
= 1 + v2
dx
1
2
dv = dx
1+v
1
Z Z
2
dv = dx + K (K ∈ R)
1+v
arctg v = x + K
v(x) = tg(x)
y(x) = −x − 1 + v(x) = −x − 1 + tg x
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 29
dy y
=F
dx x
y(x)
y ,→ z, tal que z(x) :=
x
encontre a solução geral da equação diferencial
y
y′ = [log(y) − log(x) + 1] (x, y > 0)
x
Qual a solução que passa no ponto (1, 1)?
▶ Equações exactas
Considere-se a equação diferencial de primeira ordem
dy
M (x, y) + N (x, y) =0 (6)
dx
isto é, na forma diferencial,
dy = y ′dx ⇒ N (x, y)dy = N (x, y)y ′dx = −M (x, y)dx
é tal que
∂H ∂H
(x, y) = 3x2 + 2y = M (x, y) e (x, y) = 2x + 3y 2 = N (x, y)
∂x ∂y
Com efeito, se a equação (6) for exacta, então existe H(x, y), tal que
∂H ∂H
=M e =N
∂x ∂y
Pelo Teorema de Schwarz,
!
∂M ∂ ∂H ∂ ∂H ∂N
= = =
∂y ∂y ∂x ∂x ∂y ∂x
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 36
Reciprocamente, se
∂M ∂N
(x, y) = (x, y) (em A)
∂y ∂x
é exacta e a função
H(x, y) := x2y 2 + y 2 − 2y
Factores integrantes
então a equação
dy
µ(x, y)M (x, y) + µ(x, y)N (x, y) =0
dx
é exacta e, portanto,
∂ ∂ ∂µ ∂M ∂µ ∂N
(µM ) = (µN ) ⇔ M +µ = N +µ
∂y ∂x ∂y ∂y ∂x ∂x
Isto é,
!
∂µ ∂µ ∂M ∂N
N− M =µ − (8)
∂x ∂y ∂y ∂x
Por vezes pode ser simples resolver a EDP (8) e determinar µ(x, y).
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 40
2xy − x2 ex dx + x2 dy = 0
x2 y − ex (2 − 2x + x2 ) = K (K ∈ R)
y ′ = f (t)
onde f (t) é uma função real contínua num intervalo aberto I ⊆ R. Fixado
y(t ) = y
0 0
Nestas condições, existe h > 0, tal que o PVI admite uma única solução
y(t)
Y
y0
Y
X (t0,y0)
y0-b
t0-h t0 t0+h
Y
X t0-a t0+a
X
& %
A equação diferencial
b(t) c(t)
y′ + y=
a(t) a(t)
é linear.
(•) Também são lineares as EDO de 1a ordem
y ′ + 5y = 3 e y ′ + t6y = 0
isto é,
[yµ(t)]′ = µ(t)q(t)
onde p(t) e q(t) são funções reais de variável real contínuas num certo
intervalo aberto I ⊆ R, é dada por:
1 1
Z
y(t) = µ(t)q(t)dt + K (K ∈ R)
µ(t) µ(t)
onde
R
µ(t) = e p(t)dt
Esquematicamente:
1 1
Z
y(t) = yp(t) + yh(t) = µ(t)q(t)dt + K (K ∈ R)
µ(t)
| {z }
µ(t)
| {z }
yp(t) yh(t)
y(t) = te2t
|{z} + Ke 2t
| {z } (K ∈ R)
solução particular solução geral
eq. completa eq. homogénea associada
Por outro lado, 2 = y(0) = K . Logo a solução do problema é y(t) = te2t + 2e2t .
Exemplo 35. (Exercício 24 g)) Qual a solução do problema
ty ′ + (1 − t)y = e2t (t > 0) e lim y(t) é nito ?
+ t→0
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 53
associada e A, B ∈ R, então
Aϕ(t) + Bψ(t)
é solução da equação homogénea associada.
(•) Se θ, γ são soluções da equação completa, então
θ(t) − γ(t)
é solução da equação homogénea associada.
(•) Se θ, γ são soluções da equação completa e A, B ∈ R, com A + B = 1,
então
Aθ(t) + Bγ(t)
é solução da equação completa.
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 54
y(t ) = y
0 0
onde p(t) e q(t) são funções reais de variável real contínuas num certo
intervalo aberto I ⊆ R, t0 ∈ I e y0 ∈ R é um qualquer número real, admite
uma, e uma só, solução no intervalo I , a qual é dada por:
1 t Z
y0
Rt
p(s)ds
y(t) = µ(s)q(s)ds + µ(t) = e t0
µ(t) t0 µ(t)
-p -1 0 1 2 p
P P
1 t
(•) as funções e são contínuas em I ;
(t − 1) sen(t) (t + 1) sen(t)
(•) 2 ∈ I .
tem-se:
(•) o PVI (1) admite innitas soluções: y(t) = tet + Kt, com K ∈ R;
Exemplo 39. (Exercício 23) Seja p ∈ C(R) e y(t) uma qualquer solução
da ED,
dy
+ p(t)y = 0
dt
Qual o maior intervalo aberto onde y(t) é válida?
Se y(t) atingir um valor positivo, porque razão será y(t) sempre positiva ao
longo de todo o seu domínio?
Se y(t) atingir um valor negativo, porque razão será y(t) sempre negativa
ao longo de todo o seu domínio?
Assim,
2
y(t) = e2t +Kt
Exemplo 41. Uma barra de metal com uma temperatura inicial de 20◦ C é
colocada num recipiente com água a ferver. Estime o tempo que levará para
a barra atingir 90◦ C, se a sua temperatura aumentar 2◦ C em 1 segundo.
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 60
▶ Misturas
(•) uma outra salmoura é bombeada para dentro do tanque a uma taxa
(Supõe-se que a salmoura dentro do tanque está a ser mexida por forma
a que a mistura se mantenha homogénea.)
Esquematicamente:
' $
& %
Exemplo 42. (Exercício 35) Admita que um grande tanque para misturas
contenha inicialmente 300 litros de água, no qual foram dissolvidos 50 quilos
de sal. Uma outra solução de sal é bombeada para dentro do tanque a uma
taxa de 3 ℓ/min. Quando a solução está bem misturada, ela é bombeada
para fora do tanque a uma taxa (menor) de 2 ℓ/min. Se a concentração da
solução que entra for de 2 Kg/ℓ, determine a quantidade de sal presente no
tanque ao m de 10 minutos.
' $
2
3
50
& %
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 63
▶ Equações
autónomas
(•) y ′ = y 2 + 1
(•) y ′ = (y − 1)(y + 1)
y ′ = f (y)
y(t) = k
& %
' $
Exemplo esquemático:
& %
Exemplo esquemático:
& %
Exemplo esquemático:
& %
' $
Exemplo esquemático:
& %
(•) Se y=a e y=b são pontos críticos consecutivos da equação (11), com
a < b, e y(t) é uma solução crescente tal que a < y(t0) = y0 < b, então
lim y(t) = a
t→−∞
e lim y(t) = b
t→+∞
' $
Exemplo esquemático:
& %
(•) Se y=a e y=b são pontos críticos consecutivos da equação (11), com
a < b, e y(t) é uma solução decrescente tal que a < y(t0) = y0 < b, então
lim y(t) = b
t→−∞
e lim y(t) = a
t→+∞
' $
Exemplo esquemático:
& %
& %
& %
& %
(•) Se 0 < y < 2, então f (y) > 0. Em particular, as soluções cujos grácos
se situam entre as rectas y = 0 e y = 2 são funções crescentes;
(•) Se y < 0 ou y > 2, então f (y) < 0. Em particular, as soluções cujos
grácos se situam abaixo da recta y = 0 ou acima da recta y = 2 são
funções decrescentes.
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 78
' $
& %
para todo t ∈ R. Como f (y) > 0 no intervalo ]0, 2[, resulta que η(t) é sempre
crescente. Além disso,
lim η(t) = 2 e lim η(t) = 0
t→−∞
t→+∞
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 79
−∞ 0 1 2 +∞
y ′ = f (y) − 0 + + + 0 −
y(t) ↘ ↗ ↗ ↘
y ′′ = (1 − y)f (y) − + 0 − +
Inf.
T S T S
y(t)
Logo η(t) tem uma inexão quando o seu gráco intersecta a recta y = 1.
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 80
' $
& %
' $
& %
Gracamente:
' $
& %
Se, numa vizinhança de y0, f (y) > 0 à direita de y0 e f (y) < 0 à esquerda
de y0, então y = y0 é um ponto de equilíbrio instável.
Ainda, se f é diferenciável e se f ′(y0) > 0, então y = y0 é um ponto de
equilíbrio instável.
Gracamente:
' $
& %
& %
& %
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 87
▶A
equação logística
f (P ) = 0 ⇔ kP (M − P ) = 0 ⇔ P =0 ou P =M
(•) a recta P = M/2 dene as ordenadas dos pontos de inexão das funções
logísticas que satisfazem P (t0) = y0, com 0 < y0 < M . Nestes pontos a
taxa de crescimento é máxima, começando esta a diminuir precisamente
a partir da altura em que a população atinge metade da sua capacidade.
Com efeito,
d2 P df dP
= = k(M − 2P )[kP (M − P )]
dt2 dP dt
e, portanto,
' $ 0 M/2 M
P ′ = f (P ) + + +
P (t) ↗ ↗
P ′′ = k(M − 2P )f (P ) +
S
0 −
T
P (t) Inf.
& %
1 1 1
dP = k dt ⇔ + dP = M k dt
P (M − P ) P M −P
Logo,
P
log = M kt + A (A ∈ R)
M −P
e, portanto,
M BeM kt MB
P (t) = = (B ∈ R)
1 + Be M kt B + e−M kt
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 91
' $
& %
[As funções logísticas que satisfazem P (t0 ) = y0 , com 0 < y0 < M , são sempre crescentes.]
onde a(t), b(t), c(t) e d(t) são funções reais de variável real contínuas num
certo intervalo aberto I ⊆ R, com a(t) não identicamente nula em I .
t3y ′′ + y ′ + t5y = et
é linear.
′
y ′′y ′ + y 5 = t + 3 e y ′′ + 4ey = y − 3
onde a(t), b(t), c(t) e d(t) são funções reais de variável real contínuas num
certo intervalo aberto I ⊆ R, com a(t) não identicamente nula em I .
(•) A equação (14) acima denomina-se muitas vezes por equação completa,
enquanto a equação
a(t)y ′′ + b(t)y ′ + c(t)y = 0
(•) Chama-se solução geral da equação (14) ao conjunto formado por todas
as soluções desta equação.
(•) Chama-se solução particular da equação (14) a qualquer uma das
soluções desta equação.
(•) Fixados t0 ∈ I e y0, y1 ∈ R, chama-se problema de Cauchy ao problema
de valores iniciais (PVI),
a(t)y ′′ + b(t)y ′ + c(t)y = d(t), y(t0) = y0 e y ′(t0) = y1
2y ′′ − y = et
y y0
Fixando, na faixa, t0 ∈ I , y0 ∈ R
e a inclinação y1 ∈ R , onde tg α = y1 t t0
& %
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 99
1 1 cos(2t)
y ′′ + y′ + y= , y(0) = 4 e y ′(0) = 5
t−2 t−3 t−4
3 4
1 1 cos(2t)
(•) as funções , e são contínuas em I ;
t−2 t−3 t−4
(•) 0 ∈ I .
▶ Equações
homogéneas
(•) Se t0 ∈ I está xo, qual a solução y(t) desta equação que satisfaz as
(•) Admita que y(t) é uma solução (não identicamente nula) da equação
onde f, g : I → R, a ∈ R e t ∈ I .
Seja I ⊆ R um intervalo aberto. Dada uma sequência (f1, f2) de duas funções
reais denidas e diferenciáveis em I , ao determinante
f (t) f (t)
1 2
W (f1, f2)(t) :=
′
f1(t) f2′ (t)
determine g(t).
W (f1, f2)(t0) ̸= 0
então, em particular,
αf1(t0) + βf2(t0) = 0
αf ′ (t ) + βf ′ (t ) = 0
1 0 2 0
Como
f (t ) f (t )
1 0 2 0
̸ W (f1, f2)(t0) =
0= ⇒ α=β=0
f ′ (t0) f ′ (t0)
1 2
(•) Se
W (f1, f2)(t0) ̸= 0
tem-se
f1(t) f2(t) sen t cos t
W (f1, f2)(t) = = = −1
′
f1(t) f2′ (t) cos t − sen t
(•) Se alguma das soluções y1 (t) ou y2 (t) for identicamente nula em I , então
(•) Admita-se que nem y1 (t) nem y2 (t) são identicamente nulas em I e
∀t ∈ J y2(t) ̸= 0
Tem-se:
!′
y1(t) y1′ (t)y2(t) − y1(t)y2′ (t) W (y1, y2)(t)
∀t ∈ J = 2
=− 2
=0
y2(t) y2 (t) y2 (t)
∀t ∈ I y1(t) = Ky2(t)
onde p(t), q(t) são funções reais contínuas denidas em I . Seja (y1, y2) uma
sequência de duas soluções no intervalo I da ED (15).
(•) A sequência de soluções (y1, y2) é linearmente independente se, e só se,
para algum t0 ∈ I vale
W (y1, y2)(t0) ̸= 0
onde p(t), q(t) são funções reais contínuas em I . Seja ainda S o espaço
vectorial real das soluções da equação (16).
Φ: S −→ R2
y(t) 7−→ (y(t0), y ′(t0))
2 = dim R2 = dim S
onde p(t), q(t) são funções reais contínuas em I . O conjunto das soluções
em I da equação (17) é um espaço vectorial real de dimensão dois.
Em particular, se
(u1(t), u2(t))
y ′′ − 3y ′ + 2y = 0
Logo,
O Teorema de Abel
Seja I ⊆ R um intervalo aberto e considere-se a equação homogénea,
Admita-se que y1(t) e y2(t) são duas soluções desta ED. Então,
Mostrámos assim que o wronskiano W (y1, y2)(t) das soluções y1(t) e y2(t) é
solução da equação diferencial linear homogénea de 1a ordem,
y ′ + p(t)y = 0
Logo,
R
W (y1, y2)(t) = c e− p(t) dt (c ∈ R)
Exemplo 59. Se (y1, y2) for uma sequência de duas soluções da equação
diferencial
Consequentemente,
[∀ t ∈ I W (y1, y2)(t) = 0] ou [∀ t ∈ I W (y1, y2)(t) > 0]
Se
W (y1, y2)(2) = 3
− 2t +1 √
W (y1, y2)(t) = 3e ⇒ W (y1, y2)(4) = 3 e
Admita-se que se conhece uma solução (não nula e positiva) ϕ(t) de (19).
Seja y(t) uma qualquer solução da equação (19). Pelo Teorema de Abel,
R
W (ϕ(t), y(t)) = Be− p(t) dt
Logo R
′ ϕ′(t) e− p(t) dt
y − y=B (20)
ϕ(t) ϕ(t)
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 119
ou seja,
R
e− p(t) dt
Z
y(t) = Aϕ(t) + Bϕ(t) dt (21)
2
ϕ (t)
Tem-se que
R
e− p(t) dt
Z
ϕ(t) e ϕ(t) dt
ϕ2(t)
são duas soluções linearmente independentes da equação (19), pois
R
Z − p(t) dt
e −
R
p(t) dt ̸= 0
W ϕ(t), ϕ(t) dt=e
ϕ2(t)
(t − 1)y ′′ − ty ′ + y = 0 (t > 1)
Seja ϕ(t) uma solução (positiva e não nula) da equação (22) e tome-se
(ϕ, ϕv)
constituirá um s.f.s. da equação (22), pelo que desta forma ca determinada
0 = y ′′ + py ′ + qy
donde
ϕ′(t)
" #
v ′′ + p(t) + 2 v′ = 0 (24)
ϕ(t)
(Note-se o desaparecimento de v .)
ϕ′(t) ϕ′(t)
! !
0 = v ′′ + p(t) + 2 v ′ = u′ + p(t) + 2 u
ϕ(t) ϕ(t)
donde
ϕ′ (t)
R
B e−
R
p(t) dt
− p(t)+2 ϕ(t) dt
u(t) = B e = (B ∈ R)
ϕ2(t)
e, portanto, R
e− p(t) dt
Z
y(t) = ϕ(t)v(t) = Aϕ(t) + Bϕ(t) 2
dt
ϕ (t)
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 124
Tem-se
R
e− p(t) dt
Z R
W ϕ(t), ϕ(t) = e− p(t) dt ̸= 0
ϕ2(t)
pelo que
R
e− p(t) dt
Z
ϕ(t), ϕ(t)
ϕ2(t)
método da redução da
O método descrito é usualmente designado por
(t − 1)y ′′ − ty ′ + y = 0 (t > 1)
y ′ = v + tv ′ e y ′′ = 2v ′ + tv ′′
Gracamente:
& %
Exemplo 64. (Exercício 56) Justique que não existe nenhuma equação
diferencial da forma
y ′′ + p(t)y ′ + q(t)y = 0 (p, q ∈ C(R))
que admita como soluções as funções y1(t) := et e y2(t) := (t2 − 1)e2t.
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 127
é sol. de (25)
ϕ(t) = ewt ′′ ′
⇔ ewt +a ewt + bewt =0 ⇔ ewt (w2 + aw + b) = 0
⇔ w2 + aw + b = 0 ⇔ w é raiz de p
onde u(t) e v(t) são funções reais de variável real. Se ϕ(t) é solução da
equação (25), então o mesmo sucede às funções u(t) e v(t).
Com efeito:
é sol. de (25)
ϕ(t) ⇔ (u + iv)′′ + a(u + iv)′ + b(u + iv) = 0
⇔ u′′ + au′ + bu + i(v ′′ + av ′ + bv) = 0
e
⇔ u′′ + au′ + bu = 0 v ′′ + av ′ + bv = 0
⇔ u(t) e v(t) são sol. de (25)
NOTA: Este último resultado vale mais geralmente para as EDO homogéneas
da forma
a(t)y ′′ + b(t)y ′ + c(t)y = 0
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 130
1)
(1 Se o polinómio característico da equação (26) admitir duas raízes reais
w1 ̸= w2, então a solução geral da equação (26) é:
Com efeito:
Com efeito:
raiz de p ⇒ e(α+iβ)t = eαt cos(βt) + ieαt sen(βt) sol. de (26)
α + iβ
⇒ eαt cos(βt),eαt sen(βt) sol. de (26) por (65)
Como
∀t ∈ R W (eαt cos(βt), eαt sen(βt)) = βe2αt ̸= 0
logo
(eαt cos(βt), eαt sen(βt)) é s.f.s. de (26)
p := r2 − 3r + 2
(et, e2t)
p := r2 − 2r + 1
(et, tet)
p := r2 − 4r + 13
d2 y
d dy d dy −1 d dy −1 dy d −1
= = × 2 = × 2 + ×
dx2 dx dx dx dz x dx dz x dz dx x2
2
d dy dz −1 dy 2 d y −1 −1 dy 2
= × × 2 + × 3= × × + ×
dz dz dx x dz x dz 2 x2 x2 dz x3
d2 y 1 dy 2
= 2× 4+ × 3
dz x dz x
Substituindo na equação diferencial:
2 d2 y d2 y
4d y 3 dy 4 1 dy 2 3 dy −1
0=x + 2x − y = x × + × + 2x × 2 −y = 2 −y
dx2 dx dz 2 x4 dz x3 dz x dz
Donde
y(z) = Aez + Be−z (A, B ∈ R) ⇒ y(x) = Ae1/x + Be−1/x (A, B ∈ R)
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 137
p := r3 − 7r + 6
são
r=1 r=2 e r = −3
p := r3 − r2 − 8r + 12
são
r=2 e r = −3
é uma base do espaço das soluções da equação diferencial dada, pelo que
p := r6 + 2r5 − 2r3 − r2
são
Logo
(1, t, et, e−t, te−t, t2e−t)
p := r3 − 4r2 + 13r
são
r=0 r = 2 + 3i e r = 2 − 3i
é uma base do espaço das soluções da equação diferencial dada, pelo que
são
r=1 r =2+i e r =2−i
é uma base do espaço das soluções da equação diferencial dada, pelo que
(RESPOSTA: y(t) = A cos(t) + B sen(t) + Cet cos(2t) + Det sen(2t), com A, B, C, D ∈ R.)
(RESPOSTA: y(t) = Ae−t + Bte−t + Ct2 e−t + Det + Etet + F t2 et , com A, B, C, D, E, F ∈ R.)
▶ Equações
2 d2 y dy
x + αx + βy = 0 (x > 0; α, β ∈ R) (31)
dx2 dx
soluções da forma
y(x) = xr (r ∈ C)
Então,
(•) Suponha-se agora que o polinómio p admite uma raiz real dupla r1 .
Então,
y1(x) := xr1
y(x) := xr1+ir2
xr1+ir2 = xr1 xir2 = xr1 eir2 log x = xr1 cos(r2 log x) + ixr1 sen(r2 log x)
Tem-se:
Como
então,
1, x−4
Tem-se:
Como
r(r − 1) + 3r + 1 = 0 ⇔ r = −1 (dupla)
então,
−1 −1
x , x log x
Tem-se:
Como
então,
dy dy dt dy 1
= × = ×
dx dt dx dt x
d2 y d dy d dy 1 d dy 1 dy d 1
= = × = × + ×
dx2 dx dx dx dt x dx dt x dt dx x
d2y
!
d dy dt 1 dy 1 1 1 dy 1
= × × − × 2= × × − × 2
dt dt dx x dt x dt2 x x dt x
d2 y 1 dy 1
= 2 × 2− × 2
dt x dt x
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 156
2 d2 y dy
0=x 2
+ αx + βy
dx dx
d2y
!
1 dy 1 dy 1
= x2 × − × + αx × + βy
dt2 x2 dt x2 dt x
d2y dy
= 2 + (α − 1) + βy
dt dt
d2 y dy
2
+ (α − 1) + βy = 0
dt dt
cuja equação característica associada
r2 + (α − 1)r + β = 0
▶ Equações
completas
θ(t) − γ(t)
(•) Se θ(t) e γ(t) são soluções da equação completa e A, B ∈ R são tais que
A + B = 1, então
Aθ(t) + Bγ(t)
Esquematicamente:
y(t) = ϕ(t)
| {z }
+ |C1u1(t) + C u (t)
{z 2 2 }
(C1, C2 ∈ R)
yp(t) yh(t)
então
(36):
Se considerarmos
Ora,
yp′ = u′1y1 + uy1′ + u′2y2 + u2y2′
Se considerarmos
′
u′1y1 + u′2y2 = 0 ′ ′
0 = u1y1 + u2y2 = u′′1y1 + u′′2y2 + u′1y1′ + u′2y2′
⇒
donde
0 0
q q
z }| { z }| {
r(t) = u1(y1 + p(t)y1 + q(t)y1) + u2(y2 + p(t)y2 + q(t)y2) + u′1y1′ + u′2y2′
′′ ′ ′′ ′
= u′1y1′ + u′2y2′
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 166
1 ′ 1 2
y ′′ + y − 2y= (x > 0)
x x x
A equação homogénea associada
1 ′ 1
y ′′ + y − 2 y = 0 (x > 0) ⇔ x2y ′′ + xy ′ − y = 0 (x > 0)
x x
é uma equação de Euler cuja equação indicial associada é
onde
0
x −1
−1
−x−2
2x
′ (x) = = x−1
u
x x−1
−2
1 −x
x−1′
x u (x) 0
= ⇔
1 −x−2 v ′(x) 2x−1
x 0
1 2x −1
′ (x) =
= −x
v −1
x x
1 −x−2
Primitivando, resulta
x
= x log x − + Ax + Bx−1
2
= x log x + Ax + Bx−1 (A, B ∈ R)
(D2 + 4D + 4)y = 0 ⇔ y ′′ + 4y ′ + 4y = 0
associada é
r2 + 4r + 4 = 0 ⇔ r = −2 (dupla)
Logo
onde
e−2t te−2t u′(t) u′(t) = −1/t
0
= ⇔
−2e−2t e−2t(1 − 2t) v ′(t) t−2e−2t v ′(t) = 1/t2
y ′′ + ay ′ + by = 0 (38)
(•) Se r = α for uma raiz real com multiplicidade k ∈ N, então a esta raiz
estão associadas as k funções
eαt, teαt, . . . , tk−1eαt
funções:
e−2t cos(8t), te−2t cos(8t), t2e−2t cos(8t)
e (6 funções)
e−2t sen(8t), te−2t sen(8t), t2e−2t sen(8t)
com multiplicidade 4.
(•) À função R(t) := te−9t cos(t) corresponde a raiz complexa r = −9 + i
com multiplicidade 2.
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 176
& %
problema inverso
(•) 3 + 6tet −−−−−−−−−−−−→ raízes r = 0 simples e r = 1 dupla
problema inverso
(•) 17 sen(2t) −−−−−−−−−−−−→ raiz r = 2i simples
Iremos estudar alguns sistemas dinâmicos lineares, onde para cada um deles o
d2 x dx
a 2 +b + c x = F (t) ⇔ ax′′ + bx′ + cx = F (t)
dt dt
diferentes alongamentos.)
(•) A posição de equilíbrio do corpo C é a posição do centro de gravidade
de C quando este estabiliza.
posição de equilíbrio.
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 183
Sistema massa-mola
' $
& %
Equacionando o sistema
Existirá uma equação diferencial que descreva o deslocamento
do corpo C em função do tempo t?
Ora, pela Segunda Lei de Newton do Movimento
d
ma = (mx′) = F (massa × aceleração = força)
dt
(F força resultante de todas as forças aplicadas ao corpo C ). Desta lei resulta
Existem várias forças que podem actuar sobre o corpo C . Vamos analisar
apenas quatro tipos de forças, assumindo que nos problemas a estudar as
Fs = −k(L + x)
& %
adoptamos a seguinte:
ou seja,
mx′′ + γx′ + kx = mg − kL + f (t)
Fg + Fs = 0 ⇔ mg − kL = 0
Logo,
mx′′ + γx′ + kx = f (t)
equação do movimento
f (t) = 0 e γ>0 −−−−−−−−−−−−−−−−−−−−→ mx′′ + γx + kx = 0
equação do movimento
f (t) ̸= 0 e γ=0 −−−−−−−−−−−−−−−−−−−−→ mx′′ + kx = f (t)
equação do movimento
f (t) ̸= 0 e γ>0 −−−−−−−−−−−−−−−−−−−−→ mx′′ + γx + kx = f (t)
onde
A > 0 e 0 ≤ ϕ0 < 2π .
x(t) = C sen(ω0 t) + D cos(ω0 t)
(•) (C, D ∈ R)
(•) (C, D) = C 2 + D2(cos(ϕ0), sen(ϕ0)) (coordenadas polares)
p
p
(•) x(t) = C sen(ω t) + D cos(ω t) = C 2 + D2[cos(ϕ ) sen(ω t) + sen(ϕ ) cos(ω t)]
0 0 0 0 0 0
p
= C 2 + D2 sen(ω0 t + ϕ0 )
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 191
Gracamente:
' $
& %
' $
2π 2π p
(•) =T = ⇒ 3 = ω0 = k/m
3 ω0
(•) γ = 0, f (t) = 0
(•) ′′ ′′ 2
mx + kx = 0 ⇒ 0 = x + ω0 x = x + 9x′′
(•) x(t) = A cos(3t) + B sen(3t) (A, B ∈ R)
(•) ′
x(0) = 1, x (0) = 3 ⇒ x(t) = cos(3t) + sen(3t)
& %
√
[Gráco de x(t) ]
π
⇒ x(t) = 2 sen 3t + 4
m
mx′′ + kx = f (t)
ideias, que
f (t) = A0 cos(ωt)
p(r) := mr2 + k
Tem-se:
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 194
(•) Se ω ̸= ω0 , então
A0
q
x(t) = A cos(ω0t) + B sen(ω0t)} + cos(ωt) ω0 := k/m
| {z 2
m ω0 − ω 2
xh (t) | {z }
xP (t)
Neste caso, devido a xP (t), vemos que |x(t)| toma valores arbitrariamente
grandes quando t → +∞.
Este fenómeno, consequência da frequência natural da força externa, isto
é ω , igualar a frequência natural do deslocamento, isto é ω0 , é usualmente
é
A0 − cos(ωt) + cos(ω0t) q
x(t) = com ω0 := k/m
m ω 2 − ω02
! !
A0 − cos(ωt) + cos(ω0t) A0 t sen(ωt) A0
lim = lim = t sen(ω0t)
ω→ω0 m ω 2 − ω02 ω→ω0 m 2ω 2mω0
um suporte rígido. Sabe-se que após ser preso à mola, o corpo provoca
Matricialmente,
′
x A B x h1(t)
= +
y′ C D y h2(t)
| {z }
matriz
do
sistema
é solução do sistema
x′ = 2x − y + t ′
x 2 −1 x t
⇔ = +
y ′ = 3x − 2y + t
y ′ 3 −2 y t
Matricialmente,
′
x 1 −1 x 1 x(0) 0
= + e =
y′ 1 1 y 1 y(0) 0
O método da eliminação
Este método consiste em eliminar uma das variáveis e reduzir o problema a
uma única equação linear de 2a ordem na outra variável.
Exemplo 108. (Exercício 83 f)) Resolva o seguinte problema homogéneo:
!′ ! ! ! !
x 1 −5 x x(0) 1
= e =
y 1 −3 y y(0) 1
3 4
2
1 5
6
y ′ + x − y = 1
3 4
2
1
5
6
′
(39)
y = g(x, y)
onde f e g são funções escalares nas variáveis reais x e y. Uma sistema de
ED deste tipo designa-se por sistema de equações diferenciais autónomo
ou, simplesmente, sistema autónomo (utiliza-se esta terminologia quando
as funções f e g não dependem, explicitamente, da variável independente t).
Seja
x = x1(t) e y = y1(t) ( t ∈ I , I ⊆ R intervalo aberto)
Caso seja possível resolver (40) e obter a solução geral (na forma implícita)
H(x, y) = k (k ∈ R) (41)
tem-se que (41) é uma equação para as trajectórias do sistema (39). Isto é,
as trajectórias do sistema (39) estão contidas nas curvas de nível de H(x, y).
(Não existe nenhum método geral de resolução da equação (40), pelo que
este método de calcular as trajectórias só se aplica em casos especiais.)
onde
dy
dy dy dx dy dt = − x
= × ⇒ = dx ⇒ x2 + y 2 = k 2 (k ∈ R)
dt dx dt dx y
dt
' $
& %
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 207
y ′ = g(x, y)
diz-se uma solução de equilíbrio deste sistema e ao ponto do plano (x∗, y∗)
dá-se o nome de ponto de equilíbrio ou ponto crítico do sistema (39).
Observe-se que as órbitas das soluções de equilíbrio reduzem-se a um ponto
do plano. Precisamente, o ponto de equilíbrio.
′
y = g(x, y)
e admita-se que
(x(t), y(t)) = (x∗, y ∗)
dy
=x
dt
▶ Estabilidade:
caso linear
x′ = Ax + By
x ′ !
A B
!
x
!
⇔ = (42)
′
y = Cx + Dy y′ C D y
Além disso,
x′ = Ax
x(t) = C1eAt = C1eλ1t
⇔ (C1, C2 ∈ R)
y ′ = Dy
y(t) = C eDt = C eλ2t
2 2
⇔ λ2 − (A + D)λ + AD − BC = 0
⇔ λ2 − tr(U
U )λ + det(U
U) = 0
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 213
(•22 ) Um valor próprio real (duplo) λ1. Neste caso a solução geral do
sistema é:
x(t) = C1eλ1t + C2teλ1t
′
y = Cx + Dy
Algumas trajectórias
do sistema (43)
& %
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 219
Algumas trajectórias
do sistema (44)
& %
DM FCT-UNL: ANÁLISE MATEMÁTICA IV-B (Ano 2023-V1) A. PATRÍCIO
1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 220
Algumas trajectórias
do sistema (45)
& %
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 221
Seja
x′ = f (x, y)
′
(47)
y = g(x, y)
existe Dε (disco de centro em (x∗, y∗) e raio ε > 0), tal que (x∗, y∗) é o
único ponto de equilíbrio do sistema (47) no interior de Dε;
(•) o jacobiano
∂f ∂f
∗ ∗ ∗ ∗
(x , y ) (x , y )
∂x ∂y
̸= 0
∂g ∂g ∗ ∗
∗ ∗
(x , y ) (x , y )
∂x ∂y
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 223
0
+ |a12(x − x∗)2 + a22(x − x∗)(y
{z
− y ∗ ) + a (y − y ∗ )2 + · · ·
21 }
||
F (x − x∗, y − y ∗)
" #
∂g ∂g
g(x, y) = g(x∗ , y ∗ ) + (x − x ∗ ) + (y − y ∗ )+
| {z } ∂x (x∗,y∗) ∂y (x∗,y∗)
||
0
+ |b12(x − x∗)2 + b22(x − x∗)(y
{z
− y ∗ ) + b (y − y ∗ )2 + · · ·
21 }
||
G(x − x∗, y − y ∗)
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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Slide Nº 224
′
(49)
y = 6x − y + 2xy
′
(50)
y = x − 2y