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EXCELÊNCIA CONSTRUTIVA:
MÉTODOS DE PREVENÇÃO DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
SÃO PAULO
2021
MIKE FERREIRA NASCIMENTO
EXCELÊNCIA CONSTRUTIVA:
MÉTODOS DE PREVENÇÃO DE MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM
ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO
SÃO PAULO
2021
“Somos o que repetidamente fazemos.
A excelência, portanto, não é um feito, e sim
um hábito”.
(Aristóteles)
RESUMO
Neste trabalho foi realizado um estudo referente as patologias estruturais no Viaduto
Onze de Junho em São Paulo - SP. Seus resultados podem ser utilizados como
base para uma inspeção mais detalhada da estrutura do viaduto, para verificação da
necessidade de intervenções, tais como: manutenção, reforços e até interdição
temporária do local, se necessário. O primeiro passo foi a revisão bibliográfica sobre
tipos e variedades de patologias comuns em viadutos, as possíveis causas,
gravidade, métodos de prevenção de novas ocorrências e manutenção, utilizando-se
de normas especificas, como a NBR 9452/16 – “Inspeção de pontes, viadutos e
passarelas de concreto” e o ”Manual de recuperação de pontes e viadutos
rodoviários” do IPR/DNIT. Foi realizada uma visita ao viaduto para o mapeamento
das manifestações patológicas no local, com a finalidade de identificar quais estão
visíveis na estrutura e sua atual situação. Para verificar o seu desenvolvimento, foi
realizado um monitoramento periódico com medições e relatórios fotográficos, dessa
forma sendo possível definir se as deteriorações encontradas já estão estáveis ou
ainda estão instáveis, ou seja, em desenvolvimento. Além disso, constatadas as
possíveis anomalias na estrutura e sua gravidade. Após o término da pesquisa é
esperado que se possa determinar qual a situação do viaduto e indicar quais os
possíveis procedimentos a serem adotados: inspeção detalhada, manutenção
periódica, reforço ou demolição/reconstrução.
In this academic work, a study was carried out regarding structural pathologies in the
Viaduct Onze de Junho in São Paulo - SP. These results can be used as a basis for
more detailed inspection of its structure, in order to verify the interventions, such as
maintenance, reinforcement and even temporary prohibition if necessary. The first
step was the literature review on types and varieties of pathologies common in
viaducts, possible causes, severity, methods of prevention of new occurrences and
maintenance, using specific standards, such as NBR 9452/16 - "Bridge inspection ,
overpasses and concrete walkways" and the "Manual of recovery of road bridges and
viaducts" of the IPR / DNIT. After the bibliographic review, a visit was made to the
viaduct for mapping the pathological manifestations on site, in order to identify which
are visible in the structure and the current situation. To verify the progress, a periodic
monitoring was made with measurements being taken plus photographic reports, so
it is possible to define if the deteriorations found are already stable or are still
unstable, that is, in development. Beyond that, ascertained the possible anomalies in
the structure and the severity, specialists were consulted in the area of inspection
and maintenance on bridges, regarding the necessity of the maintenance and
reinforcement services in the structure. After the accomplishment of the study, it is
expected that the situation of the viaduct can be determined and it can indicate the
procedure to be followed up: detailed inspection, periodic maintenance,
reinforcement or demolition / reconstruction.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Lista das Pontes e viadutos...........................................................22
LISTA DE TABELAS
LISTA DE GRÁFICOS
1. INTRODUÇÃO 8
1.1 Justificativa 10
1.2 Objetivos 11
1.2.1 Objetivo Geral 11
1.2.2 Objetivo Específico 11
1.3 Estrutura da Monografia 12
2. REVISÃO DA LITERATURA 13
2.1 Conceitos Gerais 13
2.2 Concreto Armado: Histórico, Definição e Características Principais 14
2.3 Custos das Estruturas de Concreto Armado 16
2.3.1 Custos de Construção 16
2.3.2 Custos de Manutenção e Lei de Sitter 17
2.4 Deterioração das Construções 19
2.4.1 Fatores Intrínsecos 19
2.4.2 Fatores ambientais 19
2.4.3 Fatores resultantes do tipo e intensidade da manutenção 19
3. PATOLOGIA APLICADA A ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO 20
3.1 Origens das Falhas 20
3.2 Causas e Métodos de Prevenção 21
3.2.1 Retração Térmica ou Higroscópica 22
3.2.2 Agregados reativos 22
3.2.3 Agressividade do ambiente, Ataques de Cloretos e Sulfatos 23
3.2.4 Eflorescência 25
3.2.5 Delaminação e Disgregação 25
3.2.6 Desagregação e Ninhos de concretagem 26
3.2.7 Trincas e fissuras 26
3.2.8 Carbonatação 27
3.2.9 Corrosão 27
4. PROFILAXIA E RECOMENDAÇÕES PARA EXECUÇÃO DE ESTRUTURAS DE
CONCRETO ARMADO 28
4.1 Recomendações Gerais 28
4.2 Canteiro de obras 29
4.3 Fundação 29
4.4 Formas e Escoramentos 29
4.5 Armação 31
4.5.1 Recebimento 31
4.5.2 Transporte e Armazenagem 31
4.5.3 Corte e Dobra 31
4.5.4 Montagem 32
4.5.5 Proteção 32
4.6 Concreto 33
4.6.1 Condições operacionais 33
4.6.2 Recebimento 34
4.6.3 Lançamento 36
4.6.4 Adensamento 37
4.7 Cura 38
4.8 Desforma e Limpeza 38
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 41
1. INTRODUÇÃO
2. REVISÃO DA LITERATURA
a) Vantagens
b) Desvantagens
Resulta em elementos com maiores dimensões que o aço, o que, com seu
peso específico elevado, maior peso próprio, limitando o seu uso em
determinadas situações ou elevando bastante o seu custo;
As adaptações e reformas são, muitas vezes, de difícil execução;
É bom condutor de calor e som, determinando, em casos específicos,
associação com outros materiais para sanar esses problemas;
É necessário um sistema de escoramento, que em geral precisa
permanecer no local até que o concreto alcance resistência adequada.
Os fatores intrínsecos têm ligação com a estrutura em si, ou seja, que pode
ter fatores de degradação ou ser suscetível a danos.
Além disso, a poluição atmosférica, chuva ácida, águas poluídas por produtos
químicos, dos rios e subterrâneas, que são de responsabilidade da ação humana e
degradam tanto as superestruturas como as infraestruturas.
Origem: Execução/Materiais
Origem: Materiais
Submersa
II Moderada Urbana a, b Pequeno
Marinha a
III Forte Grande
Industrial a, b
Industrial a, b
IV Muito forte Elevado
Respingos de maré
a Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (uma classe acima) para
ambientes interno secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviço de apartamentos
residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com argamassa e pintura).
b Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (uma classe acima) em obras em regiões de
clima seco, com umidade média relativa do ar menor ou igual a 65%, partes da estrutura protegidas de chuva
em ambientes predominantemente secos ou regiões onde raramente chove.
3.2.4 Eflorescência
Origem: Materiais
Uma causa pode ser a corrosão de armaduras que podem gerar fissuras e
com o passar do tempo ocorrer o desprendimento de porções de concreto, e para
evitar o problema, basicamente é necessário que se trate as trincas e corrosão antes
que gerem o problema, seguindo as recomendações descritas.
3.2.8 Carbonatação
Origens: Projeto/Execução/Materiais/Uso
4.3 Fundação
Segundo VALIN JR e LIMA (2008), problemas com a cura do concreto podem
deixar as camadas superficiais fracas, porosas e permeáveis o que as torna
vulneráveis à ação de substâncias agressivas ao concreto. Assim, é necessário ter
cuidado permanente nessa fase para evitar o surgimento de patologias. Para
fundações superficiais, recomenda-se a execução de uma camada de brita e ou
concreto magro para proteger da perda/absorção de água.
O item 7.2.2.3 da mesma norma, afirma que a fôrma deve ser suficientemente
estanque, para impedir a perda de pasta de cimento, que pode permitir que se
formem pequenos vazios, que se não preenchidos, posteriormente haverá nichos de
concretagem, tendo como limite a surgência do agregado miúdo da superfície do
concreto.
4.5 Armação
4.5.1 Recebimento
O recebimento do aço no canteiro deve ser acompanhado de uma checagem
criteriosa dos romaneios, verificando se as peças estão de acordo com o lote
recebido.
4.5.2 Transporte e Armazenagem
Segundo o item 6.3.2 da NBR 14931, as barras de aço e telas devem ser
estocadas de forma a manterem inalteradas suas características geométricas e suas
propriedades, desde o recebimento na obra até seu posicionamento final.
Cada tipo e classe de aço deve ser claramente identificado logo após seu
recebimento, de modo que não ocorra troca involuntária quando de seu
posicionamento na estrutura. A armazenagem deve ser feita de modo a impedir o
contato com qualquer tipo de contaminante (solo, óleos, graxas, entre outros).
4.5.4 Montagem
A armadura deve ser posicionada e fixada no interior das fôrmas de acordo
com as especificações de projeto, e tolerâncias do item 9.2.4 da NBR 14931. A
montagem da armadura deve ser feita por amarração, utilizando arames. No caso de
aços soldáveis, a montagem pode ser feita por pontos de solda. A distância entre
pontos de amarração das barras das lajes deve ter afastamento máximo de 35 cm.
Nessa etapa os espaçadores, são imprescindíveis para garantir o
posicionamento da armação e a geometria dos elementos em obediência ao projeto
e respeitando as especificações de cobrimento mínimo da NBR 6118.
4.5.5 Proteção
Segundo o item 8.1.6.2 da NBR 14931, se houver uma interrupção na
concretagem de mais de 90 dias, as barras de espera devem ser pintadas com
pasta de cimento para proteção contra a corrosão. Ao ser retomada a concretagem
deve-se limpa-las para permitir boa aderência com o concreto.
4.6 Concreto
A concretagem e todas as ações precedentes são fundamentais para que
estrutura executada corresponda ao projeto estrutural, garantindo assim a
durabilidade e a qualidade desejadas. (Comunidade da Construção, 2020)
4.6.2 Recebimento
a) Transporte: Um aspecto muito importante é o tempo de transporte decorrido
entre o início da mistura, contado a partir da primeira adição de água, até a
entrega do concreto na obra. O tempo deve ser fixado para que o fim do
adensamento não ocorra após o início de pega do concreto lançado,
evitando-se a formação de junta fria.
b) Tempo: O intervalo decorrido entre o início da mistura e a entrega do
concreto no canteiro deve ser inferior a 90 minutos; e o entre o instante em
que a água de amassamento entra em contato com o cimento e o final da
concretagem não deve ultrapassar a 2 h 30 min.
4.6.3 Lançamento
Segundo a ABCP (2009), para o lançamento do concreto, preferencialmente
deve-se fazer o uso de bombas, devido ao menor tempo, perdas e melhor
trabalhabilidade do concreto. Deve haver planejamento, para que a massa flua
homogeneamente preenchendo todos os espaços das fôrmas. A presença do
Engenheiro Responsável (bem como o engenheiro da fiscalização da obra) é
indispensável durante toda a operação.
De acordo com os itens 9.3.2 e 9.3.3 da NBR 14931:
“Sempre que não for assegurada a aderência e a rugosidade entre o concreto novo
e o existente, devem ser previstas armaduras de costura, devidamente ancoradas
em regiões capazes de resistir a esforços de tração”
4.6.4 Adensamento
O adensamento deve ser cuidadoso, para que a mistura preencha todos os
espaços da fôrma. Nessa operação, tome as precauções necessárias para impedir a
formação de ninhos ou segregação dos materiais. O enchimento da fôrma deve ser
realizado sem a ocorrência de falhas por ar aprisionado.
4.7 Cura
O concreto deve ser protegido de intempéries, mudanças de temperatura,
secagem, vento, chuva forte, agentes químicos, choques e vibrações de intensidade
que possam produzir fissuras ou prejudicar a aderência à armadura.
A norma brasileira ABNT NBR 12645 especifica que a cura do concreto deve
ser executada sempre e que seu início deve ocorrer logo após a desforma, evitando-
se assim a secagem prematura. Quanto mais cedo for feita a cura, menor a
possibilidade de surgirem fissuras superficiais, principalmente em lajes.
Elementos estruturais de superfície devem ser curados até que atinjam
resistência característica à compressão (fck), de acordo com a ABNT NBR 12655,
igual ou maior que 15 MPa.
A limpeza pode ser utilizando jatos de água com pressão, ou com aplicação
de espátulas plásticas e escovas com água. Após a limpeza deve-se aplicar
desmoldante nos painéis. Devido a diversidade de tipos de materiais que compõem
as fôrmas, o desmoldante deve ser escolhido de acordo com a superfície de
aplicação
A coleta dos dados não foi suficiente para definir com exatidão a gravidade da
situação em relação ao estudo proposto, para isso seria necessário ampliar o
alcance do estudo e coletar uma quantidade maior de informações.
SANTOS, Altair. Alguém sabe quantas pontes existem nas rodovias do Brasil?
São Paulo. Cimento Itambé, 2017. Disponível em:
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