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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

DEPARTAMENTO DE HIDRÁULICA E
SANEAMENTO

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM
ENGENHARIA SANITÁRIA E CONTROLE
AMBIENTAL

CUSTÓDIO ROQUE TAVARES

CHUVAS INTENSAS NO ESTADO DO MARANHÃO

São Luís – MA
2014
CUSTÓDIO ROQUE TAVARES

CHUVAS INTENSAS NO ESTADO DO MARANHÃO

Monografia apresentada no Curso de


Especialização em Engenharia Sanitária e
Controle Ambiental da Universidade Estadual
do Maranhão (UEMA), como um dos pré-
requisitos para a obtenção do título de
Especialista em Engenharia Sanitária e
Controle Ambiental.

Orientador: Prof. Me. Ronaldo Sérgio de


Araújo Coêlho

São Luis - MA
2014
Tavares, Custódio Roque.
Chuvas intensas no Estado do Maranhão / Custódio Roque Tavares.
– São Luís, 2014.

138 f

Monografia (Especialização) – Curso de Engenharia Sanitária e


Controle Ambiental, Universidade Estadual do Maranhão, 2014.

Orientador: Prof. Me. Ronaldo Sérgio de Araújo Coêlho.

1.Chuvas intensas. 2.Hidrologia. I.Título

CDU: 556.12(812.1)
À companheira Paula Araujo. A meus
pais Antonio José Tavares e Evangelina
Tavares. Aos filhos Alexandra, Camila,
Pedro Roque, Rebeca, Ana Caroline,
Pedro Araujo e Helena.
AGRADECIMENTOS

Ao meu orientador, Prof. Me. Ronaldo Sergio de Araújo Coêlho, pelo apoio e
orientação;

Aos professores do Curso de Especialização em Engenharia Sanitária e Controle


Ambiental da Universidade Estadual do Maranhão, pelas contribuições realizadas em suas
disciplinas;

Ao Eng. Eliseu Correia Marcos (in memoriam), por tantas contribuições e uma
vida devotada ao saneamento;

Ao Eng. Sebastião José Pinheiro Franco, pelo aporte nos estudos de chuvas
intensas e disponibilização de acervo bibliográfico;

Ao Eng. Roberto de Souza Cunha, pelas inúmeras colaborações ao longo de


algumas décadas de convivência;

Ao Eng. Paulo Roberto Marcos, pela preciosa ajuda na montagem do aplicativo


Toró – Chuvas intensas no Estado do Maranhão;

A Hidraele Projetos e Serviços Ltda., por ter financiado esta especialização;

Aos colegas do Curso de Especialização;

Aos funcionários da Universidade, Leila Souza e Manoel Moreno, pelo zelo e


dedicação;

E a todos os amigos que colaboraram de forma direta e indireta.


Cresce a chuva, os rios crescem,
Pobres regatos s’empolam,
E nas turvas ondas rolam
Grossos troncos a boiar!
O córrego, qu’inda há pouco
No torrado leito ardia,
É já torrente bravia,
Que da praia arreda o mar.
Mas ai do desditoso,
Que viu crescer a enchente
E desce descuidoso
Ao vale, quando sente
Crescer dum lado e d’outro
O mar da aluvião!
Os troncos arrancados
Sem rumo vão boiantes;
E os tetos arrasados,
Inteiros, flutuantes,
Dão antes crua morte,
Que asilo e proteção!

Gonçalves Dias
RESUMO

TAVARES, Custódio Roque. CHUVAS INTENSAS NO ESTADO DO MARANHÃO.


São Luís, 2013. 128 f. Trabalho de Conclusão de Curso de Especialização em
Engenharia Sanitária e Controle Ambiental. Universidade Estadual do Maranhão.

Este estudo foi realizado e tem como objetivo a ampliação da quantidade de


informações disponíveis sobre as chuvas intensas no Estado do Maranhão. Para tanto foram
estabelecidas as relações entre intensidade, duração e frequência das precipitações pluviais
para 12 estações pluviométricas, pertencentes à rede hidrometeorológica da Agência Nacional
de Águas (ANA). Para cada estação pluviométrica foram determinadas as precipitações
extremas de um dia pelo método de Gumbel, as intensidades para as durações de 6 minutos, 1
hora e 24 horas pelo método das Isozonas e a montagem das equações utilizando a regressão
linar e o método dos mínimos quadrados, sendo feita a análise dos resultados. Também foi
realizado um estudo sobre interpolação que subsidiou a montagem do aplicativo Toró –
Chuvas intensas no Estado do Maranhão.

Palavras-chave: Chuvas intensas, Hidrologia.


ABSTRACT

TAVARES, Custódio Roque. RAINFALL STORMS IN THE STATE OF


MARANHÃO. St. Louis, 2013. 128 f. Conclusion Work Specialization in Sanitary
Engineering and Environmental Control. Universidade Estadual do Maranhão.

This study was carried out and aims to increase the amount of informations available
about rainfall storms data in Maranhão State. Thus were established the relationship between
intensity, duration e frequency equations were obtained for 12 locations, belonging to the
hydrometeorological network of the Agência Nacional de Águas (ANA). For each raingauge
station daily extreme precipitations were determined by Gumbel Method, the intensities for 6
minutes, 1 hour and 24 hours by Isozones Method and the assembly of the equations were
done using the linear regression and least squares methods. The analysis was made and
available. An interpolation study was also made, and it subsidized the assembly of the
software TORÓ – The rainfall storms in Maranhão State.

Key-words: Rainfall storms, Hydrology.


i

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................................. 1
1.1 Considerações iniciais..................................................................................................................... 1
1.2 Objetivos .......................................................................................................................................... 2
1.3 Justificativas..................................................................................................................................... 2
1.4 Metodologia..................................................................................................................................... 3
1.5 Limitações do trabalho ................................................................................................................... 3
1.6 Estrutura do trabalho ....................................................................................................................... 4
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................................................. 2
2.1 Breve histórico dos estudos das precipitações no estado do Maranhão .................................... 2
2.2 Precipitação máxima de um dia por tempo de recorrência......................................................... 8
2.3 Conversão das chuvas de um dia em chuvas de 24 horas .......................................................... 8
2.4 Método das Isozonas....................................................................................................................... 9
2.5 Estabelecimento da equação de chuvas – cálculo dos parâmetros .......................................... 10
2.5.1 Determinação do valor da constante c, b, a e K ........................................................ 11

2.6 Interpolação espacial..................................................................................................................... 11


METODOLOGIA ........................................................................................................................................... 14
APLICAÇÃO DA METODOLOGIA: ESTUDOS DE CASOS.......................................................... 19
4.1 Coleta de dados.............................................................................................................................. 19
4.2 Cálculo das precipitações de 1 dia – Método de Gumbel......................................................... 20
4.3 Cálculo das precipitações e intensidades 24 h, 1 h e 6 min – Método das Isozonas.............. 23
4.4 Equações de chuvas intensas ....................................................................................................... 24
4.4.1 Determinação de c .................................................................................................... 24

4.4.2 Determinação de b .................................................................................................... 25

4.4.3 Determinação de a .................................................................................................... 25

4.4.4 Determinação de K ................................................................................................... 26

4.5 Interpolação.................................................................................................................................... 26
4.6 Apresentação dos resultados ........................................................................................................ 28
4.7 Obtenção de equações de chuvas intensas ................................................................................. 28
4.8 Estudo de caso Açailândia............................................................................................................ 29
4.9 Estudo de caso Alto Parnaíba ...................................................................................................... 34
ii

4.10 Estudo de caso Bacabal ................................................................................................................ 40


4.11 Estudo de caso Balsas ................................................................................................................... 46
4.12 Estudo de caso Barão de Grajaú .................................................................................................. 52
4.13 Estudo de caso Barreirinhas ......................................................................................................... 58
4.14 Estudo de caso Carutapera ........................................................................................................... 64
4.15 Estudo de caso Chapadinha ......................................................................................................... 69
4.16 Estudo de caso Pindaré-Mirim .................................................................................................... 75
4.17 Estudo de caso São Domingos do Azeitão................................................................................. 81
4.18 Estudo de caso Tutóia ................................................................................................................... 87
4.19 Estudo de caso Viana.................................................................................................................... 93
4.20 TORÓ – Chuvas intensas do Estado do Maranhão................................................................... 99
4.21 Estudo de caso – interpolação espacial com auxílio do TORÓ. ............................................102
ANÁLISE DOS RESULTADOS ...............................................................................................................105
5.1 Levantamento de diferenças - estudo de caso Açailândia .....................................................106
5.2 Levantamento de diferenças - estudo de caso Alto Parnaíba ................................................106
5.3 Levantamento de diferenças - estudo de caso Bacabal ..........................................................106
5.4 Levantamento de diferenças - estudo de caso Balsas.............................................................106
5.5 Levantamento de diferenças - estudo de caso Barão de Grajaú ............................................107
5.6 Levantamento de diferenças - estudo de caso Barreirinhas ...................................................107
5.7 Levantamento de diferenças - estudo de caso Carutapera .....................................................107
5.8 Levantamento de diferenças - estudo de caso Chapadinha ...................................................107
5.9 Levantamento de diferenças - estudo de caso Pindaré-Mirim ..............................................108
5.10 Levantamento de diferenças - estudo de caso São Domingos do Azeitão...........................108
5.11 Levantamento de diferenças - estudo de caso Tutóia.............................................................108
5.12 Levantamento de diferenças - estudo de caso Viana..............................................................108
5.13 Levantamento de indicadores estatísticos.................................................................................109
5.14 Análise dos parâmetros das equações IDF ...............................................................................115
5.15 Análise do aplicativo TORÓ – Chuvas intensas no Estado do Maranhão. ..........................115
CONCLUSÕES ..............................................................................................................................................117
6.1 Considerações finais ...................................................................................................................117
6.2 Proposição de novos trabalhos...................................................................................................118
REFERÊNCIAS.............................................................................................................................................119
iii

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Mapa de Isozonas. .................................................................................................. 10


Figura 2 – Fluxograma da montagem da equação de chuvas intensas. .................................... 15
Figura 3 – Fluxograma de cálculo dos parâmetros de equação de chuvas intensas interpoladas
espacialmente............................................................................................................................ 17
Figura 4 – Fluxograma final. .................................................................................................... 18
Figura 5 – Mapa do Estado do Maranhão georreferenciado com a localização dos postos
pluviométricos selecionados para a montagem de equações IDF. ........................................... 19
Figura 6 – Mapa do Maranhão georreferenciado com a localização dos postos pluviométricas
de referência utilizadas no processo de interpolação espacial. ................................................. 27
Figura 7 - Curva IDF de Açailândia. ........................................................................................ 33
Figura 8 - Curva IDF de Alto Parnaíba. ................................................................................... 39
Figura 9 - Curva IDF de Bacabal.............................................................................................. 45
Figura 10 - Curva IDF de Balsas. ............................................................................................. 51
Figura 11 - Curva IDF de Grajaú.............................................................................................. 57
Figura 12 - Curva IDF de Barreirinhas. .................................................................................... 63
Figura 13 - Curva IDF de Carutapera. ...................................................................................... 68
Figura 14 - Curva IDF de Chapadinha. .................................................................................... 74
Figura 15 - Curva IDF de Pindaré-Mirim. ................................................................................ 80
Figura 16 - Curva IDF de São Domingos do Azeitão. ............................................................. 86
Figura 17 - Curva IDF de Tutóia. ............................................................................................. 92
Figura 18 - Curva IDF de Viana. .............................................................................................. 98
Figura 19 – Aplicativo TORÓ – Chuvas intensas no Estado do Maranhão. ............................ 99
Figura 20 – Conteúdo. ............................................................................................................ 100
Figura 21 – Localidades ......................................................................................................... 101
Figura 22 – Interpolação. ........................................................................................................ 102
Figura 23 – Simulação de interpolação espacial para Humberto de Campos. ....................... 103
Figura 24 – Relatório da simulação de interpolação espacial para Humberto de Campos. ... 104
Figura 25 - Versão preliminar do Toró, desenvolvido em Microsoft Excel.......................... 116
iv

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Valores de α. .............................................................................................................. 7


Tabela 2 - Valores de β , a, b, c. ................................................................................................. 7
Tabela 3 – Parâmetros de Denardin e Freitas para equações IDF e localizações. ...................... 8
Tabela 4 – Valores médios de P1h/P24h (%) e características das Isozonas. ............................ 9
Tabela 5 – Tabela de caracterização dos postos pluviométricas selecionados para a montagem
de equações IDF. ...................................................................................................................... 20
Tabela 6 – Fatores de frequência (K) de Gumbel. .................................................................... 21
Tabela 7 – Tabela das equações de referência com parâmetros e localização adotados na
interpolação. ............................................................................................................................. 26
Tabela 8 – Dados da estação..................................................................................................... 29
Tabela 9 – Precipitações máximas anuais. ............................................................................... 30
Tabela 10 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência (Método de
Gumbel). ................................................................................................................................... 30
Tabela 11 – Cálculo das precipitações e intensidades de 24 h, 1 h e 6 min por tempo de
recorrência (Método das Isozonas). .......................................................................................... 31
Tabela 12 - Cálculo de c. ......................................................................................................... 32
Tabela 13 – Cálculo de b. ......................................................................................................... 32
Tabela 14 – Pares ordenados usados na determinação de a e K. .............................................. 32
Tabela 15 – Valores de a e K. ................................................................................................... 32
Tabela 16 – Dados da estação................................................................................................... 34
Tabela 17 – Precipitações máximas anuais. ............................................................................. 34
Tabela 18 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência (Método de
Gumbel). ................................................................................................................................... 35
Tabela 19 – Cálculo das precipitações e intensidades de 24 h, 1 h e 6 min por tempo de
recorrência (Método das Isozonas). .......................................................................................... 37
Tabela 20 – Cálculo de c. ......................................................................................................... 38
Tabela 21 – Cálculo de b. ......................................................................................................... 38
Tabela 22 – Pares ordenados usados na determinação de a e K. .............................................. 38
Tabela 23 – Valores de a e K .................................................................................................... 38
Tabela 24 – Dados da estação................................................................................................... 40
Tabela 25 – Precipitações máximas anuais. ............................................................................. 40
v

Tabela 26 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência (Método de
Gumbel). ................................................................................................................................... 41
Tabela 27 – Cálculo das precipitações e intensidades de 24 h, 1 h e 6 min por tempo de
recorrência (Método das Isozonas). .......................................................................................... 43
Tabela 28 – Cálculo de c. ......................................................................................................... 44
Tabela 29 – Cálculo de b. ......................................................................................................... 44
Tabela 30 – Pares ordenados usados na determinação de a e K. .............................................. 44
Tabela 31 – Valores de a e K. ................................................................................................... 44
Tabela 32 – Dados da estação................................................................................................... 46
Tabela 33 – Precipitações máximas anuais. ............................................................................. 46
Tabela 34 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência (Método de
Gumbel). ................................................................................................................................... 47
Tabela 35 – Cálculo das precipitações e intensidades de 24 h, 1 h e 6 min por tempo de
recorrência (Método das Isozonas). .......................................................................................... 49
Tabela 36 – Cálculo de c. ......................................................................................................... 50
Tabela 37 – Cálculo de b. ......................................................................................................... 50
Tabela 38 – Pares ordenados usados na determinação de a e K. .............................................. 50
Tabela 39 – Valores de a e K. ................................................................................................... 50
Tabela 40 – Dados da estação................................................................................................... 52
Tabela 41 – Precipitações máximas anuais. ............................................................................. 52
Tabela 42 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência (Método de
Gumbel). ................................................................................................................................... 53
Tabela 43 – Cálculo das precipitações e intensidades de 24 h, 1 h e 6 min por tempo de
recorrência (Método das Isozonas). .......................................................................................... 55
Tabela 44 – Cálculo de c. ......................................................................................................... 56
Tabela 45 – Cálculo de b. ......................................................................................................... 56
Tabela 46 – Pares ordenados usados na determinação de a e K. .............................................. 56
Tabela 47 – Valores de a e K. ................................................................................................... 56
Tabela 48 – Dados da estação................................................................................................... 58
Tabela 49 – Precipitações máximas anuais. ............................................................................. 58
Tabela 50 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência (Método de
Gumbel). ................................................................................................................................... 59
Tabela 51 – Cálculo das precipitações e intensidades de 24 h, 1 h e 6 min por tempo de
recorrência (Método das Isozonas). .......................................................................................... 61
vi

Tabela 52 – Cálculo de c. ......................................................................................................... 62


Tabela 53 – Cálculo de b. ......................................................................................................... 62
Tabela 54 – Pares ordenados usados na determinação de a e K. .............................................. 62
Tabela 55 – Valores de a e K. ................................................................................................... 62
Tabela 56 – Dados da estação................................................................................................... 64
Tabela 57 – Precipitações máximas anuais. ............................................................................. 64
Tabela 58 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência (Método de
Gumbel). ................................................................................................................................... 65
Tabela 59 – Cálculo das precipitações e intensidades de 24 h, 1 h e 6 min por tempo de
recorrência (Método das Isozonas). .......................................................................................... 66
Tabela 60 – Cálculo de c. ......................................................................................................... 67
Tabela 61 – Cálculo de b. ......................................................................................................... 67
Tabela 62 – Pares ordenados usados na determinação de a e K. .............................................. 67
Tabela 63 – Valores de a e K. ................................................................................................... 67
Tabela 64 – Dados da estação................................................................................................... 69
Tabela 65 – Precipitações máximas anuais. ............................................................................. 69
Tabela 66 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência (Método de
Gumbel). ................................................................................................................................... 70
Tabela 67 – Cálculo das precipitações e intensidades de 24 h, 1 h e 6 min por tempo de
recorrência (Método das Isozonas). .......................................................................................... 72
Tabela 68 – Cálculo de c. ......................................................................................................... 73
Tabela 69 – Cálculo de b. ......................................................................................................... 73
Tabela 70 – Pares ordenados usados na determinação de a e K. .............................................. 73
Tabela 71 – Valores de a e K. ................................................................................................... 73
Tabela 72 – Dados da estação................................................................................................... 75
Tabela 73 – Precipitações máximas anuais. ............................................................................. 75
Tabela 74 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência (Método de
Gumbel). ................................................................................................................................... 76
Tabela 75 – Cálculo das precipitações e intensidades de 24 h, 1 h e 6 min por tempo de
recorrência (Método das Isozonas). .......................................................................................... 78
Tabela 76 – Cálculo de c. ......................................................................................................... 79
Tabela 77 – Cálculo de b. ......................................................................................................... 79
Tabela 78 – Pares ordenados usados na determinação de a e K. .............................................. 79
Tabela 79 – Valores de a e K. ................................................................................................... 79
vii

Tabela 80 – Dados da estação................................................................................................... 81


Tabela 81 – Precipitações máximas anuais. ............................................................................. 81
Tabela 82 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência (Método de
Gumbel). ................................................................................................................................... 82
Tabela 83 – Cálculo das precipitações e intensidades de 24 h, 1 h e 6 min por tempo de
recorrência (Método das Isozonas). .......................................................................................... 84
Tabela 84 – Cálculo de c. ......................................................................................................... 85
Tabela 85 – Pares ordenados usados na determinação de a e K. .............................................. 85
Tabela 86 – Cálculo de b. ......................................................................................................... 85
Tabela 87 – Valores de a e K. ................................................................................................... 85
Tabela 88 – Dados da estação................................................................................................... 87
Tabela 89 – Precipitações máximas anuais. ............................................................................. 87
Tabela 90 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência (Método de
Gumbel). ................................................................................................................................... 88
Tabela 91 – Cálculo das precipitações e intensidades de 24 h, 1 h e 6 min por tempo de
recorrência (Método das Isozonas). .......................................................................................... 90
Tabela 92 – Cálculo de c. ......................................................................................................... 91
Tabela 93 – Cálculo de b. ......................................................................................................... 91
Tabela 94 – Pares ordenados usados na determinação de a e K. .............................................. 91
Tabela 95 – Valores de a e K. ................................................................................................... 91
Tabela 96 – Dados da estação................................................................................................... 93
Tabela 97 – Precipitações máximas anuais. ............................................................................. 93
Tabela 98 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência (Método de
Gumbel). ................................................................................................................................... 94
Tabela 99 – Cálculo das precipitações e intensidades de 24 h, 1 h e 6 min por tempo de
recorrência (Método das Isozonas). .......................................................................................... 96
Tabela 100 – Cálculo de c. ....................................................................................................... 97
Tabela 101 – Cálculo de b. ....................................................................................................... 97
Tabela 102 - Pares ordenados usados na determinação de a e K. ............................................ 97
Tabela 103 – Valores de a e K. ................................................................................................. 97
Tabela 104 – Diferenças médias (%) por tempo de recorrência e duração ............................ 106
Tabela 105 – Diferenças médias (%) por tempo de recorrência e duração ............................ 106
Tabela 106 – Diferenças médias (%) por tempo de recorrência e duração ............................ 106
Tabela 107 – Diferenças médias (%) por tempo de recorrência e duração ............................ 106
viii

Tabela 108 – Diferenças médias (%) por tempo de recorrência e duração ............................ 107
Tabela 109 – Diferenças médias (%) por tempo de recorrência e duração ............................ 107
Tabela 110 – Diferenças médias (%) por tempo de recorrência e duração ............................ 107
Tabela 111 – Diferenças médias (%) por tempo de recorrência e duração ............................ 107
Tabela 112 – Diferenças médias (%) por tempo de recorrência e duração ............................ 108
Tabela 113 – Diferenças médias (%) por tempo de recorrência e duração ............................ 108
Tabela 114 – Diferenças médias (%) por tempo de recorrência e duração ............................ 108
Tabela 115 – Diferenças médias (%) por tempo de recorrência e duração ............................ 108
Tabela 116 - Indicadores estatísticos das intensidades máximas médias – equações IDF de
referência (Parte 1). ................................................................................................................ 110
Tabela 117 - Indicadores estatísticos das intensidades máximas médias – equações IDF
montadas por interpolação (Parte 1). ...................................................................................... 112
Tabela 118 – Diferenças relativas entre médias de intensidades de equações IDF interpoladas
e de referência por TR e duração. ........................................................................................... 114
Tabela 119 – Comparação de parâmetros estatísticos de intensidades. ................................. 115
Tabela 120 - Parâmetros de equações por Isozona. ................................................................ 115
ix

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ANA – Agência Nacional de Águas


CPRM – Serviço Geológico do Brasil
IDF – Intensidade, Duração e Frequência
INMET – Instituto Nacional de Meteorologia
IPDn – Inverso da enésima Potência da Distância
SUDENE – Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste
WMO – Organização Mundial de Meteorologia
CAAPPÍÍTTUULLO
O1

INTRODUÇÃO

1.1 Considerações iniciais

As chuvas intensas, também denominadas de chuvas extremas, chuvas máximas,


tormentas ou vulgarmente pé d’água, tromba d’água ou toró, são precipitações que
apresentam grande lâmina durante pequeno intervalo de tempo.

Dentro da engenharia, a disponibilidade de quantidade relevante de equações de


chuvas intensas, também denominadas de equações de intensidade – duração – frequência ou
equações IDF, são de extrema importância, visto que suas quantificações permitem o
dimensionamento de dispositivos de estruturas hidráulicas, onde constam a redução
significativa da probabilidade de evento adverso e a economia, associando o binômio
segurança e custo.

Segundo Rodrigues (2008, p.512), nas regiões onde há a carência de equações


IDF, há uma lacuna no conhecimento das características climáticas e a consequente
dificuldade na tomada de decisões em relação às ações que dependem deste conhecimento.

No Estado do Maranhão, por exemplo, há uma enorme escassez de equações que


relacionem a intensidade, a duração e a frequência das precipitações, e, usualmente, os
engenheiros se deparam com a sua ausência no local onde irão elaborar um projeto ou estudo,
sendo quase sempre adotada como solução a utilização da equação mais próxima, visto que a
metodologia para a sua obtenção passa por exaustivo trabalho, com a redução do nível de
confiabilidade da construção.

O presente trabalho visa minimizar a carência existente de estudos de chuvas


intensas, que serão disponibilizados com o conhecimento da academia, permitindo a obtenção
da equação IDF em qualquer localidade – fornecidas as coordenadas geográficas – pela
interpolação das equações conhecidas na abrangência e no entorno do Estado do Maranhão.
2

1.2 Objetivos

Os objetivos deste trabalho são os seguintes:

1.2.1 Objetivo geral

 levantar e propor a ampliação da quantidade de informações disponíveis sobre


as chuvas intensas no Estado do Maranhão.

1.2.2 Objetivos específicos

 formular quantidade significativa de equações de curvas Intensidade-Duração-


Frequência (IDF) na abrangência do Estado do Maranhão;

 desenvolver o aplicativo TORÓ – Chuvas intensas no Estado do Maranhão.

1.3 Justificativas

A motivação desta pesquisa está ligada à exígua quantidade de equações IDF, em


número de três, associada à vasta extensão territorial do estado do Maranhão, com
331.935,507 km², o que vem ocasionando a elevação de incertezas nas estimativas de
intensidades de chuvas e consequentemente dos deflúvios, redundando em sub e
superdimensionamentos de estruturas de escoamento hidráulico, tanto das obras ligadas à
engenharia da drenagem urbana (drenagem superficial e profunda), como da drenagem
rodoviária e ferroviária (obras de arte corrente e especiais, drenagem superficial,
subsuperficial e profunda), como de extravasores de barragens e outras.

Como forma de fortalecimento da justificativa, como exemplo, trataremos da


elaboração de um projeto de drenagem em Açailândia, onde, via de regra, é comum a adoção
da equação de Barra do Corda, distante 256 km, visto que as demais equações em domínio
público (São Luís e Turiaçu) não serão cogitadas no estudo hidrológico do projeto, em virtude
da distância. Tomando como parâmetros o tempo de recorrência de 10 anos e uma chuva com
duração de 10 minutos, pela equação de Barra do Corda a intensidade é 116,22 mm/h.
Adotando a equação de Açailândia, oriunda do presente estudo, para os mesmos parâmetros,
a intensidade é 218,91 mm/h, valor 88 % a maior. Apesar do dimensionamento hidráulico dos
dutos de escoamento dos deflúvios comportarem folgas (tirantes), estas não serão de forma
alguma suficientes para suportarem os caudais oriundos das tormentas máximas, tendo como
3

consequências, nas drenagens urbanas, os alagamentos e transtornos; a formação de lagos


pelo acúmulo de água nas bacias marginais aos corpos estradais, onde os tubos que foram
projetados para operarem como canais, nas chuvas intensas trabalham como orifícios, com
carga hidráulica à montante, e produzindo os prejuízos oriundos das saturações dos aterros;
rios que passam por sobre os tabuleiros das pontes e tantos outras situações que perpassam
pelo subdimensionamento de dispositivos em decorrência de um estudo hidrológico impreciso
pela carência de informações.

1.4 Metodologia

Buscando atingir os objetivos anteriormente propostos, inicialmente foram


levantadas e identificadas as informações disponíveis acerca de estudos e equações IDF, tanto
no Maranhão como em seu entorno, que de alguma forma pudessem contribuir com este
trabalho.

Por conseguinte, foi efetuada uma pesquisa bibliográfica para cada etapa do
desenvolvimento dos trabalhos e, definidas localidades de interesse para a obtenção dos dados
referentes ao histórico das chuvas.

As pesquisas bibliográficas foram realizadas por meio do estudo e da análise de


materiais publicados, abrangendo livros, artigos científicos, teses, monografias, revistas
técnicas, dissertações e outros materiais impressos ou disponíveis em mídia eletrônica que
apresentassem em seu conteúdo informações e dados relevantes a respeito do objeto deste
estudo.

1.5 Limitações do trabalho

A maior dificuldade encontrada na obtenção de séries de dados para a elaboração


de equações IDF é o atendimento de recomendação da Organização Mundial de Meteorologia
- WMO de que estas séries não sejam inferiores a 30 anos. O presente estudo adotou séries
históricas de 11 anos para Açailândia, 29 para Alto Parnaíba, 22 para Bacabal, 29 para Balsas,
30 para Grajaú, 26 para Barreirinhas, 12 para Carutapera, 26 para Chapadinha, 24 para
Pindaré-Mirim, 23 para São Domingos do Azeitão, 27 para Tutóia e 21 anos para Viana.
Situação idêntica outros estudos de chuvas intensas tiveram que conviver. Silva et al. (2002,
p.363) ao elaborarem o estudo das chuvas intensas no Estado da Bahia citaram esta limitação,
que também foi constatada em outros estudos relevantes como de Fendrich (1998) que
4

levantou as equações IDF para 31 estações no Estado do Paraná com séries históricas com
períodos entre 8 e 37 anos e no de Pinto et al.(1996) que obtiveram as equações referentes a
29 estações do Estado de Minas Gerais com base em um período de 11 anos, exceção de três
em que adotou 8 anos, todos citados por Silva et al. (2003, p.8).

1.6 Estrutura do trabalho

Os elementos textuais citados a seguir fazem parte da estrutura do trabalho e


foram elaborados visando à perfeita compreensão do mesmo, justificando a metodologia
aplicada. O trabalho está organizado para ser apresentado em seis capítulos, assim
sintetizados:

 Introdução. Abordou todo escopo do projeto de pesquisa, identificando os


objetivos, as justificativas, a metodologia e resumiu toda estrutura do trabalho.

 Fundamentação teórica. Foram abordados, neste capítulo, de maneira geral,


todos os principais conteúdos necessários para realização da pesquisa. São
abordados os conceitos referentes à formulação estatística para a obtenção da
chuva máxima de 1 dia por tempo de recorrência adotando o método estatístico de
Gumbel; à conversão das chuvas de 1 dia em chuvas de 24 horas; ao método das
isozonas para a obtenção das precipitações e intensidades de 24 horas, 1 hora e 6
minutos por tempo de recorrência; ao estabelecimento da equação de chuvas com
o cálculo dos parâmetros K, a, c e b e à interpolação para o estabelecimento de
equações fundadas nos parâmetros e localizações das equações estudadas e outras
existentes anteriormente.

 Metodologia. Neste capítulo, Capítulo 3, foram mostrados de forma ordenada


os processos usados nos cálculos das diversas etapas necessárias para a obtenção
dos parâmetros de cada uma das equações, assim como, de toda a sistemática para
o cálculo dos parâmetros de uma equação interpolada, inclusive fluxograma.

 Aplicação da metodologia – estudos de casos. Nesta etapa foram mostrados


além de toda a sequência de cálculo, foram reproduzidas as planilhas elaboradas
em Excel que subsidiaram o processamento dos dados para todos os estudo de
casos, sendo os 12 primeiros referentes à obtenção de equações IDF com base nas
séries históricas dos postos pluviométricos 447004/Açailândia, 945011/Alto
5

Parnaíba, 444012/Bacabal, 746007/Balsas, 643013/Barão de Grajaú,


242000/Barreirinhas, 146004/Carutapera, 343010/Chapadinha, 345005/Pindaré-
Mirim, 644014/São Domingos do Azeitão, 242002/Tutóia e 345009\Viana e o
último, um estudo de caso de Matões (-3º00’;-44º30’), simulando a obtenção de
equação IDF por interpolação.

 Análise dos resultados. São apresentadas tabelas referentes aos indicadores


estatísticos obtidos ao final do trabalho oriundos da construção das 12 equações
IDF. A análise desta montagem foi feita pelo erro relativo para durações e tempos
de recorrência. Para a análise das equações obtidas por interpolação foram
comparados os parâmetros média, desvio padrão, coeficiente de variação e relação
intensidade máxima/intensidade mínima em 2 situações: a primeira
compreendendo as equações de referência, nelas inclusas as equações calculadas
para 12 localidades no Estado do Maranhão, e, na segunda, para as equações
obtidas por simulação por interpolação, e finalmente a disposição para
comparação desses parâmetros. Também foi feita a análise dos parâmetros c e b.

 Conclusão. Foram apresentadas as principais conclusões acerca do estudo


realizado, sugerindo algumas recomendações para a realização de trabalhos
futuros, com o objetivo de contribuir para a ampliação do presente estudo.
CAAPPÍÍTTUULLO
O2

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Breve histórico dos estudos das precipitações no estado do Maranhão


Em seu estudo Chuvas intensas no Brasil, Pfafstetter definiu a precipitação
máxima (P) em mm, pela seguinte equação empírica:

`P  K .a.t  b.Log (1  c.t ) Eq. 1

Definiu também o fator de probabilidade K, como sendo:



T
K  Tr Eq. 2

Este fator define a forma da curva a ser ajustada à representação gráfica das
precipitações em função do tempo de recorrência (Tr).

em que:

P = precipitação máxima, em mm/h;


Tr = tempo de recorrência, em anos;
t = duração da precipitação, em horas;
a, b, c = valores constantes para cada posto;
= valores que dependem da duração da precipitação;
γ = 0,25, constante igual para todos os postos estudados.

O fator [a.t+b.log(1+c.t)] calcula o valor da precipitação em mm, para o tempo


de recorrência Tr = 1 ano, porque K se torna igual a unidade para este valor. Desta forma, este
fator permite calcular as precipitações para outros tempos de retorno.
7

Nos quadros seguintes estão apresentados os valores de α válidos para todos os


postos estudados para duração entre 5 min a 6 dias e os valores de β em função da duração e
de a, b e c, para todos os postos estudados no Maranhão.

Desta forma, adotando, a nível de exemplo, o Posto de Turiaçu e a duração de 24


horas, segundo Pfafstetter, seguem os seguintes valores: γ = 0,25; α = 0,17; β = 0,04; a = 0,6;
b = 30; c = 20.

Tabela 1 - Valores de α.
Duração 5min 15min 30min 1h 2h 4h 8h 14h 24h 48h 3d 4d 6d
α 0,108 0,122 0,138 0,156 0,166 0,174 0,176 0,174 0,170 0,166 0,160 0,156 0,152

Tabela 2 - Valores de β , a, b, c.

Postos Valores de β a b C
5min 15min 30min 1h a 6d
Barra do Corda -0,08 0,04 0,08 0,12 0,1 28 20
São Luís -0,08 0,00 0,00 0,08 0,4 42 10
Turiaçu 0,04 0,04 0,04 0,04 0,6 30 20

Denardin e Freitas (1982) reapresentam as equações de Pfafstetter (1957) para 80


estações pluviográficas distribuídas por todo o Brasil, dentre elas, as equações de chuvas
intensas dos mesmos 3 postos do Maranhão – São Luís, Barra do Corda e Turiaçu. No
referido trabalho a equação IDF apresentada sob nova forma, denominada por Bertoni (2001,
p.203) de equação genérica:

Tr a
iK
(t  c)b Eq. 3

em que:

i = intensidade da precipitação, em mm/h;


t = tempo de duração do evento, em minutos;
Tr = tempo de recorrências, em anos.

Os parâmetros K, a, c e b são calculados especificamente para cada local em


estudo.
8

Na tabela seguinte, são apresentadas as equações para os 3 postos no Maranhão.

Tabela 3 – Parâmetros de Denardin e Freitas para equações IDF e localizações.


Localização Lat. Long. K c a b Equação
1131,57Tr0,18
São Luís 2°32’S 44°17’O 1131,57 24 0,18 0,74 i
(t  24) 0,74

1530,67Tr0, 20
Barra do Corda 5°30’S 45°16’O 1530,67 17 0,2 0,83 i
( t  17) 0,83
1185,74Tr0,19
Turiaçu 1°43’S 45°24’O 1185,74 13 0,19 0,79 i
(t  13) 0,79

2.2 Precipitação máxima de um dia por tempo de recorrência


Para a determinação da chuva máxima de um dia para o tempo de recorrência
desejado, para cada estação, podem ser empregados métodos estatísticos de Hazen, Gumbel,
Pearson etc., por exemplo.

No presente trabalho, é adotado o método de Gumbel para a obtenção das


precipitações máximas de um dia, nos diversos tempos de recorrência, que segundo Rodrigues
(2008, p.512), tem sido o mais aplicado em estudos de eventos extremos, como também,
conforme Silva (2003, p.9), é utilizado pelo Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados
Unidos para ajustar os valores extremos de alturas de chuvas a serem utilizadas em mapas,
que relacionam a variação de altura da chuva com a área atingida.

2.3 Conversão das chuvas de um dia em chuvas de 24 horas


Como as precipitações dos diversos tempos de recorrência correspondem à
máxima precipitação de um dia e se faz necessária a utilização da precipitação máxima, que é
o maior valor de chuva correspondente a um período contínuo de 24 horas, é adotado um
fator relacional entre as duas durações.

Nos estudos desenvolvidos por Torrico (1974, p.11), ficou constatado que a
duração média da chuva de um dia independia do tempo de recorrência. Para o tempo de
recorrência de um ano a duração das chuvas era de 15h50 e para o tempo de recorrência de
10.000 anos as chuvas duravam 16h10.

Para correlacionar as precipitações das estações pluviométricas com as das


estações pluviográficas, Torrico (1974, p.13) encontrou a relação 24 horas/1 dia, para o tempo
de recorrência base de 1 ano, de 1,095 (≌1,10), com desvio padrão de ±6,6 %.
9

Bertone (2001, p.208) cita outros fatores que vêm sendo encontrados, quase
constantes e independentes do período de retorno. A cidade de São Paulo vem adotando 1,14
e o U. S. Weather Bureau (EUA), 1,13, valor que é adotado nesta monografia.

2.4 Método das Isozonas


Os estudos desenvolvidos por Torrico (1975, p.15) também correlacionaram com
razoável aproximação os dados de postos pluviométricos com os de postos pluviográficos –
adotando as mesmas estações utilizadas por Pfafstetter (1957) – em todo o território
brasileiro, estabeleceu as áreas de igual relação entre as precipitações de 1 e 24 horas, para um
mesmo tempo de recorrência, independentemente das alturas das precipitações.

Além disso, Torrico elaborou o mapa de Isozonas (ver Figura 1) onde constam as
referidas áreas com respectivos percentuais de precipitações que incidem em 1 hora, conforme
Tabela 4:

Tabela 4 – Valores médios de P1h/P24h (%) e características das Isozonas.


ISOZONAS P1h/P24h CARACTERÍSTICAS
(%)
Coincide com a zona de maior precipitação anual, com
A 37
coeficientes de intensidade baixos.
Zona de influência marítima, com coeficientes de intensidade
B 39
suaves
Zona de influência marítima, com coeficientes de intensidade
C 41
suaves

Zonas de transição (entre continental e marítima). Esta isozona se


D 43
prolonga, caracterizando a zona de influência do Rio Amazonas

Zona continental e do noroeste, com coeficientes de intensidade


E 45
altos
Zona continental e do noroeste, com coeficientes de intensidade
F 47
altos
Zona da caatinga nordestina, com coeficientes de intensidade
G 49
muito altos
Zona da caatinga nordestina, com coeficientes de intensidade
H 51
muito altos

A tabela constante no mapa de isozonas também contém a relação 6 min/24 h para


tempo de recorrência entre cinco e cinquenta anos e uma coluna com coeficientes para tempo
de recorrência de 100 anos.
10

Figura 1 – Mapa de Isozonas.

2.5 Estabelecimento da equação de chuvas – cálculo dos parâmetros


Segundo Wilken (1978, p.50), como o diagrama usado é logarítmico, tanto no
eixo das ordenadas como no das abscissas, se as linhas fossem retas, cada uma delas
corresponderia a uma equação da forma geral:

Log (i)  Log ( A)  b.Log (t ) Eq. 4

em que:
11

A  K.Tr a Eq.5

i = intensidade da precipitação, em mm/h;


t = tempo de duração da chuva, em minutos;
b = tangente do ângulo de inclinação da reta;
A = intercepto, ou a ordenada correspondente à duração de um minuto.

Como no trecho referente às menores durações de chuvas a curva se apresenta


mais acentuada, é exigido ajuste no termo referente à duração passando de t para t+c:

Log (i)  Log ( A)  b.Log (t  c) Eq. 6

Lanna (2001, p.104) reforça que a praticidade da regressão linear vem sendo
utilizada para ajustar funções não lineares a relações entre variáveis.

2.5.1 Determinação do valor da constante c, b, a e K


De acordo com Wilken (1978, p.50), o valor da constante c pode ser obtido por
tentativa.

Usando o método dos mínimos quadrados e atribuindo valores progressivos para c


(1;2;3;...) são encontrados os respectivos valores de correlação R² para cada 3 pares Log(ti+c)
X Logii, até encontrar o valor máximo de R². Para este valor máximo de inflexão é adotado o
valor de c a ser usado na montagem da equação.

Também segundo Wilken (1978, p.53-56), os valores de b, a e K podem ser


obtidos com o emprego do método dos mínimos quadrados.

2.6 Interpolação espacial


Como uma das dificuldades mais frequentes encontradas em projetos de obras
hidráulicas é a indisponibilidade de equação IDF no local do projeto, o que geralmente leva à
adoção da equação mais próxima, foi adotada neste trabalho metodologia para a obtenção de
equação por interpolação em localidades onde inexiste essa disponibilidade.

Na interpolação são consideradas as informações referentes às equações IDF


disponíveis no entorno, sendo adotados fatores de ponderação que vão do inverso da distância
12

(IPD) até o inverso da quinta potência da distância (IPD5), tomando por base os trabalhos de
Cecílio e Pruski (2003) atendendo a equação seguinte.

n  xi 
 
 m
i 1  d i


Gi  
n  
  1 
 m
i 1  d i

 Eq. 7

em que:

Gi – valor estimado na célula interpolada;

xi – valor do i-ésimo posto de controle;

di – comprimento do arco geodésico entre o i-ésimo posto de controle e o par de coordenadas


geográficas do ponto de interpolação;

m – expoente do comprimento do arco geodésico.

Este método admite que os pontos mais próximos influam mais fortemente na
nova equação do que os mais afastados, assim como, que sejam desconsiderados o efeito de
altitude do local e a presença de fatores que possam de alguma forma ser condicionadores da
precipitação como presença de serras, represas, oceano etc.

No presente estudo, foram substituídas as distâncias euclidianas usadas no


trabalho de Cecílio e Pruski (2003) por distâncias geodésicas em função das extensões e
adotadas as 6 estações mais próximas da localidade a ser interpolada, conforme Silva et al.
(1999) apud Mello et al. (2003, p.928), levando em consideração apenas as localidades
situadas dentro do raio de alcance espacial obtido para cada parâmetro.

É importante enfatizar que os estudos realizados por Cecílio e Pruski (2003,


p.503), adotando a interpolação de K e b com o inverso da quinta potência da distância
(IPD5), a com o inverso da distância (IPD) e c com o inverso do cubo da distância (IPD3),
usando como base de dados os parâmetros das equações de chuvas intensas de 171 estações
pluviográficas do Estado de Minas Gerais, determinados por Freitas et al. (2001),
apresentaram erro médio com variação de 18,65 % a 19,83 % e máximo variando de 67,18 %
13

a 88,34 %. Valores que consideraram aceitáveis em se tratando de intensidade máxima média


de precipitação pluvial.
CAAPPÍÍTTUULLO
O3

METODOLOGIA

O estudo das chuvas intensas na abrangência do Estado do Maranhão


contemplará, dentro do primeiro objetivo específico, duas metodologias distintas. A primeira
compreenderá a metodologia para a montagem das equações IDF propriamente ditas,
atendendo as etapas seguintes, também mostradas no fluxograma da Figura 2:

1. selecionar as áreas que deverão dispor de novas equações IDF;

2. escolher os postos pluviométricos, no entorno das áreas selecionadas, junto à


ANA, priorizando as séries com maiores extensões e integridade;

3. levantar das precipitações máximas anuais;

4. realizar o tratamento estatístico das precipitações para a determinação das


precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência, com a utilização do
Método de Gumbel;

5. calcular as precipitações máximas de 24 horas por tempo de recorrência (Tr);

6. dispondo das coordenadas geográficas do posto pluviométrico em estudo e com


a utilização do Método das Isozonas, definir a isozona em que o posto está
inserido e obter os parâmetros 1 h/24 h e 6 min/24 h, com consequentes
cálculos das as precipitações de 1 hora e de 6 minutos e das intensidades para
chuvas com durações de 24 h, 1 h e 6 min, por tempo de recorrência;

7. utilizando a regressão linear e o método dos mínimos quadrados, com os 3


pares ordenados (duração x intensidade), por Tr, calcular os parâmetros K, a, c
e b da equação IDF da localidade.

Nas etapas acima, será de fundamental importância a utilização do aplicativo


Excel da Microsoft para o processamento das informações.
15

Definição do Seleção de área


posto para montagem
pluviométrico de equação IDF

Coleta de series (Método de Gumbel)


históricas de Seleção de Cálculo das
precipitações precipitações precipitações
(ANA) máximas máximas
anuais de 1 dia por Tr

(Método das Isozonas) Cálculo das


precipitações máximas
Definição isozona de 24 h por Tr
Definição parâmetros
P24h = 1,3 x P1dia

Regressão Linear/
Método dos Mínimos
(Método das Isozonas) Quadrados
Cálculo das
Intensidades de Cálculo dos Parâmetros da
24h, 1 h e 6min Equação IDF
por Tr

Figura 2 – Fluxograma da montagem da equação de chuvas intensas.

A segunda metodologia reúne procedimentos que propiciam a obtenção de


equação por interpolação espacial, tomando por base as distâncias de outros postos e
16

parâmetros de suas respectivas equações, previamente montadas, cujas etapas são mostradas a
seguir na Figura 2.

1. determinar as coordenadas geográficas da nova localidade;

2. calcular as distâncias geodésicas entre a nova localidade e cada uma das


localidades com equação definida (equações de referência);

3. ordenar as equações de referência por distância, em ordem crescente;

4. selecionar as 6 localidades mais próximas e os parâmetros das respectivas


equações de referência, inclusive as distâncias;

5. calcular K, usando o inverso da distância a quinta potência (IDP5);

6. calcular c, usando o inverso da distância ao cubo (IDP3);

7. calcular b, usando o inverso da distância a quinta potência (IDP5);

8. calcular a, usando o inverso da distância (IDP1).

O processamento destas etapas mediante uso do Excel da Microsoft se funde ao


segundo objetivo específico, o desenvolvimento do aplicativo Toró - Chuvas intensas no
Estado do Maranhão, em Microsoft-Visual Basic, visto que subsidiará sua construção, tendo
em vista o mostrado na Figura 4.
17

Coordenada
Banco de dados de
geográfica da
equações IDF
localidade a ter
equação
(parâmetros &
interpolada
coord. geográficas)
(ANA)

Ordenamento de cada uma Cálculo dos


das localidades das equações comprimentos dos arcos
em função das distâncias à geodésicos entre a
localidade a ter equação coordenada do novo
interpolada ponto e a localização de
(A-Z) cada uma das equações

Cálculo de K interpolado
6 
K 
Seleção das localidades e   i 
 5 
i 1  d i
K  
parâmetros das 6 6  
equações mais próximas   1 

i 1  d i
5 

Cálculo de b interpolado Cálculo de c interpolado


6 
b  6 
c 
  i 
 5   i 
 3
b  i 
i 1 d i 1  d i 
c
6   6  
  1    1 
 5
i 1  d i 
  3
i 1  d i 

Cálculo de a interpolado
6 
a 
  i 
 
i 1  d i 
a
6  
  1 
 
i 1  d i 

Figura 3 – Fluxograma de cálculo dos parâmetros de equação de chuvas intensas


interpoladas espacialmente.
18

MONTAGEM OBTENÇÃO DE
DE EQUAÇÃO IDF
EQUAÇÕES POR
IDF INTERPOLAÇÃO

APLICATIVO TORÓ

MONOGRAFIA

Figura 4 – Fluxograma final.


CAAPPÍÍTTUULLO
O4

APLICAÇÃO DA METODOLOGIA: ESTUDOS DE CASOS

4.1 Coleta de dados


Após a definição das áreas onde seriam realizados os estudos de determinação de
equações IDF, foram compilados os dados de diversos postos pluviométricos do Estado do
Maranhão, disponibilizados na rede hidrometeorológica da Agência Nacional de Águas
(ANA). Foram selecionadas 12 estações pluviométricas constantes da Figura 5 e da Tabela 5,
com séries históricas de 11 a 30 anos de observações, abrangendo períodos de 1966 a 2011.

Figura 5 – Mapa do Estado do Maranhão georreferenciado com a localização dos postos


pluviométricos selecionados para a montagem de equações IDF.
20

Tabela 5 – Tabela de caracterização dos postos pluviométricas selecionados para a


montagem de equações IDF.

PERÍODO Nº DE
ESTAÇÃO MUNICÍPIO CÓD LAT LONG
ANALISADO ANOS
1995/96 -
Açailândia Açailândia 447004 -4º55'15" -47º29'49" 11
2005/06
Alto Parnaíba Alto Parnaíba 945011 -9º06'47" -45º55'34" 1983 - 2011 29
Bacabal Bacabal 444012 -4º13'00" -44º46'00" 1977 - 1998 22
Brejo Comprido Balsas 746007 -7º55'43" -45º59'19" 1983 - 2011 29
Barão do Grajaú Barão do Grajaú 643013 -6º45'43" -43º01'35" 1982 - 2011 30
Barreirinhas Barreirinhas 242000 -2º45'00" -42º50'00" 1966 - 1991 26
São Domingos Benedito Leite* 644014 -6º49'00" -44º39'00" 1966 - 1988 23
Carutapera Carutapera 146004 -1º13'00" -46º01'00" 1975 - 1986 12
Brejo do Meio Chapadinha 343010 -3º55'34" -43º30'04" 1986 - 2011 26
Pindaré-Mirim Pindaré-Mirim 345005 -3º37'00" -45º21'00" 1966 - 1989 24
Barro Duro Tutóia 242002 -2º54'08" -42º18'47" 1985 - 2011 27
Viana Viana 345009 -3º13'00" -45º00'00" 1968 - 1988 21
* As coordenadas geográficas da estação 00644014 estão no Município de São Domingos do Azeitão, que
integrava, até 1994, o Município de Benedito de Leite.

A fase de coleta dos dados de precipitação pluvial foi iniciada com a seleção das
precipitações máximas anuais, cabendo as ressalvas que não foram adotados período-base de
estudo para todas as estações e que as séries históricas foram utilizadas sem o preenchimento
de falhas.

4.2 Cálculo das precipitações de 1 dia – Método de Gumbel


Para a obtenção das precipitações de um dia, nos diversos tempos de recorrência,
foi adotado o método estatístico de Gumbel.

As formulações matemáticas utilizadas seguem abaixo.

Média (M)

1 n
M   Pi Eq. 8
n i 1
21

Desvio Padrão (σ)

  (P  M ) 2

n 1 Eq. 9

Probabilidade (F)

m
F
n 1 Eq. 10

Tempo de recorrência (Tr)

1
Tr 
F Eq. 11

Considerando a distribuição de probabilidade de extremos de Gumbel, os valores


do fator de frequência K foram obtidos na Tabela 6.

Assim, dispondo da quantidade de amostras (quantidade de períodos de


precipitações máximas diárias anuais) de um determinado posto pluviométrico, foram obtidos
os valores de K para os diversos tempos de recorrência.

As precipitações de 1 dia para os diversos tempos de recorrência (Tr) e sua


probabilidade de ocorrer ou ser superada foram calculadas através da expressão:

PTr  M  K Eq. 12

Tabela 6 – Fatores de frequência (K) de Gumbel.


PERÍODO DE RECORRÊNCIA (TR, ANOS)
N / Tr 5 10 15 20 25 50 100
10 1,058 1,848 2,289 2,606 2,847 3,588 4,323
11 1,034 1,809 2,242 2,553 2,789 3,516 4,238
12 1,013 1,777 2,202 2,509 2,741 3,456 4,166
13 0,996 1,748 2,168 2,470 2,669 3,405 4,105
14 0,981 1,721 2,138 2,437 2,663 3,360 4,052
22

Tabela 6 – Fatores de frequência (K) de Gumbel (Continuação).


15 0,967 1,703 2,112 2,410 2,632 3,321 4,005
16 0,955 1,682 2,087 2,379 2,601 3,283 3,959
17 0,943 1,664 2,066 2,355 2,575 3,250 3,921
18 0,934 1,649 2,047 2,335 2,552 3,223 3,888
19 0,926 1,636 2,032 2,317 2,533 3,199 3,86
20 0,919 1,625 2,018 2,302 2,517 3,179 3,836
21 0,911 1,613 2,004 2,286 2,500 3,157 3,81
22 0,905 1,603 1,992 2,272 2,484 3,138 3,787
23 0,899 1,593 1,980 2,259 2,470 3,121 3,766
24 0,893 1,584 1,969 2,247 2,457 3,104 3,747
25 0,888 1,575 1,958 2,235 2,444 3,088 3,729
26 0,883 1,568 1,949 2,224 2,432 3,074 3,711
27 0,879 1,560 1,941 2,215 2,422 3,061 3,696
28 0,874 1,553 1,932 2,205 2,412 3,048 3,681
29 0,870 1,547 1,924 2,196 2,402 3,037 3,667
30 0,866 1,541 1,917 2,188 2,393 3,026 3,653
31 0,863 1,535 1,910 2,180 2,385 3,015 3,641
32 0,860 1,530 1,904 2,173 2,377 3,005 3,629
33 0,856 1,525 1,897 2,166 2,369 2,996 3,618
34 0,853 1,520 1,892 2,160 3,362 2,987 3,608
35 0,851 1,516 1,886 2,152 2,354 2,979 3,598
36 0,848 1,511 1,881 2,147 2,349 2,971 3,588
37 0,845 1,507 1,876 2,142 2,344 2,963 3,579
38 0,843 1,503 1,871 2,137 2,338 2,957 3,571
39 0,840 1,499 1,867 2,131 2,331 2,950 3,563
40 0,838 1,495 1,862 2,126 2,326 2,943 3,554
41 0,836 1,492 1,858 2,121 2,321 2,936 3,547
42 0,834 1,489 1,854 2,117 2,316 2,930 3,539
43 0,832 1,485 1,850 2,112 2,311 2,924 3,532
44 0,830 1,482 1,846 2,108 2,307 2,919 3,526
45 0,828 1,478 1,842 2,104 2,303 2,913 3,519
46 0,826 1,476 1,839 2,100 2,298 2,903 3,513
47 0,824 1,474 1,836 2,096 2,291 2,903 3,507
48 0,823 1,471 1,832 2,093 2,290 2,898 3,501
49 0,821 1,469 1,830 2,090 2,287 2,894 3,496
50 0,820 1,466 1,827 2,086 2,283 2,889 3,49
51 0,818 1,461 1,824 2,083 2,280 2,885 3,486
52 0,827 1,462 1,821 2,080 2,276 2,881 3,481
53 0,815 1,459 1,818 2,077 2,273 2,875 3,474
54 0,814 1,457 1,816 2,074 2,270 2,873 3,471
55 0,813 1,455 1,813 2,071 2,267 2,869 3,467
56 0,812 1,453 1,811 2,069 2,264 2,865 3,462
23

Tabela 6 – Fatores de frequência (K) de Gumbel (Conclusão).


57 0,810 1,451 1,809 2,063 2,261 2,862 3,458
58 0,809 1,449 1,805 2,064 2,258 2,858 3,454
59 0,808 1,448 1,801 2,061 2,226 2,855 3,45
60 0,807 1,446 1,802 2,059 2,253 2,852 3,46
OBS.: calculado por M.R.Reid, em novembro de 1942, sendo:
Tr = período de recorrência; e
N = número de eventos considerados

4.3 Cálculo das precipitações e intensidades 24 h, 1 h e 6 min – Método das Isozonas


Como as precipitações dos diversos tempos de recorrência correspondem à
máxima precipitação de um dia e se faz necessária a utilização de precipitação máxima, que é
o maior valor de chuva correspondente a um período consecutivo de 24 horas, é necessária a
adoção de fator relacional entre as duas durações. Estudos vêm encontrando fatores quase
constantes e independentes do período de retorno. A cidade de São Paulo vem adotando 1,14;
Torrico (1974), 1,10 e o U. S. Weather Bureau (EUA), 1,13, valor que foi adotado neste
estudo.

Torrigo (1974) propôs um método, baseado nos estudos de chuvas intensas de


Pfafstetter (1957), que tinha por base o estabelecimento de “isozonas”, que se constituíam
zonas geográficas nas quais a relação entre as alturas de chuva de 1 h e 24 h eram constantes
para um dado período de retorno (ver Figura 7 e Tabela 4).

Desta forma, de posse das coordenadas geográficas, é definida a isozona na qual o


posto em estudo está inserido e consequentemente adotados os respectivos parâmetros que
convertem as precipitações de 24 h em 1 h e em 6 min para os tempos de recorrência de 5, 10,
15, 20, 25, 30, 50, 100, 1000, 10000 anos.

Assim, as precipitações de um dia, obtidas pelo método de Gumbel para os


diversos tempos de recorrência, foram convertidas em precipitações de 24 h pela
multiplicação pelo fator 1,13, e posteriormente foram multiplicadas pelos fatores de oriundos
do cruzamento Zona x Tr, obtendo as precipitações de 1 h e de 6 min, para os diversos TRs.

Para o cálculo das intensidades foi realizada a divisão das precipitações dos
diversos tempos de recorrência pelas durações 24h, 1 h e 6 min (0,1 h).
24

Pi
ii  Eq. 13
ti

em que:

ii – intensidade, em mm/h;

Pi – precipitação, em mm;

ti – duração, em h.

4.4 Equações de chuvas intensas


A estrutura de equação adotada para correlacionar intensidade, tempo de
recorrência e duração das chuvas é a Equação 3, seguindo a metodologia para a obtenção de
seus parâmetros.

4.4.1 Determinação de c
O valor de c foi calculado por tentativa como disposto por Wilken (1978, p.50).

Devido à praticidade da regressão linear, esta foi utilizada para o ajuste de funções
não lineares a relações entre variáveis conforme cita Lanna (2001, p.104). Assim, uma
função potência

Y  A. X B Eq. 14

foi linearizada pela aplicação de logaritmos em ambos os termos,

Log (Y )  Log ( A)  B.Log ( X ) Eq. 15

vindo a ser apresentada como uma equação transformada em forma da equação de uma reta.

Z  B.W  A' Eq. 16


25

em que:

Z  Log (i) Eq. 17

A'  Log ( A)  Log ( K .Tr a ) Eq. 18

Bb Eq.19

B.W  Log ( X )  Log (t  c) Eq. 20

A obtenção por tentativa consistiu na atribuição de valores para c e consequente


cálculo de Log(t+c), com t assumindo 6, 60 e 1440 minutos, respectivos Log(i) para TR=5 e
cálculo da correlação R2, até que maior valor do coeficiente de correlação fosse alcançado.

4.4.2 Determinação de b
Foram calculados os valores de X=(t+c) para t = 6; 60 e 1.440 minutos e os
respectivos valores de W. Para os tempos de recorrência (Tr) de 5, 10, 15, 20, 25, 50, 100
anos, foram calculados os valores de Z=Log(i) também para as durações de 6, 60 e 1.440
minutos, resultando no cálculo dos valores de A’ e B para cada Tr.

O valor adotado para b foi a média aritmética dos valores de B.

1 n
b   Bi
n i 1 Eq. 21

4.4.3 Determinação de a
De forma idêntica à determinação de b foi feita a determinação do valor de a.
Adotando a equação transformada em forma da equação de uma reta.

A'  aT  K ' Eq. 22

em que:
26

a = parâmetro a ser determinado

A'  Log ( A)  Log ( K .Tr a ) Eq. 18

K '  Log ( K ) Eq. 23

T  Log (Tr ) Eq. 24

Com os parâmetros A’ levantados na determinação de b para cada tempo de


recorrência (Tr) e respectivos valores de T = Log(Tr), foram obtidos os valores de a e K’.

4.4.4 Determinação de K
Dispondo do valor de A’ calculado foi calculado o valor de K.

K  10 A' Eq. 25

4.5 Interpolação
Na interpolação foram consideradas as informações referentes às equações IDF
levantadas no presente estudo e outras equações disponíveis no entorno: as de Denardin e
Freitas (1982) para São Luís, Turiaçu e Barra do Corda, no Maranhão e a equação de
Teresina; 2 no Tocantins de Silva et al. (2003) e 1 da Bahia de Silva et al (2002); todas
mostradas na Figura 7 e na Tabela 7.

Tabela 7 – Tabela das equações de referência com parâmetros e localização adotados na


interpolação.
COEFICIENTES DA COORD.
LOCALIDADE EQUAÇÃO GEOGRÁFICAS
NOME K a c b Lat Lon
Bacabal 1752,67 0,090 12 0,795 -4 13 0 -44 46 0
Açailândia 1907,66 0,127 12 0,795 -4 55 15 -47 29 49
Balsas 1706,48 0,132 12 0,795 -7 55 43 -45 59 19
Barreirinhas 1364,27 0,092 19 0,772 -2 45 0 -42 50 0
Pindaré-Mirim 1471,3 0,077 13 0,782 -3 37 0 -45 21 0
Carutapera 1527,92 0,154 19 0,772 -1 13 0 -46 1 0
São Domingos do Azeitão 1173,55 0,118 12 0,795 -6 49 0 -44 39 0
Viana 1699,81 0,103 16 0,780 -3 13 0 -45 0 0
Tutóia 1388,67 0,12 19 0,772 -2 46 0 -42 17 0
27

Tabela 7 – Tabela das equações de referência com parâmetros e localização adotados na


interpolação (continuação).
Alto Parnaíba 1427,28 0,127 13 0,782 -9 6 47 -45 55 34
Barão do Grajaú 1450,67 0,119 12 0,793 -6 45 43 -43 1 35
Chapadinha 1457,47 0,101 16 0,780 -3 55 34 -43 30 4
São Luís 1131,57 0,18 24 0,74 -2 32 0 -44 17 0
Turiaçu 1185,74 0,19 13 0,79 -1 43 0 -45 24 0
Barra do Corda 1530,67 0,2 17 0,83 -5 30 0 -45 16 0
Teresina (PI) 3977,07 0,2 28 0,96 -5 5 0 -42 49 0
Araguatins (TO) 4732,318 0,229 46,957 0,995 -5 38 54 -48 10 16
Tocantinópolis (TO) 9862,00 0,187 69,638 1,072 -6 17 14 -47 23 31
Formosa do Rio Preto
1719,054 0,174 20,021 0,865 -11 3 0 -45 12 0
(BA)

Figura 6 – Mapa do Maranhão georreferenciado com a localização dos postos


pluviométricas de referência utilizadas no processo de interpolação espacial.

A interpolação adotou fatores de ponderação baseados no trabalho de Cecílio e


Pruski (2003), com K e b usando o inverso da quinta potência da distância (IPD5), a com o
28

inverso da distância (IPD1)e c com o inverso do cubo da distância (IPD3), atendendo a


equação seguinte.

n  xi 
 
 m
i 1  d i


Gi  
n  
1
 
 m
i 1  d i


 Eq. 7

em que:

Gi – valor estimado na célula interpolada;

xi – valor do i-ésimo posto de controle;

di – comprimento do arco geodésico entre o i-ésimo posto de controle e o par de coordenadas


geográficas do ponto de interpolação;

m – expoente do comprimento do arco geodésico (variando de 1 a 5).

4.6 Apresentação dos resultados


Os arquivos apresentados a seguir refletem a memória de cálculo de todos os
estudos de casos elaborados.

Este capítulo contem basicamente dois blocos: no primeiro são apresentadas todas
as planilhas referentes às formulações das equações IDF a partir de séries históricas coletadas
na ANA e o segundo simula a formulação de um equação interpolada, a partir das equações
mais próximas..

4.7 Obtenção de equações de chuvas intensas


Os arquivos seguintes apresentam as tabelas referentes aos estudos de casos na
obtenção de equações de chuvas intensas e são apresentados por ordem alfabética do
Município, onde cada posto está situado.

Os estudos de casos são referentes aos municípios e seguem o ordenamento


apresentado:

1. Açailândia
2. Alto Parnaíba
29

3. Bacabal
4. Balsas
5. Barão de Grajaú
6. Barreirinhas
7. Carutapera
8. Chapadinha
9. Pindaré-Mirim
10. São Domingos do Azeitão
11. Tutóia
12. Viana

As planilhas referentes ao processamento das informações, elaboradas em


Microsoft-Excel, são apresentadas após as tabelas referentes aos dados das estações, assim
como as respectivas curvas IDF.

4.8 Estudo de caso Açailândia

No estudo de caso referente a Açailândia foi obtida a equação de chuvas intensas


referente posto 00447004:

Tr 0,127
i  1907,66
(t  12) 0,795 Eq.26

Tabela 8 – Dados da estação.


Código 447004
Nome Açailândia
Código Adicional -
Bacia Atlântico, trecho Norte/Nordeste (3)
Rios Gurupi,Turiaçu e outros (32)
Sub-bacia
Rio -
Estado Maranhão
Município Açailândia
Responsável ANA
Operadora CPRM
Latitude -4:55:15
Longitude -47:29:49
Altitude (m) -
Tipo de medição Pluviômetro
30

Tabela 9 – Precipitações máximas anuais.


POSTO PLUVIOMÉTRICO 000447004
ANA/CPRM
ANO P.MÁX
1995/96 164,50
1996/97 132,00
1997/98 89,70
1998/99 88,10
1999/00 93,40
2000/01 93,30
2001/02 73,90
2002/03 89,90
2003/04 86,70
2004/05 135,10
2005/06 144,00

Tabela 10 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência


(Método de Gumbel).
POSTO PLUVIOMÉTRICO 000447004/ANA/CPRM
P Nº P (P- (P- Probab
Ano 2 TR=F-1
(mm) ordem ORD Pmed) Pmed) F=m/(n+1)%
1995/96 164,50 1 164,50 56,26 3.165,60 8,33 12
1996/97 132,00 2 144,00 35,76 1.279,04 16,67 6
1997/98 89,70 3 135,10 26,86 721,65 25,00 4
1998/99 88,10 4 132,00 23,76 564,71 33,33 3
1999/00 93,40 5 93,40 - 14,84 220,12 41,67 2
2000/01 93,30 6 93,30 - 14,94 223,09 50,00 2
2001/02 73,90 7 89,90 - 18,34 336,22 58,33 2
2002/03 89,90 8 89,70 - 18,54 343,60 66,67 2
2003/04 86,70 9 88,10 - 20,14 405,47 75,00 1
2004/05 135,10 10 86,70 - 21,54 463,81 83,33 1
2005/06 144,00 11 73,90 - 34,34 1.178,99 91,67 1
SOMA 1.190,60 8.902,31
MÉDIA 108,24
σ= 29,84
TR (ANOS) 5 10 15 20 25 50 100
K 1,034 1,809 2,242 2,553 2,789 3,516 4,238
P (mm) = Pméd + K x σ
Precipitações
P5 P10 P15 P20 P25 P50 P100
Extremas
139,09 162,21 175,13 184,41 191,45 213,14 234,68
31

Tabela 11 – Cálculo das precipitações e intensidades de 24 h, 1 h e 6 min por tempo de recorrência (Método das Isozonas).
POSTO PLUVIOMÉTRICO 000447004
PRECIPITAÇÕES DE 24 HORAS, 1 HORA e 6 MINUTOS ISOZONA F
TEMPO DE 1 HORA / 24 HORAS 6 MIN 24HORAS
RECORRÊNCIA 5 10 15 20 25 50 100 10 a 50 100
(%) 46,0 45,5 45,3 45,1 44,9 44,5 44,1 13,9 12,4
PRECIPITAÇÃO (mm)
DURAÇÃO TEMPO DE RECORRÊNCIA (ANOS)
(h) 5 10 15 20 25 50 100
24 157,169 183,298 197,897 208,383 216,340 240,851 265,193
1 72,298 83,401 89,647 93,981 97,136 107,179 116,950
0,1 21,846 25,478 27,508 28,965 30,071 33,478 32,884
INTENSIDADE (mm/h)
DURAÇÃO TEMPO DE RECORRÊNCIA (ANOS)
(h) 5 10 15 20 25 50 100
24 6,549 7,637 8,246 8,683 9,014 10,035 11,050
1 72,298 83,401 89,647 93,981 97,136 107,179 116,950
0,1 218,465 254,785 275,077 289,652 300,712 334,783 328,840
32

CÁLCULO DOS PARÂMETROS DA EQUAÇÃO

Tabela 12 - Cálculo de c.
i Log(i) t c t+c Log(t+c) c t+c Log(t+c) c t+c Log(t+c)
6,54871 0,81616 1440 1451 3,16167 1452 3,16197 1453 3,16227
72,29771 1,85912 60 71 1,85126 72 1,85733 73 1,86332
11 12 13
218,46481 2,33938 6 17 1,23045 18 1,25527 19 1,27875
R²= 0,99998 R²= 1 R²= 0,999999
c adotado = 12

Tabela 13 – Cálculo de b.
Log(i)
X=t+c LOG(X) TR
5 10 15 20 25 50 100
1.452 3,1620 0,8162 0,8829 0,9162 0,9387 0,9549 1,0015 1,0434
72 1,8573 1,8591 1,9212 1,9525 1,9730 1,9874 2,0301 2,0680
18 1,2553 2,3394 2,4062 2,4395 2,4619 2,4782 2,5248 2,5170
LOG(A) 3,3426 3,4066 3,4388 3,4600 3,4752 3,5195 3,4968
b -0,799 -0,798 -0,798 -0,798 -0,798 -0,797 -0,775
b médio -0,795

Tabela 14 – Pares ordenados usados na determinação de a e K.


X=LOG(TR) Y=LOG(A)
0,6990 3,3426
1,0000 3,4066
1,1761 3,4388
1,3010 3,4600
1,3979 3,4752
1,6990 3,5195
2,0000 3,4968

Tabela 15 – Valores de a e K.
a 0,1268
K' = LOG (K) 3,2805
K 1907,66
33

Figura 7 - Curva IDF de Açailândia.


34

4.9 Estudo de caso Alto Parnaíba

No estudo de caso referente a Alto Parnaíba foi obtida a equação de chuvas


intensas referente posto 00945011:

Tr 0,127
i  1427,28
(t  13)0,782 Eq. 27

Tabela 16 – Dados da estação.


Código 945011
Nome Alto Parnaíba
Código Adicional ANA
Bacia Atlântico, trecho Norte/Nordeste (3)
Sub-bacia Rio Parnaíba (34)
Rio -
Estado Maranhão
Município Alto Parnaíba
Responsável ANA
Operadora CPRM
Latitude -9:6:47
Longitude -45:55:34
Altitude (m) 280
Tipo de medição Pluviômetro

Tabela 17 – Precipitações máximas anuais.


POSTO PLUVIOMÉTRICO 00945011
ANA/CPRM
ANO P.MÁX
1983 47,20
1984 100,00
1985 82,20
1986 74,30
1987 124,20
1988 71,00
1989 125,40
1990 71,10
1991 123,40
1992 130,20
1993 110,20
1994 59,40
35

Tabela 17 – Precipitações máximas anuais (Continuação).


1995 56,00
1996 78,40
1997 66,20
1998 65,20
1999 71,60
2000 89,00
2001 66,10
2002 67,20
2003 65,70
2004 113,50
2005 119,30
2006 91,10
2007 64,50
2008 69,50
2009 144,10
2010 144,10
2011 96,60

Tabela 18 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência


(Método de Gumbel).
POSTO PLUVIOMÉTRICO 00945011/ANA/CPRM
P Nº P (P- (P- Probab
Ano 2 TR=F-1
(mm) ordem ORD Pmed) Pmed) F=m/(n+1)%
1983 47,2 1 144,1 54,90 3.014,39 3,33 30
1984 100 2 144,1 54,90 3.014,39 6,67 15
1985 82,2 3 130,2 41,00 1.681,28 10,00 10
1986 74,3 4 125,4 36,20 1.310,69 13,33 8
1987 124,2 5 124,2 35,00 1.225,24 16,67 6
1988 71 6 123,4 34,20 1.169,88 20,00 5
1989 125,4 7 119,3 30,10 906,22 23,33 4
1990 71,1 8 113,5 24,30 590,66 26,67 4
1991 123,4 9 110,2 21,00 441,14 30,00 3
1992 130,2 10 100 10,80 116,71 33,33 3
1993 110,2 11 96,6 7,40 54,81 36,67 3
1994 59,4 12 91,1 1,90 3,62 40,00 3
1995 56 13 89 - 0,20 0,04 43,33 2
1996 78,4 14 82,2 - 7,00 48,95 46,67 2
1997 66,2 15 78,4 - 10,80 116,57 50,00 2
1998 65,2 16 74,3 - 14,90 221,91 53,33 2
1999 71,6 17 71,6 - 17,60 309,64 56,67 2
2000 89 18 71,1 - 18,10 327,49 60,00 2
2001 66,1 19 71 - 18,20 331,11 63,33 2
36

Tabela 18 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência


(Método de Gumbel) (Continuação).
2002 67,2 20 69,5 - 19,70 387,95 66,67 2
2003 65,7 21 67,2 - 22,00 483,85 70,00 1
2004 113,5 22 66,2 - 23,00 528,84 73,33 1
2005 119,3 23 66,1 - 23,10 533,45 76,67 1
2006 91,1 24 65,7 - 23,50 552,09 80,00 1
2007 64,5 25 65,2 - 24,00 575,83 83,33 1
2008 69,5 26 64,5 - 24,70 609,92 86,67 1
2009 144,1 27 59,4 - 29,80 887,83 90,00 1
2010 144,1 28 56 - 33,20 1.102,01 93,33 1
2011 96,6 29 47,2 - 42,00 1.763,71 96,67 1
SOMA 2.586,70 22.310,23
MÉDIA 89,20
σ= 28,23
TR (ANOS) 5 10 15 20 25 50 100
K 0,87 1,547 1,924 2,196 2,402 3,037 3,667
P (mm) = Pméd + K x σ
Precipitações
P5 P10 P15 P20 P25 P50 P100
Extremas
113,75 132,86 143,51 151,18 157,00 174,92 192,71
37

Tabela 19 – Cálculo das precipitações e intensidades de 24 h, 1 h e 6 min por tempo de recorrência (Método das Isozonas).
POSTO PLUVIOMÉTRICO 00945011
PRECIPITAÇÕES DE 24 HORAS, 1 HORA e 6 MINUTOS ISOZONA E
TEMPO DE 1 HORA / 24 HORAS 6 MIN 24HORAS
RECORRÊNCIA 5 10 15 20 25 50 100 10 a 50 100
(%) 44,0 43,6 43,3 43,2 43,0 42,6 42,2 12,6 11,2
PRECIPITAÇÃO (mm)
DURAÇÃO TEMPO DE RECORRÊNCIA (ANOS)
(h) 5 10 15 20 25 50 100
24 128,543 150,137 162,162 170,838 177,409 197,664 217,759
1 56,559 65,460 70,216 73,802 76,286 84,205 91,894
0,1 16,196 18,917 20,432 21,526 22,354 24,906 24,389
INTENSIDADE (mm/h)
DURAÇÃO TEMPO DE RECORRÊNCIA (ANOS)
(h) 5 10 15 20 25 50 100
24 5,356 6,256 6,757 7,118 7,392 8,236 9,073
1 56,559 65,460 70,216 73,802 76,286 84,205 91,894
0,1 161,964 189,173 204,324 215,256 223,535 249,056 243,890
38

CÁLCULO DOS PARÂMETROS DA EQUAÇÃO

Tabela 20 – Cálculo de c.
i Log(i) t c t+c Log(t+c) c t+c Log(t+c) c t+c Log(t+c)
5,35594 0,72884 1440 1452 3,16197 1453 3,16227 1454 3,16256
56,55874 1,75250 60 72 1,85733 73 1,86332 74 1,86923
12 13 14
161,96367 2,20942 6 18 1,25527 19 1,27875 20 1,30103
R²= 0,99997 R²= 1 R²= 0,999990
c adotado = 13

Tabela 21 – Cálculo de b.
Log(i)
X=t+c LOG(X) TR
5 10 15 20 25 50 100
1.453 3,1623 0,7288 0,7963 0,8297 0,8524 0,8688 0,9157 0,9578
73 1,8633 1,7525 1,8160 1,8464 1,8681 1,8824 1,9253 1,9633
19 1,2788 2,2094 2,2769 2,3103 2,3330 2,3493 2,3963 2,3872
LOG(A) 3,216 3,281 3,313 3,3349 3,35 3,395 3,37
b -0,786 -0,786 -0,786 -0,785 -0,785 -0,785 -0,762
b médio -0,782

Tabela 22 – Pares ordenados usados na determinação de a e K.


X=LOG(TR) Y=LOG(A)
0,6990 3,2160
1,0000 3,2810
1,1761 3,3130
1,3010 3,3349
1,3979 3,3500
1,6990 3,3950
2,0000 3,3700

Tabela 23 – Valores de a e K
a 0,1271
K' = LOG (K) 3,1545
K 1427,28
39

Figura 8 - Curva IDF de Alto Parnaíba.


40

4.10 Estudo de caso Bacabal

No estudo de caso referente a Bacabal foi obtida a equação de chuvas intensas


referente posto 00444012:

Tr 0,090
i  1752,67
(t  12)0,795 Eq. 28

Tabela 24 – Dados da estação.


Código 444012
Nome Bacabal
Código Adicional 82460
Bacia Atlântico, trecho Norte/Nordeste (3)
Sub-bacia Rios Mearim,Itapecuru e outros (33)
Rio -
Estado Maranhão
Município Bacabal
Responsável INMET
Operadora INMET
Latitude -4:13:0
Longitude -44:46:0
Altitude (m) 25
Tipo de medição Pluviômetro

Tabela 25 – Precipitações máximas anuais.


POSTO PLUVIOMÉTRICO 000444012
INMET/INMET
ANO P.MÁX
1977 101,00
1978 107,90
1979 120,30
1980 81,20
1981 115,20
1982 112,20
1983 78,20
1984 63,50
1985 88,40
1986 80,90
1987 113,30
1988 89,20
41

Tabela 25 – Precipitações máximas anuais (Continuação).


1989 100,20
1990 108,30
1991 128,00
1992 103,80
1993 80,70
1994 82,20
1995 143,00
1996 121,50
1997 90,40
1998 143,00

Tabela 26 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência


(Método de Gumbel).
POSTO PLUVIOMÉTRICO 000444012
INMET/INMET
P Nº P (P- (P- Probab
Ano 2 TR=F-1
(mm) ordem ORD Pmed) Pmed) F=m/(n+1)%
1977 101,00 1 143,0 40,62 1.649,84 4,35 23
1978 107,90 2 143,0 40,62 1.649,84 8,70 12
1979 120,30 3 128,0 25,62 656,29 13,04 8
1980 81,20 4 121,5 19,12 365,50 17,39 6
1981 115,20 5 120,3 17,92 321,06 21,74 5
1982 112,20 6 115,2 12,82 164,31 26,09 4
1983 78,20 7 113,3 10,92 119,21 30,43 3
1984 63,50 8 112,2 9,82 96,40 34,78 3
1985 88,40 9 108,3 5,92 35,02 39,13 3
1986 80,90 10 107,9 5,52 30,45 43,48 2
1987 113,30 11 103,8 1,42 2,01 47,83 2
1988 89,20 12 101,0 - 1,38 1,91 52,17 2
1989 100,20 13 100,2 - 2,18 4,76 56,52 2
1990 108,30 14 90,4 - 11,98 143,56 60,87 2
1991 128,00 15 89,2 - 13,18 173,76 65,22 2
1992 103,80 16 88,4 - 13,98 195,49 69,57 1
1993 80,70 17 82,2 - 20,18 407,31 73,91 1
1994 82,20 18 81,2 - 21,18 448,67 78,26 1
1995 143,00 19 80,9 - 21,48 461,47 82,61 1
1996 121,50 20 80,7 - 21,68 470,10 86,96 1
1997 90,40 21 78,2 - 24,18 584,76 91,30 1
1998 143,00 22 63,5 - 38,88 1.511,80 95,65 1
SOMA 2.252,40 9.493,51
MÉDIA 102,38
σ= 21,26
42

Tabela 26 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência


(Método de Gumbel) (Continuação).
TR (ANOS) 5 10 15 20 25 50 100
K 0,905 1,603 1,992 2,272 2,484 3,138 3,787
P (mm) = Pméd + K x σ
Precipitações
P5 P10 P15 P20 P25 P50 P100
Extremas
121,62 36,46 144,74 150,69 155,20 169,10 182,90
43

Tabela 27 – Cálculo das precipitações e intensidades de 24 h, 1 h e 6 min por tempo de recorrência (Método das Isozonas).
POSTO PLUVIOMÉTRICO 000444012
PRECIPITAÇÕES DE 24 HORAS, 1 HORA e 6 MINUTOS ISOZONA F
TEMPO DE 1 HORA / 24 HORAS 6 MIN 24HORAS
RECORRÊNCIA 5 10 15 20 25 50 100 10 a 50 100
(%) 46,0 45,5 45,3 45,1 44,9 44,5 44,1 13,9 12,4
PRECIPITAÇÃO (mm)
DURAÇÃO TEMPO DE RECORRÊNCIA (ANOS)
(h) 5 10 15 20 25 50 100
24 137,435 154,205 163,551 170,279 175,372 191,085 206,678
1 63,220 70,163 74,089 76,796 78,742 85,033 91,145
0,1 19,103 21,435 22,734 23,669 24,377 26,561 25,628
INTENSIDADE (mm/h)
DURAÇÃO TEMPO DE RECORRÊNCIA (ANOS)
(h) 5 10 15 20 25 50 100
24 5,726 6,425 6,815 7,095 7,307 7,962 8,612
1 63,220 70,163 74,089 76,796 78,742 85,033 91,145
0,1 191,035 214,345 227,336 236,687 243,767 265,608 256,281
44

CÁLCULO DOS PARÂMETROS DA EQUAÇÃO

Tabela 28 – Cálculo de c.
i Log(i) t c t+c Log(t+c) c t+c Log(t+c) c t+c Log(t+c)
5,72646 0,75789 1440 1451 3,16167 1452 3,16197 1453 3,16227
63,22011 1,80086 60 71 1,85126 72 1,85733 73 1,86332
11 12 13
191,03468 2,28111 6 17 1,23045 18 1,25527 19 1,27875
R²= 0,99999 R²= 1 R²= 0,999990
c adotado = 12
Tabela 29 – Cálculo de b.
Log(i)
X=t+c LOG(X) TR
5 10 15 20 25 50 100
1.452 3,1620 0,7579 0,8079 0,8334 0,8509 0,8637 0,9010 0,9351
72 1,8573 1,8009 1,8461 1,8698 1,8853 1,8962 1,9296 1,9597
18 1,2553 2,2811 2,3311 2,3567 2,3742 2,3870 2,4242 2,4087
LOG(A) 3,284 3,332 3,356 3,3720 3,384 3,419 3,389
b -0,799 -0,798 -0,798 -0,798 -0,798 -0,797 -0,775
b médio -0,795

Tabela 30 – Pares ordenados usados na determinação de a e K.


X=LOG(TR) Y=LOG(A)
0,6990 3,2840
1,0000 3,3320
1,1761 3,3560
1,3010 3,3720
1,3979 3,3840
1,6990 3,4190
2,0000 3,3890

Tabela 31 – Valores de a e K.
a 0,0895
K' = LOG (K) 3,237
K 1752,67
45

Figura 9 - Curva IDF de Bacabal.


46

4.11 Estudo de caso Balsas

No estudo de caso referente a Balsas foi obtida a equação de chuvas intensas


referente posto 00746007:

Tr 0,132
i  1706,48
(t  12) 0,795 Eq. 29

Tabela 32 – Dados da estação.


Código 746007
Nome Brejo Comprido
Código Adicional -
Bacia Atlântico, trecho Norte/Nordeste (3)
Sub-bacia Rio Parnaíba (34)
Rio -
Estado Maranhão
Município Balsas
Responsável ANA
Operadora CPRM
Latitude -7:55:43
Longitude -45:59:19
Altitude (m) 328
Tipo de medição Pluviômetro

Tabela 33 – Precipitações máximas anuais.


POSTO PLUVIOMÉTRICO 00746007
ANA/CPRM
ANO P.MÁX
1983 85,40
1984 73,20
1985 85,60
1986 109,00
1987 60,70
1988 75,30
1989 122,10
1990 69,30
1991 53,20
1992 116,30
1993 66,50
1994 87,00
47

Tabela 33 – Precipitações máximas anuais (Continuação).


1995 64,00
1996 87,00
1997 89,00
1998 61,00
1999 143,50
2000 63,00
2001 94,00
2002 81,50
2003 168,30
2004 78,10
2005 168,30
2006 117,00
2007 104,50
2008 103,30
2009 116,30
2010 133,40
2011 145,10

Tabela 34 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência


(Método de Gumbel).
POSTO PLUVIOMÉTRICO 00746007/ANA/CPRM
P Nº P Probab
Ano (P-Pmed) (P-Pmed)2 TR=F-1
(mm) ordem ORD F=m/(n+1)%
1983 85,4 1 168,3 71,03 5.044,92 3,33 30
1984 73,2 2 168,3 71,03 5.044,92 6,67 15
1985 85,6 3 145,1 47,83 2.287,48 10,00 10
1986 109 4 143,5 46,23 2.136,99 13,33 8
1987 60,7 5 133,4 36,13 1.305,20 16,67 6
1988 75,3 6 122,1 24,83 616,41 20,00 5
1989 122,1 7 117 19,73 389,18 23,33 4
1990 69,3 8 116,3 19,03 362,05 26,67 4
1991 53,2 9 116,3 19,03 362,05 30,00 3
1992 116,3 10 109 11,73 137,54 33,33 3
1993 66,5 11 104,5 7,23 52,24 36,67 3
1994 87 12 103,3 6,03 36,33 40,00 3
1995 64 13 94 - 3,27 10,71 43,33 2
1996 87 14 89 - 8,27 68,43 46,67 2
1997 89 15 87 - 10,27 105,52 50,00 2
1998 61 16 87 - 10,27 105,52 53,33 2
1999 143,5 17 85,6 - 11,67 136,25 56,67 2
2000 63 18 85,4 - 11,87 140,95 60,00 2
2001 94 19 81,5 - 15,77 248,77 63,33 2
2002 81,5 20 78,1 - 19,17 367,58 66,67 2
48

Tabela 34 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência


(Método de Gumbel) (Continuação).
2003 168,3 21 75,3 - 21,97 482,79 70,00 1
2004 78,1 22 73,2 - 24,07 579,48 73,33 1
2005 168,3 23 69,3 - 27,97 782,46 76,67 1
2006 117 24 66,5 - 30,77 946,94 80,00 1
2007 104,5 25 64 - 33,27 1.107,05 83,33 1
2008 103,3 26 63 - 34,27 1.174,60 86,67 1
2009 116,3 27 61 - 36,27 1.315,69 90,00 1
2010 133,4 28 60,7 - 36,57 1.337,54 93,33 1
2011 145,1 29 53,2 - 44,07 1.942,38 96,67 1
SOMA 2.820,90 28.627,96
MÉDIA 97,27
σ= 31,98
TR (ANOS) 5 10 15 20 25 50 100
K 0,870 1,547 1,924 2,196 2,402 3,037 3,667
P (mm) = Pméd + K x σ
Precipitações
P5 P10 P15 P20 P25 P50 P100
Extremas
125,09 146,74 158,79 167,49 174,08 194,38 214,53
49

Tabela 35 – Cálculo das precipitações e intensidades de 24 h, 1 h e 6 min por tempo de recorrência (Método das Isozonas).
POSTO PLUVIOMÉTRICO 00746007
PRECIPITAÇÕES DE 24 HORAS, 1 HORA e 6 MINUTOS ISOZONA F
TEMPO DE 1 HORA / 24 HORAS 6 MIN 24HORAS
RECORRÊNCIA 5 10 15 20 25 50 100 10 a 50 100
(%) 46,0 45,5 45,3 45,1 44,9 44,5 44,1 13,9 12,4
PRECIPITAÇÃO (mm)
DURAÇÃO TEMPO DE RECORRÊNCIA (ANOS)
(h) 5 10 15 20 25 50 100
24 141,353 165,814 179,436 189,264 196,707 219,651 242,415
1 65,022 75,446 81,285 85,358 88,322 97,745 106,905
0,1 19,648 23,048 24,942 26,308 27,342 30,532 30,059
INTENSIDADE (mm/h)
DURAÇÃO TEMPO DE RECORRÊNCIA (ANOS)
(h) 5 10 15 20 25 50 100
24 5,890 6,909 7,477 7,886 8,196 9,152 10,101
1 65,022 75,446 81,285 85,358 88,322 97,745 106,905
0,1 196,480 230,482 249,416 263,077 273,423 305,315 300,594
50

CÁLCULO DOS PARÂMETROS DA EQUAÇÃO

Tabela 36 – Cálculo de c.
i Log(i) t c t+c Log(t+c) c t+c Log(t+c) c t+c Log(t+c)
5,88970 0,77009 1440 1451 3,16167 1452 3,16197 1453 3,16227
65,02231 1,81306 60 71 1,85126 72 1,85733 73 1,86332
11 12 13
196,48047 2,29332 6 17 1,23045 18 1,25527 19 1,27875
R²= 0,99998 R²= 1 R²= 0,999990
c adotado = 12
Tabela 37 – Cálculo de b.
Log(i)
X=t+c LOG(X) TR
5 10 15 20 25 50 100
1.452 3,1620 0,7701 0,8394 0,8737 0,8969 0,9136 0,9615 1,0043
72 1,8573 1,8131 1,8776 1,9100 1,9312 1,9461 1,9901 2,0290
18 1,2553 2,2933 2,3626 2,3969 2,4201 2,4368 2,4847 2,4780
LOG(A) 3,297 3,363 3,396 3,418 3,434 3,48 3,457
b -0,799 -0,798 -0,798 -0,798 -0,798 -0,797 -0,775
b médio -0,795

Tabela 38 – Pares ordenados usados na determinação de a e K.


X=LOG(TR) Y=LOG(A)
0,6990 3,2970
1,0000 3,3630
1,1761 3,3960
1,3010 3,4183
1,3979 3,4340
1,6990 3,4800
2,0000 3,4570

Tabela 39 – Valores de a e K.
a 0,1316
K' = LOG (K) 3,2321
K 1706,48
51

Figura 10 - Curva IDF de Balsas.


52

4.12 Estudo de caso Barão de Grajaú

No estudo de caso referente a Barão de Grajaú foi obtida a equação de


chuvas intensas referente posto 00643013:

Tr 0,119
i  1450,67
(t  12) 0,793 Eq. 30

Tabela 40 – Dados da estação.


Código 643013
Nome Barão de Grajaú
Código Adicional ANA
Bacia Atlântico, trecho Norte/Nordeste (3)
Sub-bacia Rio Parnaíba (34)
Rio -
Estado Maranhão
Município Barão de Grajaú
Responsável ANA
Operadora CPRM
Latitude -6:45:43
Longitude -43:1:35
Altitude (m) 107
Tipo de medição Pluviômetro

Tabela 41 – Precipitações máximas anuais.


POSTO PLUVIOMÉTRICO 00643013
ANA/CPRM
ANO P.MÁX
1982 50,2
1983 78,4
1984 90,4
1985 94
1986 101,2
1987 98,8
1988 62
1989 74,2
1990 98,8
1991 89,6
1992 83,2
1993 42,6
53

Tabela 41 – Precipitações máximas anuais (Continuação).


1994 62
1995 69,4
1996 77,6
1997 83,6
1998 67,3
1999 121
2000 87,6
2001 95,2
2002 105
2003 50
2004 118
2005 84,8
2006 87
2007 52,6
2008 77
2009 81,8
2010 61,4
2011 160,8

Tabela 42 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência


(Método de Gumbel).
POSTO PLUVIOMÉTRICO 00643013/ANA/CPRM
P Nº P (P- (P- Probab
Ano 2 TR=F-1
(mm) ordem ORD Pmed) Pmed) F=m/(n+1)%
1982 50,2 1 160,8 77,28 5.972,71 3,23 31
1983 78,4 2 121,0 37,48 1.405,00 6,45 16
1984 90,4 3 118,0 34,48 1.189,10 9,68 10
1985 94 4 105,0 21,48 461,53 12,90 8
1986 101,2 5 101,2 17,68 312,70 16,13 6
1987 98,8 6 98,8 15,28 233,58 19,35 5
1988 62 7 98,8 15,28 233,58 22,58 4
1989 74,2 8 95,2 11,68 136,50 25,81 4
1990 98,8 9 94,0 10,48 109,90 29,03 3
1991 89,6 10 90,4 6,88 47,38 32,26 3
1992 83,2 11 89,6 6,08 37,01 35,48 3
1993 42,6 12 87,6 4,08 16,67 38,71 3
1994 62 13 87,0 3,48 12,13 41,94 2
1995 69,4 14 84,8 1,28 1,65 45,16 2
1996 77,6 15 83,6 0,08 0,01 48,39 2
1997 83,6 16 83,2 - 0,32 0,10 51,61 2
1998 67,3 17 81,8 - 1,72 2,95 54,84 2
1999 121 18 78,4 - 5,12 26,18 58,06 2
54

Tabela 42 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência


(Método de Gumbel) (Continuação).
2000 87,6 19 77,6 - 5,92 35,01 61,29 2
2001 95,2 20 77,0 - 6,52 42,47 64,52 2
2002 105 21 74,2 - 9,32 86,80 67,74 1
2003 50 22 69,4 - 14,12 199,28 70,97 1
2004 118 23 67,3 - 16,22 262,98 74,19 1
2005 84,8 24 62,0 - 21,52 462,97 77,42 1
2006 87 25 62,0 - 21,52 462,97 80,65 1
2007 52,6 26 61,4 - 22,12 489,15 83,87 1
2008 77 27 52,6 - 30,92 955,84 87,10 1
2009 81,8 28 50,2 - 33,32 1.110,00 90,32 1
2010 61,4 29 50,0 - 33,52 1.123,37 93,55 1
2011 160,8 30 42,6 - 40,92 1.674,17 96,77 1
SOMA 2.505,50 17.103,68
MÉDIA 83,52 σ= 24,29
TR (ANOS) 5 10 15 20 25 50 100
K 0,866 1,541 1,917 2,188 2,393 3,026 3,653
P (mm) = Pméd + K x σ
Precipitações
P5 P10 P15 P20 P25 P50 P100
Extremas
104,55 120,94 130,07 136,65 141,63 157,00 172,23
55

Tabela 43 – Cálculo das precipitações e intensidades de 24 h, 1 h e 6 min por tempo de recorrência (Método das Isozonas).
POSTO PLUVIOMÉTRICO 00643013
PRECIPITAÇÕES DE 24 HORAS, 1 HORA e 6 MINUTOS ISOZONA F
TEMPO DE 1 HORA / 24 HORAS 6 MIN 24HORAS
RECORRÊNCIA 5 10 15 20 25 50 100 10 a 50 100
(%) 46,0 45,5 45,3 45,1 44,9 44,5 44,1 13,9 12,4
PRECIPITAÇÃO (mm)
DURAÇÃO TEMPO DE RECORRÊNCIA (ANOS)
(h) 5 10 15 20 25 50 100
24 118,139 136,663 146,981 154,418 160,044 177,415 194,621
1 54,344 62,182 66,582 69,643 71,860 78,950 85,828
0,1 16,421 18,996 20,430 21,464 22,246 24,661 24,133
INTENSIDADE (mm/h)
DURAÇÃO TEMPO DE RECORRÊNCIA (ANOS)
(h) 5 10 15 20 25 50 100
24 4,922 5,694 6,124 6,434 6,668 7,392 8,109
1 54,344 62,182 66,582 69,463 71,860 78,950 85,828
0,1 164,213 189,961 204,304 214,641 222,461 246,607 241,331
56

CÁLCULO DOS PARÂMETROS DA EQUAÇÃO

Tabela 44 – Cálculo de c.
i Log(i) t c t+c Log(t+c) c t+c Log(t+c) c t+c Log(t+c)
4,92246 0,69218 1440 1451 3,16167 1452 3,16197 1453 3,16227
54,34397 1,73515 60 71 1,85126 72 1,85733 73 1,86332
11 12 13
164,21331 2,21541 6 17 1,23045 18 1,25527 19 1,27875
R²= 0,999999 R²= 1 R²= 0,999985
c adotado = 12
Tabela 45 – Cálculo de b.
Log(i)
X=t+c LOG(X) TR
5 10 15 20 25 50 100
1.452 3,1620 0,6922 0,7554 0,7871 0,8085 0,8240 0,8688 0,9090
72 1,8573 1,7352 1,7937 1,8234 1,8429 1,8565 1,8974 1,9336
18 1,2553 2,2154 2,2787 2,3103 2,3317 2,3473 2,3920 2,3826
LOG(A) 3,297 3,219 3,279 3,3298 3,362 3,344 3,387
b -0,799 -0,79 -0,798 -0,798 -0,805 -0,798 -0,797
b médio -0,793

Tabela 46 – Pares ordenados usados na determinação de a e K.


X=LOG(TR) Y=LOG(A)
0,6990 3,2190
1,0000 3,2790
1,1761 3,3100
1,3010 3,3298
1,3979 3,3440
1,6990 3,3870
2,0000 3,3620

Tabela 47 – Valores de a e K.
a 0,1186
K' = LOG (K) 3,1616
K 1450,67
57

Figura 11 - Curva IDF de Grajaú.


58

4.13 Estudo de caso Barreirinhas

No estudo de caso referente a Barreirinhas foi obtida a equação de chuvas intensas


referente posto 00242000:

Tr 0,092
i  1364,27
(t  19) 0,772 Eq. 31

Tabela 48 – Dados da estação.


Código 242000
Nome Barreirinhas
Código Adicional 2754534
Bacia Atlântico, trecho Norte/Nordeste (3)
Sub-bacia Rios Mearim, Itapecuru e outros (33)
Rio -
Estado Maranhão
Município Barreirinhas
Responsável Sudene
Operadora Sudene
Latitude -2:45:0
Longitude -42:50:0
Altitude (m) 20
Tipo de medição Pluviômetro

Tabela 49 – Precipitações máximas anuais.


POSTO PLUVIOMÉTRICO 00242000
SUDENE/SUDENE
ANO P.MÁX
1966 80,00
1967 91,80
1968 76,60
1969 76,00
1970 140,00
1971 69,40
1972 95,00
1973 70,00
1974 94,20
1975 112,20
1976 75,00
1977 100,60
59

Tabela 49 – Precipitações máximas anuais (Continuação).


1978 77,00
1979 104,60
1980 126,20
1981 129,00
1982 72,00
1983 97,00
1984 100,00
1985 106,40
1986 70,40
1987 85,60
1988 100,40
1989 116,00
1990 60,40
1991 100,00

Tabela 50 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência


(Método de Gumbel).
POSTO PLUVIOMÉTRICO 00242000 - SUDENE/SUDENE
P Nº P (P- (P- Probab
Ano 2 TR=F-1
(mm) ordem ORD Pmed) Pmed) F=m/(n+1)%
1966 80,00 1 140 46,70 2.180,89 3,70 27
1967 91,80 2 129 35,70 1.274,49 7,41 14
1968 76,60 3 126,2 32,90 1.082,41 11,11 9
1969 76,00 4 116 22,70 515,29 14,81 7
1970 140,00 5 112,2 18,90 357,21 18,52 5
1971 69,40 6 106,4 13,10 171,61 22,22 5
1972 95,00 7 104,6 11,30 127,69 25,93 4
1973 70,00 8 100,6 7,30 53,29 29,63 3
1974 94,20 9 100,4 7,10 50,41 33,33 3
1975 112,20 10 100 6,70 44,89 37,04 3
1976 75,00 11 100 6,70 44,89 40,74 2
1977 100,60 12 97 3,70 13,69 44,44 2
1978 77,00 13 95 1,70 2,89 48,15 2
1979 104,60 14 94,2 0,90 0,81 51,85 2
1980 126,20 15 91,8 - 1,50 2,25 55,56 2
1981 129,00 16 85,6 - 7,70 59,29 59,26 2
1982 72,00 17 80 - 13,30 176,89 62,96 2
1983 97,00 18 77 - 16,30 265,69 66,67 2
1984 100,00 19 76,6 - 16,70 278,89 70,37 1
1985 106,40 20 76 - 17,30 299,29 74,07 1
1986 70,40 21 75 - 18,30 334,89 77,78 1
1987 85,60 22 72 - 21,30 453,69 81,48 1
60

Tabela 50 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência


(Método de Gumbel) (Continuação).
1988 100,40 23 70,4 - 22,90 524,41 85,19 1
1989 116,00 24 70 - 23,30 542,89 88,89 1
1990 60,40 25 69,4 - 23,90 571,21 92,59 1
1991 100,00 26 60,4 - 32,90 1.082,41 96,30 1
SOMA 2.425,80 10.512,26
MÉDIA 93,30
σ= 20,51
TR (ANOS) 5 10 15 20 25 50 100
K 0,883 1,568 1,949 2,224 2,432 3,074 3,711

Precipitações P (mm) = Pméd + K x σ


Extremas P5 P10 P15 P20 P25 P50 P100
111,41 125,45 133,27 138,91 143,17 156,34 169,40
61

Tabela 51 – Cálculo das precipitações e intensidades de 24 h, 1 h e 6 min por tempo de recorrência (Método das Isozonas).
POSTO PLUVIOMÉTRICO 00242000
PRECIPITAÇÕES DE 24 HORAS, 1 HORA e 6 MINUTOS ISOZONA C
TEMPO DE 1 HORA / 24 HORAS 6 MIN 24HORAS
RECORRÊNCIA 5 10 15 20 25 50 100 10 a 50 100
(%) 40,1 39,7 39,5 39,3 39,2 38,8 38,4 9,8 8,8
PRECIPITAÇÃO (mm)
DURAÇÃO TEMPO DE RECORRÊNCIA (ANOS)
(h) 5 10 15 20 25 50 100
24 125,890 141,762 150,590 156,963 161,782 176,659 191,419
1 50,482 56,280 59,483 61,686 63,419 68,544 73,505
0,1 12,337 13,893 14,758 15,382 15,855 17,313 16,845
INTENSIDADE (mm/h)
DURAÇÃO TEMPO DE RECORRÊNCIA (ANOS)
(h) 5 10 15 20 25 50 100
24 5,245 5,907 6,275 6,540 6,741 7,361 7,976
1 50,482 56,280 59,483 61,686 63,419 68,544 73,505
0,1 123,372 138,927 147,579 153,823 158,547 173,125 168,449
62

CÁLCULO DOS PARÂMETROS DA EQUAÇÃO

Tabela 52 – Cálculo de c.
i Log(i) t c t+c Log(t+c) c t+c Log(t+c) c t+c Log(t+c)
5,24540 0,71978 1440 1458 3,16376 1459 3,16406 1460 3,16435
50,48171 1,70313 60 78 1,89209 79 1,89763 80 1,90309
18 19 13
123,37175 2,09122 6 24 1,38021 25 1,39794 26 1,41497
R²= 0,99999 R²= 1 R²= 0,999990
c adotado = 19
Tabela 53 – Cálculo de b.
Log(i)
X=t+c LOG(X) TR
5 10 15 20 25 50 100
1.459 3,1641 0,7198 0,7713 0,7976 0,8156 0,8287 0,8669 0,9018
79 1,8976 1,7031 1,7504 1,7744 1,7902 1,8022 1,8360 1,8663
25 1,3979 2,0912 2,1428 2,1690 2,1870 2,2002 2,2384 2,2265
LOG(A) 3,297 3,177 3,225 3,267 3,297 3,279 3,314
b -0,799 -0,777 -0,776 -0,775 -0,782 -0,775 -0,774
b médio -0,772

Tabela 54 – Pares ordenados usados na determinação de a e K.


X=LOG(TR) Y=LOG(A)
0,6990 3,1770
1,0000 3,2250
1,1761 3,2500
1,3010 3,2670
1,3979 3,2790
1,6990 3,3140
2,0000 3,2850

Tabela 55 – Valores de a e K.
a 0,0920
K' = LOG (K) 3,1349
K 1364,27
63

Figura 12 - Curva IDF de Barreirinhas.


64

4.14 Estudo de caso Carutapera

No estudo de caso referente a Carutapera foi obtida a equação de chuvas intensas


referente posto 00146004:

Tr 0,154
i  1527,92
(t  19) 0,772 Eq. 32

Tabela 56 – Dados da estação.


Código 146004
Nome Carutapera
Código Adicional 2627498
Bacia Atlântico, trecho Norte/Nordeste (3)
Sub-bacia Rios Gurupi,Turiaçu e outros (32)
Rio -
Estado Maranhão
Município Carutapera
Responsável SUDENE
Operadora SUDENE
Latitude -1:13:0
Longitude -46:1:0
Altitude (m) 10
Tipo de medição Pluviômetro

Tabela 57 – Precipitações máximas anuais.


POSTO PLUVIOMÉTRICO 00146004
SUDENE/SUDENE
ANO P.MÁX
1975 122,50
1976 65,90
1977 183,40
1978 120,40
1979 100,20
1980 80,30
1981 100,00
1982 75,00
1983 75,00
1984 50,20
1985 81,10
1986 129,30
65

Tabela 58 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência


(Método de Gumbel).
POSTO PLUVIOMÉTRICO 00146004 - SUDENE/SUDENE
P Nº P (P- (P- Probab
Ano 2 TR=F-1
(mm) ordem ORD Pmed) Pmed) F=m/(n+1)%
1975 122,5 1 183,4 84,79 7.189,63 7,69 13
1976 65,9 2 129,3 30,69 941,98 15,38 7
1977 183,4 3 122,5 23,89 570,81 23,08 4
1978 120,4 4 120,4 21,79 474,88 30,77 3
1979 100,2 5 100,2 1,59 2,53 38,46 3
1980 80,3 6 100 1,39 1,94 46,15 2
1981 100 7 81,1 - 17,51 306,54 53,85 2
1982 75 8 80,3 - 18,31 335,20 61,54 2
1983 75 9 75 - 23,61 557,35 69,23 1
1984 50,2 10 75 - 23,61 557,35 76,92 1
1985 81,1 11 65,9 - 32,71 1.069,84 84,62 1
1986 129,3 12 50,2 - 48,41 2.343,37 92,31 1
SOMA 1.183,30 14.351,41
MÉDIA 98,61
σ= 36,12
TR (ANOS) 5 10 15 20 25 50 100
K 1,013 1,777 2,202 2,509 2,741 3,456 4,166
P (mm) = Pméd + K x σ
Precipitações
P5 P10 P15 P20 P25 P50 P100
Extremas
135,20 162,79 178,15 189,23 197,61 223,44 249,09
66

Tabela 59 – Cálculo das precipitações e intensidades de 24 h, 1 h e 6 min por tempo de recorrência (Método das Isozonas).
POSTO PLUVIOMÉTRICO 00146004
PRECIPITAÇÕES DE 24 HORAS, 1 HORA e 6 MINUTOS ISOZONA C
TEMPO DE 1 HORA / 24 HORAS 6 MIN 24HORAS
RECORRÊNCIA 5 10 15 20 25 50 100 10 a 50 100
(%) 40,1 39,7 39,5 39,3 39,2 38,8 38,4 9,8 8,8
PRECIPITAÇÃO (mm)
DURAÇÃO TEMPO DE RECORRÊNCIA (ANOS)
(h) 5 10 15 20 25 50 100
24 152,774 183,957 201,304 213,835 223,304 252,487 281,466
1 61,262 73,031 79,515 84,037 87,535 97,965 108,083
0,1 14,972 18,028 19,728 20,956 21,884 24,744 24,769
INTENSIDADE (mm/h)
DURAÇÃO TEMPO DE RECORRÊNCIA (ANOS)
(h) 5 10 15 20 25 50 100
24 6,366 7,665 8,388 8,910 9,304 10,520 11,728
1 61,262 73,031 79,515 84,037 87,535 97,965 108,083
0,1 149,718 180,278 197,278 209,558 218,838 247,437 247,690
67

CÁLCULO DOS PARÂMETROS DA EQUAÇÃO

Tabela 60 – Cálculo de c.
i Log(i) t c t+c Log(t+c) c t+c Log(t+c) c t+c Log(t+c)
6,36558 0,80384 1440 1458 3,16376 1459 3,16406 1460 3,16435
61,26234 1,78719 60 78 1,89209 79 1,89763 80 1,90309
18 19 20
149,71844 2,17528 6 24 1,38021 25 1,39794 26 1,41497
R²= 0,99999 R²= 1 1 0,999990
c adotado = 19

Tabela 61 – Cálculo de b.
Log(i)
X=t+c LOG(X) TR
5 10 15 20 25 50 100
1.459 3,1641 0,8038 0,8845 0,9236 0,9499 0,9687 1,0220 1,0692
79 1,8976 1,7872 1,8635 1,9004 1,9245 1,9422 1,9911 2,0338
25 1,3979 2,1753 2,2559 2,2951 2,3213 2,3401 2,3935 2,3939
LOG(A) 3,297 3,261 3,339 3,376 3,401 3,419 3,469
b -0,799 -0,777 -0,776 -0,776 -0,775 -0,775 -0,774
b médio -0,772

Tabela 62 – Pares ordenados usados na determinação de a e K.


X=LOG(TR) Y=LOG(A)
0,6990 3,2610
1,0000 3,3390
1,1761 3,3760
1,3010 3,4010
1,3979 3,4190
1,6990 3,4690
2,0000 3,4520

Tabela 63 – Valores de a e K.
a 0,1540
K' = LOG (K) 3,1841
K 1527,92
68

Figura 13 - Curva IDF de Carutapera.


69

4.15 Estudo de caso Chapadinha

No estudo de caso referente a Chapadinha foi obtida a equação de chuvas intensas


referente posto 00343010:

Tr 0,101
i  1457,47
(t  16) 0,780 Eq. 33

Tabela 64 – Dados da estação.


Código 343010
Nome Brejo do Meio
Código Adicional -
Bacia Atlântico, trecho Norte/Nordeste (3)
Sub-bacia Rios Mearim,Itapecuru e outros (33)
Rio -
Estado Maranhão
Município Chapadinha
Responsável ANA
Operadora CPRM
Latitude -3:55:34
Longitude -43:30:4
Altitude (m) -
Tipo de medição Pluviômetro

Tabela 65 – Precipitações máximas anuais.


POSTO PLUVIOMÉTRICO 00343010
ANA/CPRM
ANO P.MÁX
1986 83,40
1987 142,00
1988 75,20
1989 80,20
1990 97,70
1991 106,60
1992 105,10
1993 74,20
1994 60,00
1995 90,00
1996 72,00
1997 80,00
70

Tabela 65 – Precipitações máximas anuais (Continuação).


1998 90,00
1999 101,30
2000 88,10
2001 80,30
2002 112,00
2003 104,10
2004 149,50
2005 91,70
2006 79,50
2007 66,10
2008 93,40
2009 120,00
2010 64,60
2011 126,00

Tabela 66 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência


(Método de Gumbel).
POSTO PLUVIOMÉTRICO 00343010 - ANA/CPRM
P Nº P (P- (P- Probab
Ano 2 TR=F-1
(mm) ordem ORD Pmed) Pmed) F=m/(n+1)%
1986 83,4 1 149,5 55,92 3.127,39 3,70 27
1987 142 2 142,0 48,42 2.344,79 7,41 14
1988 75,2 3 126,0 32,42 1.051,26 11,11 9
1989 80,2 4 120,0 26,42 698,18 14,81 7
1990 97,7 5 112,0 18,42 339,41 18,52 5
1991 106,6 6 106,6 13,02 169,60 22,22 5
1992 105,1 7 105,1 11,52 132,78 25,93 4
1993 74,2 8 104,1 10,52 110,74 29,63 3
1994 60 9 101,3 7,72 59,65 33,33 3
1995 90 10 97,7 4,12 17,00 37,04 3
1996 72 11 93,4 - 0,18 0,03 40,74 2
1997 80 12 91,7 - 1,88 3,52 44,44 2
1998 90 13 90,0 - 3,58 12,79 48,15 2
1999 101,3 14 90,0 - 3,58 12,79 51,85 2
2000 88,1 15 88,1 - 5,48 30,00 55,56 2
2001 80,3 16 83,4 - 10,18 103,57 59,26 2
2002 112 17 80,3 - 13,28 176,28 62,96 2
2003 104,1 18 80,2 - 13,38 178,94 66,67 2
2004 149,5 19 80,0 - 13,58 184,33 70,37 1
2005 91,7 20 79,5 - 14,08 198,16 74,07 1
2006 79,5 21 75,2 - 18,38 337,71 77,78 1
2007 66,1 22 74,2 - 19,38 375,47 81,48 1
71

Tabela 66 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência


(Método de Gumbel) (Continuação).
2008 93,4 23 72,0 - 21,58 465,56 85,19 1
2009 120 24 66,1 - 27,48 754,98 88,89 1
2010 64,6 25 64,6 - 28,98 839,66 92,59 1
2011 126 26 60,0 - 33,58 1.127,41 96,30 1
SOMA 2.433,00 12.852,01
MÉDIA 93,58
σ= 22,67
TR (ANOS) 5 10 15 20 25 50 100
K 0,883 1,568 1,949 2,224 2,432 3,074 3,711
P (mm) = Pméd + K x σ
Precipitações
P5 P10 P15 P20 P25 P50 P100
Extremas
113,60 129,13 137,77 144,00 148,72 163,27 177,72
72

Tabela 67 – Cálculo das precipitações e intensidades de 24 h, 1 h e 6 min por tempo de recorrência (Método das Isozonas).
POSTO PLUVIOMÉTRICO 00343010
PRECIPITAÇÕES DE 24 HORAS, 1 HORA e 6 MINUTOS ISOZONA E
TEMPO DE 1 HORA / 24 HORAS 6 MIN 24HORAS
RECORRÊNCIA 5 10 15 20 25 50 100 10 a 50 100
(%) 42,0 41,6 41,4 41,2 41,1 40,7 40,3 11,2 10,0
PRECIPITAÇÃO (mm)
DURAÇÃO TEMPO DE RECORRÊNCIA (ANOS)
(h) 5 10 15 20 25 50 100
24 128,365 145,915 155,677 162,723 168,052 184,500 200,821
1 53,913 60,701 64,450 67,042 69,069 75,092 80,931
0,1 14,377 16,343 17,436 18,225 18,822 20,664 20,082
INTENSIDADE (mm/h)
DURAÇÃO TEMPO DE RECORRÊNCIA (ANOS)
(h) 5 10 15 20 25 50 100
24 5,349 6,080 6,487 6,780 7,002 7,688 8,368
1 53,913 60,701 64,450 67,042 69,069 75,092 80,931
0,1 143,769 163,425 174,358 182,249 188,218 206,641 200,821
73

CÁLCULO DOS PARÂMETROS DA EQUAÇÃO

Tabela 68 – Cálculo de c.
i Log(i) t c t+c Log(t+c) c t+c Log(t+c) c t+c Log(t+c)
5,34855 0,72824 1440 1455 3,16286 1456 3,16316 1457 3,16346
53,91336 1,73170 60 75 1,87506 76 1,88081 77 1,88649
15 16 17
143,76897 2,15767 6 21 1,32222 22 1,34242 23 1,36173
R²= 0,999999 R²= 1 R²= 0,999970
c adotado = 16

Tabela 69 – Cálculo de b.
Log(i)
X=t+c LOG(X) TR
5 10 15 20 25 50 100
1.456 3,1632 0,7282 0,7839 0,8120 0,8312 0,8452 0,8858 0,9226
76 1,8808 1,7317 1,7832 1,8092 1,8263 1,8393 1,8756 1,9081
22 1,3424 2,1577 2,2133 2,2414 2,2607 2,2747 2,3152 2,3028
LOG(A) 3,21 3,263 3,289 3,307 3,321 3,358 3,329
b -0,785 -0,784 -0,784 -0,783 -0,783 -0,783 -0,76
b médio -0,780

Tabela 70 – Pares ordenados usados na determinação de a e K.


X=LOG(TR) Y=LOG(A)
0,6990 3,2100
1,0000 3,2630
1,1761 3,2890
1,3010 3,3070
1,3979 3,3210
1,6990 3,3580
2,0000 3,3290

Tabela 71 – Valores de a e K.
a 0,1005
K' = LOG (K) 3,1636
K 1457,47
74

Figura 14 - Curva IDF de Chapadinha.


75

4.16 Estudo de caso Pindaré-Mirim

No estudo de caso referente a Pindaré-Mirim foi obtida a equação de chuvas


intensas referente posto 00345005:

Tr 0,077
i  1471,30
(t  13) 0,782 Eq. 34

Tabela 72 – Dados da estação.


Código 345005
Nome Pindaré-Mirim
Código Adicional 2679232
Bacia Atlântico, trecho Norte/Nordeste (3)
Sub-bacia Rios Mearim,Itapecuru e outros (33)
Rio -
Estado Maranhão
Município Pindaré-Mirim
Responsável SUDENE
Operadora SUDENE
Latitude -3:37:0
Longitude -45:21:0
Altitude (m) 55
Tipo de medição Pluviômetro

Tabela 73 – Precipitações máximas anuais.


POSTO PLUVIOMÉTRICO 00345005
SUDENE/SUDENE
ANO P.MÁX
1966 89,40
1967 88,20
1968 140,10
1969 86,20
1970 87,10
1971 98,20
1972 97,60
1973 91,20
1974 84,00
1975 96,80
1976 87,60
1977 98,40
76

Tabela 73 – Precipitações máximas anuais (Continuação).


1978 108,00
1979 121,80
1980 84,80
1981 48,40
1982 86,40
1983 98,40
1984 86,20
1985 94,80
1986 86,40
1987 84,20
1988 86,40
1989 126,40

Tabela 74 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência


(Método de Gumbel).
POSTO PLUVIOMÉTRICO 00345005 - SUDENE/SUDENE
P Nº P (P- (P- Probab
Ano 2 TR=F-1
(mm) ordem ORD Pmed) Pmed) F=m/(n+1)%
1966 89,4 1 140,1 46,06 2.121,37 4,00 25
1967 88,2 2 126,4 32,36 1.047,06 8,00 13
1968 140,1 3 121,8 27,76 770,53 12,00 8
1969 86,2 4 108 13,96 194,84 16,00 6
1970 87,1 5 98,4 4,36 19,00 20,00 5
1971 98,2 6 98,4 4,36 19,00 24,00 4
1972 97,6 7 98,2 4,16 17,29 28,00 4
1973 91,2 8 97,6 3,56 12,66 32,00 3
1974 84 9 96,8 2,76 7,61 36,00 3
1975 96,8 10 94,8 0,76 0,58 40,00 3
1976 87,6 11 91,2 -2,84 8,08 44,00 2
1977 98,4 12 89,4 -4,64 21,55 48,00 2
1978 108 13 88,2 -5,84 34,13 52,00 2
1979 121,8 14 87,6 -6,44 41,50 56,00 2
1980 84,8 15 87,1 -6,94 48,19 60,00 2
1981 48,4 16 86,4 -7,64 58,40 64,00 2
1982 86,4 17 86,4 -7,64 58,40 68,00 1
1983 98,4 18 86,4 -7,64 58,40 72,00 1
1984 86,2 19 86,2 -7,84 61,49 76,00 1
1985 94,8 20 86,2 -7,84 61,49 80,00 1
1986 86,4 21 84,8 -9,24 85,41 84,00 1
1987 84,2 22 84,2 -9,84 96,86 88,00 1
1988 86,4 23 84 -10,04 100,84 92,00 1
1989 126,4 24 48,4 -45,64 2.083,16 96,00 1
SOMA 2.257,0 7.027,78
MÉDIA 94,04
σ= 17,48
77

Tabela 74 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência


(Método de Gumbel) (Continuação).
TR(ANOS) 5 10 15 20 25 50 100
K 0,893 1,584 1,969 2,247 2,457 3,104 3,747
P(mm)=Pméd+Kx σ
Precipitações
P5 P10 P15 P20 P25 P50 P100
Extremas
109,65 121,73 128,46 133,32 136,99 148,30 159,54
78

Tabela 75 – Cálculo das precipitações e intensidades de 24 h, 1 h e 6 min por tempo de recorrência (Método das Isozonas).
POSTO PLUVIOMÉTRICO 00345005
PRECIPITAÇÕES DE 24 HORAS, 1 HORA e 6 MINUTOS ISOZONA E
TEMPO DE 1 HORA / 24 HORAS 6 MIN 24HORAS
RECORRÊNCIA 5 10 15 20 25 50 100 10 a 50 100
(%) 44,0 43,6 43,3 43,2 43,0 42,6 42,2 12,6 11,2
PRECIPITAÇÃO (mm)
DURAÇÃO TEMPO DE RECORRÊNCIA (ANOS)
(h) 5 10 15 20 25 50 100
24 123,906 137,555 145,160 150,651 154,799 167,579 180,280
1 54,519 59,974 62,854 65,081 66,564 71,389 76,078
0,1 15,612 17,332 18,290 18,982 19,505 21,115 20,191
INTENSIDADE (mm/h)
DURAÇÃO TEMPO DE RECORRÊNCIA (ANOS)
(h) 5 10 15 20 25 50 100
24 5,163 5,731 6,048 6,277 6,450 6,982 7,512
1 54,519 59,974 62,854 65,081 66,564 71,389 76,078
0,1 156,122 173,319 182,901 189,820 195,047 211,150 201,914
79

CÁLCULO DOS PARÂMETROS DA EQUAÇÃO

Tabela 76 – Cálculo de c.
i Log(i) t c t+c Log(t+c) c t+c Log(t+c) c t+c Log(t+c)
5,16276 0,71288 1440 1452 3,16197 1453 3,16227 1454 3,16256
54,51870 1,73655 60 72 1,85733 73 1,86332 74 1,86923
12 13 14
156,12172 2,19346 6 18 1,25527 19 1,27875 20 1,30103
R²= 0,99997 R²= 1 R²= 0,999990
c adotado = 13

Tabela 77 – Cálculo de b.
Log(i)
X=t+c LOG(X) TR
5 10 15 20 25 50 100
1.453 3,1623 0,7129 0,7583 0,7816 0,7978 0,8096 0,8440 0,8757
73 1,8633 1,7365 1,7780 1,7983 1,8135 1,8232 1,8536 1,8813
19 1,2788 2,1935 2,2388 2,2622 2,2783 2,2901 2,3246 2,3052
LOG(A) 3,216 3,2 3,243 3,2800 3,305 3,291 3,323
b -0,786 -0,786 -0,786 -0,785 -0,791 -0,785 -0,785
b médio -0,782

Tabela 78 – Pares ordenados usados na determinação de a e K.


X=LOG(TR) Y=LOG(A)
0,6990 3,2000
1,0000 3,2430
1,1761 3,2650
1,3010 3,2800
1,3979 3,2910
1,6990 3,3230
2,0000 3,2880

Tabela 79 – Valores de a e K.
a 0,0773
K' = LOG (K) 3,1677
K 1471,30
80

Figura 15 - Curva IDF de Pindaré-Mirim.


81

4.17 Estudo de caso São Domingos do Azeitão

No estudo de caso referente a São Domingos do Azeitão foi obtida a equação de


chuvas intensas referente posto 00644014:

Tr 0,118
i  1173,55
(t  12) 0,795 Eq. 35

Tabela 80 – Dados da estação.


Código 644014
Nome São Domingos
Código Adicional 3730672
Bacia Atlântico, trecho Norte/Nordeste (3)
Sub-bacia Rio Parnaíba (34)
Rio -
Estado Maranhão
Município Benedito Leite1
Responsável SUDENE
Operadora SUDENE
Latitude -6:49:0
Longitude -44:39:0
Altitude (m) 310
Tipo de medição Pluviômetro

Tabela 81 – Precipitações máximas anuais.


POSTO PLUVIOMÉTRICO 00644014
SUDENE/SUDENE
ANO P.MÁX
1966 69,40
1967 73,00
1968 65,20
1969 50,20
1970 94,60
1971 61,30
1972 74,60
1973 36,20
1974 46,80
1975 32,40

1
As coordenadas geográficas da estação 00644014 estão no Município de São Domingos do Azeitão, que
integrava, até 1994, o Município de Benedito de Leite.
82

Tabela 81 – Precipitações máximas anuais (Continuação).


1976 48,20
1977 66,80
1978 66,80
1979 89,00
1980 105,00
1981 85,00
1982 68,00
1983 66,00
1984 68,20
1985 102,00
1986 58,20
1987 51,20
1988 75,00

Tabela 82 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência


(Método de Gumbel).
POSTO PLUVIOMÉTRICO 00644014 - SUDENE/SUDENE
P Nº P (P- (P- Probab
Ano 2 TR=F-1
(mm) ordem ORD Pmed) Pmed) F=m/(n+1)%
1966 69,4 1 105 37,47 1.404,29 4,17 24
1967 73 2 102 34,47 1.188,45 8,33 12
1968 65,2 3 94,6 27,07 733,00 12,50 8
1969 50,2 4 89 21,47 461,13 16,67 6
1970 94,6 5 85 17,47 305,34 20,83 5
1971 61,3 6 75 7,47 55,86 25,00 4
1972 74,6 7 74,6 7,07 50,04 29,17 3
1973 36,2 8 73 5,47 29,96 33,33 3
1974 46,8 9 69,4 1,87 3,51 37,50 3
1975 32,4 10 68,2 0,67 0,45 41,67 2
1976 48,2 11 68 0,47 0,22 45,83 2
1977 66,8 12 66,8 -0,73 0,53 50,00 2
1978 66,8 13 66,8 -0,73 0,53 54,17 2
1979 89 14 66 -1,53 2,33 58,33 2
1980 105 15 65,2 -2,33 5,41 62,50 2
1981 85 16 61,3 -6,23 38,76 66,67 2
1982 68 17 58,2 -9,33 86,98 70,83 1
1983 66 18 51,2 -16,33 266,54 75,00 1
1984 68,2 19 50,2 -17,33 300,19 79,17 1
1985 102 20 48,2 -19,33 373,50 83,33 1
1986 58,2 21 46,8 -20,73 429,57 87,50 1
1987 51,2 22 36,2 -31,33 981,32 91,67 1
1988 75 23 32,4 -35,13 1.233,84 95,83 1
83

Tabela 82 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência


(Método de Gumbel) (Conclusão).
SOMA 1.553,10 7.951,76
MÉDIA 67,53
σ= 19,01
TR(ANOS) 5 10 15 20 25 50 100
K 0,899 1,593 1,98 2,259 2,47 3,121 3,766
P(mm)=Pméd+Kx σ
Precipitações
P5 P10 P15 P20 P25 P50 P100
Extremas
84,62 97,81 105,17 110,47 114,48 126,86 139,12
84

Tabela 83 – Cálculo das precipitações e intensidades de 24 h, 1 h e 6 min por tempo de recorrência (Método das Isozonas).
POSTO PLUVIOMÉTRICO 00644014
PRECIPITAÇÕES DE 24 HORAS, 1 HORA e 6 MINUTOS ISOZONA F
TEMPO DE 1 HORA / 24 HORAS 6 MIN 24HORAS
RECORRÊNCIA 5 10 15 20 25 50 100 10 a 50 100
(%) 46,0 45,5 45,3 45,1 44,9 44,5 44,1 13,9 12,4
PRECIPITAÇÃO (mm)
DURAÇÃO TEMPO DE RECORRÊNCIA (ANOS)
(h) 5 10 15 20 25 50 100
24 95,618 110,527 118,841 124,835 129,368 143,354 157,210
1 43,984 50,290 53,835 56,301 58,086 63,792 69,330
0,1 13,291 15,363 16,519 17,352 17,982 19,926 19,494
INTENSIDADE (mm/h)
DURAÇÃO TEMPO DE RECORRÊNCIA (ANOS)
(h) 5 10 15 20 25 50 100
24 3,984 4,605 4,952 5,201 5,390 5,973 6,550
1 43,984 50,290 53,835 56,301 58,086 63,792 69,330
0,1 132,909 153,633 165,189 173,521 179,821 199,261 194,941
85

CÁLCULO DOS PARÂMETROS DA EQUAÇÃO

Tabela 84 – Cálculo de c.
i Log(i) t c t+c Log(t+c) c t+c Log(t+c) c t+c Log(t+c)
3,98408 0,60033 1440 1451 3,16167 1452 3,16197 1453 3,16227
43,98422 1,64330 60 71 1,85126 72 1,85733 73 1,86332
11 12 13
132,90884 2,12355 6 17 1,23045 18 1,25527 19 1,27875
R²= 0,99998 R²= 1 R²= 0,999990
c adotado = 12
Tabela 85 – Pares ordenados usados na determinação de a e K.
Log(i)
X=t+c LOG(X) TR
5 10 15 20 25 50 100
1.452 3,1620 0,6003 0,6633 0,6948 0,7161 0,7316 0,7762 0,8163
72 1,8573 1,6433 1,7015 1,7311 1,7505 1,7641 1,8048 1,8409
18 1,2553 2,1236 2,1865 2,2180 2,2394 2,2548 2,2994 2,2899
LOG(A) 3,127 3,187 3,217 3,2375 3,252 3,294 3,27
b -0,799 -0,798 -0,798 -0,798 -0,798 -0,797 -0,775
bmédio -0,795

Tabela 86 – Cálculo de b.
X=LOG(TR) Y=LOG(A)
0,6990 3,1270
1,0000 3,1870
1,1761 3,2170
1,3010 3,2375
1,3979 3,2520
1,6990 3,2940
2,0000 3,2700

Tabela 87 – Valores de a e K.
a 0,1184
K'=LOG(K) 3,0695
K 1173,55
86

Figura 16 - Curva IDF de São Domingos do Azeitão.


87

4.18 Estudo de caso Tutóia

No estudo de caso referente a Tutóia foi obtida a equação de chuvas intensas


referente posto 00345005:

Tr 0,120
i  1388,67
(t  19) 0,772 Eq. 36

Tabela 88 – Dados da estação.


Código 242002
Nome Barro Duro
Código Adicional -
Bacia Atlântico, trecho Norte/Nordeste (3)
Sub-bacia Rios Mearim,Itapecuru e outros (33)
Rio -
Estado Maranhão
Município Tutóia
Responsável ANA
Operadora CPRM
Latitude -2:54:8
Longitude -42:18:47
Altitude (m) -
Tipo de medição Pluviômetro

Tabela 89 – Precipitações máximas anuais.


POSTO PLUVIOMÉTRICO 00242002
ANA/CPRM
ANO P.MÁX
1985 147,60
1986 92,00
1987 90,00
1988 147,00
1989 99,60
1990 73,00
1991 98,40
1992 56,00
1993 55,80
1994 89,00
1995 122,60
1996 78,60
88

Tabela 89 – Precipitações máximas anuais (Conclusão).


1997 61,70
1998 43,70
1999 63,40
2000 93,00
2001 75,40
2002 84,70
2003 97,00
2004 85,00
2005 95,90
2006 117,90
2007 142,00
2008 103,00
2009 125,60
2010 108,80
2011 84,00

Tabela 90 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência


(Método de Gumbel).
POSTO PLUVIOMÉTRICO 00242002 - ANA/CPRM
P Nº P (P- (P- Probab
Ano 2 TR=F-1
(mm) ordem ORD Pmed) Pmed) F=m/(n+1)%
1985 147,6 1 147,6 53,87 2.902,02 3,57 28
1986 92 2 147 53,27 2.837,73 7,14 14
1987 90 3 142 48,27 2.330,03 10,71 9
1988 147 4 125,6 31,87 1.015,72 14,29 7
1989 99,6 5 122,6 28,87 833,50 17,86 6
1990 73 6 117,9 24,17 584,21 21,43 5
1991 98,4 7 108,8 15,07 227,12 25,00 4
1992 56 8 103 9,27 85,94 28,57 4
1993 55,8 9 99,6 5,87 34,46 32,14 3
1994 89 10 98,4 4,67 21,81 35,71 3
1995 122,6 11 97 3,27 10,70 39,29 3
1996 78,6 12 95,9 2,17 4,71 42,86 2
1997 61,7 13 93 -0,73 0,53 46,43 2
1998 43,7 14 92 -1,73 2,99 50,00 2
1999 63,4 15 90 -3,73 13,91 53,57 2
2000 93 16 89 -4,73 22,37 57,14 2
2001 75,4 17 85 -8,73 76,21 60,71 2
2002 84,7 18 84,7 -9,03 81,53 64,29 2
2003 97 19 84 -9,73 94,67 67,86 1
2004 85 20 78,6 -15,13 228,91 71,43 1
2005 95,9 21 75,4 -18,33 335,98 75,00 1
89

Tabela 90 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência


(Método de Gumbel) (Conclusão).
2006 117,9 22 73 -20,73 429,72 78,57 1
2007 142 23 63,4 -30,33 919,89 82,14 1
2008 103 24 61,7 -32,03 1.025,90 85,71 1
2009 125,6 25 56 -37,73 1.423,52 89,29 1
2010 108,8 26 55,8 -37,93 1.438,66 92,86 1
2011 84 27 43,7 -50,03 2.502,96 96,43 1
SOMA 2.530,70 19.485,68
MÉDIA 93,73
σ= 27,38
TR(ANOS) 5 10 15 20 25 50 100
K 0,879 1,56 1,941 2,215 2,422 3,061 3,696
P(mm)=Pméd+Kx σ
Precipitações
P5 P10 P15 P20 P25 P50 P100
Extremas
117,79 136,44 146,87 154,37 160,03 177,53 194,91
90

Tabela 91 – Cálculo das precipitações e intensidades de 24 h, 1 h e 6 min por tempo de recorrência (Método das Isozonas).
POSTO PLUVIOMÉTRICO 00242002
PRECIPITAÇÕES DE 24 HORAS, 1 HORA e 6 MINUTOS ISOZONA C
TEMPO DE 1 HORA / 24 HORAS 6 MIN 24HORAS
RECORRÊNCIA 5 10 15 20 25 50 100 10 a 50 100
(%) 40,1 39,7 39,5 39,3 39,2 38,8 38,4 9,8 8,8
PRECIPITAÇÃO (mm)
DURAÇÃO TEMPO DE RECORRÊNCIA (ANOS)
(h) 5 10 15 20 25 50 100
24 133,106 154,173 165,959 174,435 180,839 200,606 220,250
1 53,376 61,207 65,554 68,553 70,889 77,835 84,576
0,1 13,044 15,109 16,264 17,095 17,722 19,659 19,382
INTENSIDADE (mm/h)
DURAÇÃO TEMPO DE RECORRÊNCIA (ANOS)
(h) 5 10 15 20 25 50 100
24 5,546 6,424 6,915 7,268 7,535 8,359 9,177
1 53,376 61,207 65,554 68,553 70,889 77,835 84,576
0,1 130,444 151,090 162,640 170,947 177,222 196,594 193,820
91

CÁLCULO DOS PARÂMETROS DA EQUAÇÃO

Tabela 92 – Cálculo de c.
i Log(i) t c t+c Log(t+c) c t+c Log(t+c) c t+c Log(t+c)
5,54610 0,74399 1440 1458 3,16376 1459 3,16406 1460 3,16435
53,37563 1,72734 60 78 1,89209 79 1,89763 80 1,90309
18 19 20
130,44418 2,11542 6 24 1,38021 25 1,39794 26 1,41497
R²= 0,99999 R²= 1 R²= 0,999990
c adotado = 19

Tabela 93 – Cálculo de b.
Log(i)
X=t+c LOG(X) TR
5 10 15 20 25 50 100
1.459 3,1641 0,7440 0,8078 0,8398 0,8614 0,8771 0,9221 0,9627
79 1,8976 1,7273 1,7868 1,8166 1,8360 1,8506 1,8912 1,9272
25 1,3979 2,1154 2,1792 2,2112 2,2329 2,2485 2,2936 2,2874
LOG(A) 3,201 3,262 3,292 3,312 3,328 3,37 3,346
b -0,777 -0,776 -0,776 -0,775 -0,775 -0,774 -0,752
bmédio -0,772

Tabela 94 – Pares ordenados usados na determinação de a e K.


X=LOG(TR) Y=LOG(A)
0,6990 3,2010
1,0000 3,2620
1,1761 3,2920
1,3010 3,3120
1,3979 3,3280
1,6990 3,3700
2,0000 3,3460

Tabela 95 – Valores de a e K.
a 0,120
K'=LOG(K) 3,1426
K 1388,67
92

Figura 17 - Curva IDF de Tutóia.


93

4.19 Estudo de caso Viana

No estudo de caso referente a Viana foi obtida a equação de chuvas intensas


referente posto 00345009:

Tr 0,103
i  1699,81
(t  16) 0,780 Eq. 37

Tabela 96 – Dados da estação.


Código 345009
Nome Viana
Código Adicional 2760402
Bacia Atlântico, trecho Norte/Nordeste (3)
Sub-bacia Rios Mearim, Itapecuru e outros (33)
Rio -
Estado Maranhão
Município Viana
Responsável SUDENE
Operadora SUDENE
Latitude -3:13:0
Longitude -45:0:0
Altitude (m) 20
Tipo de medição Pluviômetro

Tabela 97 – Precipitações máximas anuais.


POSTO PLUVIOMÉTRICO 00345009
SUDENE/SUDENE
ANO P.MÁX
1968 134,00
1969 136,00
1970 118,00
1971 109,00
1972 108,20
1973 112,30
1974 102,40
1975 110,20
1976 87,20
1977 128,60
1978 120,40
94

Tabela 97 – Precipitações máximas anuais (Continuação).


1979 130,60
1980 100,60
1981 63,80
1982 90,80
1983 102,60
1984 152,60
1985 76,80
1986 108,00
1987 48,00
1988 150,40

Tabela 98 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência


(Método de Gumbel).
POSTO PLUVIOMÉTRICO 00345009 - SUDENE/SUDENE
P Nº P Probab
Ano (P-Pmed) (P-Pmed)2 TR=F-1
(mm) ordem ORD F=m/(n+1)%
1968 134 1 152,6 43,53 1.894,74 4,55 22
1969 136 2 150,4 41,33 1.708,05 9,09 11
1970 118 3 136 26,93 725,15 13,64 7
1971 109 4 134 24,93 621,43 18,18 6
1972 108,2 5 130,6 21,53 463,48 22,73 4
1973 112,3 6 128,6 19,53 381,37 27,27 4
1974 102,4 7 120,4 11,33 128,34 31,82 3
1975 110,2 8 118 8,93 79,72 36,36 3
1976 87,2 9 112,3 3,23 10,42 40,91 2
1977 128,6 10 110,2 1,13 1,27 45,45 2
1978 120,4 11 109 -0,07 0,01 50,00 2
1979 130,6 12 108,2 -0,87 0,76 54,55 2
1980 100,6 13 108 -1,07 1,15 59,09 2
1981 63,8 14 102,6 -6,47 41,88 63,64 2
1982 90,8 15 102,4 -6,67 44,51 68,18 1
1983 102,6 16 100,6 -8,47 71,77 72,73 1
1984 152,6 17 90,8 -18,27 333,85 77,27 1
1985 76,8 18 87,2 -21,87 478,36 81,82 1
1986 108 19 76,8 -32,27 1.041,45 86,36 1
1987 48 20 63,8 -45,27 2.049,50 90,91 1
1988 150,4 21 48 -61,07 3.729,72 95,45 1
SOMA 2.290,50 13.806,90
MÉDIA 109,07
σ= 26,27
TR(ANOS) 5 10 15 20 25 50 100
K 0,911 1,613 2,004 2,286 2,5 3,157 3,81
95

Tabela 98 – Cálculo das precipitações extremas de 1 dia por tempo de recorrência


(Método de Gumbel) (Continuação).
P(mm)=Pméd+K x σ
Precipitações
P5 P10 P15 P20 P25 P50 P100
Extremas
133,01 151,45 161,73 169,13 174,76 192,02 209,18
96

Tabela 99 – Cálculo das precipitações e intensidades de 24 h, 1 h e 6 min por tempo de recorrência (Método das Isozonas).
POSTO PLUVIOMÉTRICO 00345009
PRECIPITAÇÕES DE 24 HORAS, 1 HORA e 6 MINUTOS ISOZONA D
TEMPO DE 1 HORA / 24 HORAS 6 MIN 24HORAS
RECORRÊNCIA 5 10 15 20 25 50 100 10 a 50 100
(%) 42,0 41,6 41,4 41,2 41,1 40,7 40,3 11,2 10,0
PRECIPITAÇÃO (mm)
DURAÇÃO TEMPO DE RECORRÊNCIA (ANOS)
(h) 5 10 15 20 25 50 100
24 150,298 171,141 182,750 191,122 197,476 216,982 236,370
1 63,125 71,195 75,658 78,742 81,163 88,312 95,257
0,1 16,833 19,168 20,468 21,406 22,117 24,302 23,637
INTENSIDADE (mm/h)
DURAÇÃO TEMPO DE RECORRÊNCIA (ANOS)
(h) 5 10 15 20 25 50 100
24 6,262 7,131 7,615 7,963 8,228 9,041 9,849
1 63,125 71,195 75,658 78,742 81,163 88,312 95,257
0,1 168,334 191,678 204,680 214,057 221,173 243,020 236,370
97

CÁLCULO DOS PARÂMETROS DA EQUAÇÃO

Tabela 100 – Cálculo de c.


i Log(i) t c t+c Log(t+c) c t+c Log(t+c) c t+c Log(t+c)
6,26243 0,79674 1440 1455 3,16286 1456 3,16316 1457 3,16346
63,12532 1,80020 60 75 1,87506 76 1,88081 77 1,88649
15 16 17
168,33420 2,22617 6 21 1,32222 22 1,34242 23 1,36173
R²= 0,999999 R²= 1 R²= 0,999999
c adotado = 16

Tabela 101 – Cálculo de b.


Log(i)
X=t+c LOG(X) TR
5 10 15 20 25 50 100
1.456 3,1632 0,7967 0,8531 0,8816 0,9011 0,9153 0,9562 0,9934
76 1,8808 1,8002 1,8524 1,8789 1,8962 1,9094 1,9460 1,9789
22 1,3424 2,2262 2,2826 2,3111 2,3305 2,3447 2,3856 2,3736
LOG(A) 3,278 3,332 3,359 3,377 3,391 3,429 3,4
b -0,785 -0,784 -0,784 -0,783 -0,783 -0,783 -0,76
bmédio -0,780

Tabela 102 - Pares ordenados usados na determinação de a e K.


X=LOG(TR) Y=LOG(A)
0,6990 3,2780
1,0000 3,3320
1,1761 3,3590
1,3010 3,3770
1,3979 3,3910
1,6990 3,4290
2,0000 3,4000

Tabela 103 – Valores de a e K.


a 0,1028
K'=LOG(K) 3,2304
K 1699,81
98

Figura 18 - Curva IDF de Viana.


99

4.20 TORÓ – Chuvas intensas do Estado do Maranhão


O TORÓ – Chuvas intensas no Estado do Maranhão é um aplicativo desenvolvido
em Visual Basic da Microsoft e compreende 4 abas:

A aba “Sobre o Toró...” consta apresentada na Figura 19.

Figura 19 – Aplicativo TORÓ – Chuvas intensas no Estado do Maranhão.

Na aba “Conteúdo”, mostrada na Figura 20, foi apresentada uma descrição sucinta
do conteúdo do aplicativo, contida no arquivo Toró-leia-me.pdf.
100

Figura 20 – Conteúdo.

Na aba “Localidades” – Figura 21 – foram disponibilizas tanto as equações IDF


oriundas do presente estudo, como as equações desenvolvidas anteriormente por Denardin e
Freitas (1982) para São Luís, Turiaçu e Barra do Corda. Ao simples clique nas localidades
relacionadas, são apresentados os respectivos parâmetros da equação IDF e as coordenadas
geográficas, além de visualização gráfica. Na aba também foi disposta, na parte inferior, uma
calculadora de intensidade, para isto, necessitando da seleção de uma localidade e a digitação
do tempo de recorrência e duração das chuvas, com clique final no botão <Calcular->>.
101

Figura 21 – Localidades

Na aba “Interpolação”, Figura 22, foram disponibilizados dois “inputs”: o


primeiro é gráfico, ao simples clique sobre na área do mapa, na abrangência do Estado do
Maranhão, são apresentadas as coordenadas geográficas do local, as seis localidades mais
próximas com disponibilidade de equações IDF e distância geodésica ao ponto escolhido.

No caso da opção pelo “input” numérico, com a digitação das coordenadas


geográficas (latitude e longitude), em graus, minutos e segundos, seguido de clique sobre o
botão “Localizar”, seguindo a disponibilização gráfica da posição no mapa do Estado, e as
informações referentes às localidades, distâncias e parâmetros da nova equação, de forma
idêntica aos resultados oriundos do “input” gráfico.

Para a necessidade de armazenamento dos resultados, o aplicativo disponibilizou


o botão <Exporta Ponto>, que depois de clicado, abre a pasta <Salvar como>, permitindo
tanto o armazenamento em pasta especificada, como a possibilidade de renomeação do
arquivo <Ponto_Export_número.csv>. O arquivo disponibiliza os parâmetros das seis
equações envolvidas.
102

Esta aba também dispôs da calculadora de intensidade, aproveitando as


coordenadas geodésicas selecionadas, seguindo procedimento idêntico ao da aba
Localidades.

Em casos especiais são descritas ocorrência na janela inferior-direita da aba.

Figura 22 – Interpolação.

4.21 Estudo de caso – interpolação espacial com auxílio do TORÓ.


O estudo de caso de interpolação espacial usou a aba Interpolação, com “input”
digital, do aplicativo Toró – Chuvas intensas no Estado do Maranhão e simulou uma
localidade sem equação IDF definida, adotando a área urbana da sede municipal de Humberto
de Campos-MA, conforme é mostrado na Figura 23, seguinte. Esta simulação contou com a
análise comparativa dos resultados obtidos através do aplicativo Toró em Visual Basic e dos
obtidos em planilha Excel, com rotina em macro, que antecedeu seu desenvolvimento.

Também foi acionada a calculadora do rodapé para a obtenção da intensidade


máxima média de uma precipitação com o tempo de recorrência de 20 anos e duração de 30
minutos no valor de 94,29 mm/h.
103

Coordenadas geográficas:

Latitude: -2º 35’ 54”


Longitude: -43º 27’ 53”

Equação IDF para Humberto de Campos obtida por interpolação espacial.

Tr 0,118
i  1318,53
(t  19,927) 0,765 Eq. 38

Figura 23 – Simulação de interpolação espacial para Humberto de Campos.

Segue, na Figura 24, o Relatório gerado pelo clique do <Exporta Ponto>, contido
no arquivo <Ponto_Export_578.csv>, com os parâmetros da equação interpolada
espacialmente e das equações de referência com suas respectivas coordenadas geográficas e
distâncias.
104

Figura 24 – Relatório da simulação de interpolação espacial para Humberto de Campos.


CAAPPÍÍTTUULLO
O5

ANÁLISE DOS RESULTADOS


A citação de Goulart (1992, p.546) da inexistência de regra específica para
afirmar que uma equação IDF seja suficientemente precisa na estimativa das intensidades
máximas de chuvas de uma localidade, em momento algum nos desobriga da busca de
parâmetros que possam indicar o nível de aproximação ou afastamento entre os valores
produzidos pelas equações e os valores que subsidiaram a montagem das mesmas.

Assim, para a análise dos resultados das montagens das 12 equações, elaboradas
sobre as séries históricas de precipitações dos postos pluviométricos, são apresentadas tabelas
de diferenças, tomando por base as intensidades relativas às durações de 24 h, 1 h e 6
minutos, para tempos de recorrência de 5; 10; 15; 20; 25; 50 e 100 anos, obtidas pelo método
das isozonas, às quais são referências para as intensidades obtidas pelas equações construídas
para cada posto estudado. A formulação adotada para a quantificação das diferenças,
apresentada a seguir, é usada em cada posto, para diversos tempos de recorrência e durações:

ieq  iisoz
Dif (%)  100. Eq.39
iisoz

Na quantificação das diferenças das intensidades é constado que:

 têm variações extremas de 0 e 10,9 %;

 as maiores diferenças absolutas ocorrem nos tempos de recorrência de 5 e 50


anos, em ordem decrescente;

 as diferenças extremas estão na duração de 1.440 minutos e tempo de


recorrência de 5 anos;

 a maior diferença levantada é em Carutapera;

 as menores diferenças ocorrem nos tempos de recorrências de 15 e 10 anos.


106

5.1 Levantamento de diferenças - estudo de caso Açailândia


Tabela 104 – Diferenças médias (%) por tempo de recorrência e duração
POSTO PLUVIOMÉTRICO 000447004
DURAÇÃO TR
(min) 5 10 15 20 25 50 100
6 7,7 0,8 -1,7 -3,2 -4,1 -5,9 4,6
60 8,1 2,3 0,2 -0,8 -1,3 -2,3 -2,3
1440 9,7 2,7 0,1 -1,4 -2,3 -4,2 -5,0
DIFERENÇA MÉDIA 7,8 1,2 -1,2 -2,6 -3,4 -5,0 2,6

5.2 Levantamento de diferenças - estudo de caso Alto Parnaíba


Tabela 105 – Diferenças médias (%) por tempo de recorrência e duração
POSTO PLUVIOMÉTRICO 00945011
DURAÇÃO TR
(min) 5 10 15 20 25 50 100
6 8,1 1,1 -1,5 -3,0 -3,9 -5,8 5,0
60 8,0 1,9 0,0 -1,3 -1,7 -2,8 -2,7
1440 9,9 2,8 0,2 -1,3 -2,3 -4,2 -5,0
DIFERENÇA MÉDIA 8,1 1,3 -1,1 -2,5 -3,3 -5,0 2,7

5.3 Levantamento de diferenças - estudo de caso Bacabal


Tabela 106 – Diferenças médias (%) por tempo de recorrência e duração
POSTO PLUVIOMÉTRICO 000444012
DURAÇÃO TR
(min) 5 10 15 20 25 50 100
6 6,6 1,0 -1,2 -2,6 -3,6 -5,8 3,8
60 7,0 2,6 0,7 -0,3 -0,8 -2,2 -3,0
1440 8,5 2,9 0,6 -0,8 -1,8 -4,1 -5,6
DIFERENÇA MÉDIA 6,7 1,5 -0,7 -2,0 -2,9 -4,9 1,9

5.4 Levantamento de diferenças - estudo de caso Balsas


Tabela 107 – Diferenças médias (%) por tempo de recorrência e duração
POSTO PLUVIOMÉTRICO 00746007
DURAÇÃO TR
(min) 5 10 15 20 25 50 100
6 7,9 0,8 -1,7 -3,3 -4,1 -6,0 4,6
60 8,4 2,3 0,2 -0,9 -1,4 -2,4 -2,2
1440 9,9 2,7 0,1 -1,5 -2,4 -4,2 -4,9
DIFERENÇA MÉDIA 8,1 1,2 -1,2 -2,7 -3,4 -5,1 2,7
107

5.5 Levantamento de diferenças - estudo de caso Barão de Grajaú


Tabela 108 – Diferenças médias (%) por tempo de recorrência e duração
POSTO PLUVIOMÉTRICO 00643013
DURAÇÃO TR
(min) 5 10 15 20 25 50 100
6 7,9 1,3 -1,2 -2,7 -3,6 -5,6 4,8
60 8,6 3,0 0,9 -0,2 -0,6 -1,8 -1,9
1440 10,5 3,7 1,2 -0,3 -1,2 -3,3 -4,3
DIFERENÇA MÉDIA 8,1 1,8 -0,6 -2,0 -2,8 -4,6 2,8

5.6 Levantamento de diferenças - estudo de caso Barreirinhas


Tabela 109 – Diferenças médias (%) por tempo de recorrência e duração
POSTO PLUVIOMÉTRICO 00242000
DURAÇÃO TR
(min) 5 10 15 20 25 50 100
6 6,8 1,1 -1,2 -2,7 -3,6 -5,9 3,0
60 7,4 2,6 0,8 -0,2 -0,9 -2,3 -2,9
1440 8,7 2,9 0,5 -0,9 -1,9 -4,3 -5,8
DIFERENÇA MÉDIA 7,0 1,6 -0,6 -2,0 -2,8 -4,9 1,0

5.7 Levantamento de diferenças - estudo de caso Carutapera


Tabela 110 – Diferenças médias (%) por tempo de recorrência e duração
POSTO PLUVIOMÉTRICO 00146004
DURAÇÃO TR
(min) 5 10 15 20 25 50 100
6 8,9 0,6 -2,1 -3,7 -4,5 -6,1 4,4
60 9,5 2,2 -0,1 -1,2 -1,8 -2,4 -1,6
1440 10,9 2,4 -0,4 -1,9 -2,8 -4,4 -4,5
DIFERENÇA MÉDIA 9,1 1,1 -1,5 -2,9 -3,7 -5,0 2,4

5.8 Levantamento de diferenças - estudo de caso Chapadinha


Tabela 111 – Diferenças médias (%) por tempo de recorrência e duração
POSTO PLUVIOMÉTRICO 00343010
DURAÇÃO TR
(min) 5 10 15 20 25 50 100
6 6,8 0,8 -1,6 -3,1 -4,1 -6,3 3,3
60 8,3 3,1 1,1 0,1 -0,6 -2,0 -2,5
1440 9,0 2,8 0,4 -1,2 -2,1 -4,4 -5,9
DIFERENÇA MÉDIA 7,3 1,4 -0,9 -2,2 -3,1 -5,2 1,4
108

5.9 Levantamento de diferenças - estudo de caso Pindaré-Mirim


Tabela 112 – Diferenças médias (%) por tempo de recorrência e duração
POSTO PLUVIOMÉTRICO 00345005
DURAÇÃO TR
(min) 5 10 15 20 25 50 100
6 6,7 1,4 -0,9 -2,3 -3,3 -5,8 4,0
60 6,6 2,2 0,7 -0,6 -1,1 -2,7 -3,7
1440 8,5 3,1 0,8 -0,7 -1,6 -4,1 -6,0
DIFERENÇA MÉDIA 6,7 1,6 -0,4 -1,9 -2,7 -5,0 1,7

5.10 Levantamento de diferenças - estudo de caso São Domingos do Azeitão


Tabela 113 – Diferenças médias (%) por tempo de recorrência e duração
POSTO PLUVIOMÉTRICO 00644014
DURAÇÃO TR
(min) 5 10 15 20 25 50 100
6 7,4 0,9 -1,6 -3,0 -3,9 -5,9 4,4
60 7,9 2,4 0,4 -0,7 -1,2 -2,3 -2,4
1440 9,4 2,8 0,3 -1,2 -2,2 -4,1 -5,1
DIFERENÇA MÉDIA 7,6 1,3 -1,1 -2,4 -3,2 -5,0 2,4

5.11 Levantamento de diferenças - estudo de caso Tutóia


Tabela 114 – Diferenças médias (%) por tempo de recorrência e duração
POSTO PLUVIOMÉTRICO 00242002
DURAÇÃO TR
(min) 5 10 15 20 25 50 100
6 7,6 0,9 -1,6 -3,1 -4,0 -5,9 3,7
60 8,1 2,5 0,4 -0,6 -1,3 -2,3 -2,3
1440 9,5 2,7 0,2 -1,3 -2,2 -4,2 -5,2
DIFERENÇA MÉDIA 7,8 1,4 -1,0 -2,3 -3,2 -4,9 1,7

5.12 Levantamento de diferenças - estudo de caso Viana


Tabela 115 – Diferenças médias (%) por tempo de recorrência e duração
POSTO PLUVIOMÉTRICO 00345009
QUADRO DE DIFERENÇAS (%)
DURAÇÃO TR
(min) 5 10 15 20 25 50 100
6 6,8 0,7 -1,7 -3,1 -4,1 -6,3 3,5
60 8,3 3,1 1,1 0,1 -0,6 -1,9 -2,4
1440 9,0 2,8 0,3 -1,2 -2,1 -4,4 -5,7
DIFERENÇA MÉDIA 7,3 1,4 -0,9 -2,2 -3,1 -5,1 1,6
109

5.13 Levantamento de indicadores estatísticos


Para a análise dos resultados das interpolações também são apresentadas tabelas
com finalidade comparativa, adotando os mesmos parâmetros estatísticos utilizados por Silva
at al. (2003, p.12) no estudo de chuvas intensas do Estado do Tocantins.

Na Tabela 116, constam indicadores estatísticos das intensidades máximas –


médias, desvios padrão, coeficientes de variação e as relações de intensidades
máximas/mínimas entre os valores extremos das diversas localidades – para os TRs de 5; 10;
15; 20; 25; 50 e 100 anos e durações de 6; 60 e 1.440 minutos, oriundas das 19 equações IDF
constantes na Tabela 7, aqui denominadas de equações IDF de referência, utilizadas para a
obtenção de novas equações interpoladas.

Na tabela seguinte (Tabela 117), são apresentados os mesmos indicadores para as


intensidades oriundas de simulação com 11 equações interpoladas no Estado do Maranhão.

Na Tabela 118, porém, estão dispostas as diferenças relativas percentuais das


intensidades médias calculadas das equações IDF interpoladas em relação às de referência –
as equações IDF das 19 localidades nas quais constam as 16 levantadas no presente estudo.

É salientado que os valores médios das intensidades máximas oriundas de


equações interpoladas por tempo de recorrência e duração são levemente superiores aos
valores médios das intensidades máximas obtidas pelas equações que alicerçam todo o
processo de interpolação, valores estes que têm suas diferenças percentuais reduzidas tanto à
proporção que se elevam os tempos de recorrência como à proporção que se ampliam as
durações das chuvas.

Contudo, na Tabela 119, são mostrados os valores extremos mínimos e máximos


dos parâmetros estatísticos calculados e constantes das Tabelas 116 e 117 anteriores, onde são
observadas as aproximações entre os valores referentes às duas situações.
110

Tabela 116 - Indicadores estatísticos das intensidades máximas médias – equações IDF de referência (Parte 1).
LOCALIDADE PARÂMETROS 5 10 15
NOME K a c b 6 60 1440 6 60 1440 6 60 1440
Bacabal 1.752,67 0,090 12,00 0,795 203,55 67,61 6,21 216,65 71,96 6,61 224,70 74,64 6,85
Açailândia 1.907,66 0,127 12,00 0,795 235,14 78,11 7,17 256,78 85,29 7,83 270,35 89,80 8,24
Balsas 1.706,48 0,132 12,00 0,795 212,04 70,43 6,47 232,36 77,18 7,08 245,13 81,43 7,47
Barreirinhas 1.364,27 0,092 19,00 0,772 131,82 54,23 5,71 140,50 57,80 6,08 145,84 60,00 6,32
Pindaré-Mirim 1.471,30 0,077 13,00 0,782 166,55 58,13 5,61 175,68 61,32 5,91 181,25 63,26 6,10
Carutapera 1.527,92 0,154 19,00 0,772 163,13 67,11 7,06 181,51 74,67 7,86 193,20 79,48 8,37
São Domingos do Azeitão 1.173,55 0,118 12,00 0,795 142,57 47,36 4,35 154,72 51,40 4,72 162,31 53,91 4,95
Viana 1.699,81 0,103 16,00 0,780 180,01 68,45 6,84 193,34 73,51 7,35 201,58 76,65 7,66
Tutóia 1.388,67 0,120 19,00 0,772 140,37 57,74 6,08 152,54 62,75 6,61 160,15 65,88 6,94
Alto Parnaíba 1.427,28 0,127 13,00 0,782 175,10 61,12 5,89 191,22 66,74 6,44 201,32 70,27 6,78
Barão do Grajaú 1.450,67 0,119 12,00 0,793 177,55 59,14 5,46 192,81 64,22 5,93 202,34 67,40 6,22
Chapadinha 1.457,47 0,101 16,00 0,780 153,85 58,50 5,85 165,01 62,74 6,27 171,91 65,37 6,53
São Luís 1.131,57 0,180 24,00 0,740 122,02 56,95 6,87 138,23 64,52 7,78 148,70 69,41 8,37
Turiaçu 1.185,74 0,190 13,00 0,790 157,25 54,30 5,11 179,38 61,94 5,83 193,75 66,90 6,30
Barra do Corda 1.530,67 0,200 17,00 0,830 156,47 57,40 5,00 179,74 65,93 5,74 194,92 71,50 6,23
Teresina (PI) 3.977,07 0,200 28,00 0,960 185,84 74,59 5,00 213,47 85,68 5,75 231,51 92,91 6,23
Araguatins (TO) 4.732,32 0,229 46,96 0,995 131,78 65,47 4,77 154,44 76,74 5,59 169,47 84,20 6,14
Tocantinópolis (TO) 9.862,00 0,187 69,64 1,072 129,02 72,41 5,21 146,88 82,44 5,93 158,45 88,93 6,40
Formosa do Rio Preto (BA) 1.719,05 0,174 20,02 0,865 135,72 51,36 4,17 153,12 57,95 4,70 164,31 62,18 5,04
Média 163,15 62,13 5,73 179,92 68,67 6,32 190,59 72,85 6,69
Desvio padrão 29,96 8,13 0,87 31,61 9,49 0,91 32,99 10,59 0,95
Coef. Variação (%) 18,36 13,09 15,20 17,57 13,82 14,41 17,31 14,54 14,19
Rel. máxima/mínima 1,93 1,65 1,72 1,86 1,67 1,67 1,85 1,72 1,69
111

Tabela 116 - Indicadores estatísticos das intensidades máximas médias – equações IDF de referência (Parte 2 – Continuação)
LOCALIDADE 20 25 50 100
NOME 6 60 1440 6 60 1440 6 60 1440 6 60 1440
Bacabal 230,60 76,60 7,03 235,27 78,15 7,17 250,42 83,18 7,64 266,54 88,54 8,13
Açailândia 280,41 93,14 8,55 288,47 95,82 8,80 315,01 104,64 9,61 344,00 114,27 10,49
Balsas 254,62 84,58 7,76 262,23 87,11 8,00 287,36 95,45 8,76 314,89 104,60 9,60
Barreirinhas 149,76 61,61 6,49 152,86 62,88 6,62 162,93 67,03 7,06 173,66 71,44 7,52
Pindaré-Mirim 185,31 64,68 6,24 188,52 65,80 6,35 198,86 69,41 6,69 209,76 73,21 7,06
Carutapera 201,95 83,08 8,75 209,01 85,98 9,05 232,56 95,67 10,07 258,76 106,45 11,21
São Domingos do Azeitão 167,91 55,78 5,12 172,39 57,26 5,26 187,08 62,14 5,70 203,03 67,44 6,19
Viana 207,64 78,95 7,89 212,47 80,79 8,07 228,19 86,77 8,67 245,08 93,19 9,31
Tutóia 165,77 68,20 7,18 170,27 70,05 7,37 185,04 76,12 8,01 201,09 82,72 8,71
Alto Parnaíba 208,81 72,88 7,03 214,81 74,98 7,23 234,58 81,88 7,90 256,17 89,41 8,62
Barão do Grajaú 209,39 69,75 6,44 215,03 71,62 6,61 233,52 77,78 7,18 253,59 84,47 7,80
Chapadinha 176,98 67,29 6,73 181,01 68,83 6,88 194,14 73,82 7,38 208,21 79,17 7,91
São Luís 156,60 73,10 8,82 163,02 76,09 9,18 184,68 86,20 10,40 209,22 97,66 11,78
Turiaçu 204,63 70,66 6,65 213,49 73,72 6,94 243,54 84,09 7,92 277,83 95,93 9,03
Barra do Corda 206,47 75,74 6,60 215,89 79,19 6,90 247,99 90,97 7,93 284,87 104,49 9,10
Teresina (PI) 245,22 98,42 6,60 256,41 102,91 6,90 294,54 118,21 7,93 338,33 135,79 9,11
Araguatins (TO) 181,01 89,94 6,56 190,50 94,65 6,90 223,27 110,94 8,09 261,68 130,02 9,48
Tocantinópolis (TO) 167,20 93,84 6,75 174,33 97,84 7,04 198,46 111,38 8,02 225,92 126,80 9,12
Formosa do Rio Preto (BA) 172,75 65,37 5,30 179,59 67,96 5,51 202,61 76,67 6,22 228,58 86,50 7,02
Média 198,58 75,98 6,97 205,03 78,51 7,20 226,57 86,97 7,96 250,59 96,43 8,80
Desvio padrão 34,19 11,52 0,99 35,28 12,33 1,02 39,66 15,35 1,17 45,82 19,20 1,38
Coef. Variação (%) 17,22 15,16 14,15 17,21 15,70 14,19 17,51 17,65 14,67 18,28 19,91 15,68
Rel. máxima/mínima 1,87 1,76 1,72 1,89 1,80 1,75 1,93 1,90 1,82 1,98 2,01 1,90
112

Tabela 117 - Indicadores estatísticos das intensidades máximas médias – equações IDF montadas por interpolação (Parte 1).
INTENSIDADES POR LOCALIDADE X TEMPO DE RECORRÊNCIA X DURAÇÃO (MIN)
COORDENADAS PARÂMETROS 5 10 15
GEOGRÁFICAS K a c b 6 60 1440 6 60 1440 6 60 1440
4ºS/47ºO 1948,470 0,1344 15,57 0,800 207,28 76,02 7,13 227,52 83,45 7,83 240,26 88,12 8,27
6ºS/47ºO 9706,050 0,1750 63,28 1,068 139,19 75,21 5,20 157,14 84,91 5,87 168,69 91,16 6,31
2ºS/46ºO 1293,774 0,1473 15,44 0,784 148,30 55,31 5,43 164,24 61,25 6,02 174,35 65,02 6,39
4ºS/46ºO 1509,427 0,1165 13,68 0,784 176,09 62,55 6,04 190,90 67,81 6,55 200,13 71,09 6,86
6ºS/46ºO 2187,819 0,1532 23,25 0,846 160,97 66,44 5,88 179,01 73,89 6,54 190,48 78,62 6,96
8ºS/46ºO 1706,480 0,1352 12,00 0,795 213,14 70,80 6,50 234,08 77,75 7,14 247,27 82,14 7,54
2ºS/45ºO 1191,782 0,1515 14,77 0,787 139,72 50,99 4,93 155,19 56,63 5,48 165,03 60,22 5,82
4ºS/45ºO 1729,586 0,1052 12,51 0,794 201,91 68,28 6,32 217,18 73,45 6,80 226,65 76,65 7,09
6ºS/45ºO 1499,266 0,1535 15,89 0,827 149,55 53,49 4,65 166,34 59,49 5,17 177,02 63,31 5,50
3ºS/44ºO 1175,368 0,1203 21,30 0,744 121,83 54,09 6,31 132,42 58,80 6,85 139,04 61,74 7,20
5ºS/44ºO 2174,988 0,1337 17,37 0,835 194,12 71,44 6,16 212,97 78,38 6,75 224,84 82,75 7,13
Média 168,37 64,06 5,87 185,18 70,53 6,45 195,80 74,62 6,82
Desvio padrão 30,17 8,80 0,71 32,07 9,79 0,73 33,28 10,46 0,75
Coef. Variação (%) 17,92 13,74 12,05 17,32 13,87 11,32 17,00 14,02 10,93
Relação máxima/mínima 1,75 1,49 1,53 1,77 1,50 1,51 1,78 1,51 1,50
113

TABELA 117 - Indicadores estatísticos das intensidades máximas médias – equações IDF montadas por interpolação (Parte 2 -
Continuação).
INTENSIDADES POR LOCALIDADE X TEMPO DE RECORRÊNCIA X DURAÇÃO (MIN)
COORDENADAS PARÂMETROS 20 25 50 100
GEOGRÁFICAS K a c b 6 60 1440 6 60 1440 6 60 1440 6 60 1440
4ºS/47ºO 1948,470 0,1344 15,57 0,800 249,73 91,60 8,59 257,33 94,38 8,85 282,46 103,60 9,72 310,04 113,71 10,67
6ºS/47ºO 9706,050 0,1750 63,28 1,068 177,40 95,86 6,63 184,46 99,68 6,90 208,25 112,54 7,79 235,11 127,05 8,79
2ºS/46ºO 1293,774 0,1473 15,44 0,784 181,89 67,84 6,66 187,97 70,10 6,89 208,18 77,64 7,63 230,56 85,98 8,45
4ºS/46ºO 1509,427 0,1165 13,68 0,784 206,95 73,52 7,10 212,40 75,45 7,28 230,26 81,80 7,90 249,63 88,68 8,56
6ºS/46ºO 2187,819 0,1532 23,25 0,846 199,06 82,16 7,27 205,98 85,02 7,52 229,06 94,55 8,36 254,72 105,14 9,30
8ºS/46ºO 1706,480 0,1352 12,00 0,795 257,07 85,39 7,84 264,95 88,01 8,08 290,98 96,65 8,87 319,57 106,15 9,74
2ºS/45ºO 1191,782 0,1515 14,77 0,787 172,38 62,90 6,08 178,30 65,07 6,29 198,05 72,27 6,99 219,98 80,27 7,76
4ºS/45ºO 1729,586 0,1052 12,51 0,794 233,61 79,01 7,31 239,16 80,88 7,49 257,25 87,00 8,05 276,71 93,58 8,66
6ºS/45ºO 1499,266 0,1535 15,89 0,827 185,01 66,17 5,75 191,46 68,48 5,95 212,95 76,17 6,62 236,86 84,72 7,36
3ºS/44ºO 1175,368 0,1203 21,30 0,744 143,94 63,91 7,45 147,86 65,65 7,65 160,71 71,36 8,32 174,69 77,57 9,04
5ºS/44ºO 2174,988 0,1337 17,37 0,835 233,65 85,99 7,41 240,73 88,59 7,63 264,11 97,20 8,38 289,75 106,63 9,19
Média 203,70 77,67 7,10 210,06 80,12 7,32 231,12 88,25 8,06 254,33 97,23 8,87
Desvio padrão 34,19 10,99 0,76 34,93 11,43 0,77 37,45 13,00 0,81 40,34 14,88 0,86
Coef. variação (%) 16,79 14,15 10,68 16,63 14,27 10,50 16,20 14,73 10,03 15,86 15,30 9,70
Relação máxima/mínima 1,79 1,52 1,49 1,79 1,53 1,49 1,81 1,58 1,47 1,83 1,64 1,45
114

Tabela 118 – Diferenças relativas entre médias de intensidades de equações IDF


interpoladas e de referência por TR e duração.
TR (ANOS) 5
Duração (min) 6 60 1440
Referência 163,15 62,13 5,73
Interpoladas 168,37 64,06 5,87
Diferença (%) 3,20% 3,11% 2,44%
TR (ANOS) 10
Duração (min) 6 60 1440
Referência 179,92 68,67 6,32
Interpoladas 185,18 70,53 6,45
Diferença (%) 2,92% 2,71% 2,06%
TR (ANOS) 15
Duração (min) 6 60 1440
Referência 190,59 72,85 6,69
Interpoladas 195,80 74,62 6,82
Diferença (%) 2,73% 2,43% 1,94%
TR (ANOS) 20
Duração (min) 6 60 1440
Referência 198,58 75,98 6,97
Interpoladas 203,70 77,67 7,10
Diferença (%) 2,58% 2,22% 1,87%
TR (ANOS) 25
Duração (min) 6 60 1440
Referência 205,03 78,51 7,20
Interpoladas 210,06 80,12 7,32
Diferença (%) 2,45% 2,05% 1,67%
TR (ANOS) 50
Duração (min) 6 60 1440
Referência 226,57 86,97 7,96
Interpoladas 231,12 88,25 8,06
Diferença (%) 2,01% 1,47% 1,26%
TR (ANOS) 100
Duração (min) 6 60 1440
Referência 250,59 96,43 8,80
Interpoladas 254,33 97,23 8,87
Diferença (%) 1,49% 0,83% 0,80%
115

Tabela 119 – Comparação de parâmetros estatísticos de intensidades.


EQUAÇÕES EQUAÇÕES
DE REFERÊNCIA INTERPOLADAS
PARÂMETROS
VALORES
MÍNIMO MÁXIMO MÍNIMO MÁXIMO
Média 5,73 250,59 5,87 254,33
Desvio padrão 0,87 45,82 0,71 40,34
Coef. Variação (%) 13,09 19,91 9,70 17,92
Relação máxima/mínima 1,65 2,01 1,45 1,83

5.14 Análise dos parâmetros das equações IDF


Também convém a menção de que nas equações montadas a partir de séries
históricas com o auxílio do método das Isozonas, os parâmetros c e b dos denominadores das
equações IDF são basicamente os mesmos dentro de uma mesma isozona, conforme é
mostrado na tabela seguinte.

Tabela 120 - Parâmetros de equações por Isozona.


MUNICÍPIO K a c b ISOZONA
Barreirinhas 1364,27 0,092 19 0,772 C
Carutapera 1527,92 0,154 19 0,772 C
Tutóia 1388,67 0,120 19 0,772 C
Chapadinha 1457,47 0,101 16 0,780 D
Viana 1699,81 0,103 16 0,780 D
Alto Parnaíba 1427,28 0,127 13 0,782 E
Pindaré-Mirim 1471,30 0,077 13 0,782 E
Açailândia 1907,66 0,127 12 0,795 F
Bacabal 1752,67 0,090 12 0,795 F
Balsas 1706,48 0,132 12 0,795 F
Barão do Grajaú 1450,67 0,119 12 0,793 F
São Domingos do Azeitão 1173,55 0,118 12 0,795 F

5.15 Análise do aplicativo TORÓ – Chuvas intensas no Estado do Maranhão.


O processamento digital passou, inicialmente, pelo desenvolvimento de versão
preliminar do TORÓ – Chuvas intensas no Estado do Maranhão, em ambiente Microsoft
Excel, com a macro do ordenamento das localidades em função das distâncias às coordenadas
geográficas incorporada, acionada pelo comando <Control+e>. Após várias simulações e
ajustes foi elaborado o aplicativo TORÓ em Microsoft Visual Basic, construído e aferido a
partir da planilha inicialmente elabora.
116

A Figura 25, seguinte, mostra a versão preliminar do Toró em planilha Excel, com
dados de entrada idênticos aos do exemplo de interpolação do item 4.19 Estudo de caso –
interpolação espacial com auxílio do TORÓ, Figura 22, que originaram a equação IDF
(Equação 38) para a sede municipal de Humberto de Campos.

DADOS DE DADOS DE Basta preencher os campos


Chuvas intensas no Estado do Maranhão

SAÍDA ENTRADA da cor amarela

PONTO A INTERPOLAR
GRAUS MINUTOS SEGUNDOS
Latitude= -2 35 54
+ CTRL+e
(Versão provisória em Excel - Dez/2012)

Longitude= -43 27 53
TORÓ

EQUAÇÕES USADAS COMO AUXILIARES DISTÂNCIA


LOCALIDADE K a c b (km)
BARREIRINHAS 1364,27 0,0920 19 0,772 72,209
Tr a
iK
SÃO LUÍS 1131,57 0,1800 24 0,74 91,321

(t  c)b
TUTÓIA 1388,67 0,1200 19 0,772 132,694
CHAPADINHA 1457,47 0,1010 16 0,78 147,860
VIANA 1699,81 0,1030 16 0,78 184,038
BACABAL 1752,67 0,0900 12 0,795 231,046
INTERPOLADA 1318,53 0,1183 19,927 0,765
Figura 25 - Versão preliminar do Toró, desenvolvido em Microsoft Excel.
CAAPPÍÍTTUULLO
O6

CONCLUSÕES

6.1 Considerações finais


Os resultados propiciaram as seguintes conclusões:

a) os valores estimados neste estudo, pelas equações IDF, apresentam elevada


aproximação com os valores observados, apontando para a possibilidade de uso
dessas equações de chuvas intensas na estimativa de intensidades.

b) os parâmetros das equações IDF, que foram ajustados para as 12 estações


pluviométricas localizadas na abrangência do Estado do Maranhão, apresentam
alta variabilidade, evidenciando a necessidade de ampliação de estudos de maior
quantidade de localidades, como forma de minimizar ainda mais as imprecisões
nas estimativas das intensidade máximas.

c) para a majoração da quantidade de equações IDF, com auxílio do método das


isozonas, o processo poderá ser simplificado dentro de cada isozona, pela
limitação dos cálculos dos parâmetros K e a, em virtude da possibilidade de
adoção dos valores c e b da isozona, conforme Tabela 120.

d) para que o processo de interpolação também adote os parâmetros c e b da


isozona, se faz necessário que cada isozona tenha um maior número de equações
IDF e que, consequentemente, somente os parâmetros K e a sejam interpolados.

e) foram atingidos os objetivos, inclusive os específicos da pesquisa, tanto pela


formulação de quantidade significativa de equações de curvas Intensidade-
Duração-Frequência (IDF) na abrangência do Estado do Maranhão, inclusive com
a possibilidade de obtenção de equações pelo método de interpolação, assim como
o desenvolvimento do aplicativo TORÓ – Chuvas intensas no Estado do
Maranhão.
118

6.2 Proposição de novos trabalhos


O presente trabalho ampliou consideravelmente o estudo de chuvas intensas na
abrangência do Maranhão, além de propiciar um passo significativo na obtenção de equações
em qualquer localidade do Estado, com a elaboração de aplicativo para processamento digital
– TORÓ – Chuvas intensas no Estado do Maranhão. Apesar deste avanço, não é um trabalho
concluído, até mesmo pela extensão territorial do Estado, necessitando de novos estudos,
visando a ampliação do número de equações IDF, até para o fortalecimento da qualidade final
das equações obtidas por interpolação espacial.
119

REFERÊNCIAS

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