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QUEBRA DE DORMÊNCIA
EM SEMENTES
Lilian B.P. Zaidan
Claudio J. Barbedo
sas espécies, muitas apresentam mecanismos ciclo curto. O atraso na germinação pode, ainda,
de dormência, dificultando o planejamento dos diminuir o número de ciclos econômicos por ano.
viveiristas para a obtenção de mudas. Algumas espécies são utilizadas como fonte
de adubação verde para culturas agrícolas. Elas
são semeadas para que desenvolvam grande
NECESSIDADE DE QUEBRA DA massa vegetal, que será incorporada ao solo
DORMÊNCIA EM SEMENTES antes do plantio da espécie principal. Isso re-
Se, por um lado, a dormência das sementes se sulta em enriquecimento nutricional do solo,
apresenta vantajosa para a perpetuação das es- principalmente com nitrogênio. Contudo, al-
pécies, ampliando a possibilidade de estabeleci- gumas espécies que têm alto valor nutricional
mento de novos indivíduos ou colonização de como adubo verde apresentam sementes com
áreas por distribuir a germinação no espaço e diferentes graus de dormência. Isso acarreta
no tempo (Kigel e Galili, 1995; Carvalho e Na- dois problemas para os agricultores: primeiro,
kagawa, 2000), por outro, pode trazer desvanta- a necessidade de grande número de sementes,
gens, principalmente considerando a explora- pois nem todas germinarão na época de produ-
ção vegetal. A agricultura tradicional atual é ção de massa verde; segundo, muitas sementes
facilitada quando as práticas culturais podem germinarão durante o desenvolvimento da cul-
ser aplicadas de forma contínua e uniforme. tura agrícola e, assim, serão consideradas plan-
Para isso, há necessidade de uniformidade de tas invasoras e entrarão em competição por luz,
desenvolvimento entre as plantas da mesma água e nutrientes com as plantas da cultura
cultura, o que se inicia na germinação das se- principal.
mentes e na emergência das plântulas. Portan- Finalmente, até mesmo a correta avaliação
to, um determinado lote com sementes dor- da qualidade fisiológica de lotes de sementes
mentes poderá resultar em campos de produção pode ser dificultada pela existência de dormên-
irregulares, com plantas em diferentes estádios cia. Testes de germinação realizados com espé-
de desenvolvimento. Nesse caso, a dormência cies que têm sementes dormentes podem pro-
é desvantajosa, tanto mais quanto menor o ciclo duzir resultados insuficientes para a correta
da cultura. Além disso, quanto maior o tempo previsão do comportamento das mesmas após
de permanência das sementes no solo sem ger- sua semeadura. Isso porque são registradas, nos
minar, maiores as chances de perdê-las, seja por boletins de análise, a porcentagem de sementes
deterioração ou predação. que germinaram e a de sementes dormentes
O atraso na germinação, algumas vezes, po- (ISTA, 1985). Estas últimas, após a semeadura,
de resultar em falhas na produção agrícola. Al- podem germinar no campo em períodos prati-
gumas plantas podem não estar suficientemen- camente imprevisíveis. Assim, tornam-se ne-
te desenvolvidas na época em que devem rece- cessários tratamentos para quebra da dormên-
ber estímulos ambientais para, por exemplo, cia após sua constatação nos testes de germina-
florescer ou acumular reservas em órgãos ve- ção. Contudo, dependendo da espécie, nem
getativos. Além disso, quando esses estímulos sempre há suficiente informação quanto ao mé-
são recebidos, o atraso na germinação pode pro- todo mais adequado ou eficiente para a quebra
duzir atraso na colheita, acarretando desvalo- da dormência das sementes.
rização do produto no mercado. Isso porque Deve-se salientar, porém, que, mesmo
muitos produtos agrícolas apresentam oscila- quando se pensa em utilização das sementes
ções de preço, regulados aos períodos de safra pelo homem, a dormência pode representar
e entressafra. A colocação de um produto agrí- vantagens. Em muitas sementes, a impermea-
cola no mercado antes da entrada da safra prin- bilidade do tegumento à água, por exemplo, é
cipal muitas vezes significa obtenção de preço o principal mecanismo de manutenção de bai-
mais elevado do produto. Esse fato é impor- xos teores de água no interior da semente, o
tante, por exemplo, para algumas hortaliças de que evita o metabolismo mais intenso, reduz a
respiração e, assim, diminui o consumo de re- sensibilidade das sementes aos processos de su-
servas, fundamentais para a germinação e o peração de dormência (Egley, 1995), o que pode
crescimento inicial da plântula. O mesmo po- provocar maior ou menor sucesso da aplicação
deria ser dito quanto à impermeabilidade a dos métodos. Para cada tipo de dormência e
gases, evitando a entrada de O2 e a saída de para cada condição na qual as sementes estão
CO2. Além disso, mantendo-se baixo o teor de inseridas haverá um ou mais métodos mais
água nas sementes, dificulta-se o desenvolvi- adequados e eficientes.
mento de microrganismos causadores de dete- Quando a dormência é causada pela im-
rioração, bem como o ataque mais intenso de permeabilidade do tegumento à água (Capítulo
insetos e roedores. Em sementes de Hymenaea 7), os métodos a serem empregados deverão
courbaryl (jatobá) e de Lathyrus nervosus (espé- promover aberturas neste, permitindo a embe-
cie forrageira nativa do Brasil), por exemplo, a bição, como ocorre com as escarificações ou cor-
escarificação do tegumento, impermeável à tes do tegumento. Nesse caso, é importante
água, pode resultar em deterioração mais rápi- identificar as vias e os mecanismos de entrada
da (Franke e Baseggio, 1998; Guimarães et al., da água na semente, pois o tipo e a posição da
1995), conforme ilustrado na Figura 8.1. Por- abertura podem causar maior ou menor eficiên-
tanto, a dormência das sementes muitas vezes cia do método, algumas vezes chegando a pre-
contribui para sua melhor conservação e arma- judicar a germinação. Por exemplo, o desponte
zenamento (Capítulo 17). (corte na extremidade) da semente de Attalea
funifera (piaçaveira) pode dificultar a entrada
de água por remover, parcialmente, o feixe de
ESCOLHA DO MÉTODO DE fibras que funciona como eficiente captador de
QUEBRA DE DORMÊNCIA água (Melo, 2001). Por outro lado, em sementes
A dormência das sementes pode ter diversas de jatobá, quando a escarificação é feita na late-
causas (Capítulo 5). Assim, antes da tomada ral da semente, a embebição é mais rápida do
de decisão quanto ao método a ser adotado para que quando feita na região do hilo, o que prova-
a quebra da dormência, deve-se identificar, tan- velmente está relacionado à maior superfície
to quanto possível, suas causas. Além disso, é de contato com a água e à abertura de novas
necessário considerar a existência de ciclos de vias de entrada para esta. (Santos, 2002).
75 75
50 50
(%)
(%)
25 25
0 0
Testemunha Escarificação Escarificação Testemunha Escarificação Escarificação
mecânica química mecânica química
! Figura 8.1
Germinação e deterioração de sementes de Hymenaea courbaryl (coluna preta) e Lathyrus nervosus (coluna
cinza) submetidas ao processo de escarificação mecânica ou química. Fontes: Franke e Baseggio (1998),
Guimarães et al. (1995).
100 60
75
40
(%)
(%)
50
20
25
0 0
3 meses 11 meses 24 meses 3 meses 11 meses 24 meses
! Figura 8.2
Germinação e dormência (impermeabilidade do tegumento à água) de sementes de Styzolobium aterrimum
(mucuna preta) de diferentes tamanhos, após 3, 11 e 24 meses de armazenamento. Coluna preta, sementes
sem separação de tamanho; coluna cinza, sementes grandes; coluna branca, sementes pequenas. Até o
terceiro mês de armazenamento, o grupo das sementes pequenas apresentou maior proporção de sementes
duras (que não embeberam). No decorrer do tempo de armazenamento, a proporção de sementes duras
diminuiu em todos os grupos, e a germinação passou a ser uniforme e elevada. Fonte: Barbedo, Nakagawa e
Machado. (1988).
exemplo, são bastante eficientes para muitas dades de dispersão) por meio dos tipos de agen-
sementes. Contudo, a manipulação do produto, tes que atuam nesse processo. Serão abordados
principalmente quando é necessário o uso de a seguir alguns métodos de superação da dor-
ácidos concentrados, exige mão-de-obra alta- mência, agrupados segundo sua principal for-
mente qualificada para que se evitem riscos à ma de atuação na semente.
saúde dos usuários. Ainda assim, os riscos de
acidentes tornam tais métodos pouco recomen- Agentes mecânicos
dáveis em escala comercial. Não é difícil imaginar que uma semente
Há estudos sobre quebra de dormência de com tegumento rígido, impermeável à água, só
sementes de várias espécies. Em alguns casos, poderá germinar se for aplicado algum tipo de
já se tem tecnologia adequada e difundida, com tratamento que possibilite a remoção total ou
técnicas e procedimentos bem-estabelecidos e parcial da casca, facilitando a entrada de água
de amplo domínio público (ISTA, 1985), como na semente, de modo a permitir sua embebição,
as estratificações feitas em sementes de frutei- etapa inicial da germinação. A casca da semente
ras de clima temperado ou as escarificações me- também pode agir como barreira às trocas gaso-
cânicas em várias leguminosas arbóreas tropi- sas ou à entrada de luz, como impedimento à
cais. Em outras situações, porém, os estudos saída de inibidores endógenos ou, ainda, forne-
não são ainda conclusivos ou, mesmo, não há cendo inibidores para o embrião, impedindo
estudos. Nesses casos, além dos cuidados des- assim a germinação.
critos anteriormente, também pode ser de gran- A ocorrência de tegumentos rígidos, resis-
de ajuda analisar as características do ambiente tentes, provocando uma resistência mecânica,
no qual a espécie ocorre naturalmente, sua re- é muito comum nas Leguminosae, principal-
gião de origem, formas de dispersão, etc. Tais mente nas Faboideae. Em sementes de determi-
observações podem fornecer informações im- nadas espécies, a entrada de água e oxigênio é
portantes para a escolha do método de quebra impedida por uma tampa de suberina, seme-
de dormência, tais como período de baixas tem- lhante a uma rolha (estrofíolo), localizada em
peraturas após a dispersão natural das semen- uma pequena abertura na casca (Salisbury e
tes, passagem das sementes pelo trato digestivo Ross, 1992). A agitação vigorosa das sementes
de animais, entre outras. pode deslocá-la e permitir a entrada de água,
levando à germinação. Esse tratamento é co-
nhecido como quebra de dormência por impac-
MÉTODOS PARA QUEBRA DE tação e é aplicado em sementes de Melilotus alba
DORMÊNCIA EM SEMENTES (trevo-doce, trevo-doce-branco) e Crotallaria
A dormência das sementes consiste na incapa- aegyptica (crotalária), espécies utilizadas como
cidade de germinação do embrião devido a al- adubo verde. A remoção total ou parcial da cas-
gum problema inerente à semente. Quando ca da semente por tratamentos diversos é de-
todas as condições necessárias à germinação nominada escarificação.
são oferecidas e mesmo assim a semente não A escarificação mecânica é feita com mate-
germina, existe uma forte possibilidade de ela riais cortantes, como facas, canivetes, estiletes,
apresentar algum tipo de bloqueio que deve ser alicates, ou com materiais abrasivos, como li-
removido ou superado para que o processo da mas, lixas, areia, etc. Na maioria das vezes, não
germinação ocorra. Para que se perca a dormên- é necessário retirar todo o tegumento da se-
cia, a semente deve sofrer a ação de algum fator mente, basta uma leve escarificação, suficiente
ambiental e/ou metabólico. Desse modo, a que- para permitir a entrada de água a fim de que a
bra da dormência está relacionada a fatores ex- germinação venha a ocorrer. Exemplos de se-
ternos e internos à semente. mentes que necessitam desse tipo de tratamen-
Para fins didáticos, costuma-se estudar a to: as plantas arbóreas do bioma Cerrado, como
quebra da dormência de sementes (ou de uni- jatobá, Dipteryx alata (baru) e Stryphnodendron
bém sido observado em língua-de-vaca (Tabela dia do último comprimento de onda fornecido
8.3). (Tabela 8.4). Por meio desse e de outros estu-
As citocininas parecem ser menos eficientes dos se estabeleceu que a luz é absorvida por
e podem induzir uma germinação anormal, por um pigmento, denominado fitocromo, que se
exemplo, com a emissão dos cotilédones antes converte em duas formas, ativa e inativa.
da protrusão da radícula. Em geral, as aplica- As duas formas do fitocromo podem ser
ções exógenas de reguladores de crescimento simbolizadas por Fv e Fve. A primeira, inativa,
são mais eficazes quando fornecidas juntamen- absorve luz vermelha, com pico de absorção má-
te com outro fator, como a luz, ou com outro xima em 660 nm. Quando o Fv é ativado pela
regulador de crescimento, combinados entre si luz vermelha, converte-se na segunda forma,
em termos de concentração. Assim, em Cheno- o Fve (pico de absorção máxima em 730 nm),
podium album (ançarinha-branca), a aplicação que é a forma ativa e, para a maior parte das
de etileno estimula a germinação com maior sementes fotoblásticas, promove a germinação.
eficácia na presença de luz e de giberelina O esquema clássico que explica essa conversão
(Bewley e Black, 1994). mútua está apresentado a seguir (Bewley e
Black, 1994):
Luz
luz vermelha
Em 1954, Borthwick e colaboradores (apud, Fv Fve
Quebra da
dormência
Bewley e Black, 1994), estudando os efeitos de luz vermelho-extremo
diferentes comprimentos de onda na germina-
escuro
ção, estabeleceram o espectro de ação para a
germinação de sementes de alface (Lactuca sa-
tiva), cultivar Grand Rapids (Bewley e Black, Sob efeito do tratamento luminoso, tanto
1994). A maior germinação foi encontrada na a passagem de Fv para Fve como o inverso ocor-
faixa de 660 nm, e a inibição desta foi encontra- rem rapidamente. A conversão de Fve para Fv
da em 730 nm. Esses comprimentos de onda pode ocorrer também no escuro, porém essa
referem-se, respectivamente, à luz vermelha e reação é mais lenta. Além disso, sob luz branca,
à luz vermelho-longo ou vermelho-extremo. há maior conversão de Fv para Fve (pois a luz
Esta última situa-se entre o vermelho e o infra branca apresenta maior proporção de vermelho
vermelho. Por volta dessa mesma época, ob- que o vermelho-extremo), o que explica o su-
servou-se também que os efeitos desses com-
primentos de onda antagonizavam-se mutua-
Tabela 8.4 Fotorreversibilidade do fitocromo na
mente, ou seja, a resposta à exposição
quebra de dormência de sementes de Lactuca
seqüencial de sementes de alface a irradiações sativa (alface) Grand Rapids. As sementes foram
de luz vermelha e de vermelho-extremo depen- embebidas no escuro e expostas à luz vermelha (V)
por 1,5 min e à luz vermelho-extremo (VE) por 4
min, na seqüência mostrada. As sementes foram
colocadas no escuro por 24 h, sendo avaliada a
Tabela 8.3 Efeito de diferentes concentrações de germinação
GA3 na germinação de sementes de Rumex
obtusifolius no escuro Irradiação Germinação (%)
cesso de vários autores em utilizar luz branca de rochas, também podem sofrer uma escarifi-
para a quebra da dormência de sementes, como cação mecânica ou lixiviação.
em sementes de pereira (Maeda et al., 1997) e Como apresentado anteriormente, trata-
de espécies florestais (Borges e Rena, 1993). mentos térmicos utilizados experimentalmente
As Regras para análise de sementes (Brasil, 1992) na quebra da dormência ocorrem de forma na-
e o Manual técnico de sementes florestais (Figliolia tural no ambiente onde a semente se encontra.
e Piña-Rodrigues, 1995) também sugerem o uso Temperaturas alternantes, altas temperaturas
da luz na condução de testes de germinação de ou mesmo o próprio fogo são comuns em am-
algumas espécies. bientes abertos, formações savânicas, e, para
A luz pode ser considerada um fator impor- uma dada semente, podem servir como um in-
tante na quebra de dormência em sementes. A dicativo do tipo de ambiente ou da época do
ação de diferentes comprimentos de onda sobre ano em que a mesma se encontra.
o fitocromo constitui um dos fatores mais rele- De maneira similar, a luz pode servir como
vantes para a germinação de sementes. Sendo um excelente indicativo da localização da se-
o fitocromo um cromóforo ligado a uma proteí- mente no ambiente. Sabe-se que a composição
na (Capítulo 6), os efeitos da luz na quebra de do espectro luminoso varia em função de diver-
dormência podem ser dependentes da tempera- sos fatores, como o horário do dia, o grau de
tura. Algumas sementes, como certos cultivares cobertura vegetal e a profundidade do solo. A
de alface, são indiferentes à luz a 20°C, mas luz solar, em ambiente aberto, apresenta maior
em temperaturas mais elevadas (em torno de quantidade de vermelho que vermelho-extre-
35°C) tornam-se fotoblásticas. Sementes de pi- mo na maior parte do dia. Entretanto, a passa-
cão-do-cerrado e de Porophyllum lanceolatum, gem da luz solar através da copa das árvores
ambas herbáceas de Cerrado, necessitam de luz inverte essa relação, visto que boa parte do ver-
para germinar; no entanto, quando armazena- melho é absorvido pelas clorofilas, resultando
das, vão perdendo gradativamente essa caracte- no fato de que a luz que atinge o sub-bosque
rística, vindo a germinar também na ausência apresenta maior proporção de vermelho-extre-
de luz (Felippe e Silva, 1984). A escarificação mo. Uma semente enterrada a poucos centíme-
de sementes, além de ser necessária para permi- tros de profundidade recebe mais vermelho-
tir a entrada de água ou as trocas gasosas, tam- extremo que vermelho, pois este comprimento
bém pode servir como uma quebra de barreira de onda tem maior poder de penetração entre
à entrada de luz. as partículas do solo. Todas essas variações po-
dem ser percebidas por meio do pigmento fito-
cromo, identificando a posição e o tipo de am-
CONSIDERAÇÕES FINAIS biente em que a semente se encontra, encon-
Grande parte dos mecanismos de quebra de trando assim respostas fisiológicas distintas
dormência descritos ocorre na natureza. A que- (germinação ou dormência) em função das
bra de tegumentos rígidos por diversos agen- condições ambientais predominantes.
tes acontece em condições naturais, talvez mais As sementes possuem características mor-
lentamente. Além da degradação por micror- fológicas e fisiológicas que devem ser considera-
ganismos, a passagem pelo trato digestivo de das quando se estudam os bancos de sementes
animais durante a dispersão, especialmente de do solo (Capítulo 14). São essas características
aves que possuem moela rígida para a trituração que aumentarão suas chances de permanência
de alimentos, pode ser caracterizada como uma no banco, facilitando ou não a germinação
forma de escarificação mecânica. Em diversos quando houver condições ambientais para isso.
animais, a escarificação química pode ocorrer Antes de serem consideradas empecilhos,
no trato digestivo. Sementes levadas por uma as barreiras à germinação presentes nas semen-
corredeira, onde a água percorre áreas cobertas tes devem ser encaradas como mecanismos de-
SALISBURY, F.B.; ROSS, C.W. Plant physiology. 4th ed. SANTOS, H.P. Importância ecofisiológica da reserva de
Belmont: Wadsworth, 1992. p. 682. xiloglucano e o controle de sua mobilização em cotilédones de
Hymenaea courbaril L. Campinas, 2002. Tese (Douto-
SANTARÉM, E.R.; AQUILA, M.E.A. Influência de mé-
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