INFORMAÇÃO

CONSULENTE: POLPOZA

CONSULTOR: Cliton Jerónimo

ASSUNTO: Documentação empresarial.

DATA: 21.10.2020 N.º DE PÁGINAS: 6 (CINCO)

Ilustres,

Com a presente Informaçã o, vem prestar-se aconselhamento sobre a preocupaçã o que

apresentou, para esclarece-la e auxilia-la na tomada do melhor posicionamento dentro dos
parâ metros legalmente previstos.

Caso surja alguma dú vida, ou seja, necessá rio clarificar, aprofundar ou abordar qualquer questã o
contida, directa ou indirectamente na presente Informaçã o, estamos disponíveis para esclarecer.

Com os melhores cumprimentos,

Cliton Jerónimo,
Consultor Jurídico
 I. INTRODUÇÃO.

A Polpoza, LDA, fá brica de produçã o de Polpa de Fruta, mantém uma relaçã o contratual com NBP
- Sociedade de Advogados, RL, e na sequência desta, veio solicitar à NBP - Sociedade de
Advogados, RL, um auxílio Jurídico relativamente à s suas atividades, deveres e obrigaçõ es
correspondentes ao tratamento que deve dar aos seus colaboradores. Dito isto, pretende a
Polpoza que se lhe garanta a Segurança Jurídica e o Planejamento com a má xima
responsabilidade, prestando-se-lhe assessoria, acompanhando os contratos, prever-lhes riscos
no seu seio de forma moral e socialmente justa.

II. DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA.

Sem prejuízo de outros documentos que, eventualmente, venham a ser necessá rios, sã o
indispensá veis para uma melhor organizaçã o da empresa os seguintes documentos:

 Mapa de Horário de trabalho.

Serve para uma melhor gestã o da empresa, cuja a funçã o é determinar as horas de início e termo
do período normal de trabalho diá rio e do período de funcionamento do centro de trabalho,
intervalo diá rios de descanso e refeiçã o, e do dia de descanso semanal.

A luz do n. 1 do art. 93.º da Lei Geral do Trabalho, adiante designada LGT, o horá rio de trabalho é
escrito em mapa pró prio.

Este mapa deve ser afixado no centro de trabalho em local visível e acessível aos trabalhadores
por ele abrangidos.

Nos casos em que o horá rio de trabalho seja repartido por turnos ou com equipas de
trabalhadores com horá rios diferenciados, este deve determinar os vá rios horá rios, devendo o
empregador manter atualizado o registo dos trabalhadores incluindo em cada turno ou equipa.

 Contratos de trabalho.

Consiste no acordo feito entre as partes (empregador e trabalhador) em que uma parte
(trabalhador) coloca à disposiçã o da outra (empregador) a sua actividade profissional mediante
uma remuneraçã o.

Com o acordo entre as partes, nasce a relaçã o jurídico-laboral que torna mutuamente exigíveis os
direitos e os deveres das partes. O contrato de trabalho dá ao trabalhador o direito de ocupar um
posto de trabalho, obriga a este cumprir as tarefas e funçõ es a ele inerentes ao posto de trabalho
que foi colocado e observar a disciplina laboral e os restantes deveres decorrentes da relaçã o-
jurídico laboral.
 Este contrato pode ser celebrado na forma estabelecida pelas partes, verbal ou escrita, salvo se a
lei expressamente determinar a forma escrita. A forma Escrita é de certeza a melhor soluçã o
para o Consulente, por questõ es de Segurança e Certeza Jurídica, e também para a validade dos
contratos de Trabalho. Pois, a vigência dos Contratos de Trabalho por tempo Determninado,
depende do tempo fixado.

 Seguro contra acidentes de trabalho e doenças profissionais.

Nos termos da legislaçã o angolana os trabalhadores que exerçam actividade por conta de outrem
têm o direito de ver reparado os danos resultantes de acidentes de trabalho e doenças
profissionais.

Nã o obstante os deveres do empregador previstos no art. 41.º da LGT, existem as chamadas

obrigaçõ es gerais do empregador referentes a segurança, saú de e higiene no trabalho previstas
no artigo 81.º da LGT. Assim, nos termos da alínea b) do artigo retro referido é obrigaçã o do
empregador fazer o seguro individual ou de grupo a todos os trabalhadores, aprendizes e
estagiá rios, contra o risco de acidentes de trabalho e doenças profissionais.

O empregador que nã o cumpra com esta obrigaçã o, de fazer o seguro contra os acidentes de
trabalho e doenças profissionais para os trabalhadores, além das sançõ es que lhe sã o imputadas,
fica directamente responsá vel pela consequência dos acidentes e doenças verificadas.

Entidade competente:
Global Seguros
Ensa
Outros...

Documentação necessária:
- Actividade da empresa (Documentaçã o da Empresa);
- N de trabalhadores;
- Massa salarial mensal;
- Massa salarial anual.

 Exames médicos de admissão, periódicos e demissão.

Nos termos da legislaçã o angolana, o empregador deve submeter à exame, os seus trabalhadores,
para avaliar a saú de dos mesmos, no momento da contrataçã o, para acompanhamento do estado
de saú de ao longo do contrato, e no momento de rescisã o.

Assim, a luz do nº 1 do artigo 26.º do Decreto nº 31/94 de 05 de Agosto, sã o obrigató rios os

exames médicos de admissã o, perió dico e demissã o por conta do empregador.
 Entidade competente:
Centro de Segurança e Saú de no Trabalho
Informação necessária:
- Nome e endereço da sede da empresa;

- Nú mero de identificaçã o Fiscal – NIF;

- Nome e funçã o de quem assina o contrato;
- Contacto de Email e Telemó vel. 
A documentaçã o supracitada servirá para cadastro e elaboraçã o da proposta de contrato.

 Registo Nominal De Trabalhadores – RENT.

O Registo Nominal De Trabalhadores é um instrumento administrativo de recolha de informaçã o

no sector empresarial pú blico, privado e misto. De acordo com o artigo 1.º do Decreto Executivo
nº 155/04 de 31 de Dezembro, este documento consiste na recolha de dados estatísticos
relacionados com a caracterizaçã o da estrutura das empresas, do emprego e dos direitos
decorrentes da efectivaçã o das relaçõ es jurídico-laborais.

Nos termos do artigo 4.º do Decreto Executivo supracitado, o preenchimento do mapa de registo
nominal de trabalhadores é obrigató rio, devendo ser entregue à entidade responsá vel pela
administraçã o do trabalho.

O mapa de registo nominal deve ser entregue uma vez por ano nos seguintes prazos:

1. Até ao final do mês de Abril de cada ano,;

2. Até ao fim do mês seguinte ao da cessaçã o da respectiva actividade, nos casos de
actividades sazonais que decorram antes ou depois do mês de Março, para os dados referentes
ao período de laboraçã o que tenham sido mais longos ou ao ú ltimo mês completo de laboraçã o;
3. Até ao fim do segundo mês de laboraçã o, tratando-se do início de actividade laboral
imediata à legalizaçã o da entidade empregadora.

Entidade competente:
SIAC
Informação necessária:
- 1 Pendrive nova de 4 GB;
- Nome da empresa;
- Ano de início de actividade;
- NIF;
- N.º de segurança social;
- N.º de certificado de registo estatístico;
- Repartiçã o do capital social;
- Natureza jurídica;
- Ramo de actividade;
- Objecto social da empresa;
- Capital social;
- N.º de trabalhadores ao serviço;
 - Contactos dos responsá veis ou da empresa.

 Qualificador Ocupacional

O qualificador ocupacional é um regulamento interno obrigató rio relativo aos postos de trabalho
existentes, sua hierarquia, atribuiçõ es, relativas a cada posto de trabalho, competências e
qualificaçõ es necessá rias para cada carreira e postos de trabalho, principais regras de
progressã o na carreira, e do salá rio dos trabalhadores.

Nos termos do Decreto n.º 70/01, de 5 de Outubro, a entidade empregadora é obrigada a

preparar um qualificador ocupacional e a submetê-lo à Inspecçã o Geral do Trabalho para
aprovaçã o.

Nos termos da alínea b) Nº2. do Art. 15º, da LGT, No Contrato de Trabalho devem constar os
seguintes elementos:

b) Classificaçã o profissional e Categoria ocupacional do trabalhador.

III. PRAZOS.

Quanto aos prazos, nã o se nos afigura possível precisar, todavia, no que concerne à nossa
prestaçã o, trabalharemos sempre no sentido da celeridade no tratamento do que de nó s
depender, visando sempre os melhores contactos para concretizaçã o de prazos mínimos nas
instituiçõ es.

Todavia, trabalharemos com a seguinte prioridade:

a.(...);

b. (...);

IV. Valores

Poderã o ser cobrados emolumentos e taxas para o tratamento de alguns dos documentos acima
referidos. Contudo, neste momento nã o se nos afigura possível adiantar valores de emolumentos,
uma vez que os mesmos dependerã o do valor do projecto entre outros factores, como localizaçã o
do mesmo.

Todavia, pautaremos sempre por previamente informa-los do valor e condiçõ es para cada
diligência.
Sem mais, esperamos ter sido úteis, e desde já apresentamos a nossa total disponibilidade
para servi-lo e auxiliá-lo na concretização de tão ambicioso e importante projecto.

Sem mais,
Melhores cumprimentos.

O CONSULTOR

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CLITON JERÓNIMO