Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DEBATE.
RESUMO
Palavras-chave: Teoria Política Crítica – Política e Serviço Social – Serviço Social Crítico.
1
Bacharel em Serviço Social pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM
2
INTRODUÇÃO
2
Termo designado para qualificar o bloco de poder que, convergindo setores populares e das burguesias
urbanas e rurais, tem governado o Brasil desde 2002.
4
privados das classes dominantes; as políticas sociais e econômicas, entre outras, como
efetivação concreta dos interesses e das estratégias de dominação das classes dirigentes,
apontando neste conjunto o Serviço Social também.
Estes são alguns dos apontamentos realizados em “Política e Serviço Social: um
ensaio teórico” (RIBEIRO, 2014), cujas aproximações conclusivas são frutos da
deflagração de uma pesquisa cientifica que se encontra em importante movimento.
Compreendendo o Serviço Social, não como uma espécie de evolução e/ou
profissionalização da Ação Social católica, mas sim como um instrumento criado pela
política, através do Estado, a partir da revolução burguesa, no conjunto da divisão
sócio-técnica do trabalho. Caracterizando a profissão como uma política que tem como
objetivo fundante o desenvolvimento de formas de consolidação e manutenção do
domínio burguês capitalista sobre a classe trabalhadora, agindo, especificamente, sobre
as conseqüências sociais que se desdobram do processo de produção, reprodução e
acumulação capitalista.
Assim, no presente trabalho, me referencio em dois debates, muito importantes,
desenvolvidos contemporaneamente, são eles: a) o debate sobre a lógica de governança
da educação superior no Brasil, inerente ao modo de governo do bloco de poder
popular-burguês; e b) debate com as concepções da assistente social Mariana Pfeifer
(2010), que em sua análise, profundamente crítica sobre a lógica geral do
neodesenvolvimentismo no Brasil. O presente referencial possibilita o diálogo sobre os
impactos às condições de trabalho e formação profissional no referido contexto
histórico, o que certamente consiste em uma tarefa necessária e urgente ao Serviço
Social crítico.
NEOCONSERVADORISMO NO BRASIL
brasileiro: “passei um fim de semana lendo pela enésima vez O Príncipe de Maquiavel
no esforço de entender a atual política da Direção Nacional do PT”. E segue:
país, cuja lógica congrega a expansão dos serviços com a crescente privatização dos
mesmos, tendo a precarização como instrumento de legitimação.
Em maio de 2009 a Associação dos professores da PUC São Paulo publicou o
35º volume da revista PUC VIVA, onde segundo Bia Abramides, se “debate sobre duas
questões centrais de um modelo de ensino privatista, aligeirado e massificado, [...]
voltado aos interesses do Capital: a mercantilização do ensino e o Ensino à Distância.”
(p. 3). Em síntese, a edição identifica, analisa e critica a) o alinhamento da governança
publica brasileira aos projetos imperialistas do capital; b) o poder particular do governo
do Partido dos Trabalhadores em imprimir a agenda neoliberal no país em um ambiente
político favorável às reformas inerentes a este projeto, a focalização das políticas
precárias de ensino superior nos seguimentos mais populares da sociedade e os reflexos
da referida lógica de educação na formulação científica e ético-política dos sujeitos
(trabalhadores e usuários e movimentos universitários e entidades de classe) envolvidos
neste contexto.
Para Rafael Limongelli, colaborador da referida edição: “a consequência de se
direcionar o ensino [...] totalmente para o mercado de trabalho é a perda no grandes três
sustentáculos do ensino superior: pesquisa, ensino e extensão” (p. 65-66). A lógica
privatista dos governos brasileiros dos últimos 25 anos se inscreve no âmbito da política
global de educação que promove “a crise da razão crítica [...] e ascensão da razão
instrumental ou razão mercadológica” (p. 65).
APROXIMAÇÕES CONCLUSIVAS
REFERENCIAS