Você está na página 1de 39

Rede de Frio

Conservação de imunobiológicos

Disciplina Atenção Básica - 2018

Anna Luiza de F. P. L. Gryschek


Núbia Virginia A. L. de Araujo
Objetivo final da vacinação

 Chegar a uma idade


avançada sem ter tido
nenhuma doença
prevenível por
imunização.
Para atingir esse
objetivo,
necessitamos de
vacinas seguras,
efetivas e de boa
qualidade.
Vacinas são
produtos
termosensíveis

A temperatura a que são


expostas é o principal fator
que interfere na qualidade
do produto após seu
envasamento pelo
produtor.
Transporte de imunobiológicos
Transporte de imunobiológicos

O transporte de imunobiológicos
é um dos elos fundamentais para
uma adequada rede de frio.
Os imunobiológicos são
conservados nos
diversos setores da
rede de frio em
temperaturas
específicas, que levam
em conta os seus
antígenos e os
adjuvantes.

Nos locais de aplicação, devem ser conservados sob


temperatura de 2ºC a 8ºC.
A eficácia, os eventos
adversos, e a cobertura
vacinal são temas
relevantes, mas as
condições de
conservação durante o
transporte e o
armazenamento, são
aspectos críticos na
determinação da
efetividade da
vacinação.

A literatura científica credita o controle e a erradicação


de várias doenças infecciosas à vacinação, porém,
analisa apenas superficialmente as causas que
comprometem a sua efetividade
Não existem testes simples, rápidos e confiáveis para
determinar se uma vacina sofreu alteração após exposição a
temperatura acima ou abaixo do seu limite recomendável de
tolerância.

A mudança das características físicas geralmente indica


alteração, mas a sua ausência não indica normalidade.
Estabilidade:
 Variável de acordo com as características de cada
produto.
 Vacinas de vírus vivos atenuados são mais sensíveis

ao calor e a luz.
 Vacinas que contém derivados de alumínio - toxóides,

vacinas subunitárias ou mortas - toleram mais o calor,


mas o congelamento pode inativá-las.
Características das principais vacinas

Vacinas que podem ser congeladas:


 SCR, Febre Amarela, Varicela.

Vacinas que não podem ser congeladas:


 Pentavalente, DPT, DPaT, dT, dTpa,
Hepatite B, Hepatite A, Gripe,
Pneumococo, VIP, Meningococo C,
Rotavírus.
Rede de Frio

É a soma de todo o
logístico envolvido na
manipulação,
transporte e
armazenamento dos
produtos biológicos.
Passa por todos os
níveis que se sucedem
até chegar no seu
destino final ou local
de aplicação.
Níveis do Sistema

Lab. Lab.
Internacionais Nacionais
CENADI
Instância Central
CDL –SP
Instância Estadual

Instância Regional

Instância Municipal

Sala de Vacina Sala de Vacina Sala de Vacina


Vacinas que sofreram alteração de temperatura

Necessário saber:

Temperatura de exposição,
Tempo de exposição,
Validade da vacina,
Se a vacina já foi exposta a alteração de
temperatura anteriormente

Cada exposição de uma vacina a temperaturas acima de 8ºC


resulta em alguma perda de potência, tendo por consequência
um efeito cumulativo, podendo reduzir a eficácia vacinal.
Impressos de notificação
Impresso registro de temperatura
Procedimentos básicos para
armazenamento
 Usar tomada ou conexão com a
fonte de energia elétrica, exclusivos
para o refrigerador.

 Colocar a câmara distante da fonte


de calor, nivelado e afastado da
parede, pelo menos 20 cm.

 Não utilizar refrigeradores tipo


duplex.

 Usar câmara única, exclusivamente


para os imunobiológicos.
 Manter termostato regulado
para temperatura entre 2ºC e
8ºC, temperatura média -
5ºC.
 Manter sistema de alarme ou

geradores elétricos de
emergência.
 Utilizar termômetro para

leitura de máxima e mínima.


 Fazer a leitura do termômetro
no mínimo duas vezes ao
dia.
 Colocar nas prateleiras da

frente do refrigerador as
vacinas com validade mais
próximas.
Procedimentos básicos para o transporte
Dispor de bolsas de gelo reciclável suficiente.
Escolher a caixa térmica de qualidade e tamanho adequado.
Acondicionar em caixas térmicas separadas, as vacinas que
podem ser congeladas das outras.
Cuidado com a temperatura do gelo.
Colocar as vacinas “ilhadas” pela bolsa de gelo.
Utilizar barreiras entre as vacinas e as bolsas de gelo.
Colocar o bulbo do termômetro no centro da caixa, entre as
vacinas.
Verificar a temperatura e anotar.
Fechar a caixa térmica, não deixando frestas.
Preparo da caixa para o transporte
Fatores que interferem no
transporte de imunobiológicos

 Temperatura ambiente em torno da


caixa térmica;

 Qualidade, espessura, e densidade do


material utilizado;

 Tempo necessário para o transporte;

 Quantidade e temperatura do gelo


colocado dentro da caixa
Estrutura Estadual
Estrutura Nacional
Central Nacional de Distribuição de
Imunobiológicos – CENADI - RJ
Reanálise de amostras de
vacinas expostas a
alteração de temperatura

Somente
grandes
quantitativos
Câmara para conservação
de vacinas

Refrigerador de uso
doméstico

Câmara específica para


conservação de vacinas
RDC 197/2017 ANVISA – refrigerador somente até dez/19
Procedimentos básicos
para armazenamento
 Usar tomada ou conexão com
a fonte de energia elétrica,
exclusivos para o refrigerador.
 Colocar a câmara distante da
fonte de calor, nivelado e
afastado da parede, pelo
menos 20 cm.
 Não utilizar refrigeradores
tipo duplex.
 Usar câmara única,
exclusivamente para os
imunobiológicos.
 Manter termostato regulado para temperatura entre
2ºC e 8ºC, temperatura média - 5ºC.

 Manter sistema de alarme ou geradores elétricos de


emergência.

 Utilizar termômetro para leitura de máxima e mínima.


 Fazer a leitura do termômetro no mínimo duas vezes
ao dia.

 Colocar nas prateleiras da frente do refrigerador as


vacinas com validade mais próximas.
Preparo da caixa para o
transporte
Ambientação da bobina de gelo
 Quando as bobinas de gelo estiverem estocadas em
freezer ou em congelador, deverá ser feita a
ambientação das mesmas, isto é, as bobinas de gelo
devem ser retiradas do freezer, colocadas sobre uma
mesa, até que desapareça a névoa que cobre a
superfície da bobina, colocar uma das bobinas sobre a
tampa caixa de isopor e colocar sob a bobina o bulbo
de um termômetro do cabo extensor até chegar a
temperatura mínima de 0°C.

 Após confirmação da temperatura positiva colocá -


las nas caixas conforme figura. Recomenda-se
aguardar a elevação da temperatura e medir a
temperatura interna da caixa, antes de colocar as
vacinas dentro.
Procedimentos básicos para o transporte

 Dispor de bobinas de gelo reutilizável suficiente.


 Escolher o tamanho adequado da caixa térmica.
 Acondicionar em caixas térmicas separadas, as
vacinas que podem ser congeladas das outras.
 Cuidados com a temperatura das bobinas de gelo
reutilizável (ambientação).
 Colocar as vacinas “ilhadas” pelas bobinas.
 Colocar o bulbo do termômetro no centro da caixa,
entre as vacinas.
 Verificar a temperatura e anotar.

 Fechar a caixa térmica não deixando frestas.


Procedimentos básicos para o
transporte

 Identificar a caixa externamente, registrando o


conteúdo, destinatário, horário e temperatura de
saída.

 Manter a caixa fora do alcance da luz solar direta e


distante de fontes de calor.

 Verificar a temperatura do interior da caixa,


quando do recebimento dos imunobiológicos e
conferir o conteúdo.
Recomendações essenciais
Os procedimentos de recebimento, armazenamento, transporte e
manuseio devem ser padronizados e disponíveis, por escrito, para todos.

Treinamentos e reciclagens devem ser realizados com todos os que


manuseiam vacinas.

Deve haver sempre uma pessoa responsável por todos os aspectos do


manuseio das vacinas, devidamente designada, que será a referência para
situações anormais.

Instruções claras para situações de emergência devem ser elaboradas e


divulgadas.

Os equipamentos devem ser submetidos a controle e manutenção,


continuamente.
Inovação
Microneedle patch - Georgia
Institute of Technology and the
Centers for Disease Control and
Prevention (CDC)
A eficácia dependerá da qualidade da vacina administrada
e qualquer descuido ou complacência na conservação
dos imunobiológicos é um convite para uma
falha vacinal relacionada a rede de frio.

Obrigada!

Você também pode gostar