Você está na página 1de 18

MARKETING DIGITAL – O PODER DAS REDES SOCIAIS NO

MARKETING PARA MICROEMPREENDEDORES DIGITAIS DE


SÃO PEDRO DA ÁGUA BRANCA E PEQUENAS LOCALIDADES

Acadêmico: Welliso Martins da Silva


FACULDADE SÃO MARCOS - FASAMAR
Disciplina: METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTIFICA
Orientadora: Prof. Nathalia de Jesus Pereira de Castro

São Pedro da Água Branca – MA


2020
Marketing Digital – O Poder das Redes Sociais no Marketing para
Microempreendedores Digitais de São Pedro da Água Branca e Pequenas
Localidades.
Por Welliso Martins da Silva

Projeto de pesquisa apresentado a Faculdade


São Marcos – FASAMAR, para obtenção de
nota na disciplina METODOLOGIA DA
PESQUISA CIENTIFICA.
Orientadora: Prof. NATHALIA DE JESUS
PEREIRA DE CASTRO

São Pedro da Água Branca – MA


2020
Sumário

1 INTRODUÇÃO..............................................................................................................5

2 REFERENCIAL TEÓRICO...........................................................................................6

2.1 O Empreendedor Digital..........................................................................................6

2.2 Marketing Digital Aplicado em Pequenas Cidades.................................................6

2.3 Estratégias Usadas para Capitação de Clientes Online............................................7

2.4 Redes Sociais...........................................................................................................9

2.5 Comportamento e Tomada de Decisão do Cliente................................................10

3 METODOLOGIA.........................................................................................................11

4 ANÁLISE E DISCURSÃO DE RESULTADOS.........................................................11

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................15

RERÊNCIAS...................................................................................................................17
Marketing Digital – O Poder das Redes Sociais no Marketing para
Microempreendedores Digitais de São Pedro da Água Branca e
Pequenas Localidades.
Welliso Martins da Silva¹
Nathalia de Jesus Pereira de Castro²

RESUMO
O presente século está sendo marcado pelo grande poder e influência das mídias sociais.
No início apenas pessoas se relacionavam através das redes sociais, mas a algum tempo,
muitas empresas tem se beneficiados desses serviços, utilizando cada vez mais esses
serviços para se aproximar de seus clientes, criando assim vínculos e fidelização. O
público é variado, naturalmente os jovens usam mais as redes sociais, e estão mas
abertos as novas tecnologias, mas com a tecnologia atual é possível direcionar o
conteúdo para determinado grupo de usuários, definindo assim que publico é relevante
para determinado produto. Diante do exposto, o presente relatório de pesquisa visa
analisar a capacidade que microempreendedores de pequenas cidades, tem de atuar em
todo território nacional através das mídias sociais.
Palavras Chaves: Marketing Digital, Redes Socias, Internet, Microempreendedores

ABSTRACT
The present century is being marked by the great power and influence of social media.
In the beginning, only people relate to social networks, but at some point, many
companies benefit from these services, using these services more and more to get closer
to their customers, creating bonds and loyalty. The public is varied, naturally young
people use it more as social networks, but they are open as new technologies, but with
current technology it is possible to target or content to a specific group of users, thus
defining which audience is relevant to a particular product. In view of the above, this
research report analyzes the capacity of micro-entrepreneurs in small cities, has to act
throughout the national territory through social media.
Keywords: Digital Marketing, Social Networks, Internet, Micro Business

_______________________
¹Graduando do Curso de Administração da Faculdade São Marcos | FASAMAR
²Formada em Pedagogia e Administração pela Faculdade de Ciências de Wenceslau Braz
1 INTRODUÇÃO
Com o surgimento da internet em 1969, não se imaginava o poder avassalador que ela
teria na vida das pessoas, conforme foi passando o tempo a população mundial foi
ficando cada vez mais dependente da web, ao surgir a primeira rede social em 1995
abriu-se um leque de oportunidades, o que antes era um espaço apenas de empresas
mostrando seus produtos e serviços, a parti de então, a internet se tornou um meio em
que era possível fazer uma aproximação ao cliente de maneira mais objetiva e direta.
Foi neste momento que se percebeu o poder de influência que há na própria rede, já que
a maioria das pessoas antes de comprar algum produtor ou contratar serviços, buscam
referencias nas redes sociais.
O presente estudo tem por objetivo mostrar como que os microempreendedores digitais
de pequenas cidades e mais especificamente da cidade de São Pedro da Água Branca -
MA, podem driblar a falta de recursos e fluxo baixo de clientes em sua localidade.
O marketing digital visa entender qual a necessidade do cliente e entendendo o que
motiva a tomada de decisão de cada um deles, os empreendedores tem a capacidade de
escolher o produto certo para cada perfil de cliente, vamos abordar neste estudo algumas
ferramentas e meios para conseguir clientes em todo território nacional e também no
mundo.
Compreender esses processos é de fundamental importância para que qualquer
empreendedor consiga lograr êxito em suas vendas. A questão se torna ainda mais
impactante quando olhamos do ponto de vista do pequeno empreendedor, pois
geralmente os recursos são baixos, e o acesso ao credito se torna complicado devido ao
baixo fluxo de capital girando na empresa e outras questões.
Por outro lado, o mundo virtual se torna uma vitrine em que praticamente todos tem o
mesmo potencial, já que as ferramentas são praticamente as mesmas para todos.

5
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 O Empreendedor Digital
Empreendedorismo digital é um modelo de negócio que consiste em oferecer produtos
ou serviços por um meio digital, como a internet. (LIMA et al., 2019)
O termo Empreendedor Digital tem crescido vertiginosamente nas buscas no Google, a
cada mais popular, muitas pessoas tem despertado para essa nova modalidade de
negócios, as opções são infinitas, tudo que pode ser vendido, pode ser digitalmente
apresentado, e isso abre um leque muito grande para quem almeja investir na área.
2.2 Marketing Digital Aplicado em Pequenas Cidades
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) concluiu
que 64,7% da população brasileira com idade superior a 10 anos têm acesso à internet.
De acordo com o levantamento, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE 2017), são 116 milhões de brasileiros conectados à rede por meio de
celulares (94,6%), computadores (63,7%), tablets (16,4%) e televisões (11,3%). (PNAD
CONTÍNUA 2017).
Esses números explicam por si a estimativa de crescimento de 15% no faturamento do
e-comerce brasileiro em 2018 comparando com o ano anterior, atingindo a marca de R$
69 bilhões. A estimativa para 2019 era de fechar as vendas via e-comerce em mais de
R$ 89 bolhões, por tanto, um crescimento de 23%.

ANO VALOR EM (BI) %

2016 53.491 11%


2017 59.910 12%
2018 68.896 15%
2019* 89.824 23%
Fonte: ABCOMM 2019

Esses dados se tornam ainda mais relevantes quando levamos em conta que muitas das
transações feitas por meio digital, vem de pequenas e microempresas, para Dal’Bó
(2010), as micro e pequenas empresas têm grande importância na contribuição ao
crescimento do país, considerando-as, inclusive como a “mola impulsionadora” da
redução das desigualdades sociais.
Levando em consideração as dificuldades que o microempresário enfrenta quando sua
localidade não oferece fluxo de clientes, e até mesmo a desvalorização da mão de obra,
o uso da internet para expor seus produtos e serviços é uma opção bastante vantajosa,

6
pois geralmente quem compra online não quer saber o tamanho da empresa, e sim se ela
tem boas referências.
Munido dessas informações, o microempreendedor, pode e deve investir em uma boa
imagem online, um bom portifólio, e usar as ferramentas online disponíveis para que o
seu negócio possa ser cada vez mais visto. Algumas ferramentas que podem ser usadas
para deixar qualquer negócio online mais visível: Link Patrocinado, Impulsionamento
de Post (Facebook), Mail Marketing, SEO, Google Trends, Lista telefônica online,
Plataformas de Vendas C2C, Plataforma de Compra Coletiva.
Sendo assim o empreendedor não fica limitado a geografia local, usando essas
ferramentas e outras, ele tem a capacidade de alcançar todo território nacional e o
mundo.
2.3 Estratégias Usadas para Capitação de Clientes Online
De acordo com Cobra (2009) o termo Marketing surgiu nos EUA na década de 1940,
até então visto como uma ação de mercado tendo como objetivo, a troca e a
maximização do consumo, por meio de atividades comerciais. No entanto, ao passar do
tempo o termo tem ganhado novos sentidos, com a explosão do digital e a internet 2.0, o
marketing passou para outro nível, ou seja, um marketing bem-sucedido não gera
apenas vendas, mas aproximação com o cliente, e consequentemente, fidelização e
indicação C2C.
Um dos casos mais famosos no mundo neste sentido é a amazona.com, a gigante do e-
comerce que criou um modelo de negócios online.
Tudo começa em 5 de julho de 1994, em Seattle, nos Estados Unidos. O fundador da
Amazon é Jeff Bezos, um empresário e engenheiro que antes trabalhava como analista
em Wall Street. Observando o mercado ainda novo da internet, ele resolveu abrir o
próprio negócio.
O negócio começou meio tímido, muita gente questionava, se realmente dava certo
comprar sem olhar de perto, sem apalpar o produto, o certo é que Bezos insistiu e
metodicamente investiu em marketing de aproximação, a ideia era que você entrasse no
site da amazona.com e se sentisse em casa, investindo em entregas rápidas a empresa
ganha muita credibilidade e outros negócios semelhantes começam a surgir pelo mundo,
o resultado de uma vasta concorrência ao invés de fazer os lucros diminuírem, fez com
quê Bezos tivesse outra ideia brilhante, o Marketplace, que é basicamente uma loja usar
outra para vender seus produtos. Com a ascensão do site amazona.com, o time do
marketing criou essa brilhante estratégia, sublocando o domínio amazona.com para que

7
outras empresas vendessem lá também, o resultado? Jeff Bezoz é o homem mais rico do
mundo desde 2018, com uma fortuna avaliada em mais de R$ 494 bilhões (Forbes
2020), a Amazon atua no Brasil desde 2014 chegou aqui bem modesta, vendendo
apenas livros, no ano de 2019 abriu o site em sua totalidade.
Fica claro por tanto que usando um bom marketing a localização é irrelevante, o que
entra em questão é a estrutura para atender a demanda que poderá surgir. Em contra
partida a isso, existem os produtos digitais, que não demanda estoque físico.
Em seu movimento mais ousado no mercado brasileiro, a varejista inaugurou um
centro de distribuição com 47 mil metros quadrados em Cajamar, região metropolitana
de São Paulo. Equivalente a uma área de 10 campos de futebol, é o maior
empreendimento próprio da Amazon na América do Sul. Os valores dos
investimentos, por razões estratégicas, não foram revelados. “Com esse novo CD, nós
conseguimos ir além da venda direta de livros, expandindo para outras 11 novas
categorias no varejo, com produtos vendidos e enviados pela Amazon”, diz Mazini.
“Trouxemos mais quatro categorias que não estavam disponíveis no marketplace
antes”, completa, referindo-se ao incremento de catálogo, que agora também oferece
artigos para bebê, limpeza, beleza e brinquedos. Ao todo, foram adicionados 120 mil
itens ao estoque da companhia, que já contava com 200 mil livros.
(Fonte: https://www.istoedinheiro.com.br/)

Para os produtos digitais são usados os chamados funis de venda, onde é feito um
investimento inicial em impulsionamento, usando ferramentas disponíveis para isso, o
usuário é levado para uma landing page (página de captura), onde lhe é oferecido um
produto gratuito (isca) em troca do e-mail do usuário.
KOTLER (2007) menciona que, quando vendas e marketing trabalham bem juntos, há,
sem dúvida, um avanço substancial em métricas de desempenho importantes: o ciclo de
vendas encolhe, o custo de entrada no mercado cai, o custo de venda é reduzido, por
esta razão é de suma importância entender o processo do funil de vendas. Um dos
métodos, mas usados para captura de clientes é o método AIDA, essa metodologia foi
citada pela primeira vez por Elias Elmo Lewis em 1898, que consiste em quatro etapas,
onde é feita a persuasão da atenção do usuário, indo até o momento da ação, que é a
compra efetiva.
Figura 1 - Modelo básico de Funil de vendas estilo AIDA 2018

Fonte: https://www.agendor.com.br/blog/o-que-e-funil-de-vendas/
2.4 Redes Sociais
Rede Social é um recurso tecnológico que serve para conectar pessoas através da web,
essa conexão geralmente é feita por grupos e organizações que compartilham os
mesmos princípios, valores ou interesses, usando para isso um algoritmo especifico para
captar os interesses dos usuários, Segundo Dasgupta et al., "algoritmos são
procedimentos precisos, não ambíguos, mecânicos, eficientes e corretos", usando para
isso sequencias finitas de ações executáveis que visão obter um determinado objetivo.
A forma que o algoritmo selecionar apenas o que condis com seus valores e/ou
interesses, é que fez com que as redes sociais se tornassem tão presentes em nossas
vidas, as ferramentas básicas para manuseio da ferramenta é padrão, sempre serão as
mesmas para todos os usuários em cada aplicativo, mas o conteúdo é personalizado para
cada um segundo o interesse individual de cada usuário, nos últimos tempos tem se
investido massivamente em tecnologias que aprimoram o algoritmo, para que cada vez
mais, o usuário fique online.
Desta forma nenhum feed é igual ao outro, por mais que tenham postagens semelhante,
elas sempre serão organizadas de acordo com seu perfil de interesse. Quem mais tiver a
capacidade de captar os interesses dos usuários, é quem se destacará para o próximo
nível.
Em 1995 surgia a primeira rede social o ClassMate, focada em reencontros de
universitários estudaram juntos, o layout do site era bem simples, mas teve bastante
usuários nos EUA e Canadá, apesar de a plataforma ser paga.
Somente em 2002 com a chegada do site de relacionamento Friendster, é que o conceito
de rede social se tornou mais abrangente, o site foi criado por Jonathan Abrams, na
Califórnia. Na época a ferramenta foi alvo de várias publicações sobre pagina que era
bastante focada em “um círculo de amigos”.
Na época, Abrams recusou uma oferta de R$ 60 milhões, oferecida pela Google, a
oferta foi recusada, e pouco tempo depois o site não tinha servidor com capacidade para
suportar a crescente demanda de usuários novos, e com a chegada de outros sites com
mais recursos e ferramentas inovadoras, o site encerrou as operações pouco tempo
depois.
Em 2004 com o surgimento do Orkut, inicia-se o modelo de rede social que
conhecemos hoje em dia, que ao mesmo tempo que você via seu feed personalizado

9
pelos seus amigos, também via outras publicações de pessoas que mesmo não fazendo
parte do seu círculo de amigos, compartilhava os mesmos interesses, as chamadas
“comunidades” revolucionou a maneira de usar as redes sociais.
Atualmente cerca de 3,8 bilhões de pessoas em todo mundo estão conectadas ao mundo
virtual, desses, 3bi estão ativos diariamente nas redes sociais.
Em 2017 a agência We Are Social e a plataforma Hootsuite, promoverão um estudo
sobre o uso de internet e redes sociais no mundo, os resultados indicaram que os
brasileiros gastam, em média, 9 horas navegando na web. O país também aparece entre
os primeiros quando o assunto o tempo gasto nas redes sociais: são mais de 3 horas
diárias.
Segundo pesquisa TIC Domicílios, 126,9 milhões de pessoas usaram a rede
regularmente em 2018. Metade da população rural e das classes D e E agora têm acesso
à internet.

2.5 Comportamento e Tomada de Decisão do Cliente


É importante ressaltar que não adianta um bom marketing, se não houver domínio sobre
o processo de tomada de decisão do cliente, me valho da citação de um dos maiores
teóricos da administração, Peter Drucker, onde mesmo menciona que; “O papel do
marketing é tornar a venda supérflua. Sua meta é conhecer e compreender tão bem o
cliente que o produto ou o serviço se adapte a ele e se venda por si mesmo”
(DRUCKER, apud KOTLER, 2007, p. 6).
Leva-se também em consideração que, quanto mais complexa e cara for uma aquisição
de produto ou serviço, mais considerações são feitas sobre ela, pode-se afirmar então
que quanto mais informações que agregam valor para o usuário, mais ele estará disposto
a investir financeiramente em tal ideia, que lhe é oferecida.
Kotler (2007) assegura esta ideia:
Enquanto a Era Industrial caracterizou-se pela produção e pelo consumo de
massa, por lojas abarrotadas de estoque, por anúncios em toda parte e por grandes
descontos, a Era da Informação está nos levando a níveis mais precisos de
produção, comunicações mais direcionadas e determinação de preços amparada
por bases de informação de melhor qualidade (KOTLER, 2007, p. 3).

Outra questão importante é desenvolver no usuário crenças sobre o produto, Las Casas
afirma que: “O comportamento do consumidor é uma matéria interdisciplinar de
marketing que lida com diversas áreas do conhecimento, como economia, psicologia,
antropologia, sociologia e comunicação. O objetivo é estudar as influências e as

10
características de comprador, a fim de obter condições de fazer propostas adequadas de
ofertas de marketing, aplicando-se o conceito de marketing”. (LAS CASAS, 2012,
p.181)
Para Giglio, a internet está mudando o comportamento do consumidor, e isso impacta
diretamente na tomada de decisão do cliente, o que está fazendo o consumidor migrar
para internet? Por que é mais vantajoso par ele comprar um produto sem nem mesmo
sequer testa-lo, apenas baseados em descrições, comentários e indicações? Ao invés de
ir no estabelecimento físico e pegar no produto, testa-lo, prova-lo? Entender essas
questões faz com que o empreendedor tenha munição para fazer com que o marketing
de sua empresa, não apenas mostre os produto, mas o venda. Sobre essa nova geração
de consumidores, Giglio afirma que; “a internet oferece a segurança do encapsulamento
e do anonimato, tendo como enorme vantagem à possibilidade de estar em contato com
o mundo inteiro sem colocar os pés para fora de casa” (GIGLIO, 2010, p.185).

3 METODOLOGIA
A presente pesquisa e estudo, objetiva verificar o poder que a internet tem para ajudar a
pequenos empreendedores digitais na divulgação de seus produtos e serviços, analisar o
grau de influência que as redes sociais tem no marketing digital aplicado ao processo de
decisão de compra do consumidor, foram explorados artigos e estudos sobre a temática
visando uma melhor abordagem sobre o determinado tema em questão.
A pesquisa exploratória é de fundamental importância para o pesquisador se aprimorar
com problema a ser investigado, tendo como principal finalidade aperfeiçoar suas
ideias, e assim torná-las explicita, leciona Gil (2007).
Dessa forma a pesquisa tem perfil qualitativo, onde foram levantados dados sobre o
processo de contato e venda efetuadas pelos empreendedores digitais, traçado também o
perfil do consumidor, mostrando através de pesquisas que a forma de decisão de compra
está mudando a cada dia para o digital, mais particularmente a escolha do consumidor
pelo conforto, de fazer tudo de onde ele estiver usando seu smartphone, ou qualquer
outro dispositivo que tenha internet.
A pesquisa foi aplicada com uma entrevista feita com 20 pequenos empreendedores
digitais, onde cada um respondeu um questionário com quatro questões em relação ao
perfil do negócio e formas de contato e venda, visando traçar um perfil do tipo de
negócio que está dando resultado, e que tem mais chances de alcançar a maior
quantidade de consumidores possíveis.

11
Para o armazenamento de dados de pesquisa foi utilizada a ferramenta de formulários
Google Forms, e a partir dos dados coletados, foram criados gráficos e tabelas
utilizando-se Google Sheets e Excel.

4 ANÁLISE E DISCURSÃO DE RESULTADOS


Dos 20 empreendedores entrevistados foi constatado que 100% deles usam as redes
sociais para divulgar seus serviços ou produtos, foi dado a eles uma questão de
multiseleção, onde deveriam escolher os meios de divulgação que mais gerava resultado
para cada um deles, ou seja as ferramentoas que eles mais utilizavam para mostrar e
vender seus trabalhos, das opções a seguir eles deveriam escolher no maximo três.
(Flayers/Panfletos, Anúncios em Jornais, Anúncios na Tv e Rádio, Boca Boca, Redes
Sociais, Googles ads, Facebok ads, Site de portifolio como Behance, Dribbble)
Gráfico 01 – Ferramentas de Divulgação

Fonte: Dados da pesquisa 2019 https://forms.gle/J1z53TDBF4tNN4e97


Os resultados acima, mostram que não houve nenhuma mensão aos meios de
divulgação feitas através de Flayers/Panfletos, Anúncios em Jornais e Anúncios na Tv e
Rádio, deixando evidente o quanto que as midias sociais impactam diretamente nos
resultados do marketing dos pequenos empreendedores.
De acordo com Las Casas (2014) o Facebook, Instagram e Twitter, dentre outros, são as
principais plataformas colaborativas das mídias sociais, através delas empresas podem
divulgar seus produtos ou serviços utilizando a técnica do marketing mais coerente com

12
seu público-alvo. Diante disso os empreendedores e grandes corporações utilizam as
plataformas como uma ferramenta de divulgação, e aproximação com o consumidor.
Foi questionado também, qual a maneira quem que o cliente prefere para se comunicar
com o empreendedor entrevistado.
Gráfico 02 – Forma de comunicação preferida do cliente

Fonte: Dados da pesquisa 2019 https://forms.gle/J1z53TDBF4tNN4e97


No que diz respeito a forma que o cliente prefere se comunicar, fica evidente com 95%
das respostas que o virtual é a forma em que mais se comunica com os consumidores.
Felipini (2010) afirma que a internet mudou não apenas a forma das pessoas se
comunicarem, mas interferiu também no contorno como as pessoas efetuam uma
compra, através das trocas de informações e conhecimentos sobre determinados
produtos obtidas por meio dessas plataformas. Entende-se por tanto que os
empreendedores precisam viabilizar os meios para que os clientes tenham de forma fácil
e ágil uma forma de entrar em contato com as empresas.
Para os empreenderes em pequenas localidades esse é um ponto muito positivo, já que
no virtual a estrutura que eles veem é simplesmente o design que você apresenta pra ele
seja em seu feed no instagram ou portifólio em sites como behance e dribbble.
Já que o faturamento do pequeno empreendedor não dar espaço para uma mídia mais
racional como TV e Rádio, que geralmente são bem mais caras, e o retorno nem sempre
é tão satisfatório como o de estar diretamente na rede de contato do seu consumidor.

Falando ainda sobre a comunicação com o cliente, existem vários canais que o
empreendedor pode usar para tal tarefa.

13
Gráfico 03 – Meio mais usando para entrar em contato

Fonte: Dados da pesquisa 2019 https://forms.gle/J1z53TDBF4tNN4e97


Quando fechamos mais o escopo no quesito comunicação com o cliente, observamos
que o aplicativo WhatsApp ganha disparado, o motivo? O aplicativo é mais simples de
usar e mais objetivo, além de não conter anúncios o que o deixa mais confortável de se
usar.
Esse dado é muito importante, pois a cada dia percebemos que mais e mais pessoas
estão utilizando o mensageiro, e existem muitas formas de o empreendedor usar
ferramentas disponibilizadas pelo aplicativo para ampliar seu marketing digital. Focado
nessa questão a empresa de Zuckerberg, lançou em 2018 a versão Business do
WhatsApp, que objetiva ajudar os pequenos e médios empreendedores a terem um
forma de expor de maneira mais profissional sua empresa dentro do aplicativo que até
então era focado apenas em trocas de mensagens e bate-papo.
Ainda em 2015 a empresa de consultoria Analysis Group, concluiu em uma pesquisa
que o aplicativo de mensagens Whatsapp contribuiu com até 0,9% do Produto Interno
Brasileiro (PIB), isso é equivale a cerca de 12 bilhões de dólares e 28 bilhões de dólares.
Além do Brasil, foram avaliados Espanha, Alemanha e Índia. No Brasil, cerca de 50%
da população usa o aplicativo, contra 47% na Espanha, 43% na Alemanha e 13% na
Índia.
Vale ressaltar que este estudo é de 2015, por tanto esse número deve ter crescido de
maneira vertiginosa.
Kotler (2007) afirma que, o comportamento do consumidor é influenciado por quatro
tipos de fatores: culturais (cultura, subcultura e classe social), sociais (grupos de
referência, família e status/papel social), pessoais (idade, estágio no ciclo de vida,
ocupação, circunstância econômicas, estilo de vida, personalidade e autoimagem) e
psicológicos (motivação, percepção, aprendizagem e crença/atitude) sendo que os

14
fatores culturais tem um poder de influência mais amplo e intenso sobre o
comportamento do consumidor.
Por esta razão é importante para os empreendedores, saberem onde estão seus clientes, e
uma da questões da pesquisa visava fazer esse levantamento de maneira bem simples,
apenas para saber se os consumidores eram ou não da localidade do empreendedor
entrevistado.
Gráfico 04 – Localidade dos Consumidores

Fonte: Dados da pesquisa 2019 https://forms.gle/J1z53TDBF4tNN4e97


O gráfico mostra que de maneira bem equilibrada os clientes estão tanto na localidade
do cliente com também em outras. Vale destacar que nenhum dos entrevistados tem
clientes exclusivamente fora de suas localidades, e 35% dos entrevistados, tem clientes
apenas em suas localidades.
Ao todo 65% dos entrevistados possuem clientes fora de sua localidade, restando apenas
35% com clientes apenas da cidade do entrevistado.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com o crescimento da adesão das redes sociais nos últimos anos, os empreenderes tem
uma grande ferramenta de marketing em suas mãos, com base nisto o presente estudo
utilizou-se se referencias e pesquisas para mostrar o poder das Redes Sociais no
marketing para microempreendedores digitais de pequenas localidades. Conclui-se
através da pesquisa que 100% dos empreendedores entrevistados utilizam-se das redes
sociais para fazer negócios, onde a maior parte dos contatos feitos entre empreenderes e
consumidores, é através do aplicativo de troca de mensagens WhatsApp. Quanto a
exposição dos produtos verificou-se que são utilizados como meio principal de

15
exposição de produtos e serviços, redes sociais, sites (behance, dribbble e outros) e o
marketing “boca-boca”, na ordem descrita.
Com a crescente migração de consumidores para o mundo digital, faz-se necessário
entender os fatores que motivam as compras desse perfil de cliente, o estudo mostra que
quanto mais informações relevantes sobre determinado produto ou serviço, mais ele
gera bons comentários e indicações, causando assim um círculo vicioso de vendas.
Neste contexto um uso das redes sociais e mídias virtuais como um todo, o
empreendedor tem uma ferramenta não apenas de expor seus produtos e serviços, mas
também uma forma de se aproximar cada vez do seu cliente final, o estudo mais
elaborado do marketing digital proporciona aos empreendedores digitais ferramentas e
meios para que o comportamento de cada consumidor venha ser traçado de maneira
adequada, levando-se em conta as diferenças culturais, religiosas, e de interesses,
conclui-se que há diferentes formas de se alcançar o objetivo pretendido com a peça
publicitaria.
Como sugestão de trabalhos posteriores, recomendamos mapear o uso das redes sociais
no ponto de vista dos consumidores, já que o presente estudo focou apenas nos
empreenderes. Usando parâmetros semelhantes aos usados no presente projeto de
pesquisa, pode-se inferir qual a influência nas decisões de compra de cada tipo de
consumidor.

16
RERÊNCIAS

ABCOMM – Associação Brasileira de Comercio Eletrônico. Crescimento do e-


commerce no Brasil. Disponível em: https://abcomm.org/noticias/crescimento-do-e-
commerce-no-brasil/ acessado em 06/02/2020.
ALGORITIMO. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Algoritmo/ acessado em
06/02/2020.
BALIEIROO, Fernanda. que é funil de vendas? Disponível em:
https://www.agendor.com.br/blog/o-que-e-funil-de-vendas/ acessado em 05/02/2020
CENGAGE Learning, 2010.
COBRA, Marcos. Administração de marketing no Brasil. 3. ed. São Paulo: Elsevier,
2009.
DIGITAL IN 2017: GLOBAL OVERVIEW, Estudo Sobre Uso da Internet;
Disponível em: https://wearesocial.com/special-reports/digital-in-2017-global-overview
acessado em 07/02/2020.
EMPREENDEDORISMO DIGITAL: nova modalidade de negócios está presente no
Brasil. Disponível em: https://www.terra.com.br/noticias/dino/empreendedorismo-
digital-nova-modalidade-de-negocios-esta-presente-no-brasil.html acessado em
05/02/2020.
EUGÊNIO, Marcio. Empreendedorismo na internet: o que é e como fazer? Aprenda
aqui! Disponível em: http://www.dlojavirtual.com/dicas-para-o-seu-
negocio/empreendedorismo-na-internet/ acessado 04/02/2020.
FELIPINI, Dailton. Empreendedorismo na internet. 1 ed. Rio de janeiro:
Braspost,2010.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 3ed. São Paulo: Atlas,
2007.
JESUS, Aline. História das redes sociais: do tímido ClassMates até o boom do
Facebook Disponível em: https://www.techtudo.com.br/artigos/noticia/2012/07/historia-
das-redes-sociais.html acessado em 06/02/2020.

17
KOTLER, Philip. Marketing Essencial: conceitos, estratégias e casos. 2. ed. São Paulo:
Prenticel Hall, 2007.
LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Administração de Marketing: conceitos, planejamento
e aplicações à realidade brasileira. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
LAVADO, Thiago. Uso da internet no Brasil cresce Disponível em:
https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2019/08/28/uso-da-internet-no-brasil-
cresce-e-70percent-da-populacao-esta-conectada.ghtml/ acessado em 06/02/2020.
LIMA, Presleyson. Empreendedorismo digital: entenda mais sobre o conceito e se essa
é uma boa alternativa para você. Disponível em:
https://administradores.com.br/artigos/empreendedorismo-digital-entenda-mais-sobre-o-
conceito-e-se-essa-e-uma-boa-alternativa-para-voce acessado em 05/02/2020.
MATHIAS, Lucas. A influência dos tipos de comportamento na tomada de decisão do
consumidor Disponível em: https://mindminers.com/blog/tomada-de-decisao-do-
consumidor/ acessado em 07/02/2020.
SULZ, Paulino. O guia completo de Redes Sociais: saiba tudo sobre as plataformas de
mídias sociais! Disponível em: https://rockcontent.com/blog/tudo-sobre-redes-sociais/
acessado em 06/02/2020
VASCONCELOS, Yuri. O futuro da web. Disponível em:
https://revistapesquisa.fapesp.br/2019/06/07/o-futuro-da-web/ acessado 04/02/2020

18

Você também pode gostar