A grande produção de armas nucleares, com seu incrível potencial
destrutivo, criou uma situação ímpar na história. Pela primeira vez, os homens têm nas mãos o poder de extinguir totalmente a sua própria raça da face do planeta. A capacidade de destruição das novas armas é tão grande que, se fossem usadas num conflito mundial, as consequências de apenas algumas explosões seriam tão extensas que haveria forte possibilidade de se chegar ao aniquilamento total da espécie humana. Não haveria como sobreviver a um conflito dessa natureza, pois todas as regiões seriam rapidamente atingidas pelos efeitos mortíferos das explosões. De acordo com Maurer (2015, p. 53):
As armas nucleares quase sempre são apresentadas como
armas destinadas a promover a segurança, em particular, durante tempos de instabilidade internacional. Entretanto, armas que trazem consigo consequências catastróficas e irreversíveis para a humanidade não podem ser vistas realmente como armas que protegem os civis e a humanidade como um todo.
Nesse sentido, compreendemos que as armas nucleares não trazem
benefícios para população, pois coloca a vida dos cidadãos em risco. Só resta, pois, ao homem uma saída: mudar essa situação desistindo da corrida armamentista e desviando para fins pacíficos os imensos recursos econômicos envolvidos nessa empreitada suicida. Ou os homens aprendem a conviver em paz, em escala mundial, ou simplesmente não haverá mais convivência de espécie alguma, daqui a algum tempo.
Referências
MAURER, Peter. Armas nucleares: pôr um fim a uma ameaça contra a
humanidade. Comitê Internacional da Cruz Vermelha, CICV, 2015. Disponível em: <https://www.icrc.org/pt/document/armas-nucleares-por-um-fim-uma- ameaca-contra-humanidade>. Acesso em: 04 out. 2020.