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SALVADOR
2021
Ação de dissolução parcial da sociedade abrange principalmente os contratos
formais de médias e pequenas empresas.
Tais ações visam regular a saída e motivos imputados a um dos sócios para saída
de seus contratos permanecendo outros sócios no contrato.
O Código civil de 2002 regulou como se desfazer desse problema e uma das
possibilidades é a destituição do socio em razão de fatos a ele imputados em seu
art.:
Art. 1.030. Ressalvado o disposto no art. 1.004 e seu parágrafo único, pode o sócio ser
excluído judicialmente, mediante iniciativa da maioria dos demais sócios, por falta grave no
cumprimento de suas obrigações, ou, ainda, por incapacidade superveniente.
O ART. 600 do CPC estabelece os sujeitos que podem requererem esse tipo de
ação.
Nesse caso já podemos entender que não a possibilidade de sócios com os mesmos
parâmetros ou o mesmo quinhão social, solicitar a exclusão de um dos sócios do
contrato e manter o contrato social validado.
Podemos entender também que essa ferramenta visa imputar causa a saída do
socio finalista ao seu contrato socio, sendo por morte, com o espolio sendo a causa
da ação jurídica, pelos sucessores, ou caso os outros sócios rejeitem a entrada dos
sucessores no contrato social após a morte do socio.
Segundo o art. 1029 do C.C. menciona que ninguém é obrigado a ficar associado ou
permanecer associado.
Logo a retirada da sociedade deve ser promovida pelo socio retirante respeitando
logicamente o art. 187 do C.C. onde relata que o socio desistente deve respeitar os
limites impostos pela boa fé e bons costumes.
[…] a orientação segundo a qual a denominada ação de dissolução parcial deve ser
promovida pelo sócio retirante contra a sociedade e os sócios remanescentes, em
litisconsórcio necessário, pela singela razão de que o pagamento dos haveres
deverá ser feito com o patrimônio da empresa (Recurso Especial 77.122/PR, relator
Ministro Rui Rosado de Aguiar, e Recurso Especial 44.132/SP, relator Ministro
Eduardo Ribeiro)
Jurisprudência:
Em caso de exclusão dos sócios, no que tange a sua saída de forma litigiosa, cabe
aos demais, conforme legislado no art .1.030 usar da dissolução parcial da
sociedade, solicitado assim a retirada do socio rejeitado do seu quadro. Mesmo este
socio tenho o maior quinhão de cotas, os demais sócios em sua maioria farão a
ação ser procedente.
Jurisprudência:
Art. 599. A ação de dissolução parcial de sociedade pode ter por objeto:
Logo pelo que já foi explanado, em nenhum momento podemos notar a previsão
legitima dos demais sócios propor a lide para uma ação de dissolução parcial de
sociedade, logo a solicitação de exclusão da sociedade é ação de autonomia
singular de um dos sócios, cabendo a ele produção de provas.
Em caso de exclusão por lide, haverá primeiramente uma fase de apuração e logo
após os ritos para tratamento do processo em si.
Este rito é apenas em caso de dissolução parcial solicitada pelos demais sócios em
sua maioria, pois caso este, seja solicitado pelo socio que por sua livre e espontânea
vontade deseje sair do quadro, respeitando os princípios da boa fé e boa conduta
legislado no art. 1.030 do C.C. nada precisa provar, tendo este apenas que solicitar
formalmente a sua retirada ou caso sendo os herdeiros, provar através de atestado
de óbito o falecimento do socio excludente. Sendo processo tratado de forma ágil e
rápida.
Contudo ainda existem lides mal resolvidas, tendo essas corridos ao STJ para
analises.
Jurisprudência:
Logo, fica resolvida que o rito de exclusão da sociedade ainda é um processo que
continua dando margens para comuns decisões divergentes.
Como aponta Marinoni, “o processo não pode ser um fim em si mesmo, devendo
buscar dar vezo aos direitos materiais: “Não basta, realmente, que o procedimento
viabilize a participação efetiva das partes. E necessário que as normas processuais
outorguem ao juiz e às partes os instrumentos e as oportunidades capazes de lhes
permitir a tutela do direito material e do caso concreto, bem como viabilizem um
processo capaz de promover a unidade do direito”[10].
Em qualquer caso, seja qual for o procedimento adotado (comum ou especial), o que
não se pode é privar os demais sócios do exercício do direito material.