Você está na página 1de 10

A EXPERIÊNCIA DE LEITURA COM ANDAIMES: uma referência flexível para

ajudar os estudantes a obter o máximo do texto

Michael F. Graves & Bonnie B. Graves

Como podem os professores efetivamente ajudar todos os estudantes a lerem,


entenderem e aplicarem as ideias e informações da variedade de textos que eles leem de
poesia à física? Um caminho é provê-los com uma experiência de leitura com andaimes -
uma série de atividades especificamente desenhada para assistir um grupo particular de
estudantes a ler com sucesso, entender, apreender, e apreciar uma seleção particular de
textos.
A experiência de leitura com andaimes desenvolveu-se a partir da percepção de
uma necessidade educacional que tem suas raízes no senso comum, na experiência de
sala de aula e em pesquisas. O pensamento por trás da Experiência de Leitura com
andaimes (Scaffolding reading Experience - SER)[ em português, poderemos chamá-la de
Experiência de Leitura com Andaimes] está integralmente descrita no livro: “Scaffolding
Reading Experiences : designs for students sucess” (Graves e Graves, 1994). Aqui, nós
descrevemos os dois princípios centrais que motivam a SER (experiência de leitura com
andaimes) - a noção de andaimagem e a importância do sucesso do estudante.
Nós acreditamos que o termo andaimagem foi usado pela primeira vez no sentido
educacional pelo psicólogo da Universidade de Harvard Jerome Bruner, que o usou para
caracterizar a interação verbal das mães, quando lendo para suas crianças jovens. Ao
compartilhar um livro de imagens com uma criança e tentar ajudá-la a ler as palavras que
nomeavam as gravuras, a mãe poderia, em primeiro lugar, simplesmente passar as
páginas do livro, familiarizando a criança com as gravuras e com o conteúdo geral do
livro. Então, ela poderia focalizar em uma simples gravura e perguntar à criança o que é
isso. Em seguida, ela poderia apontar para a palavra abaixo da gravura e dizer à criança
que a palavra nomeia a gravura, perguntar à criança que palavra é, e dar-lhe um retorno
sobre a resposta correta.
O ponto importante é que a mãe nem simplesmente mostrava à criança a palavra,
nem simplesmente solicitava-a a responder sobre a palavra. Ao invés, ela construia uma
estrutura instrucional, um andaime, que ajuda o estudante na aprendizagem.
Andaimagem, como Wood, Bruner e Rosse (1976) adequadamente afirmaram é um
“processo que permite à criança ou ao aprendiz a resolver um problema, levando adiante
uma tarefa ou a atingir uma meta que poderia estar além de seus esforços não assistidos”
(p.90). Esta é, precisamente, a maneira como nós usamos o termo.
Como Harold Herber (1970) assinalou alguns anos atrás e como as pesquisas sobre
a eficácia do ensino tem repetidamente verificado (Brobhy, 1976), se os estudantes
devem se tornar ambos proficientes e ávidos leitores - crianças e mais tarde adultos que,
voluntariamente, buscam a leitura como um caminho para informação, prazer e realização
pessoal - então, experiências de leituras bem sucedidas são vitais. As crianças precisam
ter sucesso na maioria das leituras que nós pedimos que elas façam. É importante
destacar que, isso não significa que nós devamos alimentá-las com colher. Como Frank
Smith (1976) notou praticamente 20 anos atrás, e como pesquisas recentes (Perkins,
1992) tem verificado, a menos que os estudantes façam alguma tarefa desafiadora, a
menos que eles estejam querendo correr alguns riscos e obter retorno pelos seus
esforços, existe pouco espaço para a aprendizagem. De maneira a se desenvolverem
como leitores, as crianças precisam ter alguns desafios, mas eles também precisam ter o
necessário apoio ou andaimagem para enfrentarem esses desafios.
No quadro de referência deste artigo, nós descrevemos SER (Experiência de leitura com
andaimes), discutindo os possíveis componentes de uma andaimagem, e dando alguns
breves exemplos dessa experiência.

QUADRO DE REFERÊNCIA DA EXPERIÊNCIA DE LEITURA COM ANDAIMES

Como mostra a figura abaixo, a experiência de leitura com andaimes tem duas
grandes fases: a fase de planejamento e de implementação.

Fase um: Planejamento

Na fase de planejamento, o professor considera:


* Os estudantes - suas necessidades, preocupações, interesses, fortalezas, fraquezas,
conhecimento prévio, qualquer coisa que possa influenciar seu sucesso (ou fracasso) ao
ler uma seleção particular de textos.
* A seleção [do texto] - Seus tópicos e temas, seu vocabulário potencialmente difícil ou
outros blocos de obstáculos, e as oportunidades que apresenta para instrução.
* O propósito ou propósitos da leitura - O que o estudante ganha dessa experiência de
leitura? Com que objetivos ele ou ela está lendo?
• Esses três fatores são interrelacionados, e as decisões feitas sobre qualquer um deles
influenciam a decisão feita sobre os outros.

Fase dois: Implementação


A fase de implementação de uma experiência de leitura com andaimes também tem
três componentes - atividade de pré-leitura, durante leitura e pós-leitura. Baseado em um
grupo particular de estudantes, de um texto particular, com propósitos particulares que os
estudantes irão realizar na leitura do texto, o professor seleciona essas atividades de pré,
durante e pós-leitura, que levarão esses estudantes ao sucesso.

Possíveis componentes de uma Experiência de Leitura com Andaimes


Como o quadro indica, os possíveis componentes da Experiência de Leitura com
Andaimes incluem pré-leitura, durante leitura e atividades de pós - leitura.

Atividades de pré - leitura:

As atividades de pré-leitura podem servir a um número de funções, incluindo


conseguir o interesse dos estudantes em ler uma seleção, relembrar os estudantes de
coisas que eles já fazem e que irão ajudá-los a entender e desfrutar de uma seleção, e o
pré-ensino de aspectos de uma seleção em que os estudantes poderão encontrar
dificuldade.
Opções de atividade de pré-leitura incluem:
* Motivação
* Ativação do conhecimento prévio
* Construção do conhecimento específico do texto
* Relação da leitura com a vida dos estudantes
* Pré-ensino do vocabulário
* Pré-ensino de conceitos
* Pré-questionamento, predição e estabelecimento de direção
* Sugestão de estratégias de compreensão
As atividades de motivação incluem qualquer atividade desenhada a interessar os
estudantes sobre o texto selecionado e seduzi-los a ler. Embora muitas das atividades
selecionadas de pré-leitura possam ser motivacionais, bem como de atingir algum outro
propósito, vale a pena considerar as atividades de motivação como uma categoria
separada porque é com frequência apropriado fazer alguma coisa somente com o
propósito de interessar aos estudantes e animá-los para a leitura de uma seleção.
A ativação do conhecimento prévio envolve promover os estudantes a trazer à consciência

informações já conhecidas que irão ajudá-los a entender o texto que segue. Por exemplo,

antes de ler um artigo sobre o Rio Mississipi, os estudantes podem discutir o que eles
sabem sobre rios da Grã-Bretanha ou no continente.

A construção do conhecimento específico do texto visa a dar aos estudantes informações

que estão contidas na própria seleção. Prover os estudantes com informações prévias

relativas ao conteúdo dessa seleção - por exemplo, dar aos estudantes os sete tópicos

discutidos em um artigo sobre baleias – pode se justificar se a seleção é conceitualmente

difícil, contém um grande número de novas informações ou está densamente empacotada

com informações.

Relacionar a leitura à vida dos estudantes serve para envolver os estudantes e para
facilitar sua compreensão. Então, por exemplo, antes de ler uma história na qual o
principal personagem é discriminado por uma deficiência, pode ser de bom senso, levar os
estudantes a pensar e discutir sobre ocasiões em que eles se sentiram mal
compreendidos ou mal tratados.
Pré-ensinar o vocabulário consiste de ensinar palavras que são novas
nomenclaturas para conceitos que os estudantes já conhecem. Por exemplo, os
professores estarão geralmente ensinando vocabulário - uma nova nomenclatura - se eles
ensinarem aos estudantes do ensino fundamental a palavra crimson, que significa
vermelho.
Pré-ensinar conceitos consiste em ensinar ideias novas e, potencialmente, difíceis.
Ensinar o significado de velocidade, por exemplo, geralmente requer o ensino de uma
nova e complexa ideia. É importante distinguir entre o ensino de uma nova nomenclatura
e ensinar novas idéias porque, enquanto frequentemente faz sentido tirar cinco minutos e
pré-ensinar meia dúzia de novas nomenclaturas antes de um texto selecionado a ser lido,
ensinar conceitos novos e difíceis leva, uma porção significativa de tempo.
Nós elencamos pré-questionamento, predições, direções contextuais juntos porque
elas são atividades similares. Em qualquer uma delas, o que o professor está fazendo é
focalizando a atenção dos estudantes e dizendo-lhes o que é importante de observar
enquanto eles leem. Essas focalizações são frequentemente necessárias porque sem elas
os estudantes podem não ser capazes de distinguir os assuntos essenciais dos periféricos.
No final da atividade de pré-leitura elencada (Suggesting Comprehension
Strategies), a palavra chave é sugestão. A experiência de leitura com andaimes não foi
desenhada para ensinar estratégias. Ensinar estratégias de compreensão – realmente
instruindo estudantes em como usar estratégias tais como determinar o que é importante
e sintetizar – quase sempre requer muito mais tempo do que é tipicamente dado na
Experiência de Leitura com Andaimes (ELA) (GRAVE, WATTS e GRAVE, 1994). Entretanto,
é apropriado sugerir como parte de uma ELA que os estudantes usem estratégias que eles
já conhecem. Então, se o professor já ensinou aos seus estudantes como fazer
representações visuais dos textos como uma ajuda para compreendê-los, o professor
pode desejar assinalar que o capítulo que os estudantes irão ler é bom para representar
graficamente.
Atividades de durante leitura incluem atividades que os estudantes fazem enquanto
eles leem e atividades que os professores fazem para ajudá-los enquanto leem.

Opções de atividades de durante leitura através da experiência de leitura com


andaimes incluem:

Leitura silenciosa
Leitura do estudante
Leitura guiada
Leitura oral pelos estudantes
Modificando o texto
Nós deliberadamente listamos leitura silenciosa primeiro porque nós acreditamos
fortemente que deve ser a mais frequente atividade de durante leitura. Muitas das leituras
que os estudantes fazem na vida, serão leituras silenciosas e o caminho para a
proficiência em leitura silenciosa é ler muito. Se os professores escolhem uma seleção
apropriada para os estudantes e os prepara adequadamente para ler a seleção, então, os
estudantes irão frequentemente ser capazes de ler, silenciosamente, por eles mesmos,
essa seleção.
Ler [em voz alta] para os estudantes pode servir a muitas funções. Ouvir uma
história ou parte da exposição lida em voz alta é uma experiência muito agradável para
muitos jovens e se apresenta aos estudantes como um modelo de boa leitura oral. Ler o
primeiro capítulo ou as primeiras páginas de uma peça em voz alta pode encorajar os
estudantes a buscar o material e serve como uma sedução para que leiam o resto do
texto selecionado silenciosamente.
Leitura guiada refere-se a qualquer atividade que os professores usam para
focalizar a atenção dos estudantes sobre aspectos particulares do texto enquanto eles
leem. Frequentemente, com a leitura guiada, o objetivo do estudante é aprender alguma
coisa de sua leitura. Então, as atividades de leitura guiada são frequentemente usadas
com material de exposição [teórica]. Entretanto, é também possível orientar os
estudantes em apreciarem e desfrutarem de narrativas. Então, o professor poderá sugerir
que os estudantes parem em vários pontos de uma história de aventura e escrevam um
fragmento de diário do ponto de vista do protagonista.
A leitura oral para os estudantes deve geralmente ser menos frequente do que a
leitura silenciosa. Como mencionado previamente, muito das leituras que os estudantes
fazem fora da escola é leitura silenciosa. No entanto, a leitura oral tem o seu lugar. A
poesia é frequentemente melhor e muito mais efetiva quando lida oralmente. Também,
emocionante ou particularmente passagens bem escritas de prosa são frequentemente
apropriadas para leitura oral. Sobretudo, a leitura oral pode ser útil quando a classe ou o
grupo dos estudantes está estudando a passagem ou tentando decidir sobre
interpretações alternativas. Finalmente, os estudantes frequentemente gostam de ler seus
próprios escritos oralmente.
Modificar o texto é algumas vezes necessário para tornar o material mais acessível
aos estudantes. Isso pode envolver usar áudio ou vídeo, mudar o formato de uma seleção
ou encurtar um texto. Modificar um texto é necessário em situações nas quais as seleções
de leitura apresentam muitos desafios devido a sua extensão ou dificuldade. Os
estudantes podem não ganhar muito da audição de um texto, da leitura de parte dele, ou
lendo uma versão alterada dele; mas o sucesso em uma dessas tarefas é certamente
preferível a falhar com o texto original.

Atividades de pós-leitura

Atividades de pós-leitura servem a uma variedade de propósitos. Elas dão


oportunidade para os estudantes sintetizar e organizar informação extraída do texto. Elas
propiciam oportunidades para o estudante avaliar a mensagem do autor e a qualidade do
texto em si mesmo. Elas dão oportunidade para ambos professores e alunos avaliarem a
compreensão pelos estudantes de um texto. E elas dão oportunidades para os estudantes
responderem a um texto em uma variedade de formas interessantes.
Opções de atividades de pós-leitura incluem:
Questionamento
Discussões
Escrever
Drama
Atividades artísticas, gráficas e não verbal
Aplicação e atividades de alcance
Reensino
Questionamento é frequentemente usado e é uma atividade segura. Atividades de
questionamento dão aos professores a oportunidade de encorajar e promover o
pensamento de ordem superior - de levar os estudantes a enfrentar o material, a
interpretar, a analisar e avaliar o que eles leram. Algumas vezes, é claro, é apropriado
aos estudantes lerem alguma coisa e não serem confrontados com algum tipo de
responsabilidade. No entanto, em muitos casos, nem os professores, nem os estudantes
estarão certos que os estudantes ganharam o que eles deveriam e o que eles têm
necessidades da leitura sem que os estudantes façam algum tipo de questão. É claro, os
professores não são os únicos que devem fazer perguntas depois da leitura. Os
estudantes podem fazer perguntas entre eles, eles podem perguntar aos professores, e
eles podem fazer perguntas que eles planejam responder através de leituras futuras.
Algum tipo de discussão - em qualquer que seja a situação em que tome lugar, seja
em pequenos grupos ou envolvendo a classe inteira - é também muito frequente e,
muitas vezes, bastante apropriado. Certamente, se existe uma possibilidade de que
alguns estudantes não entenderam tanto quanto eles deveriam de um texto a discussão
deve ser realizada. Igualmente importante, a discussão dá aos estudantes a chance de
oferecer as suas interpretações pessoais e respostas ao texto.
Escrever é uma tarefa de pós-leitura que provavelmente deve ser usada mais
frequentemente do que é. Nos anos mais recentes, tem havido um bom número de bem
seguras ênfases no fato que ler e escrever são atividades complementares e que devem
com frequência virem juntas. Em resumo, escrever pode ser um poderoso auxiliar na
leitura.
O drama oferece uma variedade de oportunidades aos estudantes de ficarem
envolvidos ativamente em responder sobre aquilo que eles leram. Assim, definido aqui, o
drama refere-se particularmente a performances informais envolvendo, ação, movimento
e fala. Pequenas peças, cenas, e teatros de leitores estão entre as muitas possibilidades.
O drama tem o potencial de mostrar aos estudantes que a língua pode ser transformada,
que ideias podem ser vistas, ouvidas e sentidas.
Atividades artísticas, gráficas e não-verbais constituem possibilidades adicionais.
Essa categoria ampla inclui arte visual, gráficos, música, dança e produções de mídia
como vídeos, show de slides e gravações de áudio, bem como atividades construtivas que
podem não ser tipicamente pensadas como artísticas. Provavelmente o mais frequente
membro dessa categoria são os gráficos de algum tipo – mapas, tabelas, árvores,
diagramas, esquemas e outros assemelhados. Outras possibilidades incluem a construção
de modelos ou a apresentação de artefatos que de alguma forma corresponde ao texto
lido. Atividades artísticas e não verbais são frequentemente úteis porque elas são
divertidas e podem ser um pouco diferente das tarefas tipicamente escolares, e dão a
oportunidade ao estudante de se expressar numa variedade de formas e criar um
contexto no qual os estudantes com vários talentos e habilidades podem brilhar.
Atividade de aplicação e alcance extra incluem aplicação direta como cozinhar
alguma coisa depois de ler uma receita – e outras menos diretas – tentar mudar, por
exemplo, algum aspecto do governo dos estudantes depois de ler alguma coisa sobre
governo estatal. Essa categoria também inclui atividades que se estende além dos muros
escolares – planejar uma ida para coletar casacos usados, agasalhos, depois de ler um
artigo em que as pessoas carentes estão precisando de roupas de inverno ou fazer uma
pesquisa de campo a um museu de arte local depois de ler sobre um dos artistas
representado lá. Obviamente, aqui há muitas opções.
A atividade final de pós-leitura a ser considerada é o reensino. Quando se torna
aparente que os estudantes não atingiram os objetivos da leitura ou o nível de
compreensão necessário dos fatos, reensinar é usualmente uma alternativa, e o melhor
momento para fazê-lo é, frequentemente, logo após os estudantes terem o primeiro
encontro com o material. Em alguns casos, reensinar pode consistir simplesmente em
pedir aos estudantes que releiam parte de um texto. Em outros casos, os professores
podem querer apresentar uma lição curta, uma aula curta sobre parte dos textos que
causaram problemas aos estudantes. E ainda em outros casos, os estudantes que tiveram
uma compreensão particular de determinados aspectos do texto podem ajudar a outros
estudantes em atingir compreensão similar.

Alguns exemplos da Experiência de Leitura com Andaimes

Ao todo, a Experiência de Leitura com Andaimes apresenta um quadro de 18


atividades possíveis, isso é demais para ser usado com um simples texto. Novamente,
entretanto, esta é uma lista de opções. Desta série de possibilidades, o professor escolhe
somente aquelas que são apropriadas para uma leitura particular de seus estudantes de
um texto particular para um objetivo particular. Em geral, para estudantes com menos
proficiência, textos mais difíceis, e objetivos mais desafiadores, mais andaimagem é
necessária, enquanto que com os estudantes mais proficientes, texto menos difícil e
objetivos menos desafiadores, menos andaimagem é necessária.

Por exemplo, uma narrativa linear com personagens e um ambiente que são
familiares aos estudantes podem requerer ao professor simplesmente dizer, ‘‘Esta uma
história sensacional. Leiam e divirtam-se!’’
Um artigo sobre a primeira Lei de Newton, entretanto, pode requerer que o
professor prepare um grupo diverso de estudantes com várias atividades pré, durante e
pós-leitura. Atividades de pré-leituras podem incluir, ativar o conhecimento prévio dos
estudantes relacionando as Leis de Newton às suas experiências do dia-a-dia. As
atividades de pré-leitura podem também incluir, pré-ensinar os conceitos de força, fricção
e inércia. E como uma atividade de durante-leitura, os estudantes podem escrever
sumário de cada sessão ou criar exemplos de conceitos que são similares a aqueles que o
autor dá, mas que são aqueles que o leitor experimentou pessoalmente. Atividades de
pós-leitura podem incluir discussão, realização de modelos, e preparação de
demonstrações da primeira Lei de Newton para serem apresentadas a outro grupo de
estudantes.

Como um outro exemplo de uma completa experiência de leitura com andaimes, suponha
que você esteja trabalhando numa sala de alunos da escola primária e lendo um livro de
comércio de Loch Lomond, e o objetivo dos estudantes é aprender a informação mais
importante no texto. Nessa situação, você deve prover a instrução de pré-leitura que
inclui uma atividade motivacional, pré-ensino de algumas palavras difíceis e uma
atividade questionadora. A seguir, para a parte de durante-leitura, você deve ler parte do
livro oralmente, então pedir que os estudantes leiam silenciosamente, buscando
responder às suas questões. Uma vez que os estudantes terminaram a seleção, eles
podem abrir uma discussão em grupos de três ou quatro e responder às questões que
foram feitas durante a atividade de leitura. Finalmente, o grupo pode se juntar à classe e
compartilhar suas respostas. Aqui está uma lista de atividades:
*Pré-leitura:
-Motivação
-pré-ensino
-questionamento
* Durante-leitura:
-ler para os estudantes
-leitura silenciosa
*Pós-leitura:
-grupos pequenos de discussão
-respondendo às questões
-grupos grandes de discussão
Os exemplos dos tipos de atividades que os professores podem usar para criar uma
Experiência de Leitura com Andaimes são encontrados em abundância em livros
profissionais e periódicos. Folheando o número de novembro de 1992 de
‘‘Reading’’(Leitura), por exemplo, nós localizamos vários. No artigo ‘‘Primary school study
reading’’(Leitura de estudo na escola primária), sugere um número de atividades de pré,
durante e pós-leitura para se usar com crianças da escola primária, quando lendo textos
informativos. Similarmente em ‘‘Habilidades de informação nas classes primárias’’, Karen
Baldwin apresenta um exemplo de discussão, questionamento e atividades de pré-leitura
de focalização para ajudar os estudantes a extrair as ideias chaves do texto. Colocando
atividades como essas dentro do quadro da Experiência de Leitura com Andaimes e
modificá-las para adequar-se a um grupo particular de estudantes, de texto e de
propósito, o professor pode criar uma roupa bem talhada de experiência de leitura.

Conclusão:

Para resumir, o objetivo em planejar e realizar qualquer Experiência de Leitura com


Andaimes é claro: o objetivo é fazer todo o possível para assegurar que o estudante tenha
uma experiência de leitura bem sucedida. Uma experiência de leitura bem sucedida é
aquela na qual os estudantes entendem o texto, aprendem dele, desfrutam dele e
atingem as metas do professor e a que eles se colocaram. Sobretudo, uma experiência
bem sucedida de leitura leva os estudantes a compreender que eles foram bem
sucedidos, reconhecendo que eles lidaram completamente com o texto, porque isto é
exatamente o que eles fizeram. Como nós temos repetidamente enfatizado, se os
estudantes devem se tornar leitores bem sucedido - adultos que podem, de fato, ler,
tanto para obter informação e pelo prazer e satisfação que a leitura pode proporcionar,
então, a vasta maioria de suas experiências de leitura devem ser bem sucedidas.

REFERÊNCIA:

GRAVES, M. F.; GRAVES, B.B. The scaffolding reading experience: a flexible framework
for helping students get the most out of text. In: Reading. April.1995.
(Tradução de Marly Amarilha, para estudo exclusivo do grupo de pesquisa Ensino e
Linguagem/ Programa de Pós-graduação em Educação - UFRN). Revisado em 08/03/2012.

Você também pode gostar