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Resumo
Neste trabalho estudamos uma parte da vasta aplicacão do Lema Fundamental do Cálculo das
Variações. Tais aplicações são problemas de otimização na busca de máximos ou mínimos do
Cálculo Diferencial para funcionais.
Palavras-chave
Multiplicadores de Lagrange, Problema Isoperimétrico, Superfícies Mínimas, Variações.
1 Introdução
O Cálculo das Variações nos fornece técnicas analíticas para obter soluções
de problemas do seguinte tipo:
hu, vi = u = u1 v1 + . . . + un vn .
3 Aplicações
Z 1
d d 0 0
S[α + sε] = ||α (t) + sε (t)|| dt = 0, ∀ε ∈ [0, 1]
ds s=0 ds 0 s=0
(1)
Na equação (5), podemos derivar sob o sinal de integral pelo Teorema de
Leibnitz para integrais, e o cálculo de
Z 1
d d 0 0
S[α + sε] = kα (t) + sε (t)kdt =0
ds s=0 0 ds s=0
Revista de Matemática de Ouro Preto v.1 pp:32-50 2017 32
Universidade Federal de Ouro Preto
1
α0 (t) 0
Z
d
S[α + ε] = , ε (t) dt (3)
ds 0 kα0 (t)k
Aplicando a integração por partes na integral da equação (3), e utilizando o
fato de ε(0)= ε(1) = 0
Z 1 0
d d α (t)
S[α + sε] =− ε(t), dt = 0, ∀ε(t) ∈ [0, 1]
ds s=0 0 dt ||α0 (t)||
(4)
2
Sendo
0
é valida para todo ε(t) de classe C , o que nos leva a
(4)
d α (t)
0
= α00 (t) = 0.
dt kα (t)k
Para que a α00 (t) seja o vetor nulo, α0 (t) deve ser uma constante vetórial e
isto ocorre se, somente se α(t) for um segmento de reta.
α(t) = (cos θ(t) sin φ(t), sin θ(t) sin φ(t), cos φ(t)).
(−sinθ(t) sin φ(t)+cos θ(t) cos φ(t), cos θ(t) sin φ(t)+sin θ(t) cos φ(t), − sin φ(t))φ0 (t)
Revista de Matemática de Ouro Preto v.1 pp:33-50 2017 33
Universidade Federal de Ouro Preto
kα0 (t)k = (θ0 )2 sin2 φ(t) + (φ0 )2 (cos2 φ(t) + sin2 φ(t))
dφ = φ0 (t)dt (6)
θ(t) = θ(φ(t))
θ0 (t)
θ0 (t) = θ0 (φ(t))φ0 (t) ←→ φ0 (t) = (7)
θ0 (φ(t))
Estas equações nos levam a uma equação diferencial que nos conduziarão à
obtenção da natureza da curva de menor comprimento que une P e Q.
Z φQ q
d d 2 0 2
S[θ + sθ̄] = sin φ[(θ(φ) + sθ̄(φ)) ] + 1 dφ =
ds s=0 ds φP s=0
Z φQ q
d d 2
S[θ + sθ̄] = sin φ[(θ(φ) + sθ̄(φ))0 ]2 + 1 dφ =
ds s=0 φP ds s=0
! !
φQ
2 sin2 φ[θ0 (φ) + sθ̄0 (φ)]θ̄0
Z
= p 2 dφ
φP 2 sin φ[θ0 (φ) + sθ̄0 (φ)]2 + 1 s=0
Figura 4: Relação
.
Com a hipótese que f (x) > 0, para todo x, teremos que a superfície de
revolução estudada é uma superfície parametrizada regular (i.e, Xx × Xθ 6= 0),
podemos obter dois vetores distintos:
∂
• [X(x, θ)] = Xx = (1, f 0 (x)cos(θ), f 0 (x)sen(θ)) ;
∂x
∂
• [X(x, θ)] = Xθ = (0, −f (x)sen(θ), f (x)cos(θ))
∂θ
X(x)×X(θ) = (f (x)f 0 (x), − cos(θ)f (x), − sin(θ)f (x)) = (f (x)(f 0 (x), − cos(θ), − sin(θ))
Z b p
= f (x) 1 + (f 0 (x))2 θ|2π
0 dx
a
Z b p
= 2π f (x) 1 + (f 0 (x))2 dx.
a
Z b
d d p
0 2
A(f + sg) = 2π (f (x) + sg(x)) 1 + (f (x) + sg(x)) dx =
ds s=0 ds a s=0
Z b
d p
0 2
= 2π (f (x) + sg(x)) 1 + (f (x) + sg(x)) )dx =
a ds s=0
Revista de Matemática de Ouro Preto v.1 pp:38-50 2017 38
Universidade Federal de Ouro Preto
! !
b
(f (x) + sg(x))(f 0 (x) + sg(x))g 0 (x)
Z p
= 2π g(x) 1 + (f 0 (x) + sg(x))2 + 1 dx =
a (1 + (f 0 (x) + sg(x))2 ) 2 s=0
!!
b
g 0 (x)f (x)f 0 (x)
Z p
= 2π g(x) 1 + (f 0 (x))2 + 1 dx =
a (1 + (f 0 (x)2 ) 2
! !
Z b Z b 0 0
p
0 2
g (x)f (x)f (x)
= 2π (g(x) 1 + (f (x)) )dx + 1 dx =0 (9)
a a (1 + (f 0 (x)2 ) 2
" # b !
b
g(x)f (x)f 0 (x) (f (x)f 00 (x) + (f 0 (x))2 + (f 0 (x))4 )
Z
1 − g(x) 3 dx =
(1 + (f 0 (x)2 ) 2 a
a (1 + (f 0 (x)2 ) 2
!
b
(f (x)f 00 (x) + (f 0 (x))2 + (f 0 (x))4 )
Z
− g(x) 3 dx. (10)
a (1 + (f 0 (x)2 ) 2
! !
Z b Z b 00 0 2 0 4
p (f (x)f (x) + (f (x)) + (f (x)) )
= 2π (g(x) 1 + (f 0 (x))2 )dx − g(x) 3 dx =
a a (1 + (f 0 (x)2 ) 2
! !
b
(f (x)f 00 (x) + (f 0 (x))2 + (f 0 (x))4 )
Z p
= 2π g(x) 1 + (f 0 (x))2 − 3 dx = 0.
a (1 + (f 0 (x)2 ) 2
1 3
(1 + (f 0 (x))2 ) 2 (1 + (f 0 (x)2 ) 2 − (f (x)f 00 (x) + (f 0 (x))2 + (f 0 (x))4 ) = 0
f (x)
p =C
1 + (f 0 (x))2
p f (x)
1 + (f 0 (x))2 =
C
p 2 f (x) 2
1 + (f 0 (x))2 =
C
2
0 2 f (x)
1 + (f (x)) =
C
2
0 2 f (x)
(f (x)) = −1
C
s 2
0 f (x)
f (x) = −1
C
f 0 (x)
r 2 =1 (12)
f (x)
C
−1
f (x)
Utilizando substituição simples na equação (13): u = , Cdu =
C
f 0 (x)dx.
Z ! Z
1
C p du = 1dx (14)
(u)2 − 1
Realizando a substituição trigonométrica na equação (14): u = cosh(t),
du = sinh(t)dt.
Z !
sinh(t)
C p dt = x + D (15)
(cosh(t))2 − 1
Z
C qsinh(t) dt = x + D
sinh2 (t)
Z
sinh(t)
C dt = x + D
|sinh(t)|
x+D−E x D−E
Z
±C 1dt = x+D ↔ ±Ct+E = x+D ↔ t = ↔t=± ±
±C C C
x
t=± ±K
C
f (x)
Substituindo o valor de t obtido em u = cosh(t) da equação (15) e u =
C
da equação (14) :
f (x) x
u = cosh(t) ↔ = cosh ± ± K
C C
Para a igualdade da equação (9) seja verdadeira, a função que representa
a distância do eixo
xde revolução
e o ponto contido na superfície do objeto é
f (x) = C cosh ± ± K , ou seja uma catenária.
C
Realizando variação da curva α que contém comprimento l fixo, para uma curva
α + s que mantém o mesmo perímetro l de α, sendo que 1 (0) = 2 (0) =
1 (l) = 2 (l) = 0, teremos
d
S[α + s] =0
ds s=0
ou
d
S[α + s] =
ds s=0
Z `
d 1 0 0 0 0
= (x + s1 )(y + s2 ) − (y + s2 )(x + s1 ) − λkα + s k dt =
ds 0 2 s=0
Z `
d 1 0 0 0 0
= (x + s1 )(y + s2 ) − (y + s2 )(x + s1 ) − λkα + s k dt =
0 ds 2 s=0
Revista de Matemática de Ouro Preto v.1 pp:43-50 2017 43
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Z `
1 0 0 0 0
= [(1 )(y + s2 ) + (x + s1 )(2 ) − (2 )(x + s1 ) − (y + s2 )(1 ) )]dt −
2 0 s=0
!
1 0 (x + s1 )0 + 2 0 (y + s2 )0
Z
− λ dt =
(x + s1 )0 ]2 + [(y + s2 )0 ]2
p
s=0
Realizando s=0.
`
1 0 x0 + 2 0 y 0
Z
1 0
[y 1 + x(2 )0 − x0 2 − y(1 )0 ] − λ p dt (16)
0 2 (x0 )2 + (y 0 )2
Dividiremos a integral da equação (16) em 3 diferentes, para obter uma
relação entre os elementos contidos dentro de cada integral. A segunda e na
terceira integral utilizaremos o método de integração por partes para obter o
1 e 2 pois sabemos o valor que eles assumem nas extremidades. Também
utilizaremos o fato de α ter parametrização por comprimento de arco que ||α|| =
p
(x0 )2 + (y 0 )2 = 1.
Z ` Z ` Z `
1 1 0 0
0
y 1 − x 2 dt + 0
x(2 ) − y(1 ) dt − λ (1 )0 x0 + (2 )0 y 0 dt =
2 0 2 0 0
Z ` Z ` Z `
1 0 0 1 0 0
= h(y , −x ), (1 , 2 )i dt+ h(y , −x ), (1 , 2 )i dt+λ h(x00 , y 00 ), (1 , 2 )i dt
2 0 2 0 0
Somando as integrais.
Z `
1 1
= h(y 0 , −x0 ), (1 , 2 )i + h(y 0 , −x0 ), (1 , 2 )i + λ h(x00 , y 00 ), (1 , 2 )i dt =
0 2 2
Z `
= h(y 0 , −x0 ), (1 , 2 )i + λ h(x00 , y 00 ), (1 , 2 )i dt =
0
Z `
= h(y 0 + λx00 , −x0 + λy 00 ), (1 , 2 )i dt = 0, ∀1 , 2 ∈ [0, l]
0
y 0 + λx00 = 0
−x0 + λy 00 = 0
Utilizando u = x0 e v = y 0 .
1) v + λu0 = 0
2) −u + λv 0 = 0 ↔ u = λv 0
• x:
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t t
x = λC1 cos + λC2 sin =
λ λ
" #
p λC1 t λC2 t
= (λC1 )2 + (λC2 )2 p cos +p sin =
(λC1 )2 + (λC2 )2 λ (λC1 )2 + (λC2 )2 λ
p
2 2
t t
= (λC1 ) + (λC2 ) sin(δ) cos + cos(δ) sin =
λ λ
p t
x = (λC1 )2 + (λC2 )2 sin δ +
λ
• y:
t t
y = λC1 sin − λC2 cos =
λ λ
" #
p λC1 t λC2 t
= (λC1 )2 + (λC2 )2 p sin −p cos =
(λC1 )2 + (λC2 )2 λ (λC1 )2 + (λC2 )2 λ
p t t
= (λC1 )2 + (λC2 )2 sin(δ) sin − cos(δ) cos =
λ λ
p
2 2
t
y = (λC1 ) + (λC2 ) cos δ +
λ
Como
p t p t
x= (λC1 )2 + (λC2 )2 sin δ + 2 2
e y = (λC1 ) + (λC2 ) cos δ + ,
λ λ
p
segue que o raio do círculo é (λC1 )2 + (λC2 )2 , dado que o mesmo possui
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p p `
2π (λC1 )2 + (λC2 )2 = ` ←→ (λC1 )2 + (λC2 )2 = .
2π
s
0 2 0 2
p ` t ` t
||α|| = (x0 )2 + (y 0 )2 = sin δ + + cos δ + =
2π λ 2π λ
s 2 2
p ` t −l t
= (x0 )2 + (y 0 )2 = cos δ + + sin δ + =
2πλ λ 2πλ λ
s s 2
l2 t t l
= cos2 δ + + sin2 δ + = =
(2πλ)2 λ λ (2πλ)2
`
= = 1 ←→ |λ| = 2π` ←→ λ = 2π`
2π|λ|
Substituindo o valor de λ na equação (21) e (22).
` t ` t
x= sin δ + = sin δ +
2π λ 2π 2π`
` t ` t
y= cos δ + = cos δ +
2π λ 2π 2π`
concluindo a demonstração.
4 Conclusão
5 Agradecimentos
Agradeço a todos que ajudaram para que este trabalho de iniciação cientifica
se tornasse realidade, principalmente ao meu orientador Gil Fidelix de Souza,
pelo suporte, orientação, confiança e apoio na elaboração deste trabalho. Ao
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pela
oportunidade de desenvolver este tema como bolsista.
Às pessoas que sempre estiveram ao meu lado; minha mãe Rosilene, meu
pai Luiz, meu irmão Luigi e aos meus amigos Ana, Bárbara, Isabela, Mônica e
Pedro do #vai time.
Referências
Paris.
[3] J. Eells, The Surfaces of Delaunay. The Math. Int. vol. 9, no 1, Springer-
Verlag New York, (1987), 53-57.