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1 Das causas primárias CAP. I — DE DEUS — Provas da existência de


2 Deus
3 5. Que dedução se pode tirar do sentimento instintivo, que todos os homens trazem em
4 si, da existência de Deus?

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5 “A de que Deus existe; pois, donde lhes viria esse sentimento, se não tivesse uma base? É
6 ainda uma consequência do princípio - não há efeito sem causa.”
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8 O Livro dos Espíritos comentado pelo Espírito Miramez


9 FILOSOFIA ESPÍRITA – VOL. I
10 CAPÍTULO 05 — 05/LE INTUIÇÃO DIVINA
11 A telepatia entre os homens é um fato constatado. Constitui-se em experiências de
12 todos os reinos do saber. Já se conhece as suas causas e seus efeitos, com largos
13 exemplos, nos quatro cantos do mundo. Já se sabe que cada criatura pode transmitir
14 as suas ideias aos seus semelhantes, por vezes sem estar consciente desse ato,
15 comum a todos os seres. Muitos buscam a perfeição ou melhoramento nas
16 transmissões dos seus pensamentos, através de escolas, ou exercícios específicos no
17 silêncio das coisas que se operam na vida.
18 E é nessa verdade que encontramos outra mais sutil: se os encarnados podem se
19 comunicar entre si, pelos fios dos pensamentos, os desencarnados igualmente o
20 podem, e com mais propriedade, por se encontrarem livres das cadeias da carne. E, se
21 os homens trocam suas ideias, na serenidade das vibrações, asseguradas por leis que
22 sustentam a harmonia, e se esses mesmos homens desencarnados continuam esse
23 processo de comunicação recíproca, como não pensar nas possibilidades de os
24 desencarnados transmitirem seus pensamentos aos encarnados pelo mesmo
25 mecanismo?
26 Eis aí a Mediunidade, que se estende em todas as direções, pelos caminhos da
27 sensibilidade, na regência da lei do Amor, onde a fraternidade abriu caminhos por
28 meios da Caridade. Os homens sensíveis, querendo, podem negar, pois têm livre
29 escolha nas suas atitudes, porém, eles conhecem quando os pensamentos nascem da
30 sua própria mente e quando procedem de fontes espirituais, dado o peso magnético
31 das suas vibrações. A consciência registra todos os valores e dá a conhecer à mente
32 instintiva e atuante a procedência da conversa mental.
33 Usamos as comparações acima citadas, para te dizer de algo excelente, para te dizer do
34 avanço da razão, aprimorada na sequência do tempo e pelas bênçãos de Deus:
35 queremos falar da intuição, que será a faculdade comum do futuro, por enquanto
36 latente em todos os seres. É ela o veículo divino capaz de orientar todas as criaturas e
37 fazê-las felizes, filha do progresso espiritual, nascida no amanhecer das almas, ao
38 despertarem para a luz, para o entendimento das leis espirituais. Essa intuição, no seu
39 princípio se chamava instinto, dominando animais e homens nos seus primeiros
40 passos. E se os homens primitivos já possuíam em suas consciências a ideia de Deus e
41 viviam em tribos espalhadas pela Terra, sem condições de comunicação entre si, qual
42 a origem dessa consciência de um Poder Supremo? E se não existe causa sem efeito,
43 nem efeito sem causa, essa causa será, certamente, esse Deus que tanto amamos, que

2 ESDE— LE Q. 5 — 12/3/2020
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1 fala a tudo e a todos da Sua existência, pelos processos compatíveis com os que
2 devem e precisam escutar a Sua voz dentro da alma.
3 A certeza da existência de Deus é a de que Ele existe. Não há outra lógica no mundo das
4 deduções humanas e espirituais, e tudo que vive canta louvores ao Criador, na
5 dimensão que lhe é própria; e nós, já na condição de Espírito humano, como sendo as

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6 flores da grande árvore plantada por Deus no jardim cósmico, cantemos juntos,
7 encarnados e desencarnados, o hino de gratidão ao Supremo Senhor do Universo, pelo
8 que somos e atingimos na escala da vida! Esse cântico deve ser manifestado pela vida
9 reta, mesmo nas estradas tortuosas onde nos situamos. Busquemos a intuição
10 divina, para que a Divina Intuição nos ampare e nos desperte para a verdade que nos
11 fará livres!
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13 Intuição [do latim intueri= intuir + -ção] - 1. Ato de ver, perceber, discernir; percepção


14 clara ou imediata. 2. Ato ou capacidade de pressentir. 3. Contemplação pela qual se
15 atinge em toda a sua plenitude uma verdade de ordem diversa daquelas que se
16 atingem por meio da razão ou do conhecimento discursivo ou analítico. Ver: Instinto.
17 Instinto [do latim instinctu] – Espécie de inteligência rudimentar que dirige os seres
18 vivos em suas ações, à revelia de sua vontade e no interesse de sua conservação. O
19 instinto torna-se inteligência quando surge a deliberação. Pelo instinto, age-se sem
20 raciocinar; pela inteligência, raciocina-se antes de agir. No homem, confundem-se
21 freqüentemente as idéias instintivas com as idéias intuitivas. Estas últimas são as que
22 ele hauriu, quer no estado de Espírito, quer nas existências anteriores e das quais ele
23 conserva uma vaga lembrança.
24 O instinto é a força oculta que solicita os seres orgânicos a atos
25 espontâneos e involuntários, tendo em vista a conservação deles.
26 [...] Referência: KARDEC, Allan. A Gênese: os milagres e as
27 predições segundo o Espiritismo. Trad. de Guillon Ribeiro da 5a
28 ed. francesa. 48a ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. — Cap. 3, it. 11.
29 [...] é uma espécie de inteligência. É uma inteligência sem
30 raciocínio. Por ele é que todos os seres provêm às suas
31 necessidades. Referência: KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos:
32 princípios da Doutrina Espírita. Trad. de Guillon Ribeiro. 86a ed.
33 Rio de Janeiro: FEB, 2005. — Q. 73.
34 O instinto é uma inteligência rudimentar, que difere da inteligência
35 propriamente dita, em que suas manifestações são quase sempre
36 espontâneas, ao passo que as da inteligência resultam de uma
37 combinação e de um ato deliberado. O instinto varia, em suas
38 manifestações, conforme às espécies e às suas necessidades. Nos
39 seres que têm a consciência e a percepção das coisas exteriores,
40 ele se alia à inteligência, isto é, à vontade e à liberdade.
41 Referência: KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos: princípios da
42 Doutrina Espírita. Trad. de Guillon Ribeiro. 86a ed. Rio de
43 Janeiro: FEB, 2005. — Q. 75.
44 Os instintos são automatismos estereotipados e inatos que têm em
45 geral um fim útil para o indivíduo e a espécie. [...] Referência:
46 CERVIÑO, Jayme. Além do inconsciente. 5a ed. Rio de Janeiro: FEB,
47 2005. — cap. 2.
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2 ESDE— LE Q. 5 — 12/3/2020
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1 Teoria de Tudo Jornada da Alma
2 Novembro 30, 2008 — Carol Montenegro
3 A inteligência primordial: Intuição
4 “A intuição é o conjunto de conhecimentos próprios adquiridos ao largo das múltiplas

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5 experiências do Ser, que lhe aflora à mente espontaneamente, sem necessidade de
6 ninguém lhe transmitir nada, pois que tais conhecimentos pertencem ao seu universo
7 peculiar e subjetivo de conhecimentos. 1. Contemplação pela qual se atinge em toda a
8 sua plenitude uma verdade de ordem diversa daquelas que se atingem por meio da
9 razão ou do conhecimento discursivo ou analítico. 2 Ato de ver, perceber, discernir de
10 forma clara ou imediata. 3. Ato ou capacidade de pressentir. 4. Percepção na sua
11 plenitude de uma verdade que normalmente não se chega por meio da razão ou do
12 conhecimento discursivo ou analítico.”
13 Existem dois mundos o físico e um não-físico. No meio físico adquirimos a sabedoria
14 através da inteligência formada por nossa razão. Mas dentro de nossa mente, no
15 corpo não-físico adquirimos sabedoria usando outro tipo de inteligência que
16 chamamos de intuição. A intuição é uma inteligência que funciona através de
17 associações de informações que captamos com nossos sentidos, com o já existente
18 conteúdo formado em nossa consciência e nosso inconsciente.
19 Essas associações são por meio da sincronicidade.
20 Diferente da inteligência racional, que é absorvida de fora para dentro, a intuição nos
21 fornece um conhecimento ou sabedoria mais amplo, por ser de dentro para fora,
22 vivenciado nos sentimentos, por isso nosso aprendizado é mais consistente.
23 A sabedoria que adquirimos através da intuição, se concentra em nossas emoções, e não
24 na razão, ela expande nossa consciência, e expandindo nossa consciência
25 compreendemos melhor as manifestações do inconsciente.
26 Nossa percepção é ampliada, nossos sentidos de observação, e isso é fundamental num
27 processo de Individuação.
28 Só a Individuação é capaz de tornar um indivíduo seguro de si mesmo, feliz, e capaz de
29 amar, no sentido maior da existência.
30 A intuição é como um estalo e uma luz que acende, é a sincronicidade em ação nos
31 despertando para a magia da vida. Sentimos uma emoção diferente, empolgamos,
32 temos como um impulso revelador, como um instante de intensa paixão numa
33 descoberta.
34 A verdadeira sabedoria não é aquele produto da razão analítica, a inteligência, mas a
35 sapiência que adquirimos experiencialmente, intuitivamente.
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