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NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (NEAD)

<Modos de Organização Textual>


APLICAÇÃO PRÁTICA
REFERENTE AS UNIDADES 6 e 7

Turma: ESTUDO E PRODUCAO DE TEXTO


Professor: Roberta Colombo
Semestre: 2021.1
Aluno(a): Isabelle Venancio | Matrícula: 1900697
Modo de Organização Textual: Narração
Resumo e Exemplo

Resumo:

A narração é um tipo de Modo de Organização Textual que consiste em contar


fatos reais ou fictícios, narrando a ação de personagens em um tempo e espaço.
Nesse tipo de organização textual, encontramos dois tipos de narradores: o narrador
personagem e o narrador observador. O narrador personagem é aquele que
participa da ação, estando em 1º pessoa. Ele pode ser o personagem principal da
história ou apenas alguém que presenciou os acontecimentos. Já o narrador
observador, apenas narra aquilo que vê, aquilo que observa, não tendo participação
na história, estando em 3º pessoa.
Os elementos da narração são: fato (ao que vai ser narrar), tempo (quando o
fato aconteceu), lugar (onde aconteceu), personagens (quem participou ou observou
o ocorrido), causa (motivo), modo (como se deu o fato) e consequência (resultado
do fato). Na narração, o clímax prepara o leitor para que ele resolva o
acontecimento.
A narrativa poderá acontecer em 3 tipos de discurso: direto, indireto e misto.
O discurso direto é a representação da fala das personagens por meio do diálogo. O
discurso indireto consiste em o narrador transmitir, com suas próprias palavras, o
pensamento ou a fala das personagens. Já o discurso misto ocorre quando a fala da
personagem se mistura à fala do narrador, ou seja, ao fluxo normal da narração.

Exemplo:

Bartolomeu: O cachorro salsicha

Era uma manhã de inverno, e em uma casa assustadora, Princesa deu à luz a três
cachorrinhos: Safadinho, Floquinho e Bartolomeu. Todos eles viviam em um lar onde
seus donos os maltratavam e não os amavam.

Safadinho nasceu cheio de saúde, forte e com boa aparência. Floquinho tinha
manchinhas na pele que o faziam parecer como um sorvete de flocos, o tornando
um cãozinho charmoso. Já Bartolomeu veio ao mundo com algumas características
um pouco peculiares: sua cabeça era muito grande, seu corpo era largo como uma
salsicha, seu tronco era desproporcional e suas pernas eram curtas demais.

Os dias dos três filhotes indefesos eram cheios de maus-tratos, frio, fome e sede.
Dois meses se passaram, e os cachorrinhos já estavam prontos para serem doados.

- Oba! Já estamos com tamanho suficiente para sermos adotados. Disse Safadinho,
o mais saudável e bonito dentre os irmãos.
- Você está animado assim porque sabe que as pessoas te adoram. Já de mim,
ninguém gosta, dizem que sou feio. Mas eu ainda tenho fé de que vou encontrar
uma família muito carinhosa e que me ame muito. Respondeu Bartolomeu.

- É verdade, irmão. Precisamos ter fé de que nós três seremos adotados por ótimas
famílias, que não vão nos maltratar e que nos amarão independente de nossas
aparências. Disse Floquinho.

Três dias mais tarde, todos os irmãos de Bartolomeu já haviam sido adotados,
restando apenas ele.

- Óh céus, não é possível que nenhuma família me queira! Eu tenho tantas


qualidades. Por que será que as pessoas se importam somente com a aparência,
mamãe? Indagou Bartolomeu.

- Meu filho, tenha calma! Continue confiando em Deus que tudo dará certo, e logo
uma família especial lhe adotará. Eles conseguirão enxergar a beleza do seu
coração. Respondeu Princesa.

Cada noite dentro daquela casa era um pesadelo para Bartolomeu. Apesar de ter
sua mãe ao seu lado, ele não aguentava mais as gritarias, os empurrões e tudo de
ruim que as pessoas que ali moravam faziam com ele. Até que um dia...

- Mamãe, mamãe! Uma menina veio me ver. Disse Bart.

- Que legal, meu filho! Vá até lá e conquiste o coração dela.

Ao ver os grandes olhos de Bartolomeu e toda euforia que ele estava ao recebê-la, a
menina imediatamente se apaixonou por ele e logo quis adotá-lo. Para ela, aquele
era o cachorrinho mais encantador que ela haveria de conhecer.
Bartolomeu se despediu de sua mãe e embarcou em uma nova jornada com sua
família adotiva.

Ao chegar em seu novo lar, ele recebeu uma cama quentinha, água limpa e muita
comida. Quando ele chorava de fome pela madrugada, sua dona acordava e fazia
mingau para alimentá-lo. Ele ia na rua passear duas vezes ao dia e recebia muito
carinho e afeto de sua nova família.

Por onde Bartolomeu passava, fazia sucesso pelo fato de ter sua aparência peculiar
e diferente dos outros cachorros. Agora, as pessoas não olhavam para ele de forma
ruim, chamando-o de feio, mas sim enxergando a alegria, amor e beleza interior que
havia dentro dele.

Bartolomeu entendeu que era digno de receber amor e que a beleza vai muito além
de coisas físicas, e que a beleza da vida está na essência do ser.
Fim.

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