Você está na página 1de 34

Aula 7 Planimetria – Método Indireto

- Levantamento planimétrico com Estação Total.


- Caderneta de campo. Planilha da poligonal.
- Exercício.

Bibliografia
1. Topografia para Engenharia, Irineu da Silva, 1 ed, 2015, Rio de Janeiro, Elsevier.
E-books – Minha Biblioteca.
Capítulo 10 (pág. 237) e Capítulo 11 (pág. 273).
2. Topografia. Volume 1 Alberto de Campos Borges, 3 ed, 2013, Editora Edgard Blucher Ltda.
E-books – Biblioteca Virtual Universitária.
E-books – Minha Biblioteca.
Capítulo 9 (pág. 76), Capítulo 10 (pág. 80), Capítulo 11(pág. 92) e Capítulo 12 (pág. 97).

1
- Levantamento planimétrico com Estação Total.
- Teodolitos clássicos.
O teodolito é um instrumento óptico de medida utilizado para realizar medidas de ângulos verticais
e horizontais. Funciona com um telescópio (no caso dois, cada um com um alcance diferente),
fixado em um tripé, com indicadores de nível, e permite uma total liberdade de rotação horizontal
ou vertical.
Durante muitos anos os instrumentos mais usados na Topografia foram os teodolitos clássicos
(mecânicos - analógicos), para a medição de ângulos e a trena para a medição de distâncias. As
anotações eram feitas em cadernetas de campo e os dados coletados em campo transferidos,
manualmente, para uma planilha de cálculo.
- Teodolitos Eletrônicos.
Os teodolitos eletrônicos são instrumentos que permitem a medição eletrônica dos ângulos
verticais e horizontais. A primeira diferença essencial em relação aos teodolitos clássicos se dá na
substituição do leitor ótico de um círculo graduado por um sistema de captores eletrônicos. A
medida eletrônica dos ângulos é baseada na leitura digital de um círculo graduado em forma
binária.
As principais diferenças entre um instrumento analógico e digital centram-se na existência de um
conversor analógico-digital, na existência de processamento digital em detrimento de

2
processamento analógico e na utilização de um visor numérico em lugar de um ponteiro e de uma
escala para apresentação da grandeza.
- Estação Total.
Uma grande evolução nas medições topográficas ocorreu a partir do advento dos instrumentos com
capacidade para a medição eletrônica de distâncias, denominados distanciômetros. O princípio de
medição baseia-se na observação direta ou indireta do tempo de deslocamento de um sinal
transportado por uma onda eletromagnética, emitida por um instrumento denominado
distanciômetro. Desta forma, para se conhecer a distância entre dois pontos A e B, posiciona-se o
distanciômetro sobre o ponto A e um anteparo sobre o ponto B, conforme indicado na figura. A
distância é, em seguida, calculada por intermédio da observação do tempo de deslocamento da
onda eletromagnética.
O anteparo pode ser um prisma ótico ou um anteparo natural como uma parede ou a superfície do
terreno, por exemplo. Quando se utiliza um prisma ótico como anteparo, diz-se que se realiza uma
medição com prisma.
A medição eletrônica de distâncias é um método muito simples de ser usado e que permite alcançar
precisões elevadas com um custo relativamente baixo.
O distanciômetro por se tratar de um equipamento de medição autônomo, inicialmente, para seu
uso nos levantamentos topográficos eles eram acoplados ao teodolito permitindo assim que as
medições angulares e as medições de distâncias fossem feitas quase simultaneamente. Na década

3
do 80 o distanciômetro foi inserido no interior do teodolito, coaxialmente com o eixo da visada,
formando um conjunto único para as medições angulares e de distâncias. Quase ao mesmo tempo,
com o avanço dos microprocessadores, este novo instrumento passou também a gravar os dados
medidos no campo, associados com os atributos da estação e dos pontos medidos, numa memoria
interna do instrumento ou numa coletora de dados externa. A este novo de instrumento, deu-se o
nome de Estação Total. Como resultado desta nova tecnologia, as medições de campo passaram
a ser mais estruturadas e muito mais rápidas se comparadas aos métodos anteriores.
A modernização dos instrumentos topográficos deve-se, fundamentalmente, ao surgimento e
evolução da microeletrônica e da informática. O eletrônico substituiu o mecânico.

4
5
6
Teodolito Clássico

Teodolito Eletrônico

7
8
9
- Rede de apoio. Seção 6.3 do livro 1.
De acordo com a NBR 13133/94, um levantamento topográfico de detalhes é o conjunto de
operações topográficas destinadas às determinações das posições planimétricas e/ou altimétricas
de pontos, que permitirão representar graficamente o terreno a ser levantado topograficamente a
partir do apoio topográfico. Estas operações podem conduzir, simultaneamente, à obtenção da
planimetria e da altimetria, ou então, separadamente, se as condições especiais do terreno ou
exigências do levantamento obrigarem a separação.
Subentende-se desta definição a existência de uma rede de pontos de apoio geodésicos ou
topográficos, de coordenadas conhecidas, os quais, conforme descrito no Capítulo 3 do livro 1, são
oriundos de um Sistema de Geodésico de Referência, No Brasil, o IBGE é o órgão responsável.
Ocorre, entre tanto, que poucas vezes a rede topográfica ou geodésica é suficientemente adensada
na região ou no local do levantamento para permitir seu uso direto no projeto de engenharia em
desenvolvimento havendo a necessidade de implantar novos pontos para usá-los na determinação
dos elementos geométricos do projeto.
• Para os projetos individuais, entretanto, o engenheiro responsável pelo projeto deve implantar
os seus próprios pontos de apoio, de acordo com as normas técnicas vigentes na sua região.
A esta rede de pontos de apoio determinados e implantados para um projeto particular, dá-se
o nome de rede de apoio topográfico para o projeto.

10
- Na disciplina será apresentado o método de poligonação para a determinação de pontos
planimétricos (levantamento planimétrico) da rede de apoio topográfico.
- Os demais métodos disponíveis na literatura são:
• Triangulação (obtém-se figuras geométricas a partir de triângulos, justapostos ou
sobrepostos, formados através da medição dos ângulos subtendidos por cada vértice).
Seção 11.3.1 do livro 1.
• Trilateração (semelhante à triangulação, porém o levantamento será efetuado através da
medição dos lados). Seção 11.3.2 do livro 1.
• Triangulateração (combinação de triangulação e trilateração);
• Posicionamento por constelação de satélites artificiais.

11
- Poligonação
A poligonação se baseia na observação de direções e distâncias entre vértices consecutivos de
uma poligonal. A coleta de dados é realizada com a instalação de um equipamento de medição
sobre um dos vértices da poligonal, deste, é observada a direção em relação ao vértice anterior
(vértice “ré”), a direção ao vértice posterior (vértice “vante”) e as distâncias entre os vértices.
Embora de uso corrente no Brasil há muito tempo, a poligonação tomou impulso definitivo a partir
do advento dos instrumentos de medições eletrônicas.
O procedimento de campo consiste em partir de pontos de coordenadas conhecidas
(georreferenciados) ou adotados e lançar os novos pontos por intermédio do estabelecimento de
uma poligonal geometricamente bem definida. Estabelecer uma poligonal significa realizar um
caminhamento sobre o terreno, realizando um transporte de coordenadas. A partir do
encadeamento de medições angulares e lineares são calculadas as coordenadas dos novos pontos
de apoio.
Georreferenciamento. Ele é feito por meio de um processo de reconhecimento das coordenadas
geográficas do local, a partir de redes de apoio topográfico, da utilização de mapas, imagens,
tecnologia GNSS ou qualquer outra forma de informação geográfica.
GNSS = Sistema de Posicionamento Global por Satélites.

12
- A escolha do uso de métodos de poligonação em detrimento dos demais tem algumas vantagens:
• Menos trabalho de reconhecimento de campo devido à poligonação exigir apenas o
lançamento de um caminhamento sobre o terreno.
• Menos dependência das condições do terreno devido ao fato de o caminhamento acomodar-
se às características do terreno.

13
• Independência de figuras geométricas predefinidas.
• Facilmente adaptada às condições do projeto para garantir que os pontos de apoio fiquem
próximos aos elementos a serem medidos – na construção de uma rodovia, por exemplo.

14
- Tipos de poligonais.
• Poligonal fechada. Uma poligonal é considerada geometricamente fechada quando ela inicia
em um ponto de coordenadas conhecidas ou adotadas e termina sobre o mesmo ponto.

15
• Poligonal aberta. Uma poligonal é considerada geometricamente aberta quando ela parte de
um ponto de coordenadas conhecidas ou adotadas e chega a outro ponto distinto.

Poligonal aberta e topograficamente apoiada.


Se a poligonal aberta partir de dois pontos de coordenadas conhecidas (base topográfica)
georreferenciados ou adotados e fechar sobre outra base topográfica do mesmo tipo, diz-se
que ela é topograficamente apoiada (ou enquadrada). Sob o ponto de vista geométrico, este
tipo de poligonal é considerado como aberta, porém, sob o ponto de vista topográfico ela é
considerada como uma poligonal fechada.

16
Poligonal aberta topograficamente livre.
Se a poligonal aberta partir de uma base topográfica georreferenciada ou adotada e não fechar
em nenhum ponto ou base topográfica do mesmo tipo, diz-se é topograficamente livre. Este tipo
de poligonal é raramente usado devido ao fato dele ser totalmente desprovido de controle
geométrico. A verificação do levantamento, neste caso, somente pode ser feita controlando-se
cada medição em particular, de acordo com métodos de verificação correspondentes.

17
- Reconhecimento de campo.
Todo levantamento topográfico deve preceder de um reconhecimento de campo rigoroso. O
engenheiro deve preocupar-se em conhecer a área a ser levantada antes de tomar qualquer
decisão e buscar de antemão conhecer as dificuldades que poderão advir durante o trabalho de
campo. Somente assim ele poderá programar-se para suplantá-las e evitar desconfortos e gastos
econômicos desnecessários.
- Exigências a ser consideradas para o levantamento de uma poligonal.
• Os pontos a serem lançados sobre o terreno sejam intervisíveis dois a dois.
• A intervisibilidade seja mantida durante todo o período de uso dos pontos implantados.
• Mínimo possível de vértices.
• Devem-se evitar lados com distâncias curtas para minimizar o efeito do erro de centragem do
instrumento.
• Sempre que possível, os comprimentos dos lados devem ser equivalentes para que a
destruição dos erros lineares seja equânime.
• Os pontos devem ser convenientemente posicionados para garantirem a melhor vista do
terreno, dos detalhes e para os trabalhos de implantação da obra.

18
- Fontes de erros no levantamento de uma poligonal.
• Erros devido às medições angulares.
• Erros devido às medições lineares.
• Erros de centragem do instrumento.

- Implantação de marcos topográficos.


Os marcos topográficos são marcações realizadas no terreno de pontos de apoio de redes
topográficas.
Os novos pontos de apoio devem ser implantados adequadamente para que sejam duradouros e
facilmente reconhecidos. Em geral, o tipo de monumento (marco topográfico) exigido para os pontos
é descrito na documentação de projeto e constam de placas metálicas e blocos de concreto
encastrados no terreno. Em todas as situações é imprescindível que o local onde o instrumento
será instalado seja um terreno firme, plano e isento de vibrações.
Em trabalhos de levantamentos topográficos com pontos de apoio que tem função temporal curta,
o engenheiro pode usar piquetes de madeira.
A figura exibe alguns exemplos de marcos usados para pontos topográficos.

19
20
- Procedimento de campo para o levantamento de uma poligonal geometricamente fechada com
Estação Total.
O procedimento de campo se inicia estacionando a Estação Total sobre um dos pontos de
coordenadas conhecidas ou adotadas. Nesse ponto (vértice) se mede o ângulo horizontal e a
distância (comprimento) entre esse ponto e o próximo na rede. Para a medição é primordial que a
Estação Total esteja posicionada no plano horizontal (nivelada). O mesmo procedimento continua
para todos os vértices considerados segundo o caminhamento. Na rede de pontos, o caminhamento
é no sentido anti-horário e as medições dos ângulos horizontais no sentido horário.
- Cálculo e compensação de poligonais (Planilha da poligonal).
Calcular uma poligonal significa basicamente aplicar um método de cálculo que permita, partindo
das coordenadas conhecidas ou adotadas de um vértice da poligonal, determinar as coordenas dos
outros vértices.

21
- Caderneta de campo. Planilha da poligonal. Transportação de coordenadas.

PLANILHA DA POLIGONAL
Resposta

ANG. PROJ. X PROJ. Y PROJ. X CORRIG. PROJ. Y CORRIG. COORD. COORD.


ANG. AZIMUTE DIST.
EST. HORIZ. RUMO
HORIZ. DIREITA HORIZ.
CORRIG.
E (+) W (-) N (+) S (-) E (+) W (-) N (+) S (-) X Y

X X X X X X

X X X

X X
X
X X X

X X X
Distâncias em metros
X -- dados

22
- Exercício1. Levantamento com Estação Total da rede de apoio topográfico para um projeto,
usando a Poligonal ABC (Figura 1). Desenhar a Poligonal em escala e calcular a área interna.
Poligonal fechada, com coordenadas adotadas para o vértice A.

23
- Resultados do levantamento no terreno. Figuras 2 e 3.

PLANILHA DA POLIGONAL

E ANG.
ANG. AZIMUTE DIST.
S HORIZ. RUMO
HORIZ. DIREITA HORIZ.
T. CORRIG.

A-B A 29013'24" 350047'00" 62,510

B-C B 45007'42" 31,720

C-A C 105039'13" 46,000

Distâncias em metros

24
- Erro de fechamento angular.
PLANILHA DA POLIGONAL
E ANG.
ANG. AZIMUTE DIST.
S HORIZ. RUMO
HORIZ. DIREITA HORIZ.
T. CORRIG.

A-B A 29013'24" 350047'00" 62,510

B-C B 45007'42" 31,720

C-A C 105039'13" 46,000

180000'19"

Distâncias em metros

A soma dos ângulos horizontais = 180o00’19”


A soma dos ângulos internos de um polígono pode ser calculada de acordo com a equação:
∑ ângulos horizontais = (n – 2) 1800 n = quantidade de vértices da poligonal
∑ ângulos horizontais = (3 – 2) 1800 = 1800
Considerando que o caminhamento da poligonal foi realizado em sentido anti-horário,
Erro de fechamento angular = 180o00’19” – 180o00’00” = 00o00’19”

25
- Tolerâncias para erros de fechamento.
Para que os erros de fechamento angular possam ser compensados é necessário que eles sejam
menores que os valores de tolerância preestabelecidos em normas técnicas ou nos editais de
contratação de serviços. Tais valores são estabelecidos em função do tipo de trabalho a ser
realizado e do instrumento utilizado.
A Norma Técnica NBR 13133/94 indica que as tolerâncias para o erro de fechamento angular é
função da classe e do tipo da poligonal levantada.

- Compensação do erro de fechamento angular.


Após calcular o erro de fechamento angular e este sendo menor que o valor de tolerância, procede-
se a sua compensação. A compensação, geralmente, é feita distribuindo o erro cometido
igualmente entre os ângulos horizontais determinados no levantamento. Logicamente, não se
devem criar valores angulares inexistentes, ou seja, os valores a serem somados ou subtraídos,
devem ser valores inteiros, ajustando o resultado algébrico residual no vértice apropriado. Assim, a
correção angular (Ca) a ser aplicada é dada pela equação.
Erro de fechamento angular 19"
Ca = − = − ( - 6”, - 6” e – 7” = 19)
𝑛 3

26
PLANILHA DA POLIGONAL
E ANG.
ANG. AZIMUTE DIST.
S HORIZ. RUMO
HORIZ. DIREITA HORIZ.
T. CORRIG.

A-B A 29013'24" 29013'17" 350047'00" 62,510

B-C B 45007'42" 45007'36" 31,720

C-A C 105039'13" 105039'07" 46,000

180000'19" 180000'00"

Distâncias em metros

27
- Cálculo dos azimutes de cada alinhamento.
Tendo como dado o azimute inicial procede-se ao cálculo dos azimutes dos outros (restantes)
alinhamentos usando a equação.
𝐴𝑧𝑖𝑚𝑢𝑡𝑒(𝑛) = 𝛼ℎ𝑜𝑟𝑖𝑧𝑜𝑛𝑡𝑎𝑙 + 𝐴𝑧𝑖𝑚𝑢𝑡𝑒 𝑎𝑛𝑡.(𝑛−1) − 1800

0 − 3600 𝐴𝑧𝑖𝑚𝑢𝑡𝑒(𝑛)

< 00 → +3600 Somar 3600 se 𝐴𝑧𝑖𝑚𝑢𝑡𝑒(𝑛) for menor do que 00

> 3600 → −3600 Subtrair 3600 se 𝐴𝑧𝑖𝑚𝑢𝑡𝑒(𝑛) for maior do que 3600

𝐴𝑧𝑖𝑚𝑢𝑡𝑒(𝐵−𝐶) = 45°07′ 36 + 350°47'00 − 1800 = 215°54′36"

𝐴𝑧𝑖𝑚𝑢𝑡𝑒(𝐶−𝐴) = 105°39′ 07" + 215°54'36 − 1800 = 141°33′43"

28
PLANILHA DA POLIGONAL
E ANG.
ANG. AZIMUTE DIST.
S HORIZ. RUMO
HORIZ. DIREITA HORIZ.
T. CORRIG.

A-B A 29013'24" 29013'17" 350047'00" 62,510

B-C B 45007'42" 45007'36" 215054'36" 31,720

C-A C 105039'13" 105039'07" 141033'43" 46,000

180000'19" 180000'00"

Distâncias em metros

29
- Cálculo dos rumos de cada alinhamento.

30
PLANILHA DA POLIGONAL
E ANG.
ANG. AZIMUTE DIST.
S HORIZ. RUMO
HORIZ. DIREITA HORIZ.
T. CORRIG.

A-B A 29013'24" 29013'17" 350047'00" 9013'00"NW 62,510

B-C B 45007'42" 45007'36" 215054'36" 35054'36"SW 31,720

C-A C 105039'13" 105039'07" 141033'43" 38026'17"SE 46,000

180000'19" 180000'00"

Distâncias em metros

31
PLANILHA DA POLIGONAL

ANG. PROJ. X PROJ. Y PROJ. X CORRIG. PROJ. Y CORRIG. COORD. COORD.


ANG. AZIMUTE DIST.
EST. HORIZ. RUMO
HORIZ. DIREITA HORIZ.
CORRIG.
E (+) W (-) N (+) S (-) E (+) W (-) N (+) S (-) X Y

A-B A 29013'24" 29013'17" 350047'00" 9013'00"NW 62,510

B-C B 45007'42" 45007'36" 215054'36" 35054'36"SW 31,720

C-A C 105039'13" 105039'07" 141033'43" 38026'17"SE 46,000

180000'19" 180000'00"

Distâncias em metros

32
33
34

Você também pode gostar