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Agrupamento de escolas de Cascais

Escola Secundária de cascais

Cidadania e Responsabilidade

João Assunção, nº22


Formadores: Mafalda Castanheira e João Tavares

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Índice
Introdução.............................................................................................................3

Liberdade e Responsabilidade.............................................................................4

Democracia, cidadão, cidadania e a sua evolução através do tempo.................7

A sua evolução..................................................................................................8

Imperio romano.................................................................................................9

Idade média.....................................................................................................10

Renascimento..................................................................................................10

Século XVI a XVIII...........................................................................................11

Séculos XIX e XX............................................................................................11

Conceito de liberdade pessoal em democracia.................................................13

Direitos e deveres do cidadão............................................................................14

Deveres do cidadão........................................................................................14

Direitos do cidadão..........................................................................................14

A constituição como lei fundamental do país.....................................................16

Papel da sociedade civil na democracia e os seus devidos exemplos..............18

Instituições da sociedade civil com impacto na construção da democracia...18

Conclusão...........................................................................................................21

Bibliografia..........................................................................................................22

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Introdução
No âmbito deste trabalho foi solicitado para elaborarmos um trabalho
escrito sobre a Cidadania e Responsabilidade.

Este trabalho irá focar em alguns aspetos tendo sempre em


consideração o sistema democrático. Os pontos a serem abordados serão:

 Liberdade e responsabilidade;
 Democracia, cidadão, cidadania – evolução face ao tempo;
 Conceito de liberdade pessoal em democracia;
 Direitos e deveres do cidadão;
 A constituição como lei fundamental do país;
 Papel da sociedade civil na democracia e os seus devidos exemplos.

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Liberdade e Responsabilidade
Não será possível falar de liberdade sem falar em responsabilidade. Pois
como saber onde começa uma e acaba a outra? A liberdade abrange vários
temas como a independência, autonomia, mas também pode ser visto como a
ausência de submissão, de servidão.

A liberdade e foi vista e aplicada de diferentes maneiras ao longo do


tempo. Como Léon Tolstoi disse: “Não alcançamos a liberdade buscando a
liberdade, mas sim a verdade. A liberdade não é um fim, mas uma
consequência”.

Muitos lutaram e morreram por mais liberdade, por exemplo, Che


Guevara, crente no seguinte pensamento: “Sonha e serás livre de espírito. Luta
e serás livre na vida”. Para Gandhi “a prisão não são as grades, e a liberdade
não é a rua, existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão
de consciência”.

No início das nossas vidas, nas diferentes culturas somos considerados


seres livres, mas não temos propriamente direito às escolhas, ou seja, não
temos liberdade, visto que a liberdade é exercida através das nossas escolhas.
Não escolhemos como vamos nascer ou como vamos ser. Não escolhemos a
cor da pele, dos olhos ou do cabelo. Não escolhemos a nossa saúde, a nossa
força, ou a nossa maneira de andar e de falar. E não escolhemos a família ou o
lugar onde crescemos, ou tão pouco a escola em que acabamos por
inicialmente estudar.

Mas será que a limitação das escolhas também pode ser vista como
liberdade?

Com o passar do tempo começamos a ficar cada vez mais senhores da


nossa vida e a ter de escolher. Escolher a roupa, os amigos, o clube, o partido
político, a área de estudo, o primeiro carro, a universidade, o primeiro trabalho,
o amor. Em cada escolha podemos perguntar-nos porquê e se a razão for forte
tudo se torna mais claro, mais puro, com mais sentido, unindo a nossa
consciência às nossas ações.

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O conceito de liberdade está associado ao de responsabilidade, dado
que não é possível imputar responsabilidade a quem não possa responder
pelos seus atos, isso porque à noção de responsabilidade, porque ser livre
implica agir em consciência, assumindo os nossos atos e respondendo por
eles.

É fundamental, para que o indivíduo seja responsável pelos seus atos,


que este não sofra nenhuma coação externa. Isto é, que a ação praticada
advenha de dentro da própria pessoa e não de fora. Pois, quando o indivíduo
se encontra sob coação ou pressão, perde o controle dos seus atos. O
individuo é isento de responsabilidade moral quando não teve possibilidade de
agir de outra maneira. Esta liberdade não é absoluta, é condicionada e situada.
Condicionada porque intervêm no seu exercício múltiplas condicionantes
(físicas, psicológicas…). Situada porque se realiza dentro da circunstância,
mundo, sociedade em que vivemos. É também uma liberdade solidária, porque
cada um de nós só é livre com os outros, visto que não vivemos sozinhos no
mundo.

A responsabilidade moral é, por sua vez, uma capacidade, e ao mesmo


tempo uma obrigação moral, de assumirmos os nossos atos. É reconhecermo-
nos nos nossos atos, compreender que são eles que nos constroem e moldam
como pessoas. A responsabilidade implica que sejamos responsáveis antes do
ato (ao escolhermos e decidirmos racionalmente, conhecendo os motivos da
nossa ação e ao tentar prever as consequências desta), durante o ato (na
forma como atuamos) e depois do ato (no assumir das consequências que
advêm dos atos praticados).

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A liberdade e a responsabilidade estão tão ligadas na medida em que só
somos realmente livres se formos responsáveis, e só podemos ser
responsáveis se formos livres.

A responsabilidade implica uma escolha e decisão racional de acordo


com as leis estabelecidas, o que vai de encontro à própria definição de
liberdade. Só o sujeito que é capaz de escolher e decidir racionalmente, com
consciência, é capaz de assumir as causas e as consequências dos seus atos.

Além disso, a liberdade e a responsabilidade são parâmetros essenciais


na construção de um indivíduo como pessoa, visto que é através da liberdade e
da responsabilidade que um sujeito é capaz de se tornar efetivamente
autónomo e cumpridor das regras em democracia.

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Democracia, cidadão, cidadania e a sua evolução através do tempo
A democracia é um regime político em que todos os cidadãos elegíveis
participam igualmente/diretamente ou através de representantes eleitos. O
sistema democrático contrasta com outras formas de governo em que o poder
é detido por uma pessoa ou em que o poder é mantido por um pequeno
número de indivíduos.

Ser cidadão é ter consciência de que se é sujeito de direitos, à liberdade,


à propriedade, à igualdade, ou seja, direitos civis, políticos e sociais. A
cidadania é o direito de ter direitos, e pressupõe a igualdade, a liberdade e a
própria existência. A cidadania deve ser entendida como um processo social
pelo qual os indivíduos e grupos sociais se ocupam reivindicando, expandindo
ou perdendo direitos.

A origem da palavra cidadania vem do latim civitas, que significa cidade.


O conceito de cidadania teve origem na Grécia clássica, sendo usado então
para designar os direitos relativos ao cidadão, ou seja, o indivíduo que vivia na
cidade e ali participava ativamente dos negócios e das decisões políticas. Mais
tarde a palavra cidadania foi usada na Roma antiga para indicar a situação
política de uma pessoa e os direitos que essa pessoa tinha ou podia exercer.
No entanto, durante muitos séculos este conceito foi perdido, tendo sido
retomado mais tarde, no século XVIII, associado a duas ideias fundamentais:
liberdade e igualdade.

O conceito de cidadania não é estanque, esteve e está em permanente


construção devendo ser entendido num contexto histórico, o que significa que o
seu sentido varia no tempo e no espaço. Tendo em conta que as mudanças
nas estruturas socioeconómicas incidiram quer na evolução do conceito quer
na prática da cidadania, moldando-o de acordo com as necessidades de cada
época.

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A sua evolução

O conceito de cidadania evoluiu com o decorrer do tempo começando no


século v na antiga Grécia.

A democracia ateniense foi uma das bases mais importantes para o


desenvolvimento de uma democracia moderna. Entretanto, o conceito
elaborado na pólis grega muito se difere do atual. O modelo ateniense
baseava-se na democracia direta, ou seja, as decisões relativas à coisa pública
eram tomadas pelo grupo de cidadãos que pertencia à pólis.

Tais decisões eram debatidas em espaços públicos, como agora. Por


isso, havia diálogo e debates dos diferentes projetos e propostas, nesta
sociedade a oratória era uma habilidade bastante útil.

Este modelo difere-se bastante do nosso modelo de democracia


moderno, pois os cidadãos tinham poder de decidir e deliberar sobre os
assuntos públicos. Por isso é caracterizada como uma democracia direta.

Já no modelo moderno as democracias são representativas, e elegem-


se representantes que façam valer as posições dos cidadãos. Outra diferença
fundamental está no entendimento de cidadão. Em Atenas eram considerados
cidadãos apenas os homens gregos e livres. Ou seja, uma minoria da
população era efetivamente cidadã. Não se tratava de uma democracia da
maioria, apesar de direta. Nesta sociedade a democracia era um valor que
regulava a vida em comunidade.

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Imperio romano

O império romano foi um período histórico da civilização romana que


durou 500 anos, de 509 a.C. a 27 a.C. que foi governada por senadores e
magistrados. Durante este tempo, Roma organizou suas instituições e realizou
importantes conquistas militares que lhe garantiram o domínio do Mar
Mediterrâneo.

Após a experiência monárquica, os romanos optam por não deixar o


poder nas mãos de um só indivíduo. Por isso, eliminaram a figura do rei e todos
os cargos deveriam ser exercidos por duas ou mais pessoas.

Assim, não havia a figura de um só governante, mas dois, chamados


cônsules. Estes tinham um mandato de um ano e deviam controlar-se
mutuamente.

A sociedade romana estava organizada entre patrícios, plebeus,


escravos e clientes. As mulheres não eram consideradas como cidadãs e não
participavam da política. Vejamos a origem e a função social que cada extrato
possuía:

 Patrícios – Pertenciam às famílias mais antigas de Roma, possuíam


grandes propriedades de terras e eram os mais ricos.
 Plebeus – Inicialmente, todos aqueles que não eram patrícios e não
eram escravos, denominavam-se plebeus. No princípio não possuíam direitos
políticos, mas por conta dos escândalos de corrupção do Senado, pouco a
pouco foram sendo cooptados para as instituições romanas. Como eram a
classe mais poderosa havia grande diversidade entre eles. Basicamente,
estavam compostos por homens que haviam se enriquecido através do
comércio, cavaleiros que tinham feito fortuna com as guerras de conquista,
médios e pequenos proprietários.
 Escravizados – A escravidão romana era a base da sociedade, e tanto
patrícios como plebeus possuíam escravizados. Estes eram obtidos através
das guerras de conquistas. Além disso, qualquer homem livre poderia ser
escravizado, pois as dívidas podiam ser pagas com a escravidão temporária.

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Não necessariamente eles realizavam sempre os piores trabalhos, pois
aqueles que sabiam ler e escrever eram empregados como escribas,
contadores e administradores.
 Clientes – Plebeus que para ascender socialmente serviam a uma
família patrícia em troca de proteção e posição social.

Com a expansão territorial romana, a República ficou mais difícil de


governar devido à inclusão de novos povos e do tamanho. Igualmente, a
fragmentação do poder não ajudava na tomada de decisões rápidas e a prática
da corrupção se havia generalizado entre os magistrados.

Assim, os romanos procuram novas fórmulas que permitissem a


centralização do poder, mas sempre auxiliado (e vigiado) pelo Senado.
Primeiro, através do Triunvirato e depois através da figura de um só Imperador.
Começaria, então, a época do Império Romano.

Idade média

Na idade média com o feudalismo, a cidadania encontrou obstáculos,


havendo inúmeros aspetos que inviabilizavam sua existência. O poder do
feudalismo era administrado pela igreja católica e o exercício desse poder era
hierárquico e inquestionável.

Sob essa estrutura não poderia existir cidadania, pois entre os gregos a
cidadania era a igualdade entre os homens e o direito de discussão e
deliberação para resolver os conflitos, enquanto no feudalismo o poder era
dividido de forma arbitrária e os ditos da igreja eram incontestáveis.

Renascimento

O período entre o século XIV e XVI denominado Renascimento foi a


época de transição do feudalismo para o capitalismo e foi marcado pelo

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ressurgimento da cidadania. Era considerado cidadão aquele que possuía o
direito sobre as questões de cidade-estado. Tal direito não abrangia a todos, a
cidadania era privilégio da elite dominante.

Século XVI a XVIII

O surgimento dos direitos civis está vinculado às revoluções burguesas


na Europa do século 18. Elas tiraram a força das monarquias absolutistas e
romperam com a sociedade hierarquizada do período pré-moderno.
É utilizado pelos membros de uma burguesia nascente, com o intuito de
contrariarem o poder dos senhores feudais. Ilustra, assim, em paralelo com o
desenvolvimento do comércio entre grandes cidades, a transição política do
feudalismo para o Estado-Nação. O sentido moderno de cidadania impõe-se no
século XVIII, com as revoluções americana e francesa, que marcam, para a
maioria da população, a passagem de um estatuto de sujeito (do monarca) ao
de cidadão. A cidadania manifesta assim, até hoje, a igualdade de estatuto
social.

Com o iluminismo vivenciamos um período de transição e de


transformações políticas, econômicas, artísticas, contribuindo também para o
despertar do ideal de liberdade. Movidos por esta chama filósofos como
Locke e Rousseau defenderam a democracia liberal, distante do direito divino
e que tinha por base a razão. Merece destaque as ideias de Rousseau que
preconizava ainda um caráter universal para os direitos.

Séculos XIX e XX

Os séculos XIX e XX foram responsáveis por progressos significativos


que repercutiram no conceito de cidadania. A Revolução Francesa e a
Revolução Americana inseriram no contexto mundial um novo tipo de Estado,
carregando consigo os ideais de liberdade e igualdade e embora tivessem
uma origem burguesa auxiliaram na busca pela inclusão social. Aliado a tudo

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isto despontavam as lutas sociais. A cidadania passa, por fim, a manter íntima
vinculação com o relacionamento entre a sociedade política e seus membros.

As duas guerras mundiais foram decisivas para a mudança de


ideologia sobre a cidadania e o medo advindo das atrocidades praticadas e
alicerçadas pela legalidade fez com que órgãos internacionais e a própria
sociedade civil passassem a entender cidadania como algo indissociável dos
direitos humanos.

O conceito de cidadania passou a ser vinculado não apenas à


participação política, representando um direito do indivíduo, mas também o
dever do Estado em ofertar condições mínimas para o exercício desse direito,
incluindo, portanto, a proteção ao direito à vida, à educação, à informação, à
participação nas decisões públicas.

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Conceito de liberdade pessoal em democracia
Os ideais de Democracia e a Liberdade são conceitos político-jurídicos
presentes desde há muito tempo na cultura política do Ocidente.

Quando se pensa em Liberdade podemos pensar em “fazer tudo aquilo


que nos apetece”. No entanto, como vivemos em sociedade, torna-se
impossível que cada um faça o que quer sem pensar nos outros. Basta
considerarmos as diferentes situações do nosso dia-a-dia para percebermos
que a Liberdade só existe se houver respeito por regras gerais que convêm a
todos.

A liberdade é o direito que todo o indivíduo tem de escolher, sem


restrições, fazer ou não fazer alguma coisa, tendo em conta unicamente a sua
vontade desde que isso não ponha em causa a Liberdade do outro. Isto
implica, que se mantenha sempre nos limites da lei, pois tem de existir uma
relação entre Lei e Liberdade, assim considerada no seu sentido mais coletivo
do que individual.

Assim, a única limitação à nossa liberdade é o respeito pela lei e pelos


outros cidadãos. Princípios Fundamentais São condições básicas da Liberdade
e da Democracia que:

 Todos os seres humanos nasceram iguais e dotados de direitos;


 O Estado é constituído pelos cidadãos,
 Estes têm direito à proteção dos seus direitos;
 O Estado é estabelecido com a finalidade limitada de assegurar
os direitos individuais;
 A autoridade assenta no consentimento do governo;
 Existe a possibilidade de mudar o Governo se este não cumprir a
vontade do seu povo.

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Direitos e deveres do cidadão
Numa democracia cada cidadão tem que cumprir e respeitar certas leis e
regras, tendo assim deveres.

Deveres do cidadão

 Votar para escolher nossos governantes e nossos representantes nos


poderes executivo e legislativo;
 Cumprir as leis;
 Respeitar os direitos sociais das outras pessoas;
 Prover o seu sustento com o seu trabalho;
 Alimentar parentes próximos que sejam incapazes de prover seus
próprios sustentos;
 Educar e proteger nossos semelhantes;
 Proteger a natureza;
 Proteger o património comunitário;
 Proteger o património público e social do
país;
 Colaborar com as autoridades.

Um cidadão que pertence a uma democracia pode também exercer os


seus direitos.

Direitos do cidadão

 Direito à vida;
 A Reputação;
 Reserva da sua vida privada;
 Liberdade de imprensa e de expressão;
 Direito à manifestação nos termos da lei;

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 Direito de fixar residência em qualquer parte do território nacional;
 Direito de indemnização e responsabilidade do Estado;
 Direito a liberdade e a segurança;
 Direito a assistência jurídica;
 Direito de exercer o poder político através do sufrágio universal;
 Direito de apresentar petições, queixas e reclamações perante a
autoridade competente para exigir o restabelecimento dos seus
direitos violados ou em defesa do interesse geral;
 Direito de ação popular (indemnização, direitos dos
consumidores, preservação do meio ambiente e o património
cultural, defender os bens do Estado e das Autarquias locais)
 Direito de propriedade;
 Direito ao trabalho;
 Direito à greve;
 Direito à educação;
 Direito à saúde;
 Direito à liberdade de criação cultural (científica, técnica, literária
e artística);
 Direito a assistência na incapacidade e na velhice.

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A constituição como lei fundamental do país
A 25 de Abril de 1974, o Movimento das Forças Armadas, coroando a
longa resistência do povo português e interpretando os seus sentimentos
profundos, derrubou o regime fascista.

Libertar Portugal da ditadura, da opressão e do colonialismo representou


uma transformação revolucionária e o início de uma viragem histórica da
sociedade portuguesa.

A Revolução restituiu aos Portugueses os direitos e liberdades


fundamentais. No exercício destes direitos e liberdades, os legítimos
representantes do povo reúnem-se para elaborar uma Constituição que
corresponde às aspirações do país.

A Assembleia Constituinte afirma a decisão do povo português de


defender a independência nacional, de garantir os direitos fundamentais dos
cidadãos, de estabelecer os princípios basilares da democracia, de assegurar o
primado do Estado de Direito democrático e de abrir caminho para uma
sociedade socialista, no respeito da vontade do povo português, tendo em vista
a construção de um país mais livre, mais justo e mais fraterno.

A Assembleia Constituinte, reunida na sessão plenária de 2 de abril de


1976, aprova e decreta a seguinte Constituição da República Portuguesa:

Princípios fundamentais

Artigo 12.º

Princípio da universalidade

1. Todos os cidadãos gozam dos direitos e estão sujeitos aos deveres


consignados na Constituição.

2. As pessoas coletivas gozam dos direitos e estão sujeitas aos deveres


compatíveis com a sua natureza.

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Artigo 13.º

Princípio da igualdade

1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.

2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer


direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça,
língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas,
instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.

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Papel da sociedade civil na democracia e os seus devidos
exemplos
A democracia nos dias de hoje não pode viver apenas dos votos das
pessoas, ela precisa de viver da dinâmica da progressiva conquista, por mais e
melhores direitos para todos, e alimentar-se, diariamente, da participação
cívica da proximidade entre eleitos e eleitores e do grau de cultura do deus
cidadãos.

Onde existir fome, falta de saúde, desemprego ou trabalho precário, falta


de habitação, insegurança social e persistir o analfabetismo, a democracia
nuca está no seu total.

Por sua vez, em países economicamente desenvolvidos, o exercício da


denuncia que raramente parte dos governos e recai frequentemente nas
minorias que travam desigual combate alertando os cidadãos para os abusos
do poder. Por outro lado, os paradigmas do nosso tempo têm consolidado um
egocentrismo em detrimento da solidariedade.

Por isso, a democracia, nos dias de hoje, exige também uma real
cidadania, enquanto direito, mas também enquanto dever e qualidade.
Qualidade de quem é cidadão nesta grande cidade que é o mundo, com o
dever de respeitar os direitos dos outros.

Instituições da sociedade civil com impacto na construção da


democracia

Assinalam-se aqui apenas algumas das principais, referentes a cinco áreas


de intervenção.

 Associações de Defesa do Consumidor:

DECO Proteste – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor

UGC – União Geral de Consumidores

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ACOP – Associação dos Consumidores de Portugal

APDC – Associação Portuguesa de Direito de Consumo

 Associações Ambientalistas:

QUERCUS – Associação Nacional de Conservação da Natureza

ABAE – Associação Bandeira Azul da Europa

BCSD Portugal – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável

APEA – Associação Portuguesa de Engenharia do Ambiente

 Associações Profissionais:

APSS – Associação dos Profissionais de Serviço Social

AARN – Associação de Artesãos da Região Norte

APN – Associação Portuguesa dos Nutricionistas

ANBP – Associação Nacional de Bombeiros Profissionais

 Associações de Solidariedade:

Acreditar – Associação de pais e amigos de crianças com cancro

APPT21 – Associação Portuguesa de Portadores de Trissomia 21

Associação SOL – Associação de apoio às crianças infetadas pelo vírus da


sida e suas famílias

APD – Associação Portuguesa de Deficientes

 Voluntariado

Laço (prevenção, diagnóstico e tratamento do cancro da mama)

Associação Terra dos Sonhos (solidariedade social com fim de ação social)
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AMI – Assistência Médica Internacional

AZP – Associação Zoófila Portuguesa

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Conclusão
Com este trabalho pude concluir que a democracia foi implementada
para tentar dar alguma justiça ao mundo, mas como tudo na vida tem os seus
defeitos e lacunas.

Com o passar do tempo a democracia e a constituição foram se


moldando e adaptando consoante as necessidades da altura. Pude também
concluir que há uma linha muito ténue entre a liberdade e a responsabilidade.
Foi me permitido perceber e entender melhor em que consiste a constituição e
que para haver tal estrutura é necessário haver um governo democrático.

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Bibliografia
https://observador.pt/opiniao/a-liberdade-2/

https://www.pensador.com/frase/NzI5Ng/

https://notapositiva.com/relacao-liberdade-responsabilidade/#

https://ubibliorum.ubi.pt/bitstream/10400.6/2826/1/Ana%20Cordeiro%20-
%20Cidadania%20Democracia%20Sociedade%20Comunica
%C3%A7%C3%A3o.pdf

https://www.todamateria.com.br/republica-romana/

https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/sociologia/origem-evolucao-
cidadania.htm

http://iosi-fafe.no.comunidades.net/direitos-e-deveres

http://files.inessousa.webnode.pt/200000081-7a9107b8b4/Liberdades%20e
%20Responsabilidades%20Democr%C3%A1ticas.pdf

https://recursos.portoeditora.pt/recurso?id=2329007

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