Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Teorema de Divergência
10
META:
Apresentar o teorema de Gauss e algumas de suas aplicações.
OBJETIVOS:
Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de:
Enunciar o teorema de Gauss.
Determinar o divergente de um campo vetorial e determinar o fluxo
de um campo vetorial através de uma superfície fechada em R3 .
PRÉ-REQUISITOS
Os conhecimentos de integrais de funções de valores reais com dó-
minio em R, da disciplina Cálculo I e aula 08.
Teorema de Divergência
10.1 Introdução
190
Cálculo III AULA
10
∂ 2 ∂ ∂
∇ • F = (x yz) + (xy 2 z) + (xyz 2 )
∂x ∂y ∂z
= 2xyz + 2xyz + 2xyz
= 6xyz
191
Teorema de Divergência
∇ • F dxdydz = F • n dσ
D S
z2 (x,y)
∂f3 ∂f3
dV ol = dxdy dz
D ∂z Sxy z1 (x,y) ∂z
192
Cálculo III AULA
Integrando e substituindo os limites temos: 10
∂f3
dV ol = f3 (x, y, z2 (x, y))dxdy −
D ∂z Sxy
− f3 (x, y, z1 (x, y))dxdy
Sxy
f3 (x, y, z2 (x, y))dxdy = f3 nz dσ
Sxy S2
e também:
f3 (x, y, z1 (x, y))dxdy = − f3 nz dσ
Sxy S1
∂f3
dV ol = f3 nz dσ + f3 nz dσ
D ∂z S2 S1
= f3 nz dσ
S2 ∪S1
Como S = S2 ∪ S1 temos:
∂f3
dV ol = f3 nz dσ
D ∂z S
De forma análoga, usando as projeções de D sobre os planos coor-
denados yz e xz podemos deduzir que:
193
Teorema de Divergência
∂f1
dV ol = f3 nx dσ
D ∂x S
e também:
∂f2
dV ol = f2 ny dσ
D ∂y S
∂f1 ∂f2 ∂f3
+ + dV ol = (f1 nx + f2 ny + f3 nz )dσ
D ∂x ∂y ∂z S
F • n = f1 nx + f2 ny + f3 nz
∂f1 ∂f2 ∂f3
∇ • F = + +
∂x ∂y ∂z
E temos então:
∇ • F dV ol = F • n dσ
D S
194
Cálculo III AULA
10
com fronteira suave e que retas paralelas aos eixos coordenados que
atravessem suas projeções cortem S em no máximo dois pontos. È
o caso da região dada pela Fig. 10.2. Observando porém, que se
a região D puder ser decomposta em um número finito de regiões
simples, podemos escrever o teorema da divergência em cada uma
das sub-regiões e somar o resultado, de forma que para a região
D o teorema continue válido. Desta forma podemos enunciar uma
forma mais ampla do teorema da divergência. A saber:
∇ • F dxdydz = F • n dσ
D S
195
Teorema de Divergência
F • n dσ = ∈ _D∇ • F dV ol
S
∂ ∂ ∂
∇ • F = (x) + (y) + (z)
∂x ∂y ∂z
= 3
196
Cálculo III AULA
Daí, temos: 10
F • n dσ = ∈ _D3dV ol
S
= 3 ∈ _DdV ol
= 4πa3
= q
E r
4π0 |r |3
Como r = xi + yj + zkk, colocando φ = |r | = x2 + y 2 + z 2 temos:
= q
E F
4π0
1
onde F = 3 r .
φ
em suas componentes como:
Podemos escrever o vetor F
x y z
F = 3i + 3j + 3 k
φ φ φ
Calculando as derivadas parciais das componentes de F temos:
∂φ
∂ x φ3 − 3xφ2
= ∂x
∂x φ3 φ6
197
Teorema de Divergência
Como φ = |r | = x2 + y 2 + z 2 temos:
∂φ x x
= =
∂x x2 + y 2 + z 2 φ
Logo:
∂ x φ3 − 3x2 φ
=
∂x φ3 φ6
De modo análogo temos:
∂ y φ3 − 3y 2 φ
=
∂y φ3 φ6
e também:
∂ z φ3 − 3z 2 φ
=
∂z φ3 φ6
Somando as três equações temos:
∂ x ∂ y ∂ z 3φ3 − 3(x2 + y 2 + z 2 )φ
+ + =
∂x φ3 ∂y φ3 ∂z φ3 φ6
3 2
3φ − 3φ φ
=
φ6
= 0
Logo como:
∂ ∂ y ∂ z x
∇ • F =
+ + =0
∂x
∂y φ 3 ∂z φ3φ3
= q ∇ • F temos:
E também como ∇ • E
4π0
=0
∇•E
198
Cálculo III AULA
Tomando D∗ como a região entre S e uma esfera centrada na ori- 10
gem e cujo raio a seja suficiente para que S permaneça no interior
da esfera eaplicando o teorema da divergência temos:
E • n dσ = ∇•E
EdV ol = 0
S∪Sa D∗
d
dV ol + v • n dσ = 0
dt D∗ S∗
onde a primeira integral representa a variação total da massa den-
tro da região D∗ e a segunda representa a variação de massa que
penetra em D∗ pela superfície S ∗ .
Usando o teorema da divergência temos:
v • n dσ = ∇ • ( v )dV ol
S∗ D∗
199
Teorema de Divergência
d ∂
dV ol = dV ol
dt D∗ D∗ ∂t
E podemos reformular a equação de balanço de massa para a forma:
∂
+ ∇ • ( ) dV ol = 0
v
D∗ ∂t
Como a integral acima vale ∀D∗ ⊂ D ⊂ R3 podemos dividi-la por
V ol(D∗ ) fazer V ol(D∗ ) tender a zero e usando o teorema do valor
médio para integrais concluir que:
∂
+ ∇ • ( v ) = 0
∂t
Que a forma diferencial pontual da equação de balanço de massa.
10.6 Conclusão
RESUMO
200
Cálculo III AULA
Divergente de um Campo Vetorial Tridimensional 10
tridimensional dado por F (x, y, z) = f1 (x, y, z)i + f2 (x, y, z)j +
f3 (x, y, z)k tal que suas componentes f1 , f2 , f3 : D ⊂ R3 → R3
sejam contínuas e tenham derivadas parciais de primeira ordem
contínuas em D. Definimos o divergente de F , denotado DivF ou
∇ • F , por:
∇ • F dxdydz = F • n dσ
D S
201
Teorema de Divergência
(x, y, z) = f1 (x, y, z)i + f2 (x, y, z)j + f3 (x, y, z)k tal que suas
por F
componentes f1 , f2 , f3 : D ⊂ R3 → R3 sejam contínuas e tenham
derivadas parciais de primeira ordem contínuas em D e D ⊂ R3
uma região do espaço regular e suave tal que possa ser subdividida
em um número finito de regiões simples e sua fronteira fronteira
S ⊂ R3 seja regular e suave, então:
∇ • F dxdydz = F • n dσ
D S
ATIVIDADES
1
V ol(D) = F • n dσ
3 S
202
Cálculo III AULA
. 10
Comentário: Volte ao texto e reveja com calma e atenção o
texto e as aplicações acima, elas lhe servirão de guia.
LEITURA COMPLEMENTAR
203