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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO

GRANDE DO NORTE / CAMPUS AVANÇADO NATAL – ZONA LESTE


CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENSINO DE MATEMÁTICA PARA O ENSINO
MÉDIO

SID SILAS MOURA

A ONIPRESENÇA DA MATEMÁTICA NO CONTEXTO DA GEOMETRIA


ESPACIAL

NATAL – RN
JUNHO DE 2021
SID SILAS MOURA

A ONIPRESENÇA DA MATEMÁTICA NO CONTEXTO DA GEOMETRIA


ESPACIAL

Projeto de pesquisa científica do curso de


Especialização em Ensino de Matemática
para o Ensino Médio ligado à disciplina
Metodologia do Trabalho Científico, do
Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Rio Grande do Norte, como
requisito parcial para a integralização da
disciplina.

Orientadores (as): Luciano Xavier Gomes


da Nóbrega e Thiago Valentim Marques

Natal - RN
Junho de 2021
SÚMÁRIO
1 TEMA
3

2 INTRODUÇÃO
4

3 OBJETIVOS 5

3.1 Objetivo Geral 5

3.2 Objetivos Específicos 5

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 6

5 METODOLOGIA 10

6 CRONOGRAMA 12

REFERÊNCIAS 13
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1 TEMA

“A onipresença da Matemática no contexto da Geometria Espacial”. Se


olharmos em nossa volta veremos que as formas geométricas estão em todas as
partes. Será enaltecedor para mim, na função de educador, ser um elo, no que
concerne a levar o aluno à observância da diversidade de sólidos geométricos que o
cercam.

2 INTRODUÇÃO

Estudar Geometria Espacial na teoria é uma coisa, enxergar as relações


métricas aplicadas na geometria espacial num contexto prático, sem dúvida, é
instigante e envolvente para o aluno mais curioso que deseja aprofundar-se mais no
assunto. Nessa perspectiva, fazer o link dessa temática, levando o aluno a usar os
conceitos assimilados com a produção dessas formas, isto é, sua engenhosidade,
será certamente, muito gratificante, para quem, agora, é coadjuvante no processo de
ensino aprendizagem, pois o protagonismo será atribuído ao aluno, razão de todo o
empenho e trabalho ao elaborar uma aula como esta.
Além de matemático, também sou engenheiro, logo levar o alunado a
despertar o gosto por resolver problemas faz bem o meu estereótipo. Coloco-me no
lugar deles: qual seria a distância do vértice superior de um objeto no formato de um
paralelepípedo retângulo de 4,0 metros de altura, que dista 3,0 metros de sua base
de um ponto no chão? Facilmente o aluno encontraria o comprimento dessa
hipotenusa pelo teorema de Pitágoras. Assim, o aluno irá observar diversas outras
situações em seu cotidiano, afinal a matemática é realmente onipresente, ela está
em todas as partes.
Esta aula foi pensada num formato que vesse o alunado a sair um pouco da
monotonia muitas vezes presente quando se estuda uma teoria que é “maçante”, e
afadiga o aluno fazendo com que ele fique saturado a ponto de querer que
passemos logo do assunto. Assim, para coibir esse sentimento pensei numa
maneira de mantê-lo motivado do início ao fim. A breve e teoria dada inicialmente é
fundamental para agregar conhecimento, ou seja, ser engenheiro de ideias, de modo
a levá-lo a produzir estruturas como plantas de casas, apartamentos, dentre outras
edificações, a partir de sua criatividade com o uso das formas. Sem dúvida será
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entusiasmante para mim professor. As minhas expectativas com relação a esse


modelo de aula inovadora são de que meus objetivos serão alcançados e que o
intuito de passar esse conhecimento de forma “inovadora” será cumprido.
Podemos trazer à tona um enfoque mais apurado quando se trata de
Geometria, as Orientações Curriculares para o Ensino Médio (BRASIL, 2006, p. 75-
76), destacam que:
O estudo da Geometria deve possibilitar aos alunos o desenvolvimento da
capacidade de resolver problemas práticos do quotidiano, como, por
exemplo, orientar-se no espaço, ler mapas, estimar e comparar distâncias
percorridas, reconhecer propriedades de formas geométricas básicas, saber
usar diferentes unidades de medida. Também é um estudo em que os
alunos podem ter uma oportunidade especial, com certeza não a única, de
apreciar a faceta da Matemática que trata de teoremas e argumentações
dedutivas. Esse estudo apresenta dois aspectos – a geometria que leva à
trigonometria e a geometria para o cálculo de comprimentos, áreas e
volumes.

O trabalho de representar as diferentes figuras planas e espaciais,


presentes na natureza ou imaginadas, deve ser aprofundado e
sistematizado nesta etapa de escolarização. Alguns conceitos estudados no
ensino fundamental devem ser consolidados, como, por exemplo, as ideias
de congruência, semelhança e proporcionalidade, o Teorema de Tales e
suas aplicações, as relações métricas e trigonométricas nos triângulos
(retângulos e quaisquer) e o Teorema de Pitágoras.

Quando faço uma análise do conjunto de razões que me levaram a escolher


esse tema, trago à tona as seguintes nuances: sou engenheiro, então criar e
despertar no outro o prazer de criar foi algo que fui trainado a fazer; colocar isso em
questão e levar meu aluno, com os conhecimentos adquiridos em minha aula, fazer
um bem para a sociedade, uma vez que obtendo esses conhecimentos ele vai
colocando um “tijolinho” a mais em seu cognitivo, tornando-se assim mais proativo e
qualificado para futuramente ser um profissional melhor, me satisfazem
profissionalmente. Ainda podemos também destacar que essa atividade, isto é, esta
imersão no mundo da Geometria pode fazê-lo conhecer nele um potencial
observacional nunca antes percebido, sendo quem sabe uma porta aberta para ser
um futuro pesquisador e contribuir para o avanço de nossa ciência de um modo
geral. A final toda ciência tem como pano de fundo um pouco de matemática.
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3 OBJETIVOS

Os objetivos relacionados com a aula inovadora são genericamente levar o


aluno a ter um primeiro contato com a teoria da Geometria espacial, de modo não
tradicional, para que o mesmo possa perceber que lapiseira e borracha não serão as
únicas formas de contemplar a teoria, bem como levá-lo de forma mais específica a
ter um olhar crítico mais aprofundado quanto a situações de sua vida prática,
atentando para coisas antes não percebidas, porém agora mais esclarecidas sob
uma ótica matemática mais ampla.

3.1 Objetivo Geral

A pesquisa tem como objetivo analisar o uso da metodologia de Cálculo de


Áreas, Volumes, Arestas, e Perímetros para auxílio na aprendizagem de Geometria
Espacial, com alunos da Segunda Série do Ensino Médio.

3.2 Objetivos Específicos

 Elaborar uma aula de Geometria Espacial na qual seja possível fazer uma
imersão do conteúdo com os alunos dando um enfoque prático.
 Confeccionar formas geométricas, de forma que os alunos possam associá-
las, para vislumbrarem sua aplicabilidade em sua vida social.
 Avaliar com os alunos a metodologia aplicada na aula inovadora/inédita.
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4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Ao iniciar o estudo da Geometria Espacial, uma grande ênfase é dada à


visualização de situações geométricas e à sua representação no plano. Sem tais
habilidades, é praticamente impossível desenvolver qualquer trabalho em
Geometria. Para Duval (1995), a aprendizagem de Geometria favorece três
diferentes formas do processo cognitivo – a visualização, a construção e o
raciocínio – que se relacionam para habilitar o aluno com a proficiência
necessária em Geometria.

A Geometria é considerada como uma ferramenta para descrever e interagir


com o espaço no qual vivemos, usada em aplicações tanto tradicionais como
inovadoras e, talvez, a parte da Matemática mais intuitiva, concreta e ligada à
realidade. Ela tem sido estimulada grandemente por novas ideias tanto na
própria Matemática, como em outras disciplinas, entre elas, a Ciência da
Computação, que tem influência em muitos aspectos da nossa vida por sua
educação visual.

Talvez, melhor que o estudo do espaço, a Geometria seja a investigação do


“espaço intelectual” já que, embora comece com a visão e a percepção, ela
caminha em direção ao pensamento, que vai do que pode ser percebido para o
que pode ser concebido. Segundo Fainguelernt, (1995) “A Geometria
desempenha um papel fundamental na educação porque ativa as estruturas
mentais na passagem de dados concretos e experimentais para os processos de
abstração e generalização.”

Lorenzatto (1995, p. 5) justifica a importância do ensino de Geometria ao


pontuar que (1995, p. 5):
“A necessidade do ensino de Geometria pelo fato de que, um indivíduo
sem esse conteúdo, nunca poderia desenvolver o pensar geométrico,
ou ainda, o raciocínio visual, além de não conseguir resolver situações
da vida que forem geometrizadas. Não poderá ainda utilizar-se da
Geometria como facilitadora para a compreensão e resolução de
questões de outras áreas do conhecimento humano.”
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A Geometria é um tópico natural para começar a resolução de problemas e


tem muitas aplicações que aparecem no mundo real. É imprescindível que o
aluno tenha oportunidade de fazer conjecturas, explorações, representações,
construções, discussões, que possibilitem investigar, descobrir, descrever e
perceber propriedades para uma aprendizagem significativa. Na caracterização
das formas geométricas, não se pretende partir de definições, mas sim de
objetos concretos encontrados no dia a dia, através da sua construção, pois
segundo, Victoria Pohl (1994), a melhor maneira de aprender a visualizar o
espaço tridimensional é construindo poliedros que mostrem os conceitos
espaciais.

A preocupação básica nos contatos iniciais deve ser o reconhecimento das


formas mais frequentes, a familiarização com a nomenclatura dos elementos das
figuras geométricas (faces, vértices, arestas, diagonais), a aprendizagem de
representação gráfica de figuras planas e espaciais, da construção e o
estabelecimento de relações simples envolvendo os elementos componentes.

Resolução de problemas geralmente, ensina-se a resolver problemas


matemáticos de uma maneira equivocada, fazendo exercícios repetitivos de
conteúdos recém-estudados, a fim de fixá-los. Isso contribui muito para o baixo
rendimento escolar e desmotivação dos alunos. A resolução de problemas é uma
metodologia pela qual o estudante terá a oportunidade de aplicar conhecimentos
matemáticos já adquiridos em novas situações de modo a resolver um problema
proposto. Mas o que é um problema? De acordo com o dicionário Aurélio,
problema é uma questão matemática proposta que necessita de solução. Mas se
percebe que ele não diferenciou exercício de problemas, toda questão
matemática que será resolvida, para Aurélio, é um problema.

Para Dante (1991), problema é qualquer situação que leva o indivíduo a


pensar, e problema matemático é uma situação que necessita de pensamentos e
conhecimentos matemáticos para resolvê-lo. A resolução de problemas é uma
importante contribuição para o processo de ensino e aprendizagem da
Matemática, criando no aluno a capacidade de desenvolver o pensamento
matemático, não se restringindo a exercícios rotineiros desinteressantes que
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valorizam o aprendizado por reprodução ou imitação. Segundo Dante (1991), “é


possível por meio da resolução de problemas, desenvolver no aluno iniciativa,
espírito explorador, criatividade, independência e a habilidade de elaborar um
raciocínio lógico e fazer uso inteligente e eficaz dos recursos disponíveis, para
que ele possa propor boas soluções às questões que surgem em seu dia-a-dia,
na escola ou fora dela”.

Os alunos, ao resolverem problemas, podem descobrir fatos novos, sendo


motivados a encontrarem várias outras maneiras de resolverem o mesmo
problema, despertando a curiosidade e o interesse pelos conhecimentos
matemáticos e, assim, desenvolverem a capacidade de solucionar as situações
que lhes são propostas. Despertar no aluno o gosto pela resolução de problemas
não é tarefa fácil, muitos são os momentos de dificuldade, obstáculos e erros.

Isso acontece devido à dificuldade de distinguir um problema matemático de


um exercício matemático. Podemos distinguir, mais claramente, um problema de
um exercício. “Um problema matemático é uma situação que demanda a
realização de uma sequência de ações ou operações para obter um resultado.
Ou seja, a solução não está disponível de início, mas é possível construí-la”
(PCN, 1998). Segundo Polya (1995), “o professor que deseja desenvolver nos
alunos o espírito solucionador e a capacidade de resolver problemas deve incutir
em suas mentes algum interesse por problemas e proporcionar-lhes muitas
oportunidades de imitar e de praticar.

Além disso, quando o professor resolve um problema em aula, deve


dramatizar um pouco as suas ideias e fazer a si próprio as mesmas indagações
que utiliza para ajudar os alunos. Por meio desta orientação, o estudante
acabará por descobrir o uso correto das indagações e sugestões e, ao fazê-lo,
adquirirá algo mais importante do que o simples conhecimento de um fato
matemático qualquer”. Os alunos devem participar da resolução de problemas
como sujeitos ativos, podendo criar suas próprias estratégias para encontrar a
solução de um problema, criar competências, bem como desenvolver
capacidades.
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Mas como se resolve um problema? Para responder a essa pergunta,


recorre-se a Polya (1995), considerado o mestre da Resolução de Problemas.
Para ele, existem quatro etapas principais de resolução: compreender o
problema, elaborar um plano, executar o plano e fazer o retrospecto ou
verificação.
Para Dante (1991), essas etapas não precisarão ser rígidas, a resolução de
problemas é bem mais complexa e interessante. Não se limita a seguir regras,
como se fosse um algoritmo, é apenas uma orientação que ajudará aqueles que
se dedicam a resolver o problema.
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5 METODOLOGIA

A presente pesquisa tem por base metodológica levar o alunado da 2ª série


do ensino médio do Centro Estadual de Educação Profissional Maria Rodrigues
Gonsalves – CEEP MRG/ Alto do Rodrigues RN, turma com 36 alunos, ter um
choque de realidade com o estudo de Geometria. Formando 12 grupos de 3 alunos,
os mesmos irão fazer uma imersão no conteúdo Geometria espacial ministrado a 2ª
série do ensino médio. No intuito de possibilitar essa infusão de conteúdo, na função
de mediador estarei incumbido de fazer um diálogo preliminar com a turma situando-
os no contexto da Geometria Espacial e todas as suas nuances. Assim falarei
brevemente através de uma apresentação de slides de 30 min sobre os sólidos
geométricos e as relações que os regem. Ao terminotérmino deste 1º horário de aula
darei os 20 min finais para ouvir possíveis dúvidas acerca da teoria dos sólidos
geométricos, que é o ponto de partida para então darmos seguimento à nossa
pauta.

Ao iniciarmos os alunos deverão estar de posse dos matériasmateriais


necessários para o segundo momento da aula. Será necessário o uso de alguns
materiais, os quais descrevo uma lista a seguir:

 Papelão reaproveitado de caixas de sapato, alimentos, e outros


utensílios que sejam acondicionados nas mesmas;
 Tesoura sem ponta;
 Cola branca ou de isopor;
 Régua;
 Compasso;
 Lapiseira;
 Caneta;
 Borracha;

De posse desses materiais, os alunos terão visto na proposta de aula inicial


os modelos de corte para a confecção das formas geométricas. Logo, estes também
estarão projetados no decurso da aula para que possam visualizar em tempo real a
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maneira como fazer os cortes para unir cada aresta e assim produzir os sólidos
geométricos.
A turma terá um horário de 50 min para a produção das figuras espaciais. De
posse de três ou quatro sólidos cada grupo de três alunos irá apresentar que objeto,
monumento ou edificação ansiaram produzir com tal associação. Uma vez que esta
etapa tenha sido concluída, será disponibilizado um link no Google Forms, no Grupo
de WhatsApp intitulado “Aula Inovadora de Geometria – Profº Sid”, criado
exclusivamente para discutirmos a apresentação dos resultados obtidos com o
produto final da aula.

Neste formulário será requerido informações específicas sobre as formas por


eles produzidas, como:

1.0 A associação dos sólidos que vocês confeccionaram possibilitou a criação


de que objeto ou forma do mundo real?
2.0 Qual é a área total resultante da estrutura que vocês produziram?
3.0 Qual é o volume total resultante da estrutura que vocês produziram?
4.0 Quantos arestas ela possui ao todo?
5.0 Quantos vértices ela possui ao todo?
6.0 Qual a sua avaliação numa escala de 0 a 10 para a aula em questão? Onde
0 significa totalmente inviável e 10 significa totalmente relevante com para
o ensino de Matemática.

Finalmente, metodologicamente falando, o presente projeto de aula inovadora,


trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva que consistiu em revisão
bibliográfica, isto é, pesquisa exploratória em uma sala de aula, com apresentação
de aula inovadora em Power Point, com descrição teórica, bem como roteiro para
realização da tarefa proposta.
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5 CRONOGRAMA

Especificação/Ano 2021
Outubro
Meses Junho Julho Agosto Setembro
Levantamento
X X x
Bibliográfico
Coleta e Seleção de
X X
Dados
Análise dos dados X X
Elaboração X
X X
preliminar do texto
Revisão Redação X
X X
Final
Entrega da versão X
X
final ao Orientador
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REFERÊNCIAS

BRASÍLIA: ORIENTAÇÕES CURRICULARES PARA O ENSINO MÉDIO.VOL 2. 2006.


Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/book_volume_02_internet.pdf>
Acesso em: 10 Out. 2019.

CONTE, K G. Um Olhar Sobre o Ensino e Aprendizagem da Geometria. Porto


Alegre, IM/UFRGS, 2011. 69 p. Trabalho de conclusão de curso. DANTE, L. R.
Didática da resolução de problemas de matemática. 2. ed. São Paulo: Ática, 1991.

DANTE, L. R. Matemática - Contexto e Aplicações. 1ª. ed. São Paulo: Ática,2011.

LINDQUIST, Mary Montgomery, SHULTE, Alberto P. Aprendendo e Ensinando


Geometria. MEC Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos:
apresentação dos temas transversais – 1998. Secretaria de Educação Fundamental,
Ministério da Educação e do Desporto, Brasília, DF São Paulo: Atual, 1994.

https://doi.org/10.5007/1981-1322.2013v8n2p261.

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