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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC

Larissa Roberta Delgado Braga

Jullia Rodrigues Alves Pombo

Yasmin Marcos

RELATÓRIO DE MODELAGEM HIDROLÓGICA: Bacia do Córrego do Moinho


Velho, São Paulo - SP

Santo André

2019
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 3
2 OBJETIVO ......................................................................................................................... 3
3 METODOLOGIA ................................................................................................................ 3
3.1 Área de Estudo ................................................................................................................... 3
3.2 Modelo SCS ....................................................................................................................... 4
3.3 Coleta e Processamento de Dados ......................................................................................... 4
3.4 Simulação .......................................................................................................................... 7
3.5 Vazão de Restrição.............................................................................................................. 7
4 RESULTADOS .................................................................................................................... 8
5.1 Período de Retorno de 10 anos.............................................................................................. 9
5.2 Período de Retorno de 25 anos............................................................................................ 11
5.3 Período de Retorno de 100 anos .......................................................................................... 13
6 DISCUSSÕES .................................................................................................................... 16
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 21
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................... 22
APÊNDICE .......................................................................................................................... 23
ANEXO................................................................................................................................ 28
3

1 INTRODUÇÃO
Os eventos de enchentes na Bacia do Alto Tietê são uma problemática até os dias atuais,
apesar da atuação de órgãos no combate a esses eventos desde a década de 60 [1]. Assim
sendo, há a necessidade contínua de estudos e obras para melhoria da bacia, visto que eventos
de enchentes, além de causar alagamento das vias próximas, ocasionam episódios de perdas,
desapropriações, mortes e abalo físico-psicológico das pessoas que enfrentam tais condições.

Neste contexto, e focando em uma análise menor, o estudo é realizado para a bacia do
Córrego Moinho Velho, localizado na cidade de São Paulo, o qual simula as condições desse
córrego para diferentes períodos de retorno, visando abranger problemas de micro e
macrodrenagem.
A análise é feita por modelos que transformam chuvas de projeto em vazão e, neste caso, foi
trabalhado com o modelo SCS devido a simplicidade, praticidade e aceitação do método [2].
Há ainda a utilização do modelo de Huff 1º Quartil, já que é necessário discretizar as chuvas
de projeto.
Por fim, tal simulação, permite identificar o volume deficitário na calha do Córrego Moinho
Velha para que assim possa ser proposto intervenções a sanar ou diminuir este volume.

2 OBJETIVO
Identificar o déficit de volume de água na calha do Córrego Moinho Velho para os eventos de
inundações nesta sub-bacia para tempos de retorno (TR) de 10, 25 e 100 anos e propor
alternativas para o TR 25 anos.

3 METODOLOGIA

3.1 Área de Estudo


A Sub-Bacia Córrego Moinho Velho está localizada na região sudoeste da cidade de São
Paulo, no bairro do Ipiranga e ocupa uma área de aproximadamente 11km². Os principais
afluentes são o Córrego Charquinho e o Córrego Sacomã.
4

Figura 1: área de estudo. Fonte: elaboração própria.

3.2 Modelo SCS


Amplamente utilizado em simulações hidrológicas em bacias urbanas, o modelo SCS está
disponível em diversos softwares e possui simplicidade nos parâmetros e equacionamento.
Para a determinação dos hidrogramas a partir desse modelo, é necessário definir o parâmetro
curve number, CN, o lag time, os parâmetros de amortecimento obtidos pelo método de
Muskingum e o modelo de discretização de chuva de projeto. [2]

3.3 Coleta e Processamento de Dados

A delimitação e os córregos da bacia já são conhecidos e estão disponível em sites como o


GeoSampa da prefeitura da cidade de São Paulo, Figura 2, onde foram baixados para
conseguinte manipulação. Foram utilizados shapes de curvas de nível, hidrografia e viários
para a delimitação das sub-bacias de estudo.
Após a demarcação das sub-bacias, foram determinados os nós de interesse, que consistem em
pontos pelos quais é interessante analisar a vazão, principalmente na junção dos afluentes com
o Córrego Moinho Velho e área onde eventos de inundação são conhecidos, ilustrado na
Figura 3.
5

Figura 2: Sub-Bacia Córrego Moinho Velho. Fonte: GeoSampa.

Figura 3: Nós da sub-Bacia Córrego Moinho Velho. Fonte: elaboração própria.


6

Com as sub bacias definidas, foi calculado no programa QGIS a área de cada uma,
comprimento do trecho e comprimento de talvegue. O comprimento de trecho permite
calcular o parâmetro K Muskingum que é dado pela divisão do comprimento pela velocidade
no trecho, a qual fora calculada a partir do cadastro do Córrego Moinho Velho. Já o
comprimento do talvegue permite calcular o tempo de concentração (tc) da sub bacia e
consequentemente o lag time, que equivale a três quintos do tc.
Para o determinação do CN, parâmetro que relaciona tipo de solo, condição anterior de
umidade, uso e ocupação, foi adotado o valor convencional para regiões urbanas, 86, e 81
para áreas com maiores regiões permeáveis.
Pela Tabela 1, foram obtidas as máximas alturas das chuvas de projetos [3], as quais
consideram uma duração de 2 horas e os períodos de retornos trabalhados.

Tabela 1: São Paulo: Previsão de máximas alturas de chuvas, em mm. Fonte: Departamento de Águas e
Energia Elétrica - DAEE.

Portanto no modelo de discretização, foi utilizado:

TR (ANOS) Precipitação máxima


(mm)

10 72,2

25 85,1

100 104,0

Tabela 2: Precipitações máximas utilizadas.


Os hietogramas de projeto foram construídos a partir do método de Huff 1° Quartil, ou seja as
chuvas mais intensas estão agrupadas no primeiro quarto da duração total da chuva, neste
trabalho, aproximadamente nos primeiros trinta minutos de chuva. As distribuições temporais
no método de Huff são expressas em termos de probabilidade, que corresponde ao inverso do
período de retorno [4].
7

Figura 4: Distribuições temporais de chuvas no primeiro quartil. Fonte: Huff (1967).

Então para a discretização da precipitação, têm-se que:


1) Calcular a porcentagem de duração do intervalo (eixo x);
2) Obter no gráfico a porcentagem acumulada da precipitação (eixo y) pela intersecção
do valor do eixo x com a curva da probabilidade;
3) Calcular a porcentagem de precipitação no intervalo, desacumular a chuva;
4) Multiplicar a máxima precipitação, valores da Tabela 2, pela porcentagem do
intervalo, item 3 e obtém se a precipitação no intervalo em mm.
As tabelas de discretização das chuvas de projetos encontram-se no Apêndice.

3.4 Simulação

O processo de simulação ocorreu no software Hydrological Engineering Center –


Hydrological Modeling System (HEC-HMS), que é um software livre de interface intuitiva e
fácil aplicação. Para a configuração da simulação, a bacia foi configurada com os elementos
característicos, como sub-bacias, trechos de canal, nós e reservatórios, sendo o último
utilizado para proposição de soluções. Inclui-se também os parâmetros físicos e hidrológicos
do modelo SCS para cada sub bacia. Os parâmetros de bacia e trechos utilizados para a
simulação encontram-se nas Tabelas 9 e 10 no Anexo.
Além disso, é necessário incluir os dados de duração e resultados de discretização da chuva,
visto que os valores de vazões serão obtidos a partir dos dados das chuvas.

3.5 Vazão de Restrição

A identificação do déficit é feita com base na vazão de restrição, que é a vazão limite para
atendimento satisfatório de operação do trecho [5], ou seja, a máxima vazão suportada sem
que haja transbordamento da calha.
A calha do córrego não é igual desde a nascente até o deságue no Rio Tamanduateí, portanto
foi necessária calcular a vazão de cada trecho. O cálculo é feito pela equação 1, fórmula de
Manning [6], usada em escoamento permanente uniforme em canais.
8

(1)
Onde n = coeficiente de rugosidade; Am = área molhada; Rh = raio hidráulico; Io =
declividade média.
A área molhada e o raio hidráulico dependem da geometria do trecho e foram calculadas a
partir do cadastro do canal, assim como a declividade. Já o coeficiente de Manning, o
nestimado foi de 0,018 por ser um valor médio para o canal de concreto.

4 RESULTADOS

A partir do modelo de Huff 1º quartil, foi possível construir os hietogramas de projetos para
cada período de retorno trabalhado, portanto as Figuras abaixo representam a discretização
usada no processo de simulação.

Figura 5: Discretização da chuva de projeto para TR10. Fonte:Elaboração própria.

Figura 6: Discretização da chuva de projeto para TR25. Fonte: Elaboração própria.


9

Figura 7: Discretização da chuva de projeto para TR100. Fonte: Elaboração própria.

Visto que o foco do trabalho são as áreas com déficit de volume armazenável, serão
apresentados os resultados dos trechos que apresentam tal deficiência e os trechos em que a
calha comporta a vazão estarão no Apêndice.
Os trechos 11 e 6 não foram considerados na análise devido à pequena extensão de ambos e o
trecho 19, correspondente seção montante, apesar de apresentar déficit não está incluso nos
resultados pois a vazão de restrição foi determinada considerando a seção circular do
cadastro, porém nas ortofotos utilizadas o trecho apresenta seção aberta.
A numeração dos trechos começa na seção jusante, onde se tem o Trecho 1 e termina na seção
montante, no Trecho 19.

5.1 Período de Retorno de 10 anos

Gráfico 1: Hidrograma do trecho 14 do Córrego


Gráfico 2: Hidrograma do trecho 13 do Córrego
Moinho Velho para TR 10. Fonte: Elaboração
Moinho Velho para TR 10. Fonte: Elaboração
própria.
própria.
10

Gráfico 3: Hidrograma do trecho 12 do Córrego Gráfico 7: Hidrograma do trecho 7 do Córrego


Moinho Velho para TR 10. Fonte: Elaboração Moinho Velho para TR 10. Fonte: Elaboração
própria. própria.

Gráfico 4: Hidrograma do trecho 10 do Córrego


Moinho Velho para TR 10. Fonte: Elaboração
própria. Gráfico 8: Hidrograma do trecho 5 do Córrego
Moinho Velho para TR 10. Fonte: Elaboração
própria.

Gráfico 5: Hidrograma do trecho 9 do Córrego


Moinho Velho para TR 10. Fonte: Elaboração
própria.

Gráfico 9: Hidrograma do trecho 4 do Córrego


Moinho Velho para TR 10. Fonte: Elaboração
própria.

Gráfico 6: Hidrograma do trecho 8 do Córrego


Moinho Velho para TR 10. Fonte: Elaboração
própria.
11

Gráfico 10: Hidrograma do trecho 3 do Córrego Gráfico 11: Hidrograma do trecho 2 do Córrego
Moinho Velho para TR 10. Fonte: Elaboração Moinho Velho para TR 10. Fonte: Elaboração
própria. própria.

Gráfico 12: Hidrograma do trecho 1 do Córrego


Moinho Velho para TR 10. Fonte: Elaboração
própria.

Portanto, o volume total de déficit para TR de 10 anos é de aproximadamente 557.210 metros


cúbicos.

5.2 Período de Retorno de 25 anos

Gráfico 13: Hidrograma do trecho 17 do Gráfico 14: Hidrograma do trecho 16 do


Córrego Moinho Velho para TR 25. Fonte: Córrego Moinho Velho para TR 25. Fonte:
Elaboração própria. Elaboração própria.
12

Gráfico 15: Hidrograma do trecho 15 do


Córrego Moinho Velho para TR 25. Fonte: Gráfico 19: Hidrograma do trecho 10 do
Elaboração própria. Córrego Moinho Velho para TR 25. Fonte:
Elaboração própria.

Gráfico 16: Hidrograma do trecho 14 do Gráfico 20: Hidrograma do trecho 9 do Córrego


Córrego Moinho Velho para TR 25. Fonte: Moinho Velho para TR 25. Fonte: Elaboração
Elaboração própria. própria.

Gráfico 17: Hidrograma do trecho 13 do Gráfico 21: Hidrograma do trecho 8 do Córrego


Córrego Moinho Velho para TR 25. Fonte: Moinho Velho para TR 25. Fonte: Elaboração
Elaboração própria. própria.

Gráfico 18: Hidrograma do trecho 12 do Gráfico 22: Hidrograma do trecho 7 do Córrego


Córrego Moinho Velho para TR 25. Fonte: Moinho Velho para TR 25. Fonte: Elaboração
Elaboração própria. própria.
13

Gráfico 23: Hidrograma do trecho 5 do Córrego Gráfico 25: Hidrograma do trecho 3 do Córrego
Moinho Velho para TR 25. Fonte: Elaboração Moinho Velho para TR 25. Fonte: Elaboração
própria. própria.

Gráfico 24: Hidrograma do trecho 4 do Córrego


Moinho Velho para TR 25. Fonte: Elaboração Gráfico 26: Hidrograma do trecho 2 do Córrego
própria. Moinho Velho para TR 25. Fonte: Elaboração
própria.

Gráfico 27: Hidrograma do trecho 1 do Córrego


Moinho Velho para TR 25. Fonte: Elaboração
própria.

Para TR de 25 anos, têm-se o volume de déficit igual a aproximadamente 966.720 metros


cúbicos.

5.3 Período de Retorno de 100 anos


14

Gráfico 28: Hidrograma do trecho 18 do Gráfico 32: Hidrograma do trecho 14 do


Córrego Moinho Velho para TR 100. Fonte: Córrego Moinho Velho para TR 100. Fonte:
Elaboração própria. Elaboração própria.

Gráfico 29: Hidrograma do trecho 17 do


Gráfico 33: Hidrograma do trecho 13 do
Córrego Moinho Velho para TR 100. Fonte:
Córrego Moinho Velho para TR 100. Fonte:
Elaboração própria.
Elaboração própria.

Gráfico 30: Hidrograma do trecho 16 do


Córrego Moinho Velho para TR 100. Fonte: Gráfico 34: Hidrograma do trecho 12 do
Elaboração própria. Córrego Moinho Velho para TR 100. Fonte:
Elaboração própria.

Gráfico 31: Hidrograma do trecho 15 do


Córrego Moinho Velho para TR 100. Fonte: Gráfico 35: Hidrograma do trecho 10 do
Elaboração própria. Córrego Moinho Velho para TR 100. Fonte:
Elaboração própria.
15

Gráfico 36: Hidrograma do trecho 9 do Córrego


Gráfico 40: Hidrograma do trecho 4 do Córrego
Moinho Velho para TR 100. Fonte: Elaboração
Moinho Velho para TR 100. Fonte: Elaboração
própria.
própria.

Gráfico 37: Hidrograma do trecho 8 do Córrego


Moinho Velho para TR 100. Fonte: Elaboração
própria. Gráfico 41: Hidrograma do trecho 3 do Córrego
Moinho Velho para TR 100. Fonte: Elaboração
própria.

Gráfico 38: Hidrograma do trecho 7 do Córrego


Moinho Velho para TR 100. Fonte: Elaboração
própria.
Gráfico 42: Hidrograma do trecho 2 do Córrego
Moinho Velho para TR 100. Fonte: Elaboração
própria.

Gráfico 39: Hidrograma do trecho 5 do Córrego


Moinho Velho para TR 100. Fonte: Elaboração
própria.
16

Gráfico 43: Hidrograma do trecho 1 do Córrego


Moinho Velho para TR 100. Fonte: Elaboração
própria.

Por fim, para TR de 100 anos, o volume de déficit equivale a aproximadamente 1.601.816
metros cúbicos.

6 DISCUSSÕES

A partir dos resultados apresentados, observa-se que a situação para a bacia é crítica, pois o
déficit total apresentado começa em aproximadamente 557 mil metros cúbicos para um
período de retorno de 10 anos e chega em torno de 1,6 milhões de metros cúbicos para
período de retorno de 100 anos. Diante desse cenário, a preferência de soluções foi obras de
macrodrenagem em vez de obras de microdrenagem, já que o déficit é elevado e a Av. Pres.
Tancredo Neves e a R. das Juntas Provisórias , ruas sob o córrego canalizado, apresentam
canteiro central arborizado com área permeável que alivia o sistema de drenagem.
Apesar da densa área urbana, a principal solução é a construção de reservatórios pois são
obras com grande capacidade volumétrica com controle das vazões que entram e saem da
estrutura. Neste estudo, procurou-se áreas vazias ou com pouca ocupação para a construção
dos reservatórios, mas é sabido que na maiorias dos casos há desapropriação para que a obra
aconteça, pois ocupam grandes áreas.
Outro ponto importante é a localização do reservatório, porque ele protege a área jusante da
obra e isso é uma das causas de ainda existir enchentes em canais onde há reservatórios.
Para o Córrego Moinho Velho foi proposto a construção de 4 reservatórios com as dimensões
relacionadas na Tabela 3.

Nome do Área do Altura máxima h Volume (m³)


reservatório reservatório (m²) (m)

R-N01 545 5 2.725

R-N05 1.492 5 7.460

R-N15 2.460 6 122.760

R-SAC 7.825 9 70.425


Tabela 3: Dimensões dos reservatórios propostos. Fonte: Elaboração própria.
17

Figura 8: Reservatórios propostos para a sub-Bacia Córrego Moinho Velho. Fonte: elaboração própria.

Após as simulações com os reservatórios propostos, têm-se a Tabela 4 abaixo na qual é


possível observar de modo geral uma diminuição das vazões nos nós de simulação, que
representam trechos do canal, sendo o trecho 19, montante, o N03 e o trecho 01, jusante, o
N43. Ainda que as alternativas propostas não sejam suficiente para atenuar todo o déficit da
bacia para TR25, o cenário proposto foi capaz de atenuar pelo menos a chuva de TR10 em
alguns trechos, conforme está disposto na Tabela 4.
18

RESULTADOS DAS SIMULAÇÕES HIDROLÓGICAS


Cenário Atual Cenário Projetado
Área de
Q100 Q100
Nó drenagem Q10 (m³/s) Q25 (m³/s) Q10 (m³/s) Q25 (m³/s)
(m³/s) (m³/s)
(km²)
N03 0,31893 7,8 10,3 14,9 7,3 9,9 -
N04 0,63858 14,2 19,5 28,1 13,7 18,9 -
N07 0,87482 18,5 25,9 37,5 18,1 24,4 -
N08 1,18257 24,4 32,9 47,8 22,1 28,7 -
N09 1,35724 28,7 35,9 52,4 25,1 32,2 -
N11 2,05208 38,4 54,2 79,9 34,8 46,4 -
N14 2,49988 47,5 61,5 91,4 43 54,5 -
N15 2,68722 52,5 66,0 93,8 47,4 60,6 -
N17 3,70153 69,9 89,4 132,2 21,3 30,8 -
N21 4,51643 84,4 109,7 157,2 25,8 34,7 -
N27 5,95633 102,5 136,5 196,4 53,9 66,1 -
N30 6,76654 114,7 151,9 218,1 69,7 85,5 -
N31 7,08353 117,7 157,1 226,0 76,4 95,1 -
N32 7,21559 116,6 157,7 227,5 54,7 75,5 -
N37 9,24394 153 205,3 295,1 79,1 103,8 -
N38 9,49214 150,9 202,5 292,1 81,5 107,7 -
N43 11,24104 171,3 219,7 308,6 96,9 126,1 -

Tabela 4: Cenário Atual e Cenário Projetado. Fonte: Elaboração Própria.

Para evidenciar o efeito do reservatório, os gráficos a seguir mostram a vazão no último


trecho, na confluência do Córrego Moinho Velho com o Tamanduateí para as TR 10 e 25
anos. Não foi possível simular para TR 100, pois os reservatórios propostos não continham
volume suficiente para atenuar as vazões em cada trecho.
19

Gráfico 44: Hidrograma no nó final do Córrego Moinho Velho para TR 25. Fonte: Elaboração própria.

Gráfico 45: Hidrograma no nó final do Córrego Moinho Velho para TR 10, TR 25 e TR 100. Fonte:
Elaboração própria.
20

Gráfico 46: Hidrograma no nó final do Córrego Moinho Velho para TR 25 e TR 100. Fonte: Elaboração
própria.
21

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O déficit encontrado para a sub-bacia do Córrego Moinho Velho mostra que ainda há uma
grande problemática com os eventos de enchentes e que as condições atuais das calhas destes
córregos juntos com os sistemas de drenagem não são suficientes.
A proposição de soluções enfrenta diversos obstáculos, seja eles físicos, devido a densa
urbanização, ou governamentais, já que a mudança na gestão de órgãos responsáveis pode
atrasar as obras por anos. A construção de reservatórios passa também por questões de
desapropriação, são obras que ocupam grandes áreas e as regiões na zona metropolitana estão
amplamente ocupadas. Apesar disso, os reservatórios são alternativas de macrodrenagem
eficientes no controle de enchentes e a opção escolhida para sanar o déficit nesta sub-bacia.
Fica evidente que a solução para os problemas de enchentes não será resolvida apenas com
construções de reservatórios ao longo da calha do rio, é necessário sistemas que diminuam a
sobrecarga dos reservatórios. Vale ressaltar que a calha deste córrego já passou por obras de
reforços, mas continua a acontecer eventos de enchentes. Para estes problemas, a conservação
e ampliação da área verde são ideais, e podem ser agregadas com infraestrutura verde de
microdrenagem como a construção de jardins de chuvas nos canteiros centrais e junto às
calçadas.
22

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] COMBATE A ENCHENTE. DAEE. Disponível em:
<http://www.daee.sp.gov.br/index.php?option=com_content&id=71:combate-a-enchentes>.
Acesso em: 15 de dez. de 2019.

[2] CUNHA, Stéphanie Fernandes. Avaliação da acurácia dos métodos do SCS para cálculo
da precipitação efetiva e hidrogramas de cheia. ABR Hidro, 2015. Disponível em:
<https://www.abrhidro.org.br/SGCv3/publicacao.php?PUB=1&ID=156&SUMARIO=5111>.
Acesso em: 14 de dez. de 2019.

[3] EQUAÇÕES DE CHUVAS INTENSAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. ESALQ - USP.


Disponível em:
<http://www.esalq.usp.br/departamentos/leb/disciplinas/Fernando/leb1440/Aula%203/DAEE
_Eq_Chuvas_SP.pdf>. Acesso em: 14 de dez. de 2019.

[4] MÉTODO DE HUFF. HidroMundo. Disponível em:


<http://www.hidromundo.com.br/metodo-de-huff/>. Acesso em: 13 de dez. de 2019.
[5] GONDIM, Joaquim. Vazão ecológica, vazão ambiental,vazão remanescente, vazão
mínima, vazão de restrição. Agência Nacional da Água - ANA. Disponível em <
https://iwlearn.net/resolveuid/78c194638334e47398368a038d5eeb6c>. Acesso em: 15 de
dez. de 2019.
[6] SOARES, Homero. Hidráulica Geral. UFJF - Engenharia Ambiental. Disponível em:
<http://www.ufjf.br/engsanitariaeambiental/files/2012/09/Homero_Cap%C3%ADtulo-
7_ESLivres_24012014_Aula4_V1.pdf>. Acesso em: 15 de dez. de 2019.
23

APÊNDICE

CHUVA DE PROJETO - Huff 1º Quartil


% precipitação
% da duração % da
t (min) precipitação no intervalo
(eixo x) Precipitação
no intervalo (mm)
10 0,08 38,5 38,5 27,80
20 0,17 75 36,5 26,35
30 0,25 89 14 10,11
40 0,33 93 4 2,89
50 0,42 95 2 1,44
60 0,50 96 1 0,72
70 0,58 97 1 0,72
80 0,67 98 1 0,72
90 0,75 98,5 0,5 0,36
100 0,83 99 0,5 0,36
110 0,92 99,5 0,5 0,36
120 1,00 100 0,5 0,36
Ptot (mm) 72,20
Tabela 5: Discretização da precipitação para TR de 10 anos com altura máxima de 72,2 mm. Fonte:
Elaboração própria.
24

CHUVA DE PROJETO - Huff 1º Quartil


% da % precipitação
% da
t (min) duração (eixo precipitação no intervalo
Precipitação
x) no intervalo (mm)
10 0,08 44 44 37,44
20 0,17 79 35 29,79
30 0,25 90 11 9,36
40 0,33 93 3 2,55
50 0,42 95 2 1,70
60 0,50 96 1 0,85
70 0,58 97 1 0,85
80 0,67 98 1 0,85
90 0,75 98,5 0,5 0,43
100 0,83 99 0,5 0,43
110 0,92 99,5 0,5 0,43
120 1,00 100 0,5 0,43
Ptot (mm) 85,10
Tabela 6: Discretização da precipitação para TR de 25 anos com altura máxima de 85,1 mm. Fonte:
Elaboração própria.
25

CHUVA DE PROJETO - Huff 1º Quartil


% precipitação
% da duração % da
t (min) precipitação no intervalo
(eixo x) Precipitação
no intervalo (mm)
10 0,08 44,5 44,5 46,28
20 0,17 82,5 38 39,52
30 0,25 93 10,5 10,92
40 0,33 95 2 2,08
50 0,42 96 1 1,04
60 0,50 97 1 1,04
70 0,58 97,5 0,5 0,52
80 0,67 98 0,5 0,52
90 0,75 98,5 0,5 0,52
100 0,83 99 0,5 0,52
110 0,92 99,5 0,5 0,52
120 1,00 100 0,5 0,52
Ptot (mm) 104,00
Tabela 7: Discretização da precipitação para TR de 100 anos com altura máxima de 104,0 mm. Fonte:
Elaboração própria.

Gráfico 47: Hidrograma do trecho 18 do Gráfico 48: Hidrograma do trecho 17 do


Córrego Moinho Velho para TR 10. Fonte: Córrego Moinho Velho para TR 10. Fonte:
Elaboração Elaboração
própria. própria.
26

Gráfico 49: Hidrograma do trecho 16 do Gráfico 51: Hidrograma do trecho 14 do


Córrego Moinho Velho para TR 10. Fonte: Córrego Moinho Velho para TR 10. Fonte:
Elaboração própria. Elaboração própria.

Gráfico 50: Hidrograma do trecho 15 do Gráfico 52: Hidrograma do trecho 18 do


Córrego Moinho Velho para TR 10. Fonte: Córrego Moinho Velho para TR 25. Fonte:
Elaboração própria. Elaboração própria.
27

HIDROGRAMAS SIMULADOS NO NÓ FINAL


Cenário Atual Cenário Projetado
t (h) Q10 (m³/s) Q25 (m³/s) Q100 (m³/s) Q10 (m³/s) Q25 (m³/s) Q100 (m³/s)
0:00 2,2 2,2 2,2 0,8 0,8 -
0:10 17,3 31,4 46,3 13,8 25,8 -
0:20 75,9 116,2 170,7 57,4 86,1 -
0:30 144,2 200,4 289,1 91,9 124,9 -
0:40 171,3 219,7 308,6 96,9 126,1 -
0:50 137,7 162,7 219,3 83,9 105,8 -
1:00 77,8 85,6 109,5 62,9 76,8 -
1:10 37,6 41,8 52,6 47,1 59,5 -
1:20 24,6 31,5 43,7 41,5 55,4 -
1:30 24,8 33,6 48,7 39,2 51,6 -
1:40 25,3 33,6 48,5 36,4 47,5 -
1:50 24,3 32,3 46,3 34,2 44,4 -
2:00 24,2 32,1 46,3 32,3 41,8 -
2:10 23,8 31,6 45,7 30,9 39,8 -
2:20 23,4 31 44,9 29,8 38 -
2:30 23,1 30,6 44,3 28,8 36,5 -
2:40 22,7 30,1 43,5 27,9 35,3 -
2:50 22,3 29,6 42,8 27,1 34,2 -
3:00 21,9 29,1 42,1 26,3 33,4 -
3:10 21,6 28,7 41,5 25,6 32,6 -
3:20 21,2 28,2 40,8 25,1 31,9 -
3:30 20,9 27,8 40,2 24,6 31,2 -
3:40 20,6 27,3 39,5 24,3 30,6 -
3:50 20,2 26,9 38,9 23,9 29,9 -
4:00 19,9 26,5 38,3 23,6 29,3 -
4:10 19,6 26 37,7 23,3 28,8 -
4:20 19,3 25,6 37,1 23 28,2 -
4:30 19 25,2 36,5 22,7 27,7 -
4:40 18,7 24,8 35,9 22,4 27,3 -
4:50 18,4 24,4 35,3 22,1 26,9 -
5:00 18,1 24 34,8 21,7 26,6 -
5:10 17,8 23,7 34,2 21,2 26,2 -
5:20 17,5 23,3 33,7 20,6 25,9 -
5:30 17,3 22,9 33,1 20 25,6 -
5:40 17 22,6 32,6 19,4 25,3 -
5:50 16,7 22,2 32,1 18,9 25 -
6:00 16,4 21,8 31,6 18,4 24,7 -
Tabela 8: Simulação cenário atual e projetado do Nó 43 - Trecho 1. Fonte: Elaboração própria.
28

ANEXO

Fonte: Revisão do Plano Diretor de Macrodrenagem da da bacia Alto Tietê - DAEE


29

Sub- LAG time constante de


Área (km²) CN (adotado) tc (min) taxa para o pico
bacia (min) recessão
1 0,21 86 3,99 2,40 0,1 0,1
2 0,11 86 2,91 1,74 0,1 0,1
3 0,32 86 3,18 1,91 0,1 0,1
4 0,12 86 2,56 1,53 0,1 0,1
5 0,11 86 4,31 2,59 0,1 0,1
6 0,31 86 3,03 1,82 0,1 0,1
7 0,17 86 3,51 2,11 0,1 0,1
8 0,69 81 8,05 4,83 0,1 0,1
9 0,16 81 3,71 2,23 0,1 0,1
10 0,29 81 5,03 3,02 0,1 0,1
11 0,19 81 4,79 2,87 0,1 0,1
12 1,01 86 9,37 5,62 0,1 0,1
13 0,19 86 3,82 2,29 0,1 0,1
14 0,54 81 5,18 3,11 0,1 0,1
15 0,08 86 2,78 1,67 0,1 0,1
16 0,33 86 5,00 3,00 0,1 0,1
17 0,20 86 3,83 2,30 0,1 0,1
18 0,44 86 6,29 3,77 0,1 0,1
19 0,47 86 5,48 3,29 0,1 0,1
20 0,60 86 5,85 3,51 0,1 0,1
21 0,21 81 3,45 2,07 0,1 0,1
22 0,32 86 4,68 2,81 0,1 0,1
23 0,13 86 3,38 2,03 0,1 0,1
24 0,02 86 4,29 2,57 0,1 0,1
25 1,00 86 7,68 4,61 0,1 0,1
26 0,74 86 7,15 4,29 0,1 0,1
27 0,27 86 6,25 3,75 0,1 0,1
28 0,25 86 4,04 2,42 0,1 0,1
29 0,38 86 4,82 2,89 0,1 0,1
30 0,24 86 3,95 2,37 0,1 0,1
31 0,44 86 7,06 4,24 0,1 0,1
32 0,70 86 10,28 6,17 0,1 0,1
Total 11,24
Tabela 9: Parâmetros de bacia para simulação no HEC-HMS.
30

velocidade de
Nó Nó K Muskingum
Trecho L trecho (m) escoamento no X Muskingum
inicial final (h)
trecho (m/s)
1 3 4 491,75 3,33 0,04 0,1
2 4 5 223,11 4,90 0,01 0,1
3 7 8 458,50 4,90 0,03 0,1
4 8 9 108,83 4,96 0,01 0,1
5 11 12 150,57 4,20 0,01 0,1
6 14 15 563,13 4,81 0,03 0,1
7 17 18 358,91 1,85 0,05 0,1
8 20 21 169,63 4,14 0,01 0,1
9 23 24 428,92 3,85 0,03 0,1
10 26 27 448,45 3,37 0,04 0,1
11 29 30 246,44 3,76 0,02 0,1
12 30 31 172,39 3,52 0,01 0,1
13 31 32 222,03 3,01 0,02 0,1
14 32 33 92,91 3,23 0,01 0,1
15 34 35 836,13 3,72 0,08 0,1
16 35 36 769,49 3,72 0,06 0,1
17 37 38 302,80 2,84 0,03 0,1
18 38 39 402,23 3,30 0,03 0,1
19 40 41 970,76 3,72 0,06 0,1
20 42 43 1015,14 4,45 0,06 0,1
Tabela 10: Parâmetros dos trechos para simulação no HEC-HMS.

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