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Rio de Janeiro
2021
A impugnação ao cumprimento de sentença é a defesa conferida ao executado
na fase de cumprimento de sentença. Trata-se de defesa típica e incidental ao
procedimento, de modo que não constitui uma ação autônoma. Está prevista
no artigo 525 do Novo CPC.
Com a reforma, no que toca aos títulos executivos judiciais, o processo tornou-
se sincrético, de modo que o cumprimento de sentença é apenas uma fase
processual da mesma ação cuja fase de conhecimento reconheceu o direito.
Assim sendo, se a obrigação estabelecida na sentença não for cumprida de
forma voluntária, o autor deve informar ao juízo que a decisão judicial não fora
respeitada, dando início à fase de cumprimento de sentença.
Ilegitimidade de parte
O executado pode alegar que não deve sofrer a execução. É o exemplo típico
do fiador que não foi chamado ao processo no curso da fase de conhecimento
e que é alvejado na fase de cumprimento de sentença.
Caso a penhora recaia, por exemplo, sobre um bem de família (protegido pela
lei nº 8.009/1990), há um defeito que merece ser sanado. Quando a avaliação
do bem é feita de modo a não coincidir com a realidade, é possível que ela seja
discutida na impugnação ao cumprimento de sentença.
Igualmente, é cabível tal alegação quando a penhora recai sobre coisa diversa
da determinada judicialmente, quando a penhora atinge bens em valor superior
ao da execução ou quando há cumulação indevida de execuções.
Se o título não for exigível, como nos casos de obrigações condicionais não
satisfeitas; ou se o título não for exequível (por falta de certeza, liquidez ou
exigibilidade), a impugnação ao cumprimento de sentença mostra-se como o
momento processual adequado para que o executado afaste a execução.
Requerimento expresso
Conclusão
Ainda que o novo CPC não tenha trazido inovações substanciais a respeito da
impugnação ao cumprimento de sentença, é importante ressaltar que o Código
não exige a garantia do juízo para que a impugnação seja apreciada. O que era
diferente no CPC/73.
Referências:
ASSIS, Araken de. Manual do processo de execução. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2012.