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Escola Ivone Gonçalves de Araújo

Aluno(a): __________________________________________
Série: 7º A e B Integral
Disciplina: Crônicas
Professor(a): Ana Cristina

MATERIAL DE APOIO

O que é crônica?
A crônica é um gênero textual muito presente em jornais, revistas, portais de internet
e blogs.

Esse tipo de texto se destaca por abordar aspectos do cotidiano.

Ou seja, questões comuns do nosso dia a dia.

Quais as características da crônica?


A crônica se situa entre o jornalismo e a literatura.

Além da narração de situações banais, ela é caracterizada por:

· Textos curtos e de fácil compreensão

· Linguagem simples e descontraída

· Poucos (ou nenhum) personagens nas histórias

· Análise crítica sobre contextos e circunstâncias

· Humor crítico, irônico e sarcástico

· Linha cronológica estabelecida.

Para que serve uma crônica?


Embora as crônicas retratem acontecimentos do dia a dia, elas não têm a fina
lidade exclusiva de informar.

O objetivo da narrativa é, na verdade, provocar uma reflexão sobre o assunto


abordado.

Os cronistas costumam identificar aspectos que, muitas vezes, passam despercebidos


pelo restante da sociedade, mas que merecem observação e análise.

Quais são os tipos de crônicas?


A crônica é um gênero textual que pode ser dividido em diferentes tipos.

Conheça as características de cada um deles:

O que é crônica?
A crônica é um gênero textual muito presente em jornais, revistas, portais de internet e
blogs.

Esse tipo de texto se destaca por abordar aspectos do cotidiano.

Ou seja, questões comuns do nosso dia a dia.

Quais as características da crônica?


A crônica se situa entre o jornalismo e a literatura.

Além da narração de situações banais, ela é caracterizada por:

· Textos curtos e de fácil compreensão

· Linguagem simples e descontraída

· Poucos (ou nenhum) personagens nas histórias

· Análise crítica sobre contextos e circunstâncias

· Humor crítico, irônico e sarcástico

· Linha cronológica estabelecida.


Para que serve uma crônica?
Embora as crônicas retratem acontecimentos do dia a dia, elas não têm a fina

lidade exclusiva de informar.

O objetivo da narrativa é, na verdade, provocar uma reflexão sobre o assunto


abordado.

Os cronistas costumam identificar aspectos que, muitas vezes, passam despercebidos


pelo restante da sociedade, mas que merecem observação e análise.

Quais são os tipos de crônicas?


A crônica é um gênero textual que pode ser dividido em diferentes tipos.

Conheça as características de cada um deles:

Crônica descritiva
A crônica descritiva é tipificada pela descrição dos elementos na narrativa.

Ou seja, é um texto que expõe os detalhes de objetos, lugares, personagens e demais


partes.

Crônica narrativa
Esse tipo de crônica é marcado pela narração em primeira ou terceira pessoa do
singular.

Ele costuma conter humor, ação e crítica.

Crônica dissertativa
A crônica dissertativa pode ser escrita em primeira ou terceira pessoa do plural.

Ela traz à tona o ponto de vista do autor sobre o assunto em foco.


Crônica humorística
Humor, ironia e sarcasmo são os componentes da crônica humorística.

Diferentes abordagens e estratégias podem ser adotadas nesse tipo de texto para
tratar dos temas que impactam a sociedade de forma cômica.

Crônica lírica
No gênero lírico, a expressão de emoções é predominante.

A crônica lírica, portanto, evidencia o sentimentalismo.

Crônica poética
A crônica poética utiliza versos poéticos em sua composição.

Dessa forma, além de traços de poesia, também contém sentimentos e emoções.

Crônica narrativo-descritiva
Esse tipo de crônica combina a narrativa e a descritiva.

Crônica jornalística
A crônica jornalística tem um viés do texto jornalístico no que diz respeito à veiculação
de notícias e fatos.

Dessa forma, busca abordar acontecimentos atuais, do mesmo dia ou semana, por
exemplo.

Crônica histórica
Ao contrário da crônica jornalística, que destaca eventos recentes, a crônica histórica
relembra episódios passados.

Crônica-ensaio
Diferente das demais crônicas, esta é difícil de prever pelo nome.

A crônica-ensaio tece críticas ao que acontece nas relações sociais e de poder.

Crônica filosófica
Por fim, a crônica filosófica que carrega uma reflexão sobre determinado assunto.

Como fazer uma crônica?


Para fazer uma crônica, você deve, primeiramente, definir o tipo que será usado.

Isso porque o texto deve acompanhar as características do formato.

Mas, no geral, as crônicas seguem um roteiro básico, que contém:

· Introdução rápida

· Descrição do fato/tema abordado

· A grande sacada do cronista.

Você precisa, portanto, seguir essa estrutura usando o tema da sua escolha.

DICAS DE COMO FAZER UMA BOA CRÔNICA


Algumas dicas podem ser muito úteis para ajudar a construir uma boa crônica.

Anote aí:

· Procure escolher temas contemporâneos, a não ser que sua crônica - seja
histórica
· Pesquise sobre o assunto antes de escrever para formar a sua opinião

· Expresse e defenda o seu ponto de vista

· Evite incluir personagens na narrativa

· Mantenha o pé no chão e não fantasie demais. A crônica não é um conto!

· Respeite o tamanho da crônica

· Seja claro e objetivo

· Tenha atenção com a gramática

· Revise a sua crônica.

EXEMPLOS DE CRÔNICAS

Confira três crônicas de grandes cronistas brasileiros:

Furto de Flor, de Carlos Drummond de Andrade

Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava, e eu furtei a flor.

Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava
feliz. O copo destina-se a beber, e flor não é para ser bebida.

Passei-a para o vaso, e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada
composição. Quantas novidades há numa flor, se a contemplarmos bem.

Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de conservá-la. Renovei a água do


vaso, mas a flor empalidecia. Temi por sua vida. Não adiantava restituí-la no jardim.
Nem apelar para o médico de flores. Eu a furtara, eu a via morrer.

Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui depositá-la no


jardim onde desabrochara. O porteiro estava atento e repreendeu-me.

O Vestido Branco, de Clarice Lispector

Acordei de madrugada desejando ter um vestido branco. E seria de gaze. Era um


desejo intenso e lúcido. Acho que era a minha inocência que nunca parou. Alguns, bem
sei, já até me disseram, me acham perigosa. Mas também sou inocente.

A vontade de me vestir de branco foi o que sempre me salvou. Sei, e talvez só eu e


alguns saibam, que se tenho perigo tenho também uma pureza. E ela só é perigosa
para quem tem perigo dentro de si.

A pureza de quem falo é límpida: até as coisas ruins a gente aceita. E têm um gosto de
vestido branco de gaze. Talvez eu nunca venha a tê-lo, mas é como se tivesse, de tal
modo se aprende a viver com o que tanto falta.

Também quero um vestido preto porque me deixa mais clara e faz a minha pureza
sobressair. É mesmo pureza? O que é primitivo é pureza. O que é espontâneo é
pureza. O que é ruim é pureza? Não sei, sei que às vezes a raiz do que é ruim é uma
pureza que não pôde ser.

Acordei de madrugada com tanta intensidade por um vestido branco de gaze, que abri
meu guarda-roupa. Tinha um branco, de pano grosso e decote arredondado. Grossura
é pureza? Uma coisa sei: amor, por mais violento, é.

O Gavião, de Rubem Braga

Gente olhando para o céu: não é mais disco voador. Disco voador perdeu o cartaz com
tanto satélite beirando o sol e a lua. Olhamos todos para o céu em busca de algo mais
sensacional e comovente – o gavião malvado, que mata pombas.

O centro da cidade do Rio de Janeiro retorna assim à contemplação de um drama bem


antigo, e há o partido das pombas e o partido do gavião. Os pombistas ou pombeiros
(qualquer palavra é melhor que “columbófilo”) querem matar o gavião. Os amigos deste
dizem que ele não é malvado tal; na verdade come a sua pombinha com a mesma
inocência com que a pomba come seu grão de milho.

Não tomarei partido; admiro a túrgida inocência das pombas e também o lance
magnífico em que o gavião se despenca sobre uma delas. Comer pombas é, como
diria Saint-Exupéry, “a verdade do gavião”, mas matar um gavião no ar com um belo
tiro pode também ser a verdade do caçador.

Que o gavião mate a pomba e o homem mate alegremente o gavião; ao homem, se


não houver outro bicho que o mate, pode lhe suceder que ele encontre seu gavião em
outro homem.
Os principais cronistas do Brasil:
Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector e Rubem Braga, autores dos textos
acima, figuram na lista dos principais cronistas do Brasil.

Machado de Assis

Machado de Assis (Rio de Janeiro, 21 de junho de 1839 - Rio de Janeiro, 29 de


setembro de 1908) escreveu diversos gêneros literários.

Nas crônicas, onde obteve grande destaque, iniciou contando sobre as sessões
parlamentares.

Depois, passou a falar sobre o cotidiano da cidade do Rio de Janeiro.

O escritor publicou mais de 600 crônicas.

Clarice Lispector

Clarice Lispector, nascida Chaya Pinkhasovna Lispector (Chechelnyk, Ucrânia, 10 de


dezembro de 1920 - Rio de Janeiro, 9 de dezembro de 1977), possuía um estilo
intimista.

Ela introduziu características novas à literatura nacional e marcou o Modernismo.

Suas crônicas eram conhecidas por descrições psicológicas e epifanias.

Cecília Meireles

Cecília Benevides de Carvalho Meireles (Rio de Janeiro, 7 de novembro de 1901 – Rio


de Janeiro, 9 de novembro de 1964) é outro grande nome do Modernismo.

Ela ficou bastante conhecida por suas poesias simbolistas, e trouxe o mesmo tom dos
poemas para as crônicas.

A morte, o amor, o eterno e o efêmero foram os temas mais retratados.

Nelson Rodrigues

Nelson Falcão Rodrigues (Recife, 23 de agosto de 1912 - Rio de Janeiro, 21 de


dezembro de 1980) é o autor de “A Vida como Ela é”, uma série de contos que foi
transmitida em televisão.

O cronista abordava a realidade sem rodeios, apostando, inclusive, no erotismo.

Carlos Drummond de Andrade

Carlos Drummond de Andrade (Itabira, 31 de outubro de 1902 - Rio de Janeiro, 17 de


agosto de 1987) foi um dos maiores escritores brasileiros.

Pode-se dizer que o estilo do cronista era libertino e sarcástico.

Vinicius de Moraes

Vinicius de Moraes, nascido Marcus Vinicius de Moraes (Rio de Janeiro, 19 de outubro


de 1913 - Rio de Janeiro, 9 de julho de 1980) fazia crônicas para sobreviver.

Seus textos traziam leveza, senso de humor e lirismo.

Lima Barreto

Afonso Henriques de Lima Barreto, mais conhecido como Lima Barreto (Rio de Janeiro,
13 de maio de 1881 - 1 de novembro de 1922), foi um crítico cronista da República
Velha no Brasil.

Além do estilo bastante coloquial, suas crônicas eram populares por retratar,
principalmente, o tema da exclusão social.

João do Rio

João do Rio, pseudônimo de João Paulo Emílio Cristóvão dos Santos Coelho Barreto
(Rio de Janeiro, 5 de agosto de 1881 - 23 de junho de 1921), ajudou a fundar a crônica
moderna.

Seus textos abordavam a paisagem urbana carioca com representações dos diferentes
grupos sociais do Rio de Janeiro.

Paulo Mendes de Campos


Paulo Mendes Campos (Belo Horizonte, 28 de fevereiro de 1922 - Rio de Janeiro, 1 de
julho de 1991) foi um dos grandes cronistas da sua geração.

Ao trazer poesia para os temas cotidianos, ele atribuiu delicadeza e atemporalidade ao


gênero.

Rubem Braga

Rubem Braga (Cachoeiro de Itapemirim, 12 de janeiro de 1913 - Rio de Janeiro, 19 de


dezembro de 1990) dedicou-se exclusivamente às crônicas.

Seu estilo marcado por ironia, lirismo e humor contribui para que ele se tornasse um
dos maiores cronistas brasileiros.

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