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Saneamento Básico II

Hidráulica das Redes Coletoras


 NBR 9649/86 → Projeto de Redes de
Esgoto Sanitário

 Dimensionamento como condutos livres

 Escoamento em regime uniforme e


permanente (Q constante)

 Vazão final máxima ≤ 75% do diâmetro do


coletor
 Razões do dimensionamento em regime
permanente uniforme

 Dificuldade em determinar as variações de


vazão (lançamento de esgoto de forma
desordenada)
Dificuldade para relacionar a variação da
altura lâmina líquida com a declividade e o
diâmetro do coletor

 Agilidade no projeto e dimensionamento


com um único tipo de escoamento em todos
os trechos do coletor
 Movimento Permanente Uniforme

 Conduto com seções de mesma dimensão


e rugosidade

 Em todos os trechos são constantes a


profundidade e a velocidade do líquido

 Paralelas: linha de energia, lâmina líquida e


geratriz inferior interna do coletor
Apresentação do
Traçado da Rede
Coletora de Esgoto
 No inicio e no final de cada trecho do coletor
são instalados órgãos e acessórios para facilitar
a inspeção e a limpeza dos coletores

 Utilizados em pontos de derivação, mudança


de declividade, diâmetro, material e cota

 Comprimento máximo da cada trecho do


coletor → de 80 a100
 Numeração do comprimento de cada trecho
da rede coletora → Sequência n.m

n → numeração comum a todos os


trechos de determinado coletor

 m → numeração específica de cada


trecho de determinado coletor (ordem
crescente do 1° trecho (montante) até o
último trecho do coletor (jusante)
 Coletor de maior extensão da rede → 1.m

 Primeiro trecho de qualquer coletor → n.1

Eixo da singularidade de montante do trecho


até o eixo da singularidade de jusante

 Cotas do terreno de montante e de jusante


nas singularidades de cada trecho
Equações de
Dimensionamento
2
V
H  y  z 
2g
H → energia específica
y → energia de pressão
z → energia de posição
V2/2g → energia cinética
α → coeficiente (1 a 1,1)
2 2
V V
y1  z1  1
 y2  z2  2
 H 12
2g 2g

∆H → perda de energia ou carga


y → altura da superfície do líquido em relação
ao fundo do coletor
z → altura em relação ao plano de referência
V → velocidade média
g → aceleração da gravidade
nQ 2
 ARh 3

I
n → coeficiente de rugosidade (tabelado)
Q → vazão (m3/s)
A → área molhada conduto livre (m2)
Rh → raio hidráulico
I → declividade (m/m)
Rh 
A z1  z 2
I
Pm L
Dimensionamento
 Vazão de Esgoto Sanitário → Vazão para o
início e final do plano

A) Vazão de Esgoto Sanitário (início do plano)

Qesi = Qdomesi + Qindi + QI

Qdomesi → vazão doméstica de início plano (l/s)

Qindi → vazão industrial (l/s)

QI → vazão de infiltração (l/s)


C.Pi .qi .K 2
Qesi   Qindi  QI
86400

C → coeficiente de retorno

 Pi → população no início do plano (hab.)

 qi → consumo per capita inicial (l/hab.dia)

 K2 → coeficiente de máxima vazão horária


B) Vazão de Esgoto Sanitário (final do plano)

C.Pf .q f .K1. K 2
Qesf   Qindi  QI
86400
 Pf → população no final do plano (hab)

 qf → consumo per capita inicial (l/hab.dia)


Roteiro de
Dimensionamento
(Planilha)
Exercício de Aplicação
Projetar a rede coletora de esgoto, do
esquema abaixo utilizando os seguintes dados:
• População inicial (Pi) = 2500 hab;
• População final (Pf) = 3000 hab;
• Consumo de água efetivo per capita (q) = 200
l/hab.dia;
• Coeficiente de retorno (C) = 0,80;
• Coeficiente de máxima vazão diária
(k1) = 1,2;
• Coeficiente de máxima vazão horária
(k2) = 1,5;
• Taxa de contribuição de infiltração
(QI) = 0,0005 l/s.m
Rede Coletora de Esgoto
a) Coluna 1 → Trecho

 Números dos trechos conforme numeração


do traçado da rede *

b) Coluna 2 → Comprimento (L)

 Comprimento dos trechos da rede (m)


c) Coluna 3 → Vazão de Contribuição Linear

 Qc de início do plano → Qci (l/s.m)

 Qc de final do plano → Qcf (l/s.m)

Qdomesi
Qci   Qind  QI
Ltotal
Qdomesf
Qcf   Qind  QI
Ltotal
d) Coluna 5 → Vazão do Trecho

 Qt de início do plano → Qti (l/s)

 Qt de final do plano → Qtf (l/s)

Qti  Qci  Ltrecho

Qtf  Qcf  Ltrecho


e) Coluna 4 → Vazão de Montante do Trecho

 Qm de início do plano → Qmi (l/s)

 Qm de final do plano → Qmf (l/s)

f) Coluna 6 → Vazão de Jusante do Trecho

 Qj de início do plano → Qji (l/s)

 Qj de final do plano → Qjf (l/s)

Qji = Qmi + Qti Qjf = Qmf + Qtf


g) Coluna 7 → Vazão de Projeto

 Qp de início do plano → Qpi (l/s)

 Qp de final do plano → Qpf (l/s)

Se a vazão de jusante ≥ 1,5 l/s → adotar o valor


da vazão de jusante para vazão de projeto

Se a vazão de jusante ≤ 1,5 l/s → adotar 1,5 l/s


para vazão de projeto
h) Coluna 9 → Declividade de Projeto (m/m)

Cálcular declividade do terreno (Ip)

Cálcular declividade mínima do coletor (Imín)

Adotar o valor que resulte em menos


escavação de terreno, atendendo aos critérios
de dimensionamento (y/D) e velocidade crítica
CTm  CTj
It 
Ltrecho

CTm → cota do terreno de montante (m)

CTj → cota do terreno de jusante (m)

Lt → comprimento do trecho (m)


Qpi → vazão de projeto no início do plano (l/s)

Lt → comprimento do trecho (m)

Se Ip resultar em profundidade elevada


(coluna 14) ou não atender ao valor de
recobrimento → Imín ≤ Ip < It

0, 47
I mín  0,0055Q pi
i) Coluna 8 → Diâmetro (D) (Tabelado)

 Para o primeiro trecho da rede → Dmín

 NBR 9649/86 → D = 100 mm

 Companhias de Saneamento → D = 150 mm

 Para os demais trechos da rede → D ≥ do


que o diâmetro do coletor contribuinte ao PV de
montante
j) Coluna 10 → Lâmina líquida (y/D) (tabelado)

 y/D de início do plano

 y/D de final do plano


Q pi
 Calcular e D → ler Tabela → y/D
Ip

Q
 Calcular pf e D → ler Tabela → y/D
Ip
k) Coluna 11 → Velocidade final (Vf)

 Vf de início do plano → Vfi (m/s)

 Vf de final do plano → Vff (m/s)

De Q pi → ler Tabela → V fi


Ip Ip

 D e Q pf → ler Tabela → V ff

Ip Ip
 Então Vf = √Ip x valor encontrado

 Se Vf > Vcrítica (coluna 17) → alterar Ip


(coluna 9) ou D (coluna 8)

 Valor máximo de Vf = 5 m/s


l) Coluna 12 → Cota do terreno

CTm → cota do terreno de montante (m)

CTj → cota do terreno de jusante (m)

m) Coluna 13 → Cota do coletor

CCm → cota do coletor de montante (m)

CCm = CTm – PCm


 PCm → profundidade do coletor de
montante (m) (Coluna 14)

CCm → início do trecho

CCj → cota do coletor de jusante (m)

CCj = CCm – (Ip .Ltrecho)

CCj → do trecho 1.1


 CCm → 1 entrada e 1 saída

CCm → 2 ou 3 entradas e 1 saída (CCm


será < CCj dos trechos)
n) Coluna 14 → Profundidade do Coletor (m)

 PCm → profundidade do coletor de montante

 PCj → profundidade do coletor de jusante

 PCm = R + D

 R → recobrimento (m)

 D → diâmetro (m)
PCm → início do trecho (adotar recobrimento
mínimo de 0,60m para coletor assentado no
passeio e 0,90m para coletor assentado na
rua) (D.10A)

 Pj = CTj – CCj

 PCm → 1 entrada e 1 saída (D.10B)


PCm(trecho posterior) = PCj(trecho anterior)

 PCm → até 3 entradas e 1 saída (PCm


será > PCj dos trechos)
o) Coluna 15 → Profundidade da
Singularidade de Jusante

 PSj (m) → início do trecho (PSj = PCj)


(coluna 14)

 PSj (m) → 2 ou 3 trechos contribuintes (PSj


será = PCj dos trechos)
p) Coluna 16 → Tensão trativa

 TTi → tensão trativa no início de plano (Pa)

 TTf → tensão trativa no final de plano (Pa)

 Sendo que: TT ≥ 1 Pa

TT   .Rh .I p
  → peso específico do líquido (N/m3)

 Rh → raio hidráulico (m) (T. 2)

 y/D (coluna 10) → Tabela 2 → β

 Sendo β = Rh/D →Rh


q) Coluna 17 → Velocidade crítica

 Vc (m/s)

 Vc  6. Rh .g
 Rh → raio hidráulico (m)

 g → aceleração da gravidade (m2/s)

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