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Coronariopatia • Imagem cardiovascular • Métodos complementares

Escore de Cálcio Coronário: Como


é feito? Para que serve? Como
interpretá-lo?
5 anos atrás • 2 comentários • por Alexandre Volney • 43.679 Visualizações

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Escrito por Alexandre Volney

Esta publicação também está disponível em: Português

O Escore de Cálcio Coronário (EC) é uma metodologia já bastante consagrada e


embasada cientificamente, como um preditor independente de eventos
cardiovasculares futuros, agregando risco a estratificação tradicional realizada por
meio de escores clínicos.
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A calcificação da parede vascular é um marcador
 bastante específico do processo
aterosclerótico. Nesse sentido, o EC apresenta elevada sensibilidade para a
detecção de aterosclerose subclínica, capaz de identificar doença coronária muitos
anos antes do sua apresentação clínica, além de quantificar sua extensão e
distribuição.

É um exame tomográfico sincronizado ao eletrocardiograma para minimizar


artefatos de movimentação cardíaca e coronariana, expondo o paciente a baixa
dose de radiação. Em geral não requer controle de frequência e não se utiliza
contraste iodado.

A análise do EC é definida como uma lesão hiperatenuante acima do limiar de 130


unidades Hounsfield (HU) em uma área de dois ou mais pixels adjacentes,
observada no trajeto coronariano. O produto da área total de cálcio por um fator
derivado da atenuação máxima (Maximal Computer Tomographic Number) é o
escore de cálcio publicado por Agatston et al e cuja unidade leva o seu nome.

Por exemplo: na figura a abaixo a calcificação no trajeto da artéria descendente


anterior apresenta atenuação máxima de 300 HU e tem uma área de 10mm2. Assim,
essa calcificação tem 3 (máximo denominador) x 10mm2 correspondendo a 30
Agatston. A somatória de todas as placas calcificadas coronarianas resultam no
escore de cálcio total do paciente.

Os dados obtidos pelo EC são descritos tanto em valores absolutos quanto em


percentis populacionais de acordo com a idade, sexo e etnia, como forma de refinar
a análise e a sensibilidade do método. Dessa forma, considera-se como um EC
significativo quando esse é maior que 100 Agatston em valores absolutos ou se
encontra acima do percentil 75 para mesma faixa etária e sexo, devendo-se, a partir
de então, rever a classificação de risco do paciente obtida pelos escores
tradicionais.

Nos próximos post discutiremos a aplicação do escore de cálcio em cenários


clínicos específicos. Até lá!
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