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INTRODUÇÃO
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predominantes da organização, da estrutura organizacional, estilo gerencial, clima, ambiente,
seguimento, metas, missão, visão, e uma série de variáveis, tornando o setor sensível a todos
estes fatores.
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pessoal pelo domínio exercido sobre as regras e normas jurídicas impostas pela Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT).
A fase tecnicista (1950 a 1965) foi a que implantou no Brasil o modelo americano de
gestão de pessoal e alavancou a função de RH ao status orgânico de gerência. Foi nessa
oportunidade que o presidente Juscelino Kubitschek implementou a indústria automobilística
no país, momento em que os empresários tiveram que aceitar nos organogramas a figura do
GRI (Gerente de Relações Industriais). Obviamente algumas modificações tiveram de ser
realizadas, devido às características locais do gerenciamento e da cultura organizacional ainda
em fase embrionária; contudo, há que se ressaltar que isso representou, para a organização e
para os trabalhadores, um grande avanço na qualidade das relações entre capital e trabalho.
Foi nessa fase que a área de RH passou a operacionalizar serviços comode treinamento,
recrutamento e seleção, cargos e salários, higiene e segurança no trabalho, benefícios e outros.
A fase administrativa (1965 a 1985) criou um marco histórico nas relações entre
capital e trabalho, na medida em que sendo o berço de uma verdadeira revolução que, movida
pelas bases trabalhadoras, implementou o movimento sindical denominado ‘novo
sindicalismo’. Nessa fase, registrou-se nova mudança – significativa – na denominação e na
responsabilidade do até aqui gerente de relações industriais: o cargo passou a se chamar gerente
de recursos humanos. Pretendia-se com essa mudança transferir a ênfase em procedimentos
burocráticos e puramente operacionais para as responsabilidades de ordem mais humanísticas,
voltadas para os indivíduos e suas relações (com os sindicatos, a sociedade etc.).
A fase estratégica (1985 a atual) foi demarcada operacionalmente, segundo
Albuquerque (1988), pela introdução dos primeiros programas de planejamento estratégico
atrelados ao planejamento estratégico central das organizações. Nessa fase se registraram as
primeiras preocupações de longo prazo, por parte do conselho administrativo das
empresas, com os seus trabalhadores. Iniciou uma nova alavancagem organizacional do cargo
de GRH, que, de posição gerencial, de terceiro escalão, em nível ainda tático, passou a ser
reconhecido como diretoria, em nível estratégico nas organizações.
Neste novo contexto, o recurso mais importante passa a ser o conhecimento com a
criação de novos paradigmas para o uso do conhecimento aplicados de forma rentável para os
negócios, acompanhando as diferentes mudanças nas titulações e no conjunto de
responsabilidades inerentes à função de pessoal, o profissional também passa por uma evolução
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natural no desenvolvimento do seu perfil, de forma a poder acompanhar as mudanças exigidas a
cada nova fase desse importante trabalho.
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maior atenção às políticas de RH.
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associada à produtividade dos colaboradores, produzindo efeitos positivos no seu dia-a-dia. As
subáreas de Recrutamento e Seleção, Treinamento e Desenvolvimento, Plano de Carreiras e
Retenção de Talentos, Administração de Cargos, Salários e Benefícios, Comunicação Interna,
Endomarketing, Planejamento Estratégico e a Avaliação de Desempenho, estão sinalizadas
neste artigo e precisam estabelecer uma relação entre os indivíduos e as organizações.
RECRUTAMENTO E SELEÇÃO
TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO
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que vão saindo das organizações; necessidade de preparar os profissionais para novas
atividades e ocupações; necessidade de desenvolver gestores que se movimentem vertical e
horizontalmente e a adaptação à rápida modificação do conteúdo do trabalho e das
transformações tecnológicas.
CARGO
SALÁRIO
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forma direta e indireta CHIAVENATO (2009, p. 285).
BENEFÍCIOS
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operacionais e, paralelamente realizar ações estratégicas. Para o RH contribuir positivamente e
estrategicamente com a empresa, é necessário exercer papéis cada vez mais complexos e até
mesmo paradoxais.
COMUNICAÇÃO INTERNA
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Segundo FRANÇA (2011, p. 142), “A comunicação é definida como a troca de informações
entre um emissor e um receptor e a interferência (percepção) do significado por parte dos
indivíduos envolvidos”.
Existem diversas formas de comunicação, podendo ela ser interpessoal, quando
dependem de fatores como as características comuns, circunstanciais do comportamento
individual, sendo definidas como assertivas, agressivas ou passivas. A comunicação pode
também ser não verbal, tecnológica através da internet, intranet e extranet, ocorre também
através de correio eletrônico (e-mail), videoconferência, computação cooperativa e
telecomunicação. A comunicação interna abrange todos os assuntos que possam influenciar no
cotidiano de trabalho ou na relação entre o colaborador, empresa e seu gestor para formalizar as
mensagens direcionadas aos colaboradores.
ENDOMARKETING
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da produtividade de pessoas e processos, acarretando a satisfação dos clientes (BEKIN, 1995).
As ações são semelhantes àquelas do marketing convencional, aplicadas para fazer com que os
colaboradores efetivamente "comprem" a visão, missão e valores da empresa, sua filosofia,
produtos, serviços etc. Tentar separar endomarketing de comunicação interna é olhar “para a
porca e o parafuso e tentar determinar qual dos dois é mais importante”.
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
ESTUDO DE CASO
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ESTUDO DE CASO: ANÁLISE DO DESEMPENHO ATUAL DO RH FRENTE
AOS COLABORADORES
2%
SIM NÃO
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De acordo com o gráfico1, percebe-se que oito colaboradores conhecem o setor de
recursos Humanos da sua empresa e dois não conhecem. Logo concluiu-se que o setor é
conhecido pela maioria.
2%
SIM NÃO
0%
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colaborador considerou que o setor não tem nenhuma importância.
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O gráfico 4 demonstra o conhecimento que cada colaborador tem a respeito das
atividades desempenhadas pelo setor de Recursos Humanos. O conhecimento sobre o
subsistema Recrutamento e Seleção foi unânime entre todos os entrevistados, seis dos dez
colaboradores acreditam que atividades de Departamento de Pessoal, tais como conferir folha
de pagamento, férias, pagamento, negociação com sindicato e correlatos são responsabilidade
do RH. Três colaboradores atribuem ao RH a responsabilidade pelos Treinamentos e
Desenvolvimento empresarial, apenas 1% dos colaboradores tem conhecimento de que a
Administração de Cargos, salários e Benefícios e a Comunicação interna e Endomarketing são
atribuições do RH. Quanto a Avaliação de Desempenho, Planejamento Estratégico, Plano de
Carreiras e Retenção de Talentos, nenhum dos colaboradores entrevistados os citou.
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Quando questionados sobre os motivos pelos quais desconhecem os demais
subsistemas do setor, cinco colaboradores (a maioria no quadro de pesquisa) acredita que
desconhece as demais atribuições do RH devido a falta de informação do próprio setor quanto
as suas ações e resultados, não permitindo aos colaboradores o acesso a elas. Três dos
colaboradores não souberam informar o motivo deles desconhecerem os demais processos, dois
entrevistados informaram não ter conhecimento por o RH não ser da área de atuação
profissional deles, um colaborador pensa que é falta de interesse pessoal e outro afirmou que o
RH desempenha o mínimo de atividades e, por isso, é um setor desconhecido.
De acordo com análise dos dados apresentados na pesquisa com os dez colaboradores
entrevistados, o setor de Recursos Humanos apesar de ser presente dentro das empresas, ainda é
desconhecido pelos colaboradores em seus subsistemas, ainda que não pertençam às atividades
dos demais setores, deveria ser notório a todos os colaboradores, já que o setor surge com a
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intenção de atender as demandas dos funcionários não somente na resolução de conflitos, mas
na sua capacidade de desenvolvê-los, dar condições de trabalho, salários justos e orientação ao
buscar os resultados esperados pela empresa.
É perceptível que as práticas de RH encontram-se “defasadas”, diante de um discurso
de “moderno” difundido nas Organizações. O gráfico 4 e 6 mostra que os colaboradores não
sabem diferenciar as atividades que são inerentes ao setor de Recursos Humanos e ao setor de
Departamento de Pessoal, pois a complexa estrutura que envolve as empresas atuais fazem com
que existam uma série de mal entendidos em relação às funções de cada setor, não
compreendendo que o departamento pessoal é o setor responsável pela parte burocrática,
cuidando exclusivamente do cumprimento da legislação trabalhista e eventuais relações
sindicais que possam existir.
A importância do departamento pessoal está relacionada à legislação trabalhista e
fiscal. Já a área de recursos humanos é responsável pela valorização dos colaboradores, atuando
no processo de recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento, planejamento
estratégico, plano de carreiras e retenção de talentos, administração dos cargos, salários e
benefícios, na comunicação interna e endomarketing. A distinção dessas atividades é necessária
para empresas que buscam a valorização do colaborador em prol dos objetivos da empresa.
Levando não somente em consideração a constante transformação que a área de Recursos
Humanos vem sofrendo desde a fase contábil até a fase estratégica, existem também as parcelas
de responsabilidade dos profissionais de Recursos Humanos e dos Administradores de
empresas quanto a essa percepção do setor, no que se diz respeito ao seu posicionamento atual
e resultados.
De acordo a pesquisa realizada com dois diretores executivos, com ampla experiência
no mercado de trabalho, o primeiro entrevistado Diretor A, com experiência de 15 anos em
cargos gerenciais, a importância dada ao setor de RH vem mudando de postura em diversas
empresas, ele afirmou que todas as empresas que mudaram a postura de que o RH é usado,
exclusivamente, para seleção de novos empregados, tem obtido resultados positivos e de
destaque no mercado. Ter a consciência de que as pessoas que estão na empresa é que
verdadeiramente fazem a empresa acontecer, sem dúvida, é a grande sacada em qualquer
organização.
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De acordo a mesma pesquisa realizada na visão do Diretor B, com experiência de 10
anos como executivo, a importância dada ao setor de RH nas empresas é grande, informa que o
problema é quanto ao conhecimento técnico pela alta gestão das subáreas do RH e o que cada
subárea pode trazer à corporação, como fazer com que o RH deixe de ser uma área consultiva,
para ser uma área propositiva; uma vez que lida com o que há de mais valioso em uma
empresa: o recurso humano. Atualmente os executivos de RH são cada vez mais municiados de
técnica e ferramentas que minimizam o efeito subjetivo das suas análises do passado, uma vez
que têm acesso a indicadores muito mais robustos. No passado as críticas mais ferrenhas das
áreas mais exatas de uma corporação ao RH se davam muito pelo subjetivismo exacerbados de
seus gestores.
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negócio, seja lucro, qualidade dos serviços, fidelização dos clientes ou satisfação dos acionistas
quanto os profissionais das demais áreas da empresa.
O presente e o futuro requerem cuidar do negócio, por meio das pessoas, para que a
empresa seja e tenha sustentabilidade financeira e social. Mas nem sempre foi assim. O Diretor
B acrescentou que em suas experiências de trabalho nas áreas de indústria, varejo de alimentos,
drogarias e serviços educacionais, a sua maior surpresa no setor de educação superior foi que a
área de RH é bastante imatura. Só o advento do amadurecimento das companhias de educação
(abertura de capital e entrada da iniciativa privada e cultura multinacional) é que permitiu o
fortalecimento das áreas de RH.
O RH vem obtendo sucesso gradativo; não esquecendo que por mais que se esperem
resultados exatos, a “matéria-prima” desta área são pessoas, e estas possuem idiossincrasias
diferentes de uma área financeira (extremamente exata), por exemplo. Segundo a Coordenadora
de RH A, a melhor forma de ter a imagem que o RH deseja passar aos gestores das
Organizações, é com profissionais de RH que atuem de forma estratégica, sendo um parceiro
dos negócios e tendo uma visão de longo prazo, ou seja, foco nas tendências futuras sem perder
de vista a operação de curto prazo.
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muito comum ouvir que um CEO não dá importância à gestão de pessoas. Isso é resultado de
fatores que fazem com que ele tenha uma visão míope sobre o valor das pessoas e sobre a
relevância da área de RH. Ocorre em empresas nacionais e multinacionais, com maior
incidência em empresas familiares, de “dono”.
Compreende-se nesta análise, que são muitas as variáveis que não permitem uma
maior visibilidade do setor para toda a estrutura organizacional. O setor por ter passado por
várias transformações, ainda não é visto pela alta gestão como uma grande ferramenta para se
obter resultados. Os diretores entrevistados informaram que os resultados identificados desta
área até então, são Seleção adequada de profissional; Orientação vocacional adequada com o
plano de cargos e salários da empresa. Já o Diretor B pensa que através do RH consegue-se
compor um time de sucesso sem grandes percalços. Isso posto, terá uniformidade de
expectativas, desde a descrição do cargo até a composição da equipe, e assim a entrega dos
resultados. Mas para se ter um RH “robusto”, a alta gestão precisa saber o que se espera dessa
robustez.
Fica claro que além da dificuldade dada a importância do setor pela alta direção, que
entende que as pessoas é o bem mais valioso na organização, mas não compreende de que
forma este setor pode contribuir além do recrutamento e seleção de pessoas, existe também
outras variáveis quanto à estrutura da organização, os próprios profissionais de RH não têm
acompanhado as mudanças do setor em todas as suas práticas e políticas, não sabem como
entregar resultados esperados dos demais setores: lucro, qualidade dos serviços, fidelização dos
clientes ou satisfação dos acionistas. De acordo com o gráfico 4 da pesquisa com os
colaboradores, o setor de Recursos Humanos ainda é, predominantemente visto por eles
somente como a área que é responsável pelos recrutamentos e seleções, não visualizando a
capacidade organizacional que o mesmo possui.
Existem várias dificuldades encontradas na área de RH, CHIAVENATO (2009) relata
que as dificuldades básicas são lidar com recursos intermediários e não com fins; lidar com
recursos vivos: extremamente complexos, diversificados e variáveis, que são pessoas; trabalhar
com o fato de que os recursos humanos não estão somente dentro da área de RH: mas
principalmente alocados nos diversos órgãos da organização e sob a autoridade de diversos
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chefes ou gerentes e que a RH preocupa-se fundamentalmente com a eficiência e a eficácia.
Porém o fato concreto é que ela não pode controlar os eventos ou condições que as
produzem, trabalha em ambientes e em condições não determinadas sobre os quais possuem um
grau de poder e controle muito pequeno, os padrões de desempenho e de qualidade dos recursos
humanos são complexos e diferenciados (variam de acordo ao nível hierárquico, com a área de
atividade, com a tecnologia aplicada e com o tipo de tarefa ou atribuição); não lida diretamente
com fontes de receita. Aliás, ocorre certo preconceito de que ter pessoal forçosamente implica
ter despesa e um dos aspectos mais críticos da RH, está na dificuldade de se saber se ela está
fazendo ou não um bom trabalho. A RH está cheia de desafios e riscos não controlados ou não
controláveis, nãopadronizados e imprevisíveis.
Como bem descreveu o autor ULRICH (2002), nos últimos anos, tais papéis para os
profissionais de RH serão frequentemente encarados em termos de transição do operacional
para o estratégico; qualitativo para o quantitativo; policiamento para a parceria; curto prazo
para longo prazo; administrativo para consultivo; voltado à função para o voltado ao negócio;
foco interno para o foco externo e concentrado no consumidor; reativo para o preventivo e o
foco na atividade para o foco nas soluções.
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O que prejudica uma imagem concreta do RH frente aos seus clientes é a falta de uma
mentalidade comum e a falta de posicionamento organizacional frente às Organizações. Como
bem colocado por ULRICH (2002), “Quando os profissionais de RH exemplificam os
princípios que pregam, ganham credibilidade em suas empresas e aumentam a probabilidade de
ter sucesso como parceiros empresariais”. Assumir o papel da Gestão de Recursos Humanos é
de grande importância para adotar tal postura, os gerentes de linha e profissionais de RH
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devem ser defensores de RH, não somente considerando as questões de RH, mas
também dominar técnicas no intuito de criar valores mediante as práticas de RH.
Os gerentes de RH detêm a responsabilidade tanto pelos resultados, quanto pelos
processos. Segundo ULRICH (2002), os gerentes são responsáveis perante os acionistas
pela criação de valor econômico, perante os clientes, pelo valor do produto ou serviço, e
perante os funcionários, pelo valor do local de trabalho. Para liberar esses resultados, os
gerentes de linha devem se tornar defensores de RH [...] Para transformar as práticas de RH
em algo mais que atos isolados, os gerentes de linha e os profissionais de RH precisam
dominar a teoria por trás do trabalho de RH; precisam ser capazes de explicar
conceitualmente como e por que as práticas de RH produzem seus resultados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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O RH assume atualmente uma grande responsabilidade e compromisso pela
consecução de resultados. Para o Recursos Humanos se tornar mais evidente dentro das
empresas, devem além de “sair do escritório”, superar seus próprios limites, estudando e
compreendendo as diversidades e singularidade das pessoas para proporcionar um
importante processo da administração das organizações e garantir a eficiência e melhoria dos
processos, garantindo o sucesso dos resultados da empresa. É preciso cada vez mais agregar
valores intangíveis as empresas, os ativos intangíveis além de relevantes no desempenho
econômico, geram mais valor aos acionistas, sendo uma das mais importantes fontes de
vantagens competitivas das empresas na atualidade.
REFERÊNCIAS
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CAPITULO 2.
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Com sua evolução, a avaliação passou a considerar também o comportamento das
pessoas no desempenho do seu trabalho. Além disso, passou-se a avaliar as metas
estabelecidas, os resultados alcançados pelo profissional avaliado e o seu potencial, visando
ao plano de seu desenvolvimento.
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• Percepção de que as recompensas dependem de esforço;
• Competência individual da pessoa;
• Percepção do papel.
• Avaliação do mérito;
• Avaliação de pessoal;
• Relatórios de progresso;
• Avaliação de eficiência individual ou grupal.
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continuamente, a estabelecer um contrato com os funcionários referente aos resultados
desejados pela organização, acompanhar os desafios propostos, corrigir rumos, quando
necessário, e avaliar os resultados conseguidos.
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E, gostaria de reforçar o que já foi dito na introdução desse trabalho: a avaliação de
desempenho não pode ser encarada como um processo punitivo, mas sim de melhorias entre
todos os envolvidos no processo.
Precisamos, neste momento, entender um pouco mais sobre esses dois indicadores
utilizados nas organizações.
Outro ponto a ser avaliado, surgiu na possibilidade de atentar para o que as pessoas
produzem, ou seja, para o resultado em si, e não mais a forma com que atingiam o resultado
em questão. À medida que o resultado era o que se esperava, isso era suficiente. O problema
estava resolvido. O desempenho era, portanto, considerado adequado, satisfatório, ou seja,
eficaz.
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Segundo Bergamini (2010), a tendência atual é tentar conciliar essas duas
orientações na formulação de uma sistema de avaliação de desempenho humano para as
organizações, em função de contextos específicos.
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Desempenho.
De uma forma geral, podemos identificar que uma das principais razões para uma
organização utilizar nos seus funcionários a avaliação de desempenho é: aprimorar o
desempenho dos seus funcionários e com isso desenvolver as pessoas e a própria empresa.
No entanto, é necessário muito cuidado com esse processo, pois uma utilização
inadequada desse instrumento pode causar sérios danos na gestão das empresas. Voltaremos
a falar sobre isso posteriormente.
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Além dos objetivos mencionados no tópico anterior, é importante que possamos
entender que a avaliação de desempenho a ser realizada numa organização pode oferecer
focos diferenciados.
De acordo com Hipólito e Reis (apud Marras, 2012), são quatro focos visualizados
pelas organizações que avaliam os funcionários que nela trabalham. São eles:
a) Aferição do potencial;
b) Análise comportamental;
c) Desenvolvimento profissional;
d) Realização de metas e resultados.
Estudante, o que você acha desse momento entendermos um pouco mais sobre
esses focos? A partir desse entendimento conseguiremos ter uma visão mais ampla das
possibilidades de uma avaliação de desempenho realizada nas organizações. Vamos lá!
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Criando uma expectativa que se tem em relação ao patamar de desempenho que
o avaliado pode alcançar.
Segundo Hipólito e Reis (apud Marras, 2012), o foco na análise comportamental visa
a identificar os comportamentos observáveis no ambiente de trabalho. Nesse ponto, leva-se
em consideração a complexidade do trabalho e a capacidade e vontade dos avaliados de se
prepararem para assumi-la no momento mais apropriado.
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Foco na Realização de Metas e Resultados
Esse aspecto visa o conhecimento dos resultados obtidos pelo avaliado em relação às
metas previamente negociadas com a organização (na maior parte com o próprio gestor
direto). É avaliado o esforço e dedicação dos profissionais, geralmente, de forma quantitativa.
Algumas organizações não se preocupam apenas com o alcance das metas, mas
também como essas metas foram alcançadas.
No decorrer dos nossos estudos vocês irão compreender melhor esse foco quando
estivermos falando sobre avaliação por competências e avaliação por objetivos.
A avaliação de desempenho precisa ser implantada numa organização, para que esta
possa beneficiar a organização e as pessoas inseridas nessa organização de uma forma plena.
Proporcionando condições de crescimento para ambos os implicados nesse processo.
Importante nesse momento, fazermos uma pausa nessas citações desses tópicos,
percebemos que existe uma diferença entre empenho e desempenho.
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Estudante! Para esclarecer ainda mais essa questão dos benefícios da avaliação de
desempenho, vamos entender de uma forma peculiar os benefícios da avaliação nas três
instâncias que estão altamente envolvidas (Chiavenato, 2010):
a) O avaliado (colaborador)
b) O avaliador
c) A organização
Um programa de avaliação do desempenho, quando bem planejado, coordenado e
desenvolvido traz benefícios a curto, médio e longo prazos.
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condições de promoção ou transferências.
• Dinamiza sua política de recursos humanos, oferecendo oportunidades aos
empregados (promoções, crescimento e desenvolvimento pessoal), estimulando a
produtividade e melhorando o relacionamento humano no trabalho.
Avaliação de Desempenho
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Vamos dar continuidade aos nossos estudos sobre Avaliação de Desempenho?
Caro aluno! Precisamos deixar claro que a avaliação de desempenho identifica o que
deve ser mantido ou o que deve ser melhorado, mas existem outros instrumentos na área de
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Recursos Humanos que conseguem esse objetivo. É o caso, por exemplo, da atividade de
Treinamento e Desenvolvimento, pois esta, sim, consegue modificar alguns comportamentos
quando necessários dentro de uma organização.
Nos dias de hoje, existe uma grande preocupação dos gestores em entender realmente
aspectos internos das pessoas que trabalham com ele, como a motivação para desempenhar o
seu trabalho.
Ainda segundo esta autora, é através desse intercâmbio que se pode transmitir:
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Avaliação de Desempenho
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apresentam forma igual e homogênea de lidar com suas tarefas, ou, ainda, de atingir as metas
que necessitam fazê-los atingir.
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tempos desiguais. Se não for dessa forma, ou seja, em tempos iguais de avaliação, aquilo que
se modifica durante cada um desses espaços de tempo pode não ser igual e nem sempre ter o
mesmo valor para a empresa.
Segundo Bergamini (2010), há três critérios básicos que norteiam a escolha dos
intervalos de tempo que devem ser observados na repetição das avaliações: o critério jurídico,
o critério trabalho e a política de pessoal.
a) Critério Jurídico
É importante mencionar nesse momento que esta avaliação nem sempre corresponde
ao desempenho real ou futuro desse colaborador. Segundo Bergamini (2010), as observações
que se pode fazer quanto aos noventa dias são ainda um tanto pobres, dado o conhecimento
superficial que tem o avaliador do real desempenho do seu novo empregado.
b) Critério Trabalho
A real avaliação de desempenho será tanto mais fiel quanto mais se permita a
manifestação das diferenças individuais em face das características fixas dos trabalhos.
Quanto mais completo e bem acabado tenha sido o treinamento do indivíduo à sua função,
tanto mais se conhecerá suas características individuais na função.
Importante dizer que o quadro de pessoal só poderá ser avaliado depois que este
avaliado domina completamente as técnicas que lhe foram transmitidas. Segundo Bergamini
(2010), alguns autores americanos que determinam o prazo médio de término do treinamento
e início em produtividade para 6 meses.
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Acredita-se que aos seis meses de prática na função o funcionário consegue
exteriorizar suas características pessoais de desempenho.
c) Política de Pessoal
Os objetivos da política de pessoal de cada organização com relação à avaliação de
desempenho norteiam a sua frequência de aplicação dentro das organizações.
Importante fazer uma observação: qualquer atitude que a empresa venha a fazer com
base na avaliação de desempenho deve ter sido aplicada pelo menos duas avaliações. Isso
causará segurança tanto para a organização quanto para o próprio colaborador.
Sendo assim, a política de pessoal de cada organização deve ser tida como uma ação
que norteia a avaliação de desempenho.
Momento muito importante dos nossos estudos, querido aluno! Vamos introduzir o
conceito de prognosticadores.
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Podemos dizer que será necessário isolar um conjunto de características que deverão
constar das fichas de avaliação agrupadas por famílias de serviços.
O Trabalho Realizado
Segundo Bergamini (2010), só se pode avaliar um indivíduo a partir de algo que ele
já produziu. Na prática, esse pressuposto muitas vezes é esquecido pelo avaliador, que passa a
fazer estimativas futuras de produtividade, temendo prejudicar o seu subordinado.
Sendo assim, fica claro (e espero que esteja) a avaliação de desempenho é um retrato
do momento e não uma projeção para o futuro. Não tem como prever o comportamento futuro
dos colaboradores de uma organização, correndo o risco, então, de prever um comportamento
de um ser humano numa condição de trabalho. Eu poderia ir até além, não é possível prever o
comportamento de um ser humano em condição alguma.ção de Desempenho
Estudante! Com esses três critérios básicos para compor uma avaliação de
desempenho dentro das organizações, conseguimos estabelecer condições objetivas e claras
para avaliar o desempenho do colaborador inserido numa organização a partir de um trabalho
realizado num determinado espaço de tempo de acordo com as características exigidas pelo
cargo.
Uma vez que definimos os critérios da avaliação de desempenho, como vimos acima,
chegou o momento de definirmos o instrumento ou ficha de avaliação de desempenho a ser
aplicado.
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Segundo Bergamini (2010), um bom instrumento de avaliação de desempenho pode
neutralizar determinadas imperfeições na observação do pessoal, o que distorce a imagem que
dele se pode fazer.
Bergamini (2010) elaborou alguns critérios que são fundamentais para a qualidade da
ficha de avaliação de desempenho, uma vez que estes garantiriam uma credibilidade dentro de
um padrão solicitado. São eles:
• Confiabilidade
• Validade
• Sensibilidade
• Objetividade
• Simplicidade
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valiação deesempenho
CRITÉRIO DE
DESCRIÇ
QUALIDADE
ÃO
▪ O instrumento precisa ter as mesmas condições de aplicação,
resultados iguais para ser considerado um instrumento confiável.
▪ Se medidas muito semelhantes forem obtidas toda vez que o
instrumento for utilizado, sob condições semelhantes de
aplicação, diz-se então que esse instrumento é digno de
Confiabilidade confiança.
▪ Importante ter cuidado quando o instrumento for mais
valorizado quantitativamente, uma vez que o resultado de duas
pessoas pode dar semelhante, quantitativamente, mas eles
apresentam uma diferença qualitativa no desempenho.
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▪ A objetividade da ficha de avaliação é garantida
quando esta impede que o avaliador se utilize de conceitos e
sentimentos próprios dele para avaliar o colaborador.
▪ As tendências e a subjetividade de cada avaliador não
Objetividade podem interferir, de forma alguma, na avaliação desse colaborador,
sendo esse critério fundamental para a legitimidade do resultado da
avaliação de desempenho.
▪ Uma boa ação para evitar a subjetividade de cada
avaliador interferindo no resultado é avaliar o colaborador por partes,
ao invés de solicitar conceitos gerais sobre o indivíduo.
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formais, garantindo, assim, que a sua validade (critério de qualidade visto anteriormente) não
seja comprometido por falta de dados ou por dificuldade de sua apresentação.
Tanto o conteúdo da ficha (como dito anteriormente) quanto o seu modelo são
próprios de cada organização. No entanto, um modelo pode ser seguido como guia, onde este
modelo contém partes essenciais de uma avaliação de desempenho. Segue, então, o modelo
sugerido por Bergamini (2010):
Esse treinamento “saber como avaliar” irá desenvolver nos avaliadores uma atitude
de “bom avaliador”, de orientador competente do pessoal avaliado.
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Esse treinamento para os avaliadores poderá implicar, inclusive, em desenvolver
neles algumas características de personalidade, consideradas adequadas ao bom desempenho
na função de avaliar. Diante disso, é muito importante que esse treinamento seja ministrado
por especialistas que conheçam muito bem do sistema implantado na organização, pessoa que
também conheça bastante de comportamento para que possa contribuir para a atividade de
avaliador.
Segundo Bergamini (2010), alguns objetivos podem ser destacados para que uma
organização treine seus avaliadores:
E com isso, vamos nos despedindo dessa competência, para assim enfatizar mais, na
competência adiante, o papel do avaliador nesse processo.
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Já vimos nas competências anteriores a importância da avaliação de desempenho nas
organizações, mostrando todo o potencial que o resultado dessa avaliação pode proporcionar
ao colaborador e também a organização como um todo.
Assim podemos dizer que a avaliação de desempenho acontece num sistema de troca,
onde todo um contexto, toda uma equipe e toda a organização conseguem alcançar frutos
bastante produtivos a partir dos resultados alcançados pela execução da avaliação de
desempenho.
Para iniciarmos esse estudo, cabe aqui fazer uma ressalva sobre este tema estudado.
Independente de que forma a avaliação de desempenho acontecerá, sempre estarão envolvidas
nesse processo, no mínimo, duas pessoas. Essa condição já nos indica que poderá haver
enganos, uma vez que seres humanos são passíveis de erros.
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Segundo Bergamini (2010), torna-se, então, necessário entender como as pessoas
habitualmente se comportam quando estão diante do fato de terem de emitir parecer sobre as
outras. É preciso que os avaliadores estejam atentos sobre como seus julgamentos podem ser
afetados pelo próprio mecanismo de percepção das circunstâncias ambientais e sociais que as
envolvem.
É nesse sentido que alguns autores trabalham com erros de percepção oriundos de
interferências pessoais na percepção do avaliador em relação aos avaliados.
Aluno! Vamos trabalhar com Bergamini (2010), autora que vocês já estão bem
familiarizados em citações anteriores nessa disciplina. Ela denomina esses erros possíveis na
avaliação de “vícios da avaliação”, onde veremos os principais logo adiante.
Vício Descrição
▪ Possibilidade de atribuir ao avaliado qualidades e
defeitos que são próprios do avaliador e não do avaliado.
Subjetivismo
Consequências: Desenvolver simpatias e antipatias sem uma
razão
objetiva, simplesmente estabelece essa relação.
▪ Valorizar aspectos que o avaliador considera
importantes, como características pessoais, mas que necessariamente
Unilateralidade não são fundamentais para o bom exercício das atividades.
Consequências: Gostar de quem organiza o seu ambiente de
trabalho de forma semelhante a ele (avaliador).
Aviação de Desempenho
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▪ Conceitos divulgados de forma equivocada (ou
através de boato) sobre o propósito da avaliação de desempenho.
Posições contrárias Consequências: Quando se entende que
a avaliação de
desempenho foi criada para demitir pessoas na organização.
Tabela 03 – Vícios da Avaliação de Desempenho segundo Bergamini (2010) Fonte:
A autora (2013)
A avaliação de desempenho, como já bem dito adiante, tem uma importância crucial
nas organizações, mas sem dúvida, pode proporcionar aos colaboradores informações sobre o
seu trabalho e a sua contribuição às organizações que pertencem e ao cliente. Sendo este
colaborador o grande interessado no resultado da avaliação de desempenho.
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Cada formato de avaliação terá suas caraterísticas e peculiaridades que devem ser
analisadas de acordo com o contexto atual da organização, como a cultura organizacional
também deverá ser levada em consideração.
Esse tipo de avaliação é muito utilizado em organizações que possuem uma cultura
mais aberta à participação, opiniões e sugestões de seus colaboradores. Empresas que
possuem um tipo de gestão bastante democrática. Não que as empresas fora desse formato não
possam utilizar essa forma de avaliação.
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Avaliação pelo Gerente (Gestor)
Acredita-se que pelo fato do gestor ser a pessoa mais próxima desse colaborador, ele
possua uma maior facilidade em avaliá-lo de forma adequada.
Nas organizações que utilizam essa forma de avaliação, o próprio gestor avalia o seu
subordinado, mas utiliza-se da assessoria da área de Recursos Humanos, pois esta
estabelecerá os meios e critérios para que a avaliação possa acontecer. O RH entra com o
papel de projetar, manter e desenvolver um plano sistemático de avaliação das pessoas.
É necessário ressaltarmos que este tipo de avaliação necessita, sem dúvida, uma
preparação do avaliador, como vimos a necessidade de treinamento, para que este não cometa
falhas de percepção comprometendo o resultado da avaliação de seu subordinado.
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fornecida pelo gerente.
O gerente fornece todos os recursos ao colaborador para que este possa desempenhar
o melhor trabalho:iação de Desempenho
• Orientação
• Treinamento
• Aconselhamento
• Informação
• Equipamento
• Metas
• Objetivos a alcançar
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produtiva do colaborador, tornando-se mais produtivos os resultados finais.
Avaliação de Desempenh
Como podemos observar na figura acima, todos de uma equipe se avaliam para o
alcance dos melhores resultados (sempre de acordo com o esperado pela organização referente
à função em questão) para que possam também obter o melhor desempenho.
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Avaliação pela Comissão de Avaliação de Desempenho
Este tipo de procedimento caracteriza-se por uma avaliação coletiva feita por um
grupo de pessoas que direta ou indiretamente estejam interessados no desempenho dos
colaboradores.
1. Os membros permanentes:
• Presidente da organização ou seu representante
• O executivo maior do RH
• O especialista em Avaliação de Desempenho.
2. Os membros transitórios:
• O gerente de cada colaborador avaliado
• Superior direto do colaborador.
Tendo como função uma avaliação direta, uma vez que estes membros conhecem
diretamente esse colaborador que estará sendo avaliado.
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passam por esse procedimento, estes poderão se sentir inferiorizados, uma vez que eles
entenderão que a avaliação do desempenho deles dependerá de uma comissão que todos julga,
aprova ou desaprova, talvez com pouca propriedade em relação ao desempenho individual de
cada um.
É o tipo de avaliação onde a equipe de trabalho poderá avaliar o seu gestor, ou seja, o
avaliado será o gestor, analisando se este proporcionou os meios e recursos para a equipe
alcançar os seus objetivos, encontrando também possibilidades deste incrementar a eficácia de
suas atividades, ajudando, assim, a equipe a alcançar melhores resultados.
Segundo Chiavenato (2010), a avaliação para cima permite que o grupo promova
negociações e intercâmbios com o gerente exigindo no abordagens em termos de liderança,
motivação e comunicação que tornem as relações de trabalho mais livres e eficazes.
Marras (2012) afirma que a avaliação do gestor pelo subordinado recebe algumas
críticas, e uma delas diz que o subordinado não tem condições de avaliar as competências
técnicas de seus superiores. Mas também é importante atentar para a cultura da empresa. Em
uma organização na qual as pessoas estão habituadas ou foram bem treinadas para receber o
feedback, a avaliação para cima pode ser bem aceita pelos gestores que estão sendo avaliados.
Podemos observar que algumas empresas conseguem abranger essa avaliação para
cima não apenas para os subordinados em relação aos gestores, mas também os subordinados
em relação a própria organização, obtendo informação sobre os resultados alcançados e
possíveis medidas para melhoria do ambiente de trabalho e sobre as expectativas das pessoas
em relação a organização.
Esse tipo de avaliação pode ser caracterizada como uma avaliação mais
conservadora, possuindo aspectos extremamente centralizador, monopolizador e burocrático.
Como o nome já nos indica, essa avaliação é feita pelo órgão de RH, assumindo,
assim, totalmente todos os processos dessa avaliação.
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colaboradores são obtidos com cada gestor e processadas e interpretadas, para gerar relatórios
que são coordenados pelo RH.
Na literatura temos autores que trabalham com os métodos mais variados, mas para o
nosso objetivo, iremos trabalhar com os métodos abaixo descritos:
• Escalas gráficas
• Escolha forçada
• Pesquisa de campo
• Incidentes críticos
• Listas de verificação
Avaliação de Desempenh
Escalas Gráficas
Para a realização desse tipo de método é necessário uma tabela de dupla entrada,
onde nas linhas da tabela estão os fatores de avaliação e nas colunas estão os graus de
avaliação do desempenho.
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critério. O número de fatores de avaliação varia conforme cada organização, mas podemos
entender que de 5 a 10 fatores são considerados o ideal.
É importante que os graus de variação para cada fator se apresente com várias
graduações, possibilitando, assim, uma escala bem razoável de possibilidades de classificação.
Fatores Ó B R S F
otimo bom regular ofrível fraco
1. Comportamento ético
Atitude pautada pelo respeito ao próximo, integridade,
sendo de justiça, impessoalidade nas ações e valorização do
conceito de cidadania e do bem público.
2. Autodesenvolvimento
Interesse pela busca ativa de qualificação e
aprimoramento pessoal e profissional com o objetivo
de melhorar o
desenvolvimento da atividade ou serviço.
Tabela 04 – Exemplo de uma avaliação de desempenho por escala gráfica Fonte: A
autora (2013)
Os prós:
Os contras:
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• Nenhuma participação ativa do colaborador avaliado;
• Avalia apenas o desempenho passado.
Escolha Forçada
Blocos de Frases x + -
Apresenta produção elevada
Comportamento dinâmico Tem dificuldades
com número É muito sociável
O avaliador irá identificar ao lado que frase corresponderá ao seu avaliado e marcará
aquela que mais se aproximará de suas características, identificando com o sinal de + e -.
De acordo com Chiavenato (2010), para este método da escolha forçada também
existem os pontos favoráveis e os pontos desfavoráveis, onde podemos visualizar abaixo.
Os prós:
Os contras:
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• Não provoca retroação de dados, nem permite comparações;
• Técnica pouco conclusiva a respeito dos resultados;
• Nenhuma participação ativa do avaliado.
Pesquisa de Campo
Segundo Marras (2012), esse método acontece seguindo algumas etapas descritas
abaixo:
Como não poderia deixar de ser, neste método também podemos destacar algumas
vantagens e desvantagens, segundo Chiavenato (2010).
Avaliação de Desempenh
Os prós:
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Os contras:
Incidentes Críticos
Esse método irá levantar aspectos positivos e negativos do avaliado. De acordo com
Chiavenato (2010), esse método baseia-se nas características extremas (incidentes críticos)
que representam desempenhos altamente positivos (sucesso) ou altamente negativos
(fracasso). Este método não se preocupa com o desempenho normal, mas com desempenhos
excepcionais, sejam positivos ou negativos.
Os prós:
Os contras:
Listas de Verificação
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Essa lista de verificação funciona como um lembrete para o gestor avaliar dotas as
características principais de seu avaliado.
ÁREAS DE DESEMPENHO 1 2 3 4 5
Comunicação eficiente
Habilidade para decidir
Práticas de segurança
Suporta tensão e pressão
Conhecimento do Trabalho
Relacionamento com o gestor
Tem características de liderança
Dificuldade em lidar com números
Tabela 06 – Exemplo do método por lista de verificação Fonte: A autora (2013)
Avaliação de Desempenho
Esse método é bastante semelhante ao método das Escalas Gráficas, ficando as
vantagens e desvantagens também semelhantes.
Caro aluno! Com isso encerramos toda a nossa descrição sobre os métodos na
avaliação de desempenho e partiremos para uma nova concepção, mais moderna a respeito da
avaliação de desempenho.
Até a competência 4!
Como vimos, anteriormente, qualquer deslize por parte dos responsáveis pode
comprometer, significativamente, os resultados da avaliação de desempenho de um
colaborador.
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melhor nesse ou naquele método.
A esse respeito, Chiavenato (2010) afirma que as limitações dos métodos tradicionais
de avaliação de desempenho têm levado as organizações a buscarem soluções criativas e
inovadoras. Estão surgindo novos métodos de avaliação de desempenho que se caracterizam
por uma colocação totalmente nova do assunto:
Com isso, daremos início a nossa competência, tentando descrever essa modernidade
em palavras.
Então, vamos!
Acredito ser importante, mas o que você acha de vermos uma nova abordagem sobre
o assunto? Ou seja, iremos mencionar de uma forma diferente, mas que talvez seja mais
interessante. Vamos lá!
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para um objetivo bastante específico – avaliar quem está fazendo um bom trabalho (ou não).
Eles classificam dois tipos de objetivos de avaliação de desempenho: os objetivos
administrativos e os objetivos de desenvolvimento.
VISANDO AO ADMINISTRATIVOS
DESENVOLVIMENTO
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• Fornecer feedback das • Documentar as decisões
informações pessoais
• Identificar pontos fortes/fracos • Definir os candidatos à
individuais promoção
• Reconhecer o desempenho • Definir transferências e
individual atribuições
• Ajudar na identificação de • Identificar o desempenho
objetivos insatisfatório
• Avaliar a realização de objetivos • Decidir sobre manter ou
• Identificar as necessidades de encerrar contrato
treinamento individuais • Decidir quanto a demissões
• Determinar as necessidades de • Validar critérios de seleção
treinamento organizacionais • Cumprir com as exigências
• Reforçar a estrutura da legais
autoridade • Avaliar os programas de
• Possibilitar que os empregados treinamento e seu progresso
discutam sobre suas preocupações • Planejamento de pessoal
• Melhorar a comunicação • Tomar decisões sobre
• Proporcionar um fórum para recompensas/ remuneração
auxiliar os líderes
Sendo assim, vamos conhecer agora alguns métodos mais modernos utilizados nas
organizações, método esses que conseguem alcançar os objetivos já mencionados:
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• Avaliação 360º;
• Balanced Scorecard.
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Figura 08 – Etapas da avaliação por objetivos
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funcionário propõe tomar para atingi-las. É imprescindível a aceitação plena dos objetivos por
parte do avaliado e o seu comprometimento íntimo em alcançá-los.
Etapa 6: Nessa fase é utilizada a entrevista entre o gestor e o subordinado para que
possam ser avaliados de forma completa os ganhos no processo.o de Desempenho
Etapa 7: Consiste em revisar a ligação entre o desempenho individual e o da
empresa.
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Figura 09 – Ciclo da avaliação por objetivos Fonte: A autora (2013)
Ainda segundo Camara, et al (2010), a natureza dos objetivos a serem fixados para o
alcance do colaborador não tem unicamente a ver com os resultados do negócio (volume de
negócio, rentabilidade e quota de mercado) mas deve também enfocar, por exemplo, áreas
como segurança, qualidade, consolidação da cultura, entre outras.
Avaliação de Desempenho
OBJETIVOS DESCRIÇÃO
Consistem na contribuição individual
Objetivos do negócio para a realização do plano de ação da
organização, de acordo com o contrato
individual de
desempenho.
Enfocam as dimensões comportamentais
Objetivos comportamentais que
o avaliado deve evidenciar para
conseguir realizar com sucesso a sua função.
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Buscam o autodesenvolvimento do
avaliado, quer pelas competências técnicas, quer
Objetivos de melhoria pessoal pelas competências comportamental para lhe
permitir melhorar, no futuro, o seu
desempenho.
Os incentivos são os resultados
Objetivos de incentivo e concretos e pontuais a atingir durante o exercício
contribuições de longo prazo e os objetivos de contribuição os avaliados
deverão desenvolver por etapas, para conseguir
as
finalidades requeridas.
Buscam o desenvolvimento do
Objetivos de desenvolvimento de
profissional, desenvolvimento específico com
pessoas
finalidades
específicas.
Tabela 08 – Objetivos a serem alcançados segundo Camara, et al (2010) Fonte: A
autora (2013)
Avaliação 360º
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• Como a retroação vem de vários avaliadores, pode haver preconceitos e
prejuízos;
• A retroação fornecida pelo entorno permite o autodesenvolvimento do avaliado.
As desvantagens são:
2. Avaliação 180º: O gestor avalia o seu subordinado, mas este, por sua vez,
também avalia o seu gestor, em termos de qualidade do serviço prestado, acompanhamento e
feedback;
3. Avaliação 270º: Quando o subordinado é avaliado pelo seu gestor e por seus
pares;
4. Avaliação 360º (só para reforçar): Quando o subordinado é avaliado pelo seu
gestor, por seus pares e por clientes internos e externos.
Balanced Scorecard
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• Resultados financeiros
• Satisfação do cliente
• Processos de negócio
• Competências dos colaboradores
Estudante! Não seria possível nessa disciplina expor tudo o que compete ao Balanced
Scorecard, uma vez que é um método bastante complexo e que merece um maior espaço.
Sendo assim, para aqueles que desejarem aprender mais sobre esse método sugiro que aceitem
a sugestão ao lado.
Entrevista de Avaliação
Segundo Bergamini (2010), sente-se a ênfase crescente que as empresas estão dando
ao preparo dos avaliadores para que possam, com maior sucesso possível, efetuar a entrevista
com seus subordinados, bem como se percebe claramente a insistência das mesmas para que,
ao cabo de cada avaliação, os gestores incluam no seu horário de trabalho um espaço
especialmente reservado para que, com tempo suficiente, procedam à orientação e
acompanhamento do seu pessoal.
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• Oportunidade do gerente discutir o registro do desempenho de seu subordinado;
• Explorar áreas de possível aprimoramento e crescimento;
• Fornece ocasião para identificar mais plenamente atitudes e sentime
• Aprimora a comunicação.
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Figura 11 – Elementos da entrevista Fonte: Bergamini (2010)
1. Falar-e-convencer
As habilidades exigidas nesse tipo de entrevista incluem a capacidade de persuadir
um funcionário a mudar no sentido da maneira prescrita. Isso pode exigir novos
comportamentos por parte do funcionário e o uso hábil de incentivos à motivação por parte do
avaliador.
2. Falar-e-ouvir
As habilidades incluem a capacidade de comunicar, na primeira parte da entrevista,
os pontos fortes e fracos do desempenho do funcionário. Na segunda parte da entrevista, são
explorados amplamente os sentimentos do funcionário sobre a avaliação. Este tipo de
entrevista sugere ouvir opiniões discordantes e lidar com o comportamento defensivo.
3. Soluções de problemas
Importante reforçar que essa entrevista não é simplesmente dizer qual foi o resultado
da avaliação de desempenho, ela possui objetivos bastante determinados e sólidos que devem
ser alcançados a partir de pressupostos pré-determinados.
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Segundo Bergamini (2010), o avaliado não vai apenas tomar conhecimento do que o
seu supervisor pensa dele, mas essa entrevista reveste-se de um caráter de aconselhamento, à
medida que o avaliador traça com o avaliado um programa futuro de atividades que visam
suprimir as deficiências deste último.
Bem, caro aluno! O conteúdo foi repassado para você. Espero que tenha entendido a
dimensão da avaliação de desempenho nas organizações.
Avaliação de Desempenho
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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nas organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
Avaliação de Desempenho
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