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O que são?
A forragicultura é a área de estudo das plantas forrageiras e sua interação com
o animal, solo e ambiente. No Brasil, as plantas forrageiras têm extrema importância
dentro dos sistemas de produção. Isso deve-se ao fato de serem a mais barata e a
principal fonte de alimentação para os animais de produção. Além disso, as pastagens
integram um dos maiores ecossistemas do Brasil, colaborando com o sequestro de
carbono atmosférico e o armazenamento de matéria orgânica no solo. Entretanto,
dados indicam que o pasto nem sempre é utilizado da maneira mais eficiente ou
racional, e que se isso ocorresse, os ganhos produtivos poderiam ser maiores.
Quais as Vantagens?
As vantagens da alimentação animal com utilização das pastagens vão além do
baixo custo e incluem a interação animal com a forragem, realizando a colheita desta
sem os gastos com colheita ou processamento desse. Além disso, há a menor geração
de resíduos orgânicos e proporcionam melhores condições de bem-estar animal,
consequentemente há a possibilidade de produtos finais de melhor qualidade. No
entanto, é necessário atenção a fatores que podem diminuir a produtividade do
sistema, como a seca, pragas, doenças ou o manejo inadequado.
Como se Classificam?
Leguminosas:
A família Fabaceae é a terceira maior família de Angiospermae, sendo
considerada uma das maiores famílias botânicas, e tem vasta distribuição,
ocorrendo por quase todo o mundo. No Brasil existem cerca de 220 gêneros e
2736 espécies.
Escolha e Manejo
A determinação da espécie a ser utilizada é um fator fundamental para o
sucesso do sistema e da manutenção da forragem. Para isso é necessário conhecer o
potencial de adaptação dos cultivares e as suas características. Dentre as gramíneas,
destacam-se como alternativa forrageiras os gêneros Brachiaria, Pennisetum,
Panicum e Cynodon. Dentre as leguminosas, as espécies com maior potencial de uso
são Arachis pintoi, Stylosantes guianensis, Desmodium ovalifolium, Pueraria
phaseoloides e Calopogonio muconoides.
Para a obtenção do máximo rendimento das pastagens é imprescindível a
atenção aos efeitos que fatores, como o manejo (tipo e sistema de pastejo), clima
(temperatura, umidade, chuvas) e o solo podem causar sobre as forragens.
Normalmente, dois tipos sistemáticos de pastejo são frequentemente utilizados: o
pastejo contínuo (em que os animais permanecem na área de pasto) e o rotacionado
(em que de acordo com a forragem disponível os animais são transferidos para outros
piquetes, permitindo o descanso e a reestruturação do pasto). Para o uso e escolha
adequado é determinante o conhecimento de conceitos como a taxa de lotação, a
capacidade de suporte e a pressão de pastejo, sendo esse último um fator essencial
para o sucesso do manejo.
Consórcio de Pastagens
A consorciação de pastagens tem a redução de inconvenientes relacionados à
qualidade da forragem e a baixa produção. Nesse sistema as leguminosas colaboram
para o aumento do nível de fertilidade do solo e controle da erosão, incrementando a
produtividade. Nesse contexto, o consórcio entre gramíneas e leguminosas eleva a
qualidade nutricional da forragem.
Criada por André Voisin em 1970, é uma designação que associa o método de
manejo dos pastos, a partir do cumprimento das quatro leis universais do pastoreio
racional:
1. Lei do Repouso: para que o fornecimento da pastagem seja capaz de dar sua
máxima produtividade, é necessário que haja um período de tempo suficiente
entre dois cortes, que a planta possa armazenar em suas raízes, reservas
necessárias para um início de rebrote vigoroso e; realizar a grande produção de
pasto por dia e por hectare;
2. Lei da Ocupação: quanto menor o tempo de ocupação necessário para que todo
o pasto da área seja consumido, melhor;
3. Lei do Rendimento Máximo: é necessário ajudar os animais de exigências
alimentícias mais elevadas para que possam colher a maior quantidade de pasto
e que este seja da melhor qualidade possível, ou seja, quanto menos trabalho
tenha o animal para pastar a fundo uma pastagem, maior será a quantidade de
pasto que o mesmo colherá e;
4. Lei do Rendimento Regular: Para que uma vaca possa dar rendimentos regulares
é preciso que não permaneça por mais de três dias em uma mesma parcela, pois
quanto mais tempo o animal permanecer no piquete, menor será a quantidade
de pasto disponível para o consumo. Sendo assim, o animal sentirá fome, que é
um dos piores fatores de estresse.
Forrageiras - Bovinos de Leite
Variações na capacidade de suporte de algumas forrageiras em épocas de chuva e/ou
temperatura e luminosidade elevadas, com boas condições de manejo e adubação
Lignina: o sistema de Van Soest usa detergentes para solubilizar a fração fibrosa do
conteúdo celular. Sendo classificadas como fibra em detergente neutro
(FDN) e fibra em detergente ácido (FDA).
Digestibilidade
A digestibilidade é a quantidade útil da pastagem aos animais, geralmente é
determinada por meio de quatro métodos, que podem ser incubação in situ, incubação
in vitro, digestão enzimática e produção de gás.
Autoras:
Kássia Martins Machado