Você está na página 1de 12

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

INSTITUTO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS E EXATAS


DEPARTAMENTO DE FÍSICA APLICADA

DISCENTE: Felipe Corrêa Gomes

DENSIDADE DO PARALELOGRAMO E DO CILINDRO

DOCENTE: Profº Anderson Barbosa Lima


DISCIPLINA: Laboratório de Física

UBERABA – MG
21/12/2020
1. INTRODUÇÃO

Nessa parte do estudo foi calculado o volume e as incertezas de um


cilindro e de um paralelogramo, logo depois os dados encontrados foram
utilizados para calcular a densidade dos dois objetos.

2. OBJETIVOS

O relatório tem como objetivo diagnosticar e determinar a densidade do


cilindro e do paralelogramo usando suas respectivas massas e seus respectivos
volumes.

3. MATERIAS E MÉTODOS

As medidas necessárias foram fornecidas pelo professor para chegar no


objetivo, assim como as tolerâncias.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Utilizando como base de estudo um cilindro com 233,2 ± 0,6 mm de


diâmetro e 439 ± 0,7 𝑚𝑚 de comprimento. Sabe-se que o volume do mesmo é
𝜋.𝑑2 .𝑐
demonstrado pela fórmula: 𝑉 = 2

𝜋. (233,2)2 . 439
𝑉=
2

𝑉 = 3,7481871 × 107 𝑚𝑚3

Para o cálculo do ∆𝑣, foi utilizado a seguinte equação:

𝜕𝑣 𝜕𝑣
∆𝑣 = . ∆𝑐 + . ∆𝑑
𝜕𝑐 𝜕𝑑

𝜋. 𝑑 2
∆𝑣 = ( ) . ∆𝑐 + 𝜋. 𝑑. 𝑐. (∆𝑑)
2

𝜋.( 2332 )
∆𝑣 = ( ) . 0,7 + ( 𝜋. 233,2 . 439) . 0,6
2
𝜋 . 54382,2
∆𝑣 = ( ) . 0,7 + (𝜋. 102374,8). 06
2

168584,8
∆𝑣 = ( ) . 0,7 + (317361,9) . 0,6
2
∆𝑣 = 59004,7 + 190417,1
∆𝑣 = 249421,8
∆𝑣 = 2,494218 × 105

Volume final:
𝑉 ± ∆𝑣 = ( 3700 ± 25) × 104

Para calcular a incerteza e o volume do paralelogramo foram utilizados


os seguintes dados:

Medidas Altura Largura Profundidade


1 236.33 403.82 116.38
2 207.92 395.44 98.79
3 224.98 404.82 113.68
4 244.94 376.57 125.84
5 248.39 389.15 115.53
6 230.24 392.54 117.52
7 238.75 417.78 120.80
8 230.97 398.95 123.28
9 207.99 397.97 111.46
10 207.99 430.96 118.28
Tabela 1: Medidas do Paralelogramo

E agora para calcularmos a média da altura, largura e profundidade utilizando a


seguinte fórmula
∑ 𝑥𝑖
𝑋̅ =
𝑛

𝑋̅ Altura = 229,78
Para o cálculo do desvio padrão, utilizamos a seguinte fórmula:
∑(𝑥𝑖 − ̅̅̅
𝑥)2
𝐷𝑃(𝜎) = √
𝑛−1

Primeiramente, iremos calcular o desvio padrão da altura:

𝑥)̇ 2
(𝑥𝑖 − ̅̅̅
(𝑥1 − 𝑥̅ )2 = (236,33 − 229,78)2 = 42,90
(𝑥2 − 𝑥̅ )2 = (207,92 − 229,78)2 = 477,86
(𝑥3 − 𝑥̅ )2 = (224,98 − 229,78)2 = 23,04
(𝑥4 − 𝑥̅ )2 = (244,94 − 229,78)2 = 229,83
(𝑥5 − 𝑥̅ )2 = (248,39 − 229,78)2 = 346,33
(𝑥6 − 𝑥̅ )2 = (230,24 − 229,78)2 = 0,21
(𝑥7 − 𝑥̅ )2 = (238,75 − 229,78)2 = 80,46
(𝑥8 − 𝑥̅ )2 = (230,97 − 229,78)2 = 1,42
(𝑥9 − 𝑥̅ )2 = (207,99 − 229,78)2 = 474,80
(𝑥10 − 𝑥̅ )2 = (227,16 − 229,78)2 = 6,86

42,90 + 477,86 + 23,04 + 229,83 + 346,33 + 0,21 + 80,46 + 1,42 + 474,80 + 6,86
𝜎= √
9

𝜎 = 13,68
Em seguida, iremos calcular a média da largura:
∑ 𝑥𝑖
𝑋̅ =
𝑛

𝑋̅ Largura = 400,80
Calcularemos então, o seu desvio padrão:
𝑥)̇ 2
(𝑥𝑖 − ̅̅̅
(𝑥1 − 𝑥̅ )2 = (403,82 − 400,80)2 = 9,12
(𝑥2 − 𝑥̅ )2 = (395,44 − 400,80)2 = 28,73
(𝑥3 − 𝑥̅ )2 = (404,82 − 400,80)2 = 16,16
(𝑥4 − 𝑥̅ )2 = (376,57 − 400,80)2 = 587,09
(𝑥5 − 𝑥̅ )2 = (389,15 − 400,80)2 = 135,72
(𝑥6 − 𝑥̅ )2 = (392,54 − 400,80)2 = 68,23
(𝑥7 − 𝑥̅ )2 = (417,78 − 400,80)2 = 288,32
(𝑥8 − 𝑥̅ )2 = (398,95 − 400,80)2 = 3,42
(𝑥9 − 𝑥̅ )2 = (397,97 − 400,80)2 = 8,01
(𝑥10 − 𝑥̅ )2 = (430,96 − 400,80)2 = 909,63

9,12 + 28,73 + 16,16 + 587,09 + 135,72 + 68,23 + 288,32 + 3,42 + 8,01 + 909,63
𝜎= √
9

𝜎 = 15,11
Por fim, iremos calcular a média da profundidade:
∑ 𝑥𝑖
𝑋̅ =
𝑛

𝑋̅ Profundidade = 116,16
Calcularemos então, o seu desvio padrão:
(𝑥𝑖 − 𝑥)̅̅̅̇2

(𝑥1 − 𝑥̅ )2 = (116,38 − 116,16)2 = 0,05


(𝑥2 − 𝑥̅ )2 = (98,79 − 116,16)2 = 301,72
(𝑥3 − 𝑥̅ )2 = (113,68 − 116,16)2 = 6,15
(𝑥4 − 𝑥̅ )2 = (125,84 − 116,16)2 = 93,70
(𝑥5 − 𝑥̅ )2 = (115,33 − 116,16)2 = 0,40
(𝑥6 − 𝑥̅ )2 = (117,52 − 116,16)2 = 1,85
(𝑥7 − 𝑥̅ )2 = (120,80 − 116,16)2 = 21,53
(𝑥8 − 𝑥̅ )2 = (123,28 − 116,16)2 = 50,70
(𝑥9 − 𝑥̅ )2 = (111,46 − 116,16)2 = 22,09
(𝑥10 − 𝑥̅ )2 = (118,28 − 116,16)2 = 4,49

0,05 + 301,72 + 6,15 + 93,70 + 0,40 + 1,85 + 21,53 + 50,70 + 22,09 + 4,49
𝜎= √
9

𝜎 = 7,47

Após todos esses cálculos de desvio padrão, podemos calcular o volume e a incerteza
do paralelogramo.
Ao utilizar tolerância de 0,05 𝑚𝑚:
Erro total = Erro de medida + Erro instrumental + Erro estatístico
Altura = 0,05 + 13,68 = 13,73

Largura = 0,05 + 15,11 = 15,16


Profundidade = 0,05 + 7,47 = 7,52

Com isso, temos:


Altura: 229,8 ± 13,7

Largura: 400,8 ± 15,2


Profundidade: 116,2 ± 7,5
𝑉 = 𝐿. 𝐴. 𝑃 , sabe – se que o volume do paralelogramo é:
𝑉 = (229,8 × 400,8 × 116,2)
𝑉 = 10.702.466,2 𝑚𝑚3
𝑉 = 1,07024662 × 107
Para o cálculo do ∆𝑣 foi utilizado a seguinte equação:
𝜕𝑣 𝜕𝑣 𝜕𝑣
∆𝑣 = . ∆𝑎 + . ∆𝑙 + . ∆𝑝
𝜕𝐴 𝜕𝐿 𝜕𝑃
∆𝑣 = (𝐿 . 𝐴 . ∆𝑎) + (𝐴 . 𝑃 . ∆𝑙 ) + (𝐿 . 𝐴 . ∆𝑃)
∆𝑣 = (400,8 × 116,2 × 13,7) + (229,8 × 116,2 × 15,2) + (400,8 × 229,8 × 7,5)
∆𝑣 = 1.734.710,3 𝑚𝑚3
∆𝑣 = 1,7347103 × 106 𝑚𝑚3

Assim, o resultado final do volume é:


𝑉 ± ∆𝑣 = ( 10,7 ∓ 1,7) × 106 𝑚𝑚3

Agora ao utilizar o mesmo método mas usando tolerância de 0,01 mm


Erro total = Erro de medida + Erro instrumental + Erro estatístico
Altura = 0,01 + 13,68 = 13,69
Largura = 0,01 + 15,11 = 15,12
Profundidade = 0,01 + 7,47 = 7,48
Com isso, temos:

Altura: 229,8 ± 13,7


Largura: 400,8 ± 15,1
Profundidade: 116,2 ± 7,5
𝑉 = 𝐿. 𝐴. 𝑃 , sabe – se que o volume do paralelogramo é:
𝑉 = (229,8 × 400,8 × 116,2)
𝑉 = 10.702.466,2 𝑚𝑚3
𝑉 = 1,07024662 × 108
Para o cálculo do ∆𝑣, foi utilizado a seguinte equação:
𝜕𝑣 𝜕𝑣 𝜕𝑣
∆𝑣 = . ∆𝑎 + . ∆𝑙 + . ∆𝑝
𝜕𝐴 𝜕𝐿 𝜕𝑃
∆𝑣 = (𝐿 . 𝐴 . ∆𝑎) + (𝐴 . 𝑃 . ∆𝑙 ) + (𝐿 . 𝐴 . ∆𝑃)
∆𝑣 = ( 400,8 × 116,2 × 13,7) + (229,8 × 116,2 × 15,1) + (400,8 × 229,8 × 7,5)
∆𝑣 = 1.732.040,03 𝑚𝑚3
∆𝑣 = 1,73204003 × 106 𝑚𝑚3

Assim, o resultado final do volume é:


𝑉 ∓ ∆𝑣 = (10,7 ∓ 1,7) × 106 𝑚𝑚3

∆0,05− ∆0,01
Ao se tratar de ∆ % = ( ) × 100, é possível efetuar a comparação
∆0,05
usando as duas tolerâncias.
1.734.710,3 − 1.732.040,05
∆% = ( ) × 100
1.734.710,3
∆% = 0,1539 %
Agora, vamos calcular as densidades dos sólidos, ao começar pelo cilindro.
𝑀
Partindo de, 𝐷 = , sabe – se que a densidade do cilindro é:
𝑉

122,98
𝐷=
37.004.368
𝐷 = 0,00000332339 𝑔/𝑐𝑚3
𝐷 = 332,3 × 10−8 𝑔/𝑐𝑚3
Para o cálculo do ∆𝑑, foi utilizado a seguinte equação:
1 𝑀
∆𝑑 = . ∆𝑚 + 2 . ∆𝑣
𝑉 𝑉
1 122,98
∆𝑑 = ( × 0,05) + ( × 249.421,8)
37.004.368 37.004.3682
∆𝑑 = 0,0000000013511918 + 0,00000003260010135
∆𝑑 = 3,27 × 10−8
𝐷 ∓ ∆𝑑 = (332,3 ∓ 3,3) × 10−8 𝑔/𝑐𝑚3

𝑀
Partindo de, 𝐷 = , sabe – se que a densidade do paralelogramo com
𝑉
tolerância de 0,05 𝑚𝑚 é:
200,453
𝐷=
10.702.466,2
𝐷 = 0,0000187296063215
𝐷 = 18,7 × 10−6 𝑔/𝑐𝑚3
Para o cálculo do ∆𝑑, foi utilizado a seguinte equação:
1 𝑀
∆𝑑 = . ∆𝑚 + 2 . ∆𝑣
𝑉 𝑉

1 200,453
∆𝑑 = ( × 0,001) + ( × 1.734.710,3)
10.702.466,2 10.702466,22
∆𝑑 = 0,0000000000934364 + 0,0000030357904306
∆𝐷 = 0,000003035883867
∆𝑑 = 3,0 × 10−6 𝑔/𝑐𝑚3

Assim, o resultado final da densidade do paralelogramo com tolerância de 0,05 𝑚𝑚 é:

𝐷 ∓ ∆𝑑 = (18,7 ∓ 3,0) × 10−6 𝑔/𝑐𝑚3

𝑀
Partindo de, 𝐷 = , sabe – se que a densidade do paralelogramo com
𝑉
tolerância de 0,01 𝑚𝑚 é:
200,453
𝐷=
10.702.466,2
𝐷 = 0,0000187296063215
𝐷 = 18,7 × 10−6 𝑔/𝑐𝑚3
Para o cálculo do ∆𝑑, foi utilizado a seguinte equação:
1 𝑀
∆𝑑 = . ∆𝑚 + 2 . ∆𝑣
𝑉 𝑉
1 200,453
∆𝑑 = ( × 0,001) + ( × 1.732.040,03)
10.702.466,2 10.702466,22
∆𝑑 = 0,0000000000934364 + 0,0000030311173836
∆𝐷 = 0,00000303121082
∆𝑑 = 3,0 × 10−6 𝑔/𝑐𝑚3

Assim, o resultado final da densidade do paralelogramo com tolerância de


0,01𝑚𝑚 é:

𝐷 ∓ ∆𝑑 = (18,7 ∓ 3,0) × 10−6 𝑔/𝑐𝑚3

5. CONCLUSÃO

Ao fim de tudo os valores da densidade de cada sólido foram


encontrados.
Com o cilindro, obtivemos uma densidade de:
𝐷 ∓ ∆𝑑 = (332,3 ∓ 3,3) × 10−8 𝑔/𝑐𝑚3
Com o paralelogramo, obtivemos duas densidades, pelo fato de que
calculamos os valores com duas tolerâncias diferentes.
𝐷 ∓ ∆𝑑 = (18,7 ∓ 3,0) × 10−6 𝑔/𝑐𝑚3
𝐷 ∓ ∆𝑑 = (18,7 ∓ 3,0) × 10−6 𝑔/𝑐𝑚3

6. REFERÊNCIAS
Utilizamos como referência o livro: Fundamentos da teoria dos erros, J.
Henrique Vuolo, Edgar Blücher, 1996.

Você também pode gostar