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Porém, mais que simplesmente um ato jurídico da vida civil, com sua faceta
burocrática, a adoção é um processo que envolve emoções e comportamento
humano, se estendendo também a área da Psicologia que descreve esse ato
brilhantemente através de Oliveira, Souto e Silva Junior (2017) que afirmam
que a adoção “é uma possibilidade de o sujeito reconstruir novos laços afetivos
e de ter lugar marcado em sua história familiar”, ou nas palavras de Levinson
(2006) é o "estabelecimento de relações parentais entre pessoas que não
estão ligadas por vínculos biológicos diretos ", ou seja, um ato que vai além do
processo jurídico, pois revela a essência do vínculo humano.
A partir do período de adaptação que pode durar até dois (2) anos podem
ocorrer dificuldades de convivência e aceitação da dinâmica familiar, e esse é
um período de muita vulnerabilidade para criança e com uma carga emocional
pesada para os adotantes, e por isso uma oportunidade para recorrer ajuda
externa profissional com a intervenção do psicólogo familiarizado com as
facetas do processo adotivo brasileiro.
Para verificar se a adaptação da criança tem sido bem sucedida, uma opção
viável nesse tipo de intervenção é usar técnicas de psicoterapia infantil,
percebendo a linguagem corporal, a representação da realidade através do
lúdico, e usando recursos que estimulem a criança à comunicação.