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BRUNA DE ALMEIDA SANTOS - 044.820.075-95


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BRUNA DE ALMEIDA SANTOS - 044.820.075-95


Olá, Amigo (a)!
Nesta aula exploraremos as questões cobradas em concursos anteriores referentes ao tema
Enfermagem em Saúde Mental.
Lembrando que as nossas aulas são elaboradas com materiais atualizados e de fácil entendimento, nos
atentamos em está abordando a teoria relacionada com a maneira como os assuntos são abordados pelos
concursos de Enfermagem.
Desejamos uma ótima aula e muita disciplina .

Profº. Rômulo Passos


Profª. Raiane Bezerra
Profª. Vanessa Ferreira

www.romulopassos.com.br

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Os Transtornos mentais (ou doenças mentais, transtornos psiquiátricos ou psíquicos, entre outras
nomenclaturas) são condições de anormalidade, sofrimento ou comprometimento de ordem psicológica,
mental ou cognitiva. Em geral, um transtorno representa um significativo impacto na vida do paciente,
provocando sintomas como desconforto emocional, distúrbio de conduta e enfraquecimento da memória.
Os transtornos mentais acometem, em algum momento da vida, ao menos 20% da população mundial.
Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria, transtornos mentais é a segunda causa dos atendimentos de
urgência. Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) de 2006 realizada no Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Marília, no interior de São Paulo, mostrou que 16% dos pacientes
atendidos apresentaram transtornos mentais e do comportamento.

Dentre os principais transtornos mentais incluem-se:

 TRANSTORNO DA ANSIEDADE GENERALIZADA


A ansiedade é uma reação normal do ser humano diante de situações que podem provocar medo,
dúvida ou expectativa. No entanto, quando esse sentimento persiste por longos períodos de tempo e passa a
interferir nas atividades do dia a dia, a ansiedade deixa de ser natural e passa a ser motivo de preocupação.
Esse, na verdade, é o principal sintoma do Transtorno da ansiedade generalizada (TAG), um distúrbio
caracterizado pela “preocupação excessiva ou expectativa apreensiva”. O transtorno da ansiedade
generalizada é uma doença comum. Tal como acontece com muitas condições de saúde mental, não se sabe
ao certo o que causa esse distúrbio.
Acredita-se, porém, que o transtorno da ansiedade generalizada esteja diretamente relacionado a
alguns neurotransmissores que ocorrem naturalmente em nosso cérebro, a exemplo da serotonina, dopamina
e norepinefrina. Outra crença é a de que um conjunto de fatores possa estar envolvido nas razões pelas quais
um indivíduo possa vir a apresentar a doença, entre eles genética e fatores externos, como o estresse do dia a
dia e a qualidade de vida da pessoa.
Algumas condições físicas também podem ser associadas à ansiedade. Os exemplos incluem:
▪ Doença do refluxo gastroesofágico (DRGE);
▪ Doenças cardíacas;
▪ Hipotireoidismo e hipertireoidismo;
▪ Menopausa
Alguns fatores que podem aumentar o risco do transtorno de ansiedade generalizada, incluem: gênero,
trauma de infância, doenças concomitantes, personalidade, genética, abuso de substâncias.
O principal sintoma do transtorno de ansiedade generalizada é a presença quase permanente de
preocupação ou tensão, mesmo quando há poucos motivos ou quando não existe motivo algum para isso. As
preocupações parecem passar de um problema para outro, como questões familiares, amorosas, relacionadas
ao trabalho, à saúde ou de várias outras origens.
Mesmo quando as pessoas com esse transtorno têm consciência de que suas preocupações ou medos
são mais fortes do que o necessário, elas ainda têm dificuldade para controlar essas reações.
Outros sintomas incluem:
▪ Dificuldade de concentração;
▪ Fadiga;

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▪ Irritabilidade;
▪ Problemas para adormecer ou para permanecer dormindo e um sono que raramente é revigorante
e satisfatório;
▪ Inquietação, geralmente ficando assustado com muita facilidade;
▪ Além das preocupações e ansiedades, diversos sintomas físicos também podem se manifestar,
incluindo tensão muscular (tremedeira, dores de cabeça) e problemas de estômago, como náusea ou
diarreia.
O objetivo do tratamento é ajudar o paciente a agir normalmente na vida cotidiana, limitando suas
preocupações. Uma combinação de medicamentos e terapia cognitivo-comportamental (TCC) funciona melhor
que uma técnica ou outra isoladamente. A terapia cognitivo-comportamental ajuda a compreender os
comportamentos e como conseguir controlá-los.

 SÍNDROME DO PÂNICO
A síndrome do pânico é um tipo de transtorno de ansiedade no qual ocorrem crises inesperadas de
desespero e medo intenso de que algo ruim aconteça, mesmo que não haja motivo algum para isso ou sinais
de perigo iminente.
Um indivíduo diagnosticado com síndrome do pânico costuma manifestar de uma a duas crises durante
toda a vida. Pode parecer pouco, mas viver com a doença compromete seriamente a qualidade de vida da
pessoa, pois ela sofre em dois momentos distintos: no momento exato da crise e também no intervalo entre
elas, pois nunca se sabe quando que a crise acontecerá novamente. A crise pode demorar dias, semanas,
meses e até mesmo anos para ocorrer mais uma vez. Essa sensação constante de insegurança pode
comprometer as atividades diárias do paciente.
As causas exatas da síndrome do pânico são desconhecidas, embora a ciência acredite que um conjunto
de fatores pode desencadear o desenvolvimento deste transtorno, como: genética, estresse, temperamento
forte e suscetível ao estresse, mudanças na forma como o cérebro funciona e reage a determinadas situações.
Alguns estudos indicam que a resposta natural do corpo a situações de perigo esteja diretamente
envolvida nas crises de pânico. Apesar disso, ainda não está claro por que esses ataques acontecem em
situações nas quais não há qualquer evidência de perigo iminente.
As crises de síndrome do pânico geralmente começam entre a fase final da adolescência e o início da
idade adulta. Apesar disso, podem ocorrer depois dos 30 anos e durante a infância, embora no último caso ela
possa ser diagnosticada só depois que as crianças já estejam mais velhas.
A síndrome do pânico costuma afetar mais mulheres do que homens e pode ser desencadeada por
alguns fatores considerados de risco, como: situações de estresse extremo, morte ou adoecimento de uma
pessoa próxima, mudanças radicais ocorridas na vida, histórico de abuso sexual durante a infância, ter passado
por alguma experiência traumática, como um acidente.
Ataques de pânico característicos da síndrome geralmente acontecem de repente e sem aviso prévio,
em qualquer período do dia e também em qualquer situação, como enquanto a pessoa está dirigindo, fazendo
compras no shopping, em meio a uma reunião de trabalho ou até mesmo dormindo.
O pico das crises de pânico geralmente dura cerca de 10 a 20 minutos, mas pode variar dependendo da
pessoa e da intensidade do ataque. Além disso, alguns sintomas podem continuar por uma hora ou mais. É
bom ficar atento, pois muitas vezes um ataque de pânico pode ser confundido com um ataque cardíaco.

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As crises de pânico geralmente manifestam os seguintes sintomas:
▪ Sensação de perigo iminente;
▪ Medo de perder o controle;
▪ Medo da morte ou de uma tragédia iminente;
▪ Sentimentos de indiferença;
▪ Sensação de estar fora da realidade;
▪ Dormência e formigamento nas mãos, nos pés ou no rosto;
▪ Palpitações, ritmo cardíaco acelerado e taquicardia;
▪ Sudorese;
▪ Tremores;
▪ Dificuldade para respirar, falta de ar e sufocamento;
▪ Hiperventilação;
▪ Calafrios;
▪ Ondas de calor;
▪ Náusea;
▪ Dores abdominais;
▪ Dores no peito e desconforto;
▪ Dor de cabeça;
▪ Tontura;
▪ Desmaio;
▪ Sensação de estar com a garganta fechando;
▪ Dificuldade para engolir
O pior de todos os sintomas é o medo que se sente de ter outro ataque de pânico. Esse medo pode ser
tão grande que a pessoa, muitas vezes, evitará, ao máximo, situações em que essas crises poderão ocorrer
novamente.
Os ataques de pânico podem alterar o comportamento em casa, na escola ou no trabalho. As pessoas
portadoras da síndrome muitas vezes se preocupam com os efeitos de seus ataques de pânico e podem, até
mesmo, despertar problemas mais graves, como alcoolismo, depressão e abuso de drogas.
Não há como prever as crises de pânico. Pelo menos nos estágios iniciais do transtorno, parece não
haver nada específico capaz de desencadear o ataque. Mas há indícios de que lembrar-se de ataques de
pânico anteriores possam contribuir e levar a uma nova crise.
O principal objetivo do tratamento da síndrome do pânico é evitar qualquer tipo de sintoma
característico das crises. As duas principais formas de tratamento para esse transtorno é por meio de
psicoterapia e medicamentos. Ambos têm se mostrado bastante eficientes. Dependendo da gravidade,
preferência e do histórico do paciente, o médico poderá optar por um deles ou até mesmo por ambos, já que
a combinação dos dois tipos de tratamento têm se mostrado ainda mais eficaz do que um ou outro operando
isoladamente.

 DISTÚRBIO DEPRESSIVO MAIOR


A depressão é um distúrbio afetivo que acompanha a humanidade ao longo de sua história. No sentido
patológico, há presença de tristeza, pessimismo, baixa autoestima, que aparecem com frequência e podem

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combinar-se entre si. É imprescindível o acompanhamento médico tanto para o diagnóstico quanto para o
tratamento adequado.
Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido,
principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção,
dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. Outros processos que ocorrem
dentro das células nervosas também estão envolvidos.
Ao contrário do que normalmente se pensa, os fatores psicológicos e sociais, muitas vezes, são
consequência e não causa da depressão. Vale ressaltar que o estresse pode precipitar a depressão em pessoas
com predisposição, que provavelmente é genética. A prevalência (número de casos numa população) da
depressão é estimada em 19%, o que significa que aproximadamente uma em cada cinco pessoas no mundo
apresenta o problema em algum momento da vida.
São sintomas de depressão:
▪ Humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia;
▪ Desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas;
▪ Diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas
agradáveis;
▪ Desinteresse, falta de motivação e apatia;
▪ Falta de vontade e indecisão;
▪ Sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio;
▪ Pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa autoestima, sensação de falta de
sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte;
▪ A pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou tentar suicídio;
▪ Interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a ótica depressiva, um tom
"cinzento" para si, os outros e o seu mundo;
▪ Dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento;
▪ Diminuição do desempenho sexual (pode até manter atividade sexual, mas sem a conotação
prazerosa habitual) e da libido;
▪ Perda ou aumento do apetite e do peso;
▪ Insônia (dificuldade de conciliar o sono, múltiplos despertares ou sensação de sono muito
superficial), despertar matinal precoce (geralmente duas horas antes do horário habitual) ou, menos
frequentemente, aumento do sono (dorme demais e mesmo assim fica com sono a maior parte do
tempo);
▪ Dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos, como dores de barriga, má
digestão, azia, diarreia, constipação, flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no
corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre outros.
O tratamento da depressão é essencialmente medicamentoso. Existem mais de 30 antidepressivos
disponíveis. Ao contrário do que alguns temem, essas medicações não são como drogas, que deixam a pessoa
eufórica e provocam vício. A terapia é simples e, de modo geral, não incapacita ou entorpece o paciente.

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 TRANSTORNO BIPOLAR
O transtorno bipolar é um problema em que as pessoas alternam entre períodos de muito bom humor e
períodos de irritação ou depressão. As chamadas "oscilações de humor" entre a mania e a depressão podem
ser muito rápidas e podem ocorrer com muita ou pouca frequência.
Existem 3 tipos de transtorno bipolar:
▪ Transtorno bipolar tipo 1: pacientes apresentam pelo menos um episódio maníaco e períodos de
depressão profunda. Antigamente, o transtorno bipolar do tipo 1 era chamado de depressão
maníaca;
▪ Transtorno bipolar tipo 2: pacientes nunca apresentaram episódios maníacos completos. Em vez
disso, elas apresentam períodos de níveis elevados de energia e impulsividade que não são tão
intensos como os da mania (chamado de hipomania). Esses episódios se alternam com episódios de
depressão;
▪ Uma forma leve de transtorno bipolar chamada ciclotimia envolve oscilações de humor menos
graves. Pessoas com essa forma alternam entre hipomania e depressão leve. As pessoas com
transtorno bipolar do tipo II ou ciclotimia podem ser diagnosticadas incorretamente como tendo
apenas depressão.
A causa exata do transtorno bipolar ainda é desconhecida, mas a ciência acredita que diversos fatores
possam estar envolvidos nas oscilações de humor provocadas pela doença, como: peculiaridades biológicas,
neurotransmissores, hormônios, hereditariedade, meio ambiente.
Alguns fatores podem contribuir para o desenvolvimento de transtorno bipolar, como: histórico familiar
da doença, estresse intenso, uso e abuso de drogas recreativas e/ou álcool, mudanças de vida e experiências
traumáticas, ter entre 15 e 25 anos. Homens e mulheres possuem as mesmas chances de desenvolver a
doença.
Os sintomas de transtorno bipolar dependem do tipo exato da doença e costumam variar de pessoa
para pessoa. Para alguns, os picos de depressão são os que causam os maiores problemas. Para outros, a
preocupação é maior durante os picos de mania. Pode acontecer, também, de sintomas de depressão e
hipomania acontecerem ao mesmo tempo. Temos como principais sinais do transtorno bipolar:
Fase maníaca
▪ Distrair - se facilmente;
▪ Redução da necessidade de sono;
▪ Capacidade de discernimento diminuída;
▪ Pouco controle do temperamento;
▪ Compulsão alimentar, beber demais e/ou uso excessivo de drogas;
▪ Manter relações sexuais com muitos parceiros;
▪ Gastos excessivos;
▪ Hiperatividade;
▪ Aumento de energia;
▪ Pensamentos acelerados que se atropelam;
▪ Fala em excesso;
▪ Autoestima muito alta (ilusão sobre si mesmo ou habilidades);
▪ Grande envolvimento em atividades;

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▪ Grande agitação ou irritação.
A fase maníaca do transtorno bipolar pode durar dias e até mesmo meses. Os sintomas acima são mais
comuns em pessoas que tem o tipo 1 da doença. No tipo 2, os sinais são similares, mas menos intensos.
Fase depressiva
▪ Desânimo diário ou tristeza;
▪ Dificuldade de se concentrar, de lembrar ou de tomar decisões;
▪ Perda de peso e perda de apetite;
▪ Comer excessivamente e ganho de peso;
▪ Fadiga ou falta de energia;
▪ Sentir-se inútil, sem esperança ou culpado;
▪ Perda de interesse nas atividades que antes eram prazerosas;
▪ Baixa autoestima;
▪ Pensamentos sobre morte e suicídio;
▪ Problemas para dormir ou excesso de sono;
▪ Afastamento dos amigos ou das atividades que antes eram prazerosas.
O risco de tentativas de suicídio em pessoas com transtorno bipolar é grande. Os pacientes podem
abusar do álcool ou de outras substâncias, piorando os sintomas. Em alguns casos, as duas fases se
sobrepõem. Os sintomas maníacos e depressivos podem ocorrer juntos ou rapidamente um após o outro. Isso
recebe o nome de estado misto. Episódios de mania e depressão podem resultar também em psicose, doença
em que há perda de contato com a realidade.
O tratamento para transtorno bipolar costuma durar por muito tempo, até mesmo anos. Ele costuma
ser feito por diversos especialistas de várias áreas – como psicólogos, psiquiatras e neurologistas. A equipe
médica, primeiramente, tenta descobrir quais são os possíveis desencadeadores da alteração de humor.
Também podem ser investigados os problemas médicos ou emocionais que influenciam no tratamento. Mas
atenção: os períodos de depressão e mania voltam a ocorrer na maioria dos pacientes, mesmo sob
tratamento.
Os principais objetivos da terapia para transtorno bipolar são: evitar a alternância entre as fases, evitar a
necessidade de hospitalização, ajudar o paciente a agir da melhor maneira possível entre os episódios, impedir
comportamento autodestrutivo e suicídio, reduzir a gravidade e a frequência dos episódios.
A psicoterapia é uma parte vital do tratamento de transtorno bipolar. Medicamentos antipsicóticos e
antiansiedade para problemas de humor costumam ser prescritos pelos médicos, bem como remédios
antidepressivos. A terapia eletroconvulsiva (TEC) pode ser usada para tratar a fase maníaca ou depressiva de
um transtorno bipolar caso não haja resposta aos medicamentos.

 ESQUIZOFRENIA
A esquizofrenia é um transtorno mental complexo que dificulta na distinção entre as experiências reais
e imaginárias, interfere no pensamento lógico, nas respostas emocionais normais e comportamento esperado
em situações sociais.
Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, a esquizofrenia não é um distúrbio de múltiplas
personalidades. É uma doença crônica, complexa e que exige tratamento por toda a vida.

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As causas exatas da esquizofrenia ainda são desconhecidas, mas os médicos acreditam que uma
combinação de fatores genéticos e ambientais possa estar envolvida no desenvolvimento deste distúrbio.
Problemas com certas substâncias químicas do cérebro, incluindo neurotransmissores como a dopamina
e o glutamato, também parecem estar envolvidos nas causas da esquizofrenia. Estudos recentes de
neuroimagem mostram diferenças na estrutura do cérebro e do sistema nervoso central das pessoas com
esquizofrenia em comparação aos de pessoas saudáveis. Embora os pesquisadores não estejam totalmente
certos sobre o que significam todos esses fatores, estes são indícios de que a esquizofrenia é, de fato, uma
doença cerebral.
Apesar de as causas da esquizofrenia ainda serem desconhecidas, sabe-se de alguns fatores que podem
contribuir para o desenvolvimento da doença: história familiar de esquizofrenia, ser exposto a toxinas, vírus e
à má nutrição dentro do útero da mãe – especialmente nos dois primeiros trimestres da gestação, doenças
autoimunes, ter um pai com idade mais avançada, fazer uso de medicamentos psicotrópicos durante a
adolescência e o início da vida adulta, tabagismo.
Os sintomas de esquizofrenia no sexo masculino costumam aparecer entre os 20 e 25 anos. Já em
mulheres, os sinais da doença são mais comuns beirando os 30 anos de idade. É raro encontrar casos de
esquizofrenia em crianças ou adultos acima dos 45 anos.
A Esquizofrenia envolve uma série de problemas tanto cognitivos quanto comportamentais e
emocionais. Os sintomas costumam variar e entre eles estão inclusos:
- Delírios
Estes são crenças em fatos irreais que não possuem base alguma na realidade. Uma pessoa com
esquizofrenia pode achar, por exemplo, que está sendo prejudicada de alguma forma ou até mesmo
assediada. Ela pode acreditar, também, que certos gestos ou comentários são direcionados a ela, que ela tem
alguma capacidade ou talento excepcional ou até mesmo fama. Pode achar, também, que determinada pessoa
está apaixonada por ela e que uma grande catástrofe está prestes a ocorrer. Alguns delírios incluem ideias de
que algumas partes do corpo não estão em pleno funcionamento e têm uma incidência de quatro em cinco
pessoas com esquizofrenia.
- Alucinações
Estas, em termos gerais, envolvem ver ou ouvir coisas que não existem. No entanto, para a pessoa com
esquizofrenia, essas coisas têm toda a força e o impacto de uma experiência normal. As alucinações podem
estar em qualquer um dos sentidos, mas ouvir vozes é a alucinação mais comum de todas.
- Pensamento desorganizado
Esse sintoma pode ser refletido na fala, que também sai desorganizada e com pouco ou nenhum nexo. A
ideia de que pensamento desorganizado é um sintoma da esquizofrenia surgiu a partir do discurso
desorganizado de alguns pacientes. Neste sentido, a comunicação eficaz de uma pessoa portadora de
esquizofrenia pode ser prejudicada por causa deste problema, e as respostas às perguntas feitas podem ser
parcial ou completamente alheias e desconexas.
- Habilidade motora desorganizada ou anormal
O comportamento de uma pessoa com esse tipo de disfunção não é focado em um objetivo, o que torna
difícil para ela executar tarefas. Comportamento motor anormal pode incluir resistência a instruções, postura
inadequada e bizarra ou uma série de movimentos inúteis e excessivos.
- Outros sintomas

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Além dos sinais citados, outros parecem estar relacionados com a esquizofrenia. Uma pessoa com a
doença pode: não aparentar emoções, não faz contato visual, não alterar as expressões faciais, ter fala
monótona e sem adição de quaisquer movimentos que normalmente dão ênfase emocional ao discurso. Além
disso, a pessoa pode ter reduzida sua capacidade de planejar ou realizar atividades, tais como: diminuição da
fala, negligência na higiene pessoal, perda de interesse em atividades cotidianas, isolamento social, sensação
de incapacidade de conseguir sentir prazer.

Desorganizada Comportamento regressivo e primitivo

Delírios persecutórios ou de grande e


Tipos de esquizofrenia

Paranóide
alucinações auditivas

Anormalidades acentuadas no
Catatônica comportamento motor – estupor ou
excitação

Após o episódio agudo – evidências da


Residual doença, mas sem sintomas psicóticos
proeminentes

Indivíduo não se enquadra em


Indiferenciada
nenhum dos tipos

A Esquizofrenia requer tratamento durante toda a vida, mesmo após o desaparecimento dos sintomas.
O tratamento com medicamentos e a terapia psicossocial podem ajudar a controlar a doença. Durante os
períodos de crise ou tempos de agravamento dos sintomas, a hospitalização pode ser necessária para garantir
a segurança, alimentação adequada, sono adequado e higiene básica do paciente.

 ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS


Antigamente, no Brasil, o tema do uso do álcool e de outras drogas vinha sendo associado à
criminalidade e práticas antissociais e à oferta de "tratamentos" inspirados em modelos de
exclusão/separação dos usuários do convívio social. As iniciativas governamentais restringiam-se a poucos
serviços ambulatoriais ou hospitalares, em geral vinculados a programas universitários. Não havia uma política
de alcance nacional, no âmbito da saúde pública.
É somente em 2002, e em concordância com as recomendações da III Conferência Nacional de Saúde
Mental, que o Ministério da Saúde passa a implementar o Programa Nacional de Atenção Comunitária
Integrada aos Usuários de Álcool e outras Drogas, reconhecendo o problema do uso prejudicial de substâncias
como importante problema da saúde pública e construindo uma política pública específica para a atenção às
pessoas que fazem uso de álcool ou outras drogas, situada no campo da saúde mental, e tendo como
estratégia a ampliação do acesso ao tratamento, a compreensão integral e dinâmica do problema, a
promoção dos direitos e a abordagem de redução de danos.
De fato, a constatação de que o uso de substâncias tomou proporção de grave problema de saúde
pública no país encontra ressonância nos diversos segmentos da sociedade, pela relação comprovada entre o
consumo e os agravos sociais que dele decorrem ou que o reforçam. O enfrentamento desta problemática

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constitui uma demanda mundial: de acordo com a Organização Mundial de Saúde, pelo menos 10% das
populações dos centros urbanos de todo o mundo consomem de modo prejudicial substâncias psicoativas,
independentemente de idade, sexo, nível de instrução e poder aquisitivo. Salvo variações sem repercussão
epidemiológica significativa, esta realidade encontra equivalência em território brasileiro.
Em especial o uso do álcool, que impõe ao Brasil e às sociedades de todos os países uma carga global de
agravos indesejáveis e extremamente dispendiosos, que acometem os indivíduos em todos os domínios de sua
vida. A magnitude e complexidade do quadro epidemiológico recomenda uma gama extensa de respostas
políticas para o enfrentamento dos problemas decorrentes do consumo.
A necessidade de definição de estratégias específicas para a construção de uma rede de assistência aos
usuários de álcool e outras drogas, com ênfase na reabilitação e reinsersão social, levou o Ministério da Saúde
a instituir, no âmbito do SUS, o Programa Nacional de Atenção Comunitária Integrada aos Usuários de Álcool e
outras Drogas, no ano de 2002. Diante da diversidade das características populacionais existentes no País e da
variação da incidência de transtornos causados pelo uso abusivo e/ou dependência de Álcool e outras drogas,
o Programa organiza as ações de promoção, prevenção, proteção à saúde e educação das pessoas que fazem
uso prejudicial de álcool e outras drogas e estabelece uma rede estratégica de serviços extra-hospitalares para
esta clientela, articulada à rede de atenção psicossocial e fundada na abordagem de redução de danos.
Os CAPSad – Centros de Atenção Psicossocial para Atendimento de Pacientes com dependência e/ou
uso prejudicial de álcool e outras drogas – são os dispositivos estratégicos desta rede, e passam a ser
implantados sobretudo em grandes regiões metropolitanas e em regiões ou municípios de fronteira, com
indicadores epidemiológicos relevantes. De fato, o desenvolvimento de ações de atenção integral ao uso de
Álcool e drogas deve ser planejado de forma a considerar toda a problemática envolvida no cenário do
consumo de drogas. Desta forma os CAPSad, assim como os demais dispositivos desta rede, devem fazer uso
deliberado e eficaz dos conceitos de território e rede, bem como da lógica ampliada de redução de danos,
realizando uma procura ativa e sistemática das necessidades a serem atendidas de forma integrada ao meio
cultural e à comunidade em que estão inseridos, e de acordo com os princípios da Reforma Psiquiátrica.
Outros componentes importantes desta rede passam a ter sua implementação incentivada nos estados
e municípios através deste Programa de Atenção Integral. São incentivadas assim as ações no âmbito da
atenção primária, articulação com as redes de suporte social (tais como grupos de ajuda mútua e entidades
filantrópicas), assim como a implementação nos Hospitais Gerais e em sua estrutura de atendimento
hospitalar de urgência e emergência, da rede hospitalar de retaguarda aos usuários de álcool e outras drogas.
Como nas outras áreas da saúde mental, a organização da rede deve ser diversificada, complexa, com
abordagens diversas e na perspectiva da integração social do usuário.
O conceito de redução de danos vem sendo consolidado como um dos eixos norteadores da política do
Ministério da Saúde para o álcool e outras drogas. Originalmente apresentado de forma favorável na
prevenção de doenças transmissíveis, esta estratégia, assumida pelo Ministério da Saúde desde 1994, é
internacionalmente reconhecida como alternativa pragmática e eficaz no campo da prevenção das Doenças
Sexualmente Transmissíveis/AIDS. No campo do álcool e outras drogas, o paradigma da redução de danos se
situa como estratégia de saúde pública que visa a reduzir os danos causados pelo abuso de drogas lícitas e
ilícitas, resgatando o usuário em seu papel auto-regulador, sem a exigência imediata e automática da
abstinência, e incentivando-o à mobilização social.

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A estratégia de redução de danos e riscos associados ao consumo prejudicial de drogas vem permitindo
que as práticas de saúde acolham, sem julgamento, as demandas de cada situação, de cada usuário, ofertando
o que é possível e o que é necessário, sempre estimulando a sua participação e seu engajamento. A estratégia
de redução de danos sociais reconhece cada usuário em suas singularidades, traçando com ele estratégias que
estão voltadas para a defesa de sua vida.
Deste marco ético em defesa da vida, decorre que a abordagem de redução de danos, ao mesmo tempo
em que aponta as diretrizes do tratamento e da construção da rede de atenção para as pessoas que fazem uso
prejudicial de álcool e outras drogas, implica um conjunto de intervenções de saúde pública que visam
prevenir as consequências negativas do uso de álcool e outras drogas.
Assim, são estratégias de redução de danos a ampliação do acesso aos serviços de saúde, especialmente
dos usuários que não têm contato com o sistema de saúde, por meio de trabalho de campo; a distribuição de
insumos (seringas, agulhas, cachimbos) para prevenir a infecção dos vírus HIV e Hepatites B e C entre usuários
de drogas; a elaboração e distribuição de materiais educativos para usuários de álcool e outras drogas
informando sobre formas mais seguras do uso de álcool e outras drogas e sobre as consequências negativas do
uso de substâncias psicoativas; os programas de prevenção de acidentes e violência associados ao consumo, e
a ampliação do número de unidades de tratamento para o uso nocivo de álcool e outras drogas, entre outras.

Síndrome de Abstinência Alcoólica Ansiedade

Tremores
Sinais e sintomas da SAA

Medo incontrolável

Irritabilidade, agitação e insônia

Alucinações ou ilusões transitórias

Taquicardia

Pupilas dilatadas

Sudorese profunda

O delirium tremens é a forma mais grave de SAA

VEJAMOS ALGUMAS QUESTÕES SOBRE ESSA TEMÁTICA:

1. (Prefeitura de Duque de Caxias-RJ/IDECAN/2014) Acerca da assistência ao paciente portador de sofrimento


psíquico, o papel do enfermeiro é, EXCETO:
a) Agir como agente socializador.
b) Atuar como agente psicoterapêutico através do relacionamento um a um.
c) Educar o paciente sobre os fatores que afetam a saúde mental, e auxiliar na aceitação do tratamento e
regulamento da instituição.

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d) Não atuar nos processos decisórios dos projetos dos centros de atenção psicossocial, sendo tal
responsabilidade do psiquiatra e do psicólogo.
e) Criar e manter ambiente terapêutico – aproveitamento de todos os recursos humanos e materiais para
oferecer aos pacientes um bom acolhimento, compreensão, apoio, tratamento pessoal, atividades de
reestruturação e inclusão na dinâmica global.
COMENTÁRIOS:
A ferramenta clínica teoricamente utilizada pela enfermagem para lidar com o sofrimento psíquico do
paciente tem sido o relacionamento terapêutico ou relacionamento interpessoal enfermeiro-cliente. Apontado
na década de 1960 como uma intervenção da enfermeira psiquiátrica, este referencial permitiu ao enfermeiro
deixar de limitar-se aos cuidados físicos e passar a abordar o próprio sofrimento psíquico enquanto fenômeno
da enfermagem.
O profissional de enfermagem é de grande importância mediante a assistência prestada para a
qualidade da assistência em saúde ofertada, e realiza também papel de desmistificar conceitos, mediante os
mitos relacionados a esses clientes nas instituições de saúde, trabalhando a questão dos estigmas nos
relacionamentos familiares, tornando-se um agente socializador.
São diversas as modalidades de tratamentos ofertadas aos clientes com transtornos mentais, há
terapêuticas tradicionais e as não tradicionais fazendo com que o profissional desempenhe melhor seu
trabalho. Os profissionais de enfermagem dispõem de várias possibilidades nas utilizações de ações em sua
vivência com essa demanda, pois estará devidamente qualificado para lidar com as diversas situações,
ajudando os pacientes sobre fatores que afetam a saúde mental, auxiliando na aceitação do tratamento e
atuando nos processos decisórios dos projetos terapêuticos.
São inúmeras as modalidades terapêuticas e suas finalidades como, por exemplo, a música, atividades
lúdicas, atividades físicas, terapêutica para uma melhor adesão ao tratamento já que existe grande índice de
abandono do mesmo, ioga, entre diversos outros disponíveis no mercado, criando e mantendo o ambiente
terapêutico e aproveitando-se de todos os recursos humanos e materiais para oferecer aos pacientes. A
fim de promover além de qualidade de vida a essa clientela, também o amparo biopsicossocial, promovido com
a interdisciplinaridade, objetivando assistir a pessoa nas suas diversas necessidades.
A partir dos comentários, constatamos que o gabarito da questão é a letra D.

2. (UFCG-COMPROV/Prefeitura de Cabaceiras-PB/2014) Doença caracterizada por distúrbios em muitas áreas


do funcionamento mental. Raciocínio, percepção, comportamento, motivação e vida emocional são afetados
sem exceção. A doença prejudica a atuação no trabalho, os relacionamentos e o autocuidado. As características
referem-se a:
a) Transtorno da ansiedade generalizada.
b) Depressão importante.
c) Transtorno bipolar.
d) Esquizofrenia.
e) Histeria.
COMENTÁRIOS:
Os primeiros sinais e sintomas da doença aparecem mais comumente durante a adolescência ou início da
idade adulta. Apesar de poder surgir de forma abrupta, o quadro mais frequente se inicia de maneira insidiosa.

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Sintomas prodrômicos pouco específicos, incluindo perda de energia, iniciativa e interesses, humor depressivo,
isolamento, comportamento inadequado, negligência com a aparência pessoal e higiene, podem surgir e
permanecer por algumas semanas ou até meses antes do aparecimento de sintomas mais característicos da
doença. Familiares e amigos em geral percebem mudanças no comportamento do paciente, nas suas
atividades pessoais, contato social e desempenho no trabalho e/ou escola.
Os aspectos mais característicos da esquizofrenia são alucinações e delírios, transtornos de pensamento
e fala, perturbação das emoções e do afeto, e déficits cognitivos. Alucinações e delírios são frequentemente
observados em algum momento durante o curso da esquizofrenia. As alucinações visuais ocorrem em 15%, as
auditivas em 50% e as táteis em 5% de todos os sujeitos, e os delírios em mais de 90% deles.
O termo transtorno do pensamento refere-se a uma doença no conteúdo, assim como na forma dos
pensamentos do indivíduo. Os transtornos do conteúdo do pensamento são os delírios. Os transtornos na forma
de pensamento podem ser subdivididos em duas categorias: perturbação intrínseca do pensamento e,
transtorno na forma em que os pensamentos são expressos na linguagem e na fala. A linguagem e o discurso
desordenados descarrilamento, tangencialidade, neologismos, pobreza no conteúdo do discurso, incoerência,
pressão da fala, fuga de ideias e fala retardada ou mutismo.
Os distúrbios do comportamento na esquizofrenia incluem comportamento grosseiramente desordenado
e comportamento catatônico. Desde o começo, o comportamento catatônico foi descrito entre os aspectos
característicos da esquizofrenia. A catatonia é definida como um conjunto de movimentos, posturas e ações
complexas cujo denominador comum é a sua involuntariedade. Os fenômenos catatônicos incluem: estupor,
catalepsia, automatismo, maneirismos, esteriotipias, fazer posturas e caretas, negativismo e ecopraxia.
A anedonia ou perda da capacidade de sentir prazer, foi proposta como a característica central ou
cardinal da esquizofrenia. A anedonia física abrange a perda de prazeres como admirar a beleza do pôr-do-sol,
comer, beber, cantar, ser massageado. A anedonia social abrange a perda de prazeres como estar com os
amigos ou estar com outras pessoas. O embotamento afetivo foi considerado comum, mas não onipresente,
em pacientes com esquizofrenia, sendo também comum em pacientes depressivos. Os déficits cognitivos foram
relacionados como características importantes da esquizofrenia.
Pacientes com esquizofrenia demonstram um déficit cognitivo generalizado, ou seja, eles tendem a ter
um desempenho em níveis mais baixos do que controles normais em uma variedade de testes cognitivos. Eles
apresentam múltiplos déficits neuropsicológicos em testes de raciocínio conceitual complexo, velocidade
psicomotora, memória de aprendizagem nova e incidental e habilidades motoras, sensoriais e perceptuais. As
alterações cognitivas seletivas mais proeminentes na esquizofrenia incluem déficits em atenção, memória e
resolução de problemas.
Portanto, o gabarito da questão é a letra D.

3. (DIRECTA/Prefeitura de Piedade-SP/2014) Hiperreatividade emocional, comportamento teatral e


atratividade são características do Transtorno de Caráter _________________.
a) Esquizoide.
b) Narcisista.
c) Histriônica.
d) Evitadora.
COMENTÁRIOS:

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Personalidade histriônica
Transtorno da personalidade caracterizado por uma afetividade superficial e lábil, dramatização,
teatralidade, expressão exagerada das emoções, sugestibilidade, egocentrismo, autocomplacência, falta de
consideração para com o outro, desejo permanente de ser apreciado e de constituir-se no objeto de atenção e
tendência a se sentir facilmente ferido.
Dito isso, o gabarito é a assertiva C.

OUTROS DISTÚRBIOS DA PERSONALIDADE

• Desconfiança generalizada e suspeição dos outros; pessoas hipervigilantes, tentas,


Paranóide
prontas para qualquer ameaça.

• Comportamento irresponsável, explorador e isento de culpa, não respeitando o


Anti-social
direito dos outros; pessoas manipuladoras e exploradoras

• Relacionamentos intensos e caóticos, com instabilidade afetiva e variações de


Borderline
atitude; pessoas impulsivas, autodestrutivas

• Necessidade excessiva de ser cuidado, que acarreta comportamento submisso e


Dependente
solícito, com grande medo de separação.

Vejamos algumas questões sobre essa temática:

4. (Prefeitura de Piedade-SP/DIRECTA/2014) Analise as informações abaixo referentes aos Transtornos


Esquizofrênicos e responda:
I- A prevalência de esquizofrenia na população geral é por volta de 1%, com uma incidência em torno de 0,5
por 1000 pessoas/ano.
II- A esquizofrenia tem início mais frequentemente na idade adulta tardia;
III-A psicose é definida como um distúrbio psiquiátrico que rompe com a realidade experimental ou com
processos de pensamento;
IV- A esquizofrenia é o principal transtorno mental psicótico arquetípico;
a) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas.
c) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas.
d) Todas as afirmativas estão corretas.
COMENTÁRIOS:
A esquizofrenia é caracterizada como sendo a principal psicose crônica que altera profundamente a
personalidade. É um transtorno mental que em geral se inicia no adulto jovem e afeta a vida do indivíduo e de
seus familiares. Tem prevalência de 1% na população geral e incidência em torno de 0,5 por 1000 pessoas/ano.
Como incide em os indivíduos no início da vida produtiva, compromete seus relacionamentos sociais, sua vida

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profissional e afetiva.
Ocorre quase que igualmente em homens e mulheres, raramente antes da puberdade ou após os 50 anos
de idade. As mulheres apresentam um curso mais brando e, portanto, um melhor prognóstico comparado aos
homens. Quando a história familiar é positiva, a idade de início é mais precoce em ambos os sexos. É uma
doença de evolução crônica, que exige um acompanhamento do paciente em longo prazo. O objetivo principal
do acompanhamento psiquiátrico é a prevenção de recaídas, pois essas contribuem para a deterioração
cognitiva e afetiva do paciente. Como objetivos secundários, estão a prevenção do suicídio, a reabilitação do
paciente e a diminuição do estresse familiar. Os cuidados familiares são imprescindíveis para se evitar uma
evolução residual. Apesar de seu tratamento ser ainda limitado, tem havido nos últimos anos importantes
contribuições para o conhecimento desta grave patologia.
Classicamente existem variações na apresentação clínica, com implicações terapêuticas e prognósticas.
Entretanto, algumas características são comuns: uma alteração detectável ocorre na vida do indivíduo (quebra
na curva de vida), mais frequentemente com tendência ao isolamento, desconfiança, estranheza,
autoreferência, prejuízo nos cuidados pessoais assim como nos rendimentos intelectuais ou profissionais.
Paralelamente, são observadas alterações pensamento. O caráter bizarro é proeminente e quanto mais precoce
é esta alteração, pior o prognóstico.
Podemos dividir os sintomas esquizofrênicos em três grupos:
Positivos: Alucinações (percepção sem objeto), principalmente auditivas e delírios (alteração do
julgamento da realidade) são disfunções que surgem. Podem ainda ocorrer (em função dos delírios e das
alucinações), comportamento bizarro, atos impulsivos, agitação psicomotora.
Negativos: Comprometimento afetivo (Pouca ressonância afetiva, embotamento), alteração da vontade
e do pragmatismo, anedonia (incapacidade de sentir prazer), empobrecimento da linguagem e do pensamento,
diminuição da fluência verbal, autonegligência, lentificação psicomotora.
Desorganização: Alogia (raciocínio sem lógica), comportamento bizarro, alteração do curso do
pensamento, afeto inadequado; a tônica é a desorganização, a inadequação das reações.
Portanto, o gabarito da questão é a letra B.

5. (Prefeitura de Balneário de Barra do Sul –/COMPANY LEARNING/2014) No Brasil, o transtorno de


ansiedade encontra-se em primeiro lugar entre os transtornos psiquiátricos. São sintomas observados nos
transtornos de ansiedade, exceto:
a) Obesidade e desnutrição.
b) Crises de dor no peito, coração batendo forte e acelerado.
c) Falta de ar e boca seca.
d) Dor de cabeça e tonturas.
COMENTÁRIOS:
Os sintomas podem variar de uma pessoa para outra. Podemos citar como mais frequentes:
(inquietação, fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração, tensão muscular) existem outras queixas que
podemDesse
estarmodo,
associadas ao transtorno
o gabarito é a letra A. da ansiedade generalizada: palpitações, falta de ar, boca seca,
taquicardia, aumento da pressão arterial, sudorese excessiva, dor de cabeça, alteração nos hábitos intestinais,
náuseas, tonturas, aperto no peito, dores musculares.

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6. (Secretaria de Saúde de Pernambuco/UPENET/2014) Sobre distúrbios do humor, analise as afirmações
abaixo:
I - Atualmente, os distúrbios depressivos já estão com as causas definidas, o que facilita o diagnóstico e,
consequentemente, a terapêutica.
II - O hipotireoidismo subclínico está associado à depressão, especialmente em mulheres.
III. Perturbação dos Processos do Pensamento relacionada com alterações biológicas como demonstrado por
agitação, hiperatividade e incapacidade de se concentrar é um dos Diagnósticos de Enfermagem de distúrbio
bipolar.
IV - O tratamento com lítio está indicado nos distúrbios bipolares. A toxidade do lítio está relacionada à
diminuição dos níveis séricos de sódio e à hidratação inadequada.
Está CORRETO, apenas, o que se afirma em
a) I e III.
b) III e IV.
c) I.
d) III.
e) II, III e IV.
COMENTÁRIOS:
Vejamos cada item da questão:
Item I. Incorreto. Atualmente, os distúrbios depressivos já estão com as causas definidas, o que facilita o
diagnóstico e, consequentemente, a terapêutica.
Nos Distúrbios Depressivos, a causa ainda é desconhecida. O modelo explicativo atual combina
predisposição genética com interação com fatores estressantes. Existe um acúmulo familiar na Depressão. O
ambiente parece ter importância grande, mas não foi encontrada relação causal direta. Em casos específicos de
situações extremas (violência sexual, por exemplo) pode-se apontar um desencadeante claro. Na maior parte
dos casos, contudo trata-se de uma somatória de eventos ao longo do tempo e em alguns, não se consegue
identificar o (os) fator (es ) estressor (es).
Item II. Correto. O hipotireoidismo subclínico está associado à depressão, especialmente em mulheres.
O diagnóstico de hipotireoidismo subclínico deve ser considerado em pacientes com infertilidade e
irregularidade menstrual, e também em pacientes deprimidos. Sua prevalência aumenta com a idade e é maior
em mulheres.
Item III. Correto. Perturbação dos Processos do Pensamento relacionada com alterações biológicas
como demonstrado por agitação, hiperatividade e incapacidade de se concentrar é um dos Diagnósticos de
Enfermagem de distúrbio bipolar.
Item IV. Correto. O tratamento com lítio está indicado nos distúrbios bipolares. A toxidade do lítio está
relacionada à diminuição dos níveis séricos de sódio e à hidratação inadequada
A gravidade de uma intoxicação por lítio depende de 3 fatores: o pico de concentração sérica de lítio, a
duração da intoxicação e a tolerância individual. A toxicidade relaciona-se com a concentração de lítio no soro,
pelo que esta deve ser monitorizada durante o tratamento com o lítio (2x por semana). Doze horas após a
ingestão de lítio, concentrações séricas de 1,2 a 1,5 mols/L podem representar perigo. Acima de 1,5 mols/L
sofre risco de intoxicação. Os primeiros sintomas de uma intoxicação são: diarreia, vómitos, apatia, falta de
energia, pernas fracas, sonolência, letargia, dificuldades em falar, tremores irregulares, fraqueza muscular,

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dores nos braços e nas pernas e ataxia. Estes sintomas, apesar de não significarem risco de vida, são
desconfortáveis e indicam a eminência de problemas mais graves.
A partir dos comentários, constatamos que o gabarito da questão é a letra E.

7. (Prefeitura de Cianorte-PR/FAUEL/2014) Na abstinência alcoólica, os sinais clínicos da alucinação, EXCETO:


a) Ocorrem em 12 a 24 horas da abstinência.
b) São vitais alterados.
c) Melhoram em 24 a 48 horas.
d) Ocorrem em 25% dos casos.
COMENTÁRIOS:
Quadro Clínico da Abstinência Alcoólica
Sinais/sintomas menores (Inicio de 6 a 48 horas após a última dose)
- Convulsões
Ocorrem em 15-33% dos casos
Geralmente entre 6 e 24 h da última dose (> 90% em 48 h)
Podem ocorrer após 2 horas de abstinência
São convulsões generalizadas e autolimitadas (<3% evoluem para estado de mal epiléptico)
Risco de convulsões aumenta nas recorrências de abstinência
Nível de consciência preservado (exceto no período pós ictal)
- Alucinações
Ocorrem em 12 a 24 h da abstinência
Melhoram em 24 a 48 h
Ocorrem em 25% dos casos
Alucinações visuais, táteis e auditivas
Nível de consciência é preservado
Sinais vitais normais
- Delirium tremens
Pode ocorrer em 5% dos pacientes
Pode iniciar - se entre 48 e 96 h
Complicação tardia, após 48 h, em geral nos primeiros 4 dias
Complicação grave – média de 2 a 10% de mortalidade,
Na ausência de complicações, sintomas podem durar ≥ 7 dias
Início abrupto com desorientação, confusão, ideação paranoide, ilusões, alucinações especialmente
visuais, sinais de ativação adrenérgica, febre, taquicardia, hipertensão, sudorese.
Hiperventilação e alcalose respiratória
Alterações hidroeletrolíticas: (hipocalemia, hipomagnesemia, hipofosfatemia).

Diante do exposto, o gabarito só pode ser a letra B.

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8. (CEFET-RJ/CESGRANRIO/2014) Uma Campanha voltada para o controle do tabagismo deve considerar que
a) o objetivo é disseminar entre os trabalhadores informações sobre os problemas que o tabagismo
pode acarretar para a produção e, consequentemente, para a manutenção dos seus empregos.
b) a abordagem dos trabalhadores no ambiente profissional fica dificultada pela rotina laboral.
c) os fumantes devem ser identificados para criar condições especiais de trabalho que permitam a
continuidade do seu hábito, mas protejam os outros trabalhadores.
d) os problemas provocados pelo tabagismo no ambiente de trabalho são, entre outros, as faltas, os
gastos com doenças, as perdas de produtividade e as aposentadorias precoces.
e) durante o desenvolvimento e implementação das ações, devem participar apenas trabalhadores ex-
fumantes, para que façam parte dos processos decisórios da política de restrição da instituição.
COMENTÁRIOS:
Estima-se que até o ano 2020, 70% das mortes provocadas pelo uso do tabaco ocorrerão em países em
desenvolvimento. Consequentemente, estes países terão mais gastos em saúde além de custos com perda de
produtividade. Em países pobres o orçamento para saúde é geralmente baixo e o atendimento ao paciente com
câncer pode ter um custo para o qual não se tem verba e/ou que desvia as verbas já escassas para o
atendimento básico de saúde.
A perda de produtividade é oriunda de fumantes que adoecem e não podem trabalhar, e de morte
precoce devido ao tabagismo. O fenômeno da perda de produtividade pode ser percebido tanto como uma
perda para a sociedade como um todo como uma perda pessoal para a família do fumante. Em ambos os
casos, a perda de produtividade e de anos causada pelo tabagismo representa um peso desnecessário para o
país e sua população.
Fumantes tendem a utilizar mais recursos de assistência à saúde ao longo de suas vidas. Embora não
fumantes vivam mais e por isso utilizem os serviços de assistência a saúde por mais tempo, eles utilizam esses
serviços com muito menos frequência já que são mais saudáveis. De qualquer forma, independentemente dos
detalhes fiscais envolvidos, o tabaco representa uma carga de gastos enormes na saúde pública,
principalmente nos países menos desenvolvidos. Uma população saudável nutre o processo de
desenvolvimento enquanto uma população subnutrida atrasa o crescimento econômico. O governo da
Guatemala, por exemplo, estima que o gasto com tratamento de doenças relacionadas ao tabaco está em
torno de oitocentos milhões de dólares.
Para reverter e/ou minimizar esse quadro, sempre que estiver promovendo um estilo de vida saudável,
certifique-se de incluir a importância de não fumar. Ao se colocar pessoalmente, pergunte às pessoas se fazem
uso do tabaco, aconselhando-os a deixarem de fumar ou a manter-se não fumantes. A prevenção é a melhor
abordagem para a maior parte dos problemas de saúde e um estilo de vida saudável previne muitos problemas
sérios de saúde.
Transforme todos os ambientes em locais onde o uso do tabaco não é permitido.
Distribua folhetos sobre o tabaco e como deixar de fumar.
Pendure adesivos e cartazes.
Faça com que trabalhadores saudáveis perguntem sobre o uso do tabaco e encorajem as pessoas a
deixarem de fumar.
Ajude os trabalhadores saudáveis a abandonar o uso do tabaco.

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Incorpore informação sobre o tabaco em outros materiais sobre saúde. Ao falar sobre, ou promover um
estilo de vida saudável, certifique-se de mencionar a necessidade de evitar o fumo ativo ou passivo.

Portanto, o gabarito da questão é a letra D.

Chegamos ao fim de mais uma aula!


Foco, força e Fé sempre.

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