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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Departamento de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia

Um olhar Antropológico sobre a Questão Ambiental

Alima Gafar Abdala Mutumpua

amutumpua@isced.ac.mz

Quelimane, Junho de 2021


INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Departamento de Ciências de Educação

Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia

Um olhar antropológico sobre a Questão Ambiental

Trabalho de Campo a ser submetido na Coordenação do


Curso de Licenciatura em Ensino de Geografia, na
Antropologia Cultural de Moçambique. ISCED.

Tutor: MSC. Benjamim Vitalino Machica

Alima Gafar Abdala Mutumpua

amutumpua@isced.ac.mz

Quelimane, Junho de 2021


ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................3
1.1. Objectivos...........................................................................................................3
1.1.1. Geral................................................................................................................3
1.1.2. Específicos......................................................................................................3
1.2. Metodologia........................................................................................................3
2. CONTEXTUALIZAÇÃO......................................................................................4
2.1. Contribuição da antropologia para os problemas ambientais.............................4
2.1.1. Informativa......................................................................................................4
2.1.2. Metodológica...................................................................................................4
2.3. Contribuição metodológica para a sustentabilidade...........................................5
3. CONCLUSÃO........................................................................................................6
4. BIBLIOGRAFIA....................................................................................................7
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1. INTRODUÇÃO

A antropologia se inscreve na classificação das ciências humanas, mas não se limitará a


esta, pois Antropologia é comumente definida como o estudo do homem e de seus
trabalhos, assim definida, deverá incluir algumas ciências naturais e todas as ciências
sociais (Queiroz & Sobreira, 2016).

Ela está inserida entre as ciências sociais mais bem situadas para entender a questão
ambiental, abordando-a de um ponto de vista global e interdisciplinar, preocupada na
transformação antrópica que diferentes sociedades produziram em seu ambiente, sobre a
continuidade e diferença da espécie humana em relação aos demais seres vivos, e sobre
o lugar da consciência na evolução social (ibidem).

Entretanto, o presente trabalho prende-se no fito fundamental de abordar o olhar


antropológico sobre a questão ambiental, destacando a sua conceptualização no
contexto antropológico.

1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
 Contextualizar sobre o olhar antropológico sobre a questão ambiental.
1.1.2. Específicos
 Desenvolver historicamente a antropologia ambiental
 Abordar sobre o olhar da antropologia no contexto ambiental
1.2. Metodologia

O presente trabalho foi elaborado pelo método descrito como Bibliográfico, na qual
consiste na apreciação de material didático já estudado relacionado com o tema alusão
(Prodanov, 2013). Destes materiais didáticos destacam-se artigos científicos, revistas e
livros disponibilizados pela em bibliotecas virtuais e físicas.
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2. CONTEXTUALIZAÇÃO

A antropologia ambiental é uma subespecialidade no campo da antropologia que


assume um papel ativo no exame das relações entre os seres humanos e seu meio
ambiente através do espaço e do tempo (Di Deus, 2007).

2.1. Contribuição da antropologia para os problemas ambientais

Existem duas áreas em que a antropologia pode contribuir para a compreensão da


problemática ambiental e de suas políticas.

2.1.1. Informativa.

O seu papel é desmistificar os preconceitos sobre a relação das sociedades com seus
ambientes naturais preconceitos tais como os mitos da existência de um vínculo
harmonioso entre sociedade e natureza nos tempos pré-industriais, o da tecnologia
moderna como causa última da crise ecológica, ou o do papel sacrossanto da ciência
como guia em direção à sustentabilidade (Foladori & Taks, 2004).

2.1.2. Metodológica

Na visão de Foladori & Taks, (2004). Esta área concerne à questão de como abordar os
problemas ambientais de modo a caminhar rumo a sociedades mais sustentáveis.

O caráter complexo, global e interdisciplinar da problemática ambiental tem gerado uma


gama de posições que nem sempre correspondem às expectativas políticas. Há grupos,
tanto de esquerda quanto de direita, que tomam as sociedades simples como ideal de
equilíbrio ecológico; paralelamente, há grupos de direita e também de esquerda que
rechaçam as leis da ecologia como guia para o comportamento humano (Foladori 2000).

2.2. A antropologia e os Problemas ambientais

A mudança climática representa a relação de cada aspecto com o todo. Incide sobre a
biodiversidade, tem impacto sobre a situação das florestas e sofre os efeitos dela, atinge
a atividade produtiva humana, está conectada a muitas doenças infecciosas, etc. A
mudança climática unifica os diversos problemas ambientais. Reflete, assim,
perfeitamente aquela idéia da inter-relação entre os fenômenos e os ciclos de vida, tão
importante na ecologia. Ademais, ninguém fica alheio às mudanças climáticas (Foladori
& Taks, 2004).
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Elas aparecem como uma preocupação de todos, unificam ideologicamente a espécie


humana. Seguindo os preceitos da ecologia, a mudança climática representa um desafio
para a sociedade humana como espécie. Por fim, a mudança climática é estudada
cientificamente. Apenas um grupo seleto de cientistas, com um sofisticado equipamento
técnico, pode realizar medições e monitoramentos atmosféricos, alertando-nos para o
fato de que, e o grau em que, o mundo está se aquecendo, e indicando a influência desse
aquecimento sobre cada região do planeta. A mudança climática delegou à ciência o
papel de avaliar seus impactos (Tommasino e Foladori 2001).

2.3. Contribuição metodológica para a sustentabilidade

A antropologia pode contribuir com à forma de considerar a cultura, aos diferentes


papéis que os setores e classes sociais têm na produção dessa cultura e, portanto, das
práticas e concepções referentes ao meio natural (Folandori & Folks, 2004). Tanto a
poluição quanto a depredação de recursos, as duas grandes áreas em que é possível
agrupar todos os problemas ambientais podem ser relativizados pela cultura.
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3. CONCLUSÃO

A antropologia como ciência humana, caracteriza-se pela subdivisão nos demais ramos
tais como a antropologia ecológica e antropologia ambiental. Estes dois ramos
preocupa-se em estabelecer um meio envolvente e harmônico de relação vital e
sustentável entre o homem e o meio que o relaciona, envolvendo todos os seus
problemas e as forma de resolução dos mesmos.

Deste modo, a antropologia pode contribuir para a compreensão da problemática


ambiental e de suas políticas partir de abordagens informativas e metodológicas. Na
abordagem informativa, tem o papel de desmistificar os preconceitos sobre a relação das
sociedades com seus ambientes naturais, preconceitos tais como os mitos da existência
de um vínculo harmonioso entre sociedade e natureza nos tempos pré-industriais, o da
tecnologia moderna como causa última da crise ecológica, ou o do papel sacrossanto da
ciência como guia em direção à sustentabilidade. Na abordagem metodológica concerne
à questão de como abordar os problemas ambientais de modo a caminhar rumo a
sociedades mais sustentáveis. Está claro que, em qualquer dos casos, os méritos não são
exclusivos da antropologia, e que esta procede em colaboração com muitas outras
disciplinas.
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4. BIBLIOGRAFIA

Di Deus, E. (2007). Antropologia e ambiente entre transgressões e sínteses: Dissertação


apresentada ao Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da Universidade de
Brasília, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Antropologia
Social. Universidade de Brasilia. Brasilia.

Queiroz, P. F & Sobreira, A.C (2016). Antropologia Geral. INTA. Sobral

Foladori, G; Taks, Javier. (2004). Um olhar antropológico sobre a questão ambiental.


MANA 10(2):323-348

Foladori, G. (2000) 2000. Una tipología del pensamiento ambientalista. Revista de


Estudos Ambientais, 2(1):42-60.

Tommasino, H. e G. Foladori. 2001. “(In) certezas sobre la crisis ambiental”,


Ambiente e Sociedade, IV(8):49-68.

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