EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CRIMINAL DE XXXX
Reverson Storns, Brasileiro, estado solteiro, inscrito no CPF sob o nº198.500.123-
99,e RG. nº 35.30542-12, Email: sonstorns@uol.com.br, Bairro Butantã e domiciliado na Rua Astolfo Marques n° 235, na cidade de Sã o Paulo, através de seu advogado (documento incluso), vem perante Vossa Excelência requerer: RELAXAMENTO DE PRISÃO, com fulco no artigo LXV da Constituiçã o Federal e artigo 310, I do Có digo de Processo Penal, pelas razõ es de fato e direito a seguir expostas: DOS FATOS O requerente foi preso no dia 20/02/2021 em fragrante delito por suposta prá tica de crime de Trafico de Drogas. O requerente estava tranquilo em sua casa apos chegar do serviço por volta das 20:30hrs. e ouviu a polica batendo em sua porta pedindo para ingressar em sua residencia pois havia recebi uma denuncia de trafico de Drogas. Reverson nao sabendo dos feitos praticados por sua antigar mulher Eshilei Tostines, decidiu abrir a porta para os policias e Diante deste feito os mesmos encontraram 20 papelotes de cocaine ( supostamente de Reverson), tenodo ocorrido. O requerente foi recolhido no presídio de xxx apó s a lavratura do auto de prisã o em flagrante e assim permanece desde entã o, sem que houvesse qualquer manifestaçã o do magistrado sobre a liberdade do requerente, ou fundamentos que justificassem sua segregaçã o. Ainda, logo apó s a homologaçã o da prisã o em flagrante, os autos foram remetidos ao Ministério Pú blico, lá permanecendo até a presente data. DO DIREITO A prisã o em flagrante possui requisitos que, quando nã o observados, podem caracterizá -la como ilegal. No caso concreto, o magistrado apenas homologou o auto de prisã o em flagrante, remetendo-o ao Ministério Pú blico, sem se ater ao que dispõ e o artigo 310 do Có digo do Processo Penal, “verbis”: Art. 310. Ao receber o auto de prisã o em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente: I - relaxar a prisã o ilegal; ou II - converter a prisã o em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Có digo, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisã o; ou III - conceder liberdade provisó ria, com ou sem fiança. Quando o magistrado deixou de se manifestar sobre a liberdade do requerente, acabou tornando a prisã o ilegal. Assim, sendo a prisã o ilegal, deve ocorrer o seu relaxamento, soltando o requerente, sem prejuízo da responsabilizaçã o funcional e criminal da autoridade responsá vel pelo ato, em caso de abuso. O relaxamento de prisã o ilegal é previsto na Constituiçã o Federal em seu artigo 5º: Art. 5º Todos sã o iguais perante a lei, sem distinçã o de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguinte [...] LXV - a prisã o ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciá ria; O fato é que, ao receber o auto de prisã o em flagrante, o juiz deveria motivadamente decidir a medida cabível à espécie, que seria o relaxamento de prisã o ilegal, a conversã o da prisã o em flagrante em preventiva, ou ainda concedendo a liberdade provisó ria com ou sem fiança. No presente caso ficou evidente que nã o houve nenhuma decisã o fundamentada neste sentido, o que nã o foi de encontro ao que dispõ e no Có digo de Processo Penal: Art. 315. A decisã o que decretar, substituir ou denegar a prisã o preventiva será sempre motivada. O requerente encontra-se preso desde a data da execuçã o do mandado de busca e apreensã o, ou seja, mais de xx dias, ocasionando, desse modo, o constrangimento ilegal da sua liberdade de locomoçã o. Acerca da possibilidade de relaxamento de prisã o, o Tribunal de XX já decide de forma favorá vel: [Colocar uma jurisprudência aqui] Desta feita, tendo o requerente plena condiçã o de responder o processo criminal em liberdade, nã o há qualquer razã o para mantê-lo restrito de sua locomoçã o, sendo medida que se impõ e a concessã o do relaxamento de prisã o, uma vez que o juiz ao receber o APF (auto de prisã o em flagrante), apenas o homologou, nã o tomando nenhuma das decisõ es previstas no artigo 310 do Có digo de Processo Penal. DO PEDIDO Diante do exposto, requer-se a procedência do pedido com o consequente relaxamento de prisã o em flagrante, expedindo-se o competente alvará de soltura em favor do requerente, conforme o artigo 310, I do Có digo de Processo Penal. Nestes termos, Pede deferimento. [Local], [dia] de [mês] de [ano]. [Assinatura do Advogado] [Nú mero de Inscriçã o na OAB]