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BIOGRAFIA DO AUTOR

Alexandre de Araújo
Ele morre de amor por você
QUE FAREI ENTÃO COM
JESUS, CHAMADO CRISTO?
“Por ocasião da festa era costume do governador soltar um prisioneiro escolhido pela
multidão. Eles tinham, naquela ocasião, um prisioneiro muito conhecido, chamado
Barrabás. Pilatos perguntou à multidão que ali se havia reunido: 'Qual destes vocês
querem que lhes solte: Barrabás ou Jesus, chamado Cristo?' Porque sabia que o haviam
entregado por inveja.

Estando Pilatos sentado no tribunal, sua mulher lhe enviou esta mensagem: 'Não se
envolva com este inocente, porque hoje, em sonho, sofri muito por causa dele'. Mas os
chefes dos sacerdotes e os líderes religiosos convenceram a multidão a que pedisse
Barrabás e mandasse executar a Jesus.

Então perguntou o governador: 'Qual dos dois vocês querem que eu lhes solte?'
Responderam eles: 'Barrabás!'
Perguntou Pilatos: 'Que farei então com Jesus, chamado Cristo?' Todos responderam:
'Crucica-o!' ‘Por quê? Que crime ele cometeu?', perguntou Pilatos. Mas eles gritavam
ainda mais: 'Crucica-o!’

Quando Pilatos percebeu que não estava obtendo nenhum resultado, mas, pelo contrário,
estava se iniciando um tumulto, mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão
e disse: 'Estou inocente do sangue deste homem; a responsabilidade é de vocês'. Todo o
povo respondeu: 'Que o sangue dele caia sobre nós e sobre nossos lhos!' Então Pilatos
soltou-lhes Barrabás, mandou açoitar Jesus e o entregou para ser crucicado.”
(Mt 27.15-26).

Introdução:
Um dos momentos mais dramáticos de
quando Cristo foi entregue para ser morto na
Cruz foi quando compareceu perante Pilatos. Era
sexta-feira bem cedo. Cristo havia sido levado de
uma autoridade romana para outra pelos líderes
religiosos na tentativa de encontrar alguma
coisa para incriminá-lo a fim de leva-lo a morte.
Naquele momento Pilatos sabia que tinha que
tomar uma decisão. A notícia de que Jesus havia
sido preso havia se espalhado e uma multidão se
formou na porta da fortaleza de Antonina, onde
Ele estava sendo julgado. A medida que o
julgamento se arrastava a multidão só
aumentava. Os religiosos estavam pressionando
o governante para resolver logo a questão.
Pilatos estava ficando sem tempo.
Que farei então com jesus, chamado cristo? Ele morre de amor por você

O governador romano da Judeia tem uma ideia. Naquele momento ele achou que era a saída
perfeita. Era costume dar um indulto a um criminoso por ocasião da Páscoa. No Brasil o governo
federal costuma fazer isso por ocasião do Natal. Pilatos escolhe a figura mais aviltante para colocar
ao lado de Jesus. O povo poderia escolher entre um criminoso violento e perigoso e Jesus, que a
poucos dias havia sido aclamado como o rei dos judeus. Parecia um bom plano. Além disso, Jesus
já havia sido castigado. Estava coberto de sangue. Era uma figura digna de pena.
Pilatos fica em choque quando a multidão clama pela libertação de Barrabás, o assassino
condenado à cruz, e exige que Jesus seja condenado à morte na cruz. A pergunta que fica no ar e
que esperamos uma resposta é: Por que a multidão fez essa escolha. Por que não Cristo e sim
Barrabás? Mas não foi só Pilatos que tomou péssimas decisões naquele dia. A multidão errou em
condenar a Jesus e pedir pela libertação de um criminoso. Os líderes religiosos erram também, pois
não havia nenhuma razão para condenar a Cristo, apenas a inveja.
Esse relato dramático pode nos ajudar a entender por que costumamos fazer péssimas decisões
nas horas mais importantes. Apesar de sabermos o que é certo, muitas vezes fazemos más
escolhas. Por que muitas vezes fazemos isso? Do relato bíblico que conta o momento que Pilatos
propõe que a multidão escolha entre Cristo e Barrabás podemos responder a esta questão.
Em primeiro lugar, costumamos fazer péssimas escolhas por que somos cegados pela inveja. O
evangelista Mateus desnuda para seus leitores a verdadeira razão por que os judeus queriam
eliminar Jesus:
“Porque sabia que o haviam entregado por inveja” (Mt 27.18).
Os líderes religiosos do tempo de Cristo se ressentiam pelo fato de serem respeitados mas não
eram admirados. Jesus não tinha posição social e nem recursos, mas a multidão o amava.
A recepção que os habitantes de Jerusalém deram a Jesus seis dias antes não tinha contribuído
para aumentar o prestígio dele diante das autoridades religiosas locais. O relato bíblico conta o que
havia acontecido naquele domingo de manhã:
“Uma grande multidão estendeu seus mantos pelo caminho, outros cortavam ramos
de árvores e os espalhavam pelo caminho. A multidão que ia adiante dele e os que o
seguiam gritavam: 'Hosana ao Filho de Davi!' 'Bendito é o que vem em nome do
Senhor!' 'Hosana nas alturas!'” (Mt 21.8, 9).
O acontecimento ficou conhecido como a Entrada triunfal. O portão por onde Jesus entrou em
Jerusalém dava acesso direto ao templo. Os líderes religiosos viram a cena e se remoeram de inveja
quando constataram in loco a popularidade de Jesus. Eles imaginavam que como dedicavam sua
vida para as coisas de Deus mereciam ser reconhecidos por esse motivo. Muitas vezes caímos no
mesmo erro. Temos inveja do sucesso do nosso irmão, julgando que somos vítimas de uma
injustiça por que a mesma coisa não está acontecendo conosco. Achamos que nossa luz só vai
brilhar se apagarmos a do nosso próximo. Por conta disso cometemos muitas injustiças, tal como
os líderes religiosos cometeram contra Cristo. Se agimos movido pela inveja não somos melhores
do que aqueles homens.
Em segundo lugar, costumamos fazer péssimas escolhas por que não ouvimos os sinais que Deus
nos manda. Pilatos poderiam se defender alegando que tomara a decisão errada por que foi pego
de surpresa. Mas Mateus conta que:
“estando Pilatos sentado no tribunal, sua mulher lhe enviou esta mensagem: 'Não
se envolva com este inocente, porque hoje, em sonho, sofri muito por causa dele'”
(Mt 27.19).
Que farei então com jesus, chamado cristo? Ele morre de amor por você

A tradição diz que a mulher de Pilatos se chamava Cláudia Prócula (ou Procla). Apesar de ter sido
canonizada pela igreja Ortodoxa como santa, não sabemos muita coisa sobre ela e nem se ela se
tornou cristã. O que sabemos é que Deus a usou para advertir seu marido para não cometer uma
injustiça. Apesar desse esforço do céu, Pilatos não levou em consideração o pedido da esposa.
Deus usa os mais diversos meios para nos advertir e para não cometermos erros como o que
Pilatos cometeu. Ele usou uma jumenta, como no caso de Balaão, uma parábola, como o profeta
Natã contou para Davi ou um sonho como fez com Pilatos. Ele usa vários meios para te ajudar a
fazer a escolha certa. Pode ser a palavra de um amigo ou familiar, pode ser a exposição da Palavra
de Deus, ou até mesmo uma intervenção direta dEle. Mas. Muitas vezes, preferimos ouvir os
nossos desejos pecaminosos do que a voz do Espírito Santo. A mídia bombardeia as pessoas com a
ideia de que precisam escolher seguindo as suas intuições e sentimentos. O mundo diz: “Siga o seu
coração!”, mas Deus diz: “Ouça a voz da razão”. Pilatos sabia que Jesus era inocente, mas não quis
seguir as evidências. E você, quando tiver de tomar uma decisão seguirá a razão ou o seu coração?
Em terceiro lugar, costumamos fazer péssimas escolhas por que somos levados pela multidão,
pela opinião da maioria. Foi o caso de Pilatos, que em vez de fazer o que era certo, preferiu ouvir a
voz da maioria. O evangelista conta:
“Quando Pilatos percebeu que não estava obtendo nenhum resultado, mas,
pelo contrário, estava se iniciando um tumulto, mandou trazer água, lavou as
mãos diante da multidão e disse: 'Estou inocente do sangue deste homem; a
responsabilidade é de vocês'” (Mt 27.24).

É comum as pessoas repetirem o ditado latino: “Vox populi, vox Dei” (A voz do povo é a voz de
Deus). Apesar de ser um ditado muito popular ele não é verdade, pois nem sempre a maioria está
certa. Em um momento de vacilo, Pilatos ouve a opinião da multidão. Na verdade, ele queria usar
aquilo que ele achava ser o consenso da maioria para se livrar do peso político de desagradar os
líderes religiosos dos judeus. Ele não esperava que o povo escolheria Barrabás. Para ele era claro
que o bom senso indicava que as pessoas escolheriam a Jesus. Quando as pessoas seguem um
rumo inesperado, Pilatos perde que está perdendo o controle da situação. Mateus diz que estava
começando um tumulto por causa disso (Mt 27.24).
Nem sempre é seguro seguir a opinião da maioria. É verdade que:
“na multidão de conselheiros há segurança” (Pv 11.14).

Contudo é preciso usar o censo crítico para julgar se aquilo que a maioria quer é o melhor.
O grupo social que mais sofre com a “pressão de grupo” são os jovens e adolescentes. Em uma
época da vida em que eles estão firmando seus valores e amadurecendo o seu caráter eles
precisam de amigos. Nesse momento os amigos são mais importantes do que a aprovação dos
país.
Que farei então com jesus, chamado cristo? Ele morre de amor por você

A pessoa nova sente a necessidade de ser aceito pelos seus pares e muitas vezes faz coisas que
são contra os seus princípios e valores apenas para ser bem visto pela maioria. Um exemplo prático
é o caso do hábito de fumar. Hoje sabemos que se a pessoa não fumar até os 18 anos dificilmente
vai adquirir o vício depois dessa idade. Por que a pessoa começa a fumar? Em geral, por pressão do
grupo. Quando a pessoa amadurece um pouco mais ela percebe que é bobagem fazer isso e não se
interessa em aprender a fumar.
Não é apenas em hábitos prejudiciais à saúde que a maioria tem peso. Hoje vivemos a realidade
de uma sociedade pós-cristã. Defender valores cristãos é considerado antiquado, fora de sintonia
com a realidade. Alguns mais radicais podem acusar os crentes de atrasados, preconceituosos e
intolerantes. É preciso ter muita fibra moral para nadar contra a correnteza. Contudo, o verdadeiro
cristianismo sempre nadou contra a maré, sempre foi considerado subversivo. A fé cristã sempre
enfrentou resistência e nunca foi seguida pela maioria.
Hoje, como nunca antes, nossos valores espirituais estão sendo questionados e Deus espera de
nós uma postura firme. No livro do Apocalipse a igreja remanescente, o povo de Deus dos últimos
dias, não segue a multidão. O profeta afirma que esse pequeno grupo vai resistir a pressão da
maioria e vai defender o que é certo, apesar do resto do mundo seguir o dragão, a besta e o falso
profeta. (Ap 14.12).
Em quarto lugar, costumamos fazer péssimas escolhas por que “lavamos as mãos” diante do
que é certo. O relato bíblico conta:
“Então perguntou o governador: 'Qual dos dois vocês querem que eu lhes
solte?' Responderam eles: 'Barrabás!' Perguntou Pilatos: 'Que farei então com
Jesus, chamado Cristo?' Todos responderam: 'Crucica-o!' 'Por quê? Que crime
ele cometeu?', perguntou Pilatos. Mas eles gritavam ainda mais: 'Crucica-o!'”
(Mt 27.21-23).
Quando lavou suas mãos Pilatos estava dizendo que não era responsável pelo o que estava
acontecendo. Esse é o caminho mais fácil: Não assumir a responsabilidade pelos nossos atos.
Empurrar a culpa para os outros. Contudo, como seguidores de Jesus Cristo, não é assim que
devemos agir. Quantas vezes diante de uma crise em que precisamos nos posicionar preferimos
lavar as mãos. Quando fazermos isso estamos abrindo mão do controle da nossa vida e estamos
nos pondo a disposição da vontade de outros. Isso é pecado. É o pecado da omissão. Tiago
escreveu:
“Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado” (Tg 4.17).

Alguns imaginam que o pior tipo de liderança é a ditatorial. Ela pode ser a mais difícil de lidar,
mas para um projeto, para uma empresa, para uma igreja, entre os vários modelos de liderança, o
pior é o do líder omisso, que não se envolve, não toma posição e não se responsabiliza por nada. Ele
deixa as coisas acontecerem. Esse é o caminho do desastre.
Por último, estamos fazendo uma péssimas decisão quando escolhaemos Barrabás em vez de
Jesus. O texto bíblico conta que:
“os chefes dos sacerdotes e os líderes religiosos convenceram a multidão a que
pedisse Barrabás e mandasse executar a Jesus” (Mt 27.20).
Essa escolha é tão surpreendente que até o próprio Pilatos se assustou quando a multidão preferiu
a Barrabás. Ele havia selecionado a dedo a pessoa mais abjeta, repulsiva e odiada pelo povo que
tinha na cela. Pilatos estava convencido da inocência de Jesus.
Que farei então com jesus, chamado cristo? Ele morre de amor por você

Ele imaginou que ao expor as duas pessoas, a multidão


faria a escolha sensata e a questão estaria resolvida.
Instigados pelos chefes dos sacerdotes e os líderes
religiosos, o povo pediu Barrabás e condenaram a Jesus. O
mesmo povo que no início da semana havia saudado a
Jesus como seu rei, agora estavam desejando a Sua
morte. Parece uma escolha absurda e sem sentido, mas
será que não estamos fazendo a mesma coisa hoje?
Quantos em vez de escolherem a Cristo, preferem uma
carreira de sucesso, o acúmulo de bens materiais ou uma
vida libertina sem compromisso com o evangelho? Não
existe nada de errado em ser rico, famoso ou ter prestígio.
O que não podemos fazer é transforma a busca por esses
objetivos o centro da nossa vida. O centro da nossa vida
deve ser Jesus Cristo.

Conclusão
Quando tem que tomar a decisão mais importante das suas vidas, muitos erram. Podemos fazer
más escolhas na profissão, na carreira, nos nossos relacionamentos, mas nenhum é tão
impactante como responder de forma errada a pergunta feita por Pilatos:
“Que farei então com Jesus, chamado Cristo?” (Mt 27.22).

Você pode errar em muitas das suas escolhas ao longo da sua vida. É possível que tenha
escolhido uma carreira profissional por motivos errados e hoje você está preso a um trabalho que
não lhe o mínimo de estímulo e alegria. É possível que você sempre tenha alimentado o sonho de
viver fora do seus país mas agora com filhos dependentes de você e com contas para pagar você
não consegue nem planejar onde vai passar as próximas férias da família. Você pode errar em
outras coisas mas no caso de Jesus você não pode errar. Isso tem a ver com a eternidade. Você
pode ter acertado em todas as outras escolhas da vida, mas se não optou por Cristo, você perdeu a
sua vida.

Quem você escolhe hoje:


JESUS OU BARRABAS?
Ele morre de amor por você

ELE MORREU POR MIM


“Um dos malfeitores crucicados blasfemava contra Jesus, dizendo: 'Você não é o Cristo?
Salve a si mesmo e a nós também'. Porém o outro malfeitor o repreendeu, dizendo: 'Você
nem ao menos teme a Deus, estando sob igual sentença?

A nossa punição é justa, porque estamos recebendo o castigo que os nossos atos merecem;
mas este não fez mal nenhum'. E acrescentou: 'Jesus, lembre-se de mim quando você vier
no seu Reino'. Jesus lhe respondeu: 'Em verdade lhe digo que hoje você estará comigo no
paraíso'.” (Lc 23.39-43).

Introdução:
Era domingo, 29 de agosto de 1977. O
sargento Sílvio Elmar Holembach estava
passeando pelo zoológico de Brasília com a
sua família. De repente ele ouvi gritos
desesperados vindo do viveiro das ariranhas.
O menino Adilson havia se descuidado e caíra
naquele tanque. Apesar de haverem muitas
pessoas naquele lugar observando a cena, o
único que tomou a iniciativa de salvar o
menino foi o sargento Silvio. Sem vacilar, ele
pulou no tanque, tomou o menino nos braços e
o ajudou a subir poço de dois metros de altura.
Quando ele mesmo se preparava para subir,
foi agarrado nas suas pernas por um dos
animais, sendo puxado para dentro do poço.
Sem nenhuma chance de escapar, os outros
animais saltaram sobre Silvio. Quando os
funcionários conseguiram entrar o lugar,
pouco havia o que fazer. Levado para o
hospital das Forças Armadas, o Sargento
Silvio acabou falecendo.
Se existe alguém que entende o que significa a expressão “Ele morreu por mim”, com certeza
1
era o menino Adilson.
Apesar de ser uma ação heroica, ela não se compara com o que Cristo fez por nós naquela
sexta-feira no Gólgota. Se o sargento Silvio salvou a vida do menino Adilson o sacrifício de Cristo
permitiu a salvação de todos os que desejarem. Mas, como podemos receber esta salvação? A
conversão de um dos criminosos que foram condenados à cruz junto com Cristo pode nos ajudar
a entender como podemos ser salvos.
Um coração mau
O primeiro passo para se alcançar a salvação é preciso reconhecer a maldade do coração
natural. Ao relembrar a triste cena do Calvário, o evangelista Mateus relembra que:
“dois ladrões foram crucicados com Ele [Cristo], um à sua
direita a outra à sua esquerda” (Mt 27.38).
Ele morreu por mim Ele morre de amor por você

Fato confirmado pelos demais evangelistas (Mc 15.27; Lc 23.33 e Jo 19.18). Contudo, Mateus
acrescenta um detalhe interessante sobre a atitude desses dois homens, nos primeiros momentos
da crucificação:
“Igualmente, o insultavam os ladrões que haviam sido crucicados
com Ele [com Cristo].” (ver. 44).
Durante a execução de tão terrível castigo, era comum os criminosos xingarem as pessoas que
observação a cena ou atacar com palavras os soldados presentes. Os mais revoltados
praguejavam conta o próprio Deus. O que choca era a atitude desses homens contra uma pessoa
que além de injustamente condenado, estava mudo aceitando sem reclamar a pena capital que
sofria. Era uma atitude covarde contra Ele!
Segundo o livro apócrifo, o Evangelho segundo Nicodemos, esse malfeitores se chamavam Gestas
e Dimas. Lucas conta então que Gestas:
“blasfemava contra Jesus, dizendo: 'Não és tu o Cristo? Salve a si
mesmo e a nós também'.” (ver. 39).
Sua pergunta pressupõe a resposta “sim”, mas é amargamente irônica. Desafia Jesus a salvar
todos eles, sem acreditar que Ele pode fazê-lo. Aqueles homens estavam sendo executados. Como
era comum entre os crucificados, eles praguejaram contra tudo e contra todos, pois eles não
tinham mais nada a perder. A revolta expressada por eles revela o sentimento que as pessoas tem
sobre Deus. O coração humano odeia a Deus. As Escrituras nos dizem que:

“a mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não se submete à


Lei de Deus, nem pode fazê-lo” (Rm 8.7).

Segundo o profeta Isaías as nossas:

“maldades separam de você do Seu Deus; os seus pecados esconderam de


vocês o rosto dEle, e por isso Ele não os ouvirá.” (cap. 59.2).

O pecado não só nos afasta de Deus, mas também cria em nós uma forte aversão contra Ele. A
tradição chama Dimas de bom ladrão. Isso não é verdade. Se ele fosse bom não estaria sendo
crucificado. Chamá-lo de bom ladrão é uma forma de mascarar maldade que existe em nosso
próprio coração.
Cristo não foi zombado apelas pelos ladrões, mas também pelos soldados e pelas autoridades
judaicas presentes. É uma atitude cruel contra alguém que não fez nada para merecer aquilo.
Assim é o coração do homem natural. Ele zomba de Deus. Ele blasfema contra Deus. O mal que
vemos no mundo é apenas uma manifestação da maldade que existe nossa natureza caída.

Crime e castigo
A segunda verdade que precisamos conhecer para ser salvo é preciso reconhecer que somos
culpados de desobedecer a Deus. Observe o que Dimas diz:
“Você nem ao menos teme a Deus, estando sob igual sentença? A nossa punição é justa,
porque estamos recebendo o castigo que os nossos atos merecem” (ver. 40, 41a).
Ele morreu por mim Ele morre de amor por você

Essa mudança de atitude daquele homem revela o toque que o Espírito Santo. Somente a ação dEle
pode mudar a rebeldia do coração natural. Ele trabalha com a pessoa de uma forma tão discreta
como age o vento:

“O vento sopra onde quer. Você o escuta, mas não pode dizer de onde vem nem
para onde vai. Assim acontece com todos os nascidos do Espírito” (Jo 3.8).

Naquele dia o vento do Espírito soprou sobre aquela colina e abrandou um coração endurecido pelo
pecado.
É possível supor que o coração de Dimas foi abrandado quando ele percebeu que Jesus era
diferente. Mesmo sendo injustiçado, Cristo não reclamou em nenhum momento, como era de se
esperar de alguém que estava sendo crucificado. Segundo o apóstolo Pedro, Cristo sofreu sem
reclamar:
“Quando insultado, não revidava; quando sofria, não fazia
ameaças, mas entregava-se àquele que julga com justiça” (1Pd 2.23).

Tocado pela atitude do Mestre, Dimas reconhece a sua condição de pecador. Ele diz ao seu
companheiro de infortúnio:
“A nossa punição é justa, porque estamos recebendo o castigo que os
nossos atos merecem” (Lc 23.41).

A alma que quiser experimentar a salvação deve também reconhecer a sua condição
pecaminosa, da mesma maneira que Dimas. Parece simples mas não é fácil. As ciências humanas
tentam negar a culpa e relativizar o pecado. Alguns psicólogos ensinam que a culpa é um recalque
imposto pela força dos hábitos sociais e que ela deve ser negada. Para eles a culpa não existe.
Mesmo em muitas igrejas cristãs as pessoas não gostam de usar a palavra “pecado”. Preferem
dizer que erraram, falham, cometeram um lapso, mas não dizer: “pequei”.
Quando perguntados pela mídia sobre arrependimentos do passado, é comum ouvir pessoas
famosas responderem que não tem nenhum. Elas dizem que se arrendem daquilo que não fizeram
e não daquilo que fizeram. A moral relativista, que não acredita em absolutos, criou uma geração de
insensíveis para a culpa. Os presídios estão cheios de pessoas “inocentes”, que não reconhecem a
sua culpa. Mas se quisermos a salvação é preciso deixar que o Espírito de Deus ilumine o nosso
coração e revele a escuridão que existe no íntimo da nossa alma.

A maior injustiça
Em terceiro lugar, para ser salvo é preciso
reconhecer que Cristo não merecia aquela
morte. Após reconhecer a sua culpa e o
merecimento do seu castigo, Dimas faz uma
confissão de fé:

“mas este não fez mal nenhum” (Lc 23.41b).


Ele morreu por mim Ele morre de amor por você

Foi exatamente o que disse Pilatos aos chefes dos sacerdotes e à multidão:

“Não encontro motivo para acusar este homem” (Lc 23.4)

ou como está traduzido na ARA:

“Não vejo neste homem crime algum”

Quando Jesus expirou na cruz, um centurião romano vou levado a louvar a Deus dizendo:

‘‘Certamente este homem era justo'.” (Lc 23.47).

Um homem acostumado a executar criminosos viu naquele homem inocência. Tanto o depoimento
de Dimas, como o de Pilatos e do centurião estavam baseados em fatos. Judicialmente a
condenação de Cristo foi uma injustiça por que Ele realmente não havia cometido crime algum. Ele
fora condenado injustamente. Contudo, Jesus não só era inocente, como também Ele era sem
pecado algum. Depois de conviver por três anos e meio com Jesus e o conhecer intimamente, o
apóstolo Pedro afirmou:
“Ele não cometeu pecado algum” (1Pd 2.22).

O apóstolo João, alguém que conhecia Jesus tanto quanto Pedro escreveu sobre Cristo:

“Nele não há pecado” (1Jo 3.5).

Jesus era puro. Ele era santo. Ele não tinha culpa. Nem por momento Ele foi tocado pela mácula
do pecado.
Agora temos um paradoxo. A Bíblia não diz que o:A Bíblia não diz que o “salário do pecado é a
morte” (Rm 6.23)? Se Cristo não tinha pecado, por que Ele então morreu? O apóstolo Paulo
responde:

“Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado [falando de
Cristo], para que nEle [em Cristo] nos tornássemos justiça de Deus”
(2Co 5.21).

Cristo morreu não por algum pecado que tivesse por ventura cometido. Ele morreu pelos nossos
pecados. A morte que nós merecíamos, foi dada a Ele, para que a vida que Ele merecia fosse dada
a nós. Esse é o evangelho. Essa é a boa notícia que o Páscoa anuncia. Sobre isso escreveu Ellen G.
White:

“Cristo foi tratado como nós merecíamos, para que pudéssemos receber o
tratamento a que Ele tinha direito. Foi condenado pelos nossos peados, nos
quais não tinha participação, para que fôssemos justiçados por Sua justiça,
na qual não tínhamos parte. Sofre a morte que nos cabia, para que
recebêssemos a vida que a Ele pertencia. 'Pelas Suas pisaduras fomos
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sarados'.”
Ele morreu por mim Ele morre de amor por você

Abra seu coração


Em quarto lugar, para ser salvo é preciso clamar ao Senhor. Depois de reconhecer sua culpa e
declarar a inocência de Jesus para Gestas, Dimas se volta para Jesus e faz um pedido que sai do
fundo da sua alma:
“Jesus lembra-te de mim quando entrares no teu Reino” (Lc 23.42)
Não sabemos o quanto Dimas sabia sobre Jesus. É possível que ele já tivesse ouvido comentários
sobre o ministério daquele jovem galileu, através da “rádio peão”, o famoso boca-a-boca. Mas ele
crê tão profundamente que se apega aos poucos elementos que dispunha no momento.
Quando alguém era crucificado, era costume pregar uma placa com o motivo da condenação da
pessoa. No caso da Jesus, Lucas diz que a placa, escrita em três línguas (hebraico, grego e latim),
dizia:
“Este é o rei dos judeus” (Lc. 23.38)
Dimas percebeu que Cristo era não só inocente, mas que era muito mais do que uma pessoa
condenada injustamente. Ele reconheceu que a placa não fazia uma condenação, mas que
anunciava uma verdade. A verdade de que aquele que estava ali era o Messias prometido e que
viera para implantar no mundo o reino de Deus, e que Ele mesmo seria o rei que governaria esse
reino.
Dimas entendeu a morte não poderia segurar Jesus na sepultura. É como se ele dissesse:
“Senhor, eu sei que você está morrendo. Mas eu também sei que isso é circunstância. Eu não sei
como, mas acredito que o Senhor vai vencer a morte e vai ser o rei do reino de Deus vindouro”.
Contudo, mais importante foi o fato de que apesar das circunstâncias, Dimas viu além da cruz e
clamou Àquele que poderia socorre-lo.
Bartimeu, o cego de Jericó gritou:

“Jesus, lho de Davi, tem misericórdia


de mim!” (Lc 18.38).

É a única vez que a Bíblia diz que Jesus passou por


Jericó. Dali Jesus subiu até Jerusalém e lá ele foi morto.
Ou seja, nunca mais ele visitou a cidade. Bartimeu não
perdeu a oportunidade. Ele não sabia que era a única
que teria, mas sabia que Jesus podia curá-lo. Tal como
Dimas e o cego de Jericó, clame ao Senhor, para que
Ele possa salvá-lo.

Firme nas promessas


E por último, para ser salvo é preciso descansar na
promessa de Cristo. Agora que você clamou, descanse
na certeza que Cristo deu para aquele homem:

“Eu lhe garanto: Hoje você está comigo


no paraíso”.
Ele morreu por mim Ele morre de amor por você

Para o que não cremos que quando a pessoa morre, ela vai para o inferno ou para o céu, esse
versículo pode ser uma pedra de tropeço. Não queremos nos prender a esse detalhe para não
perder a essência do que este versículo ensina. Na verdade Cristo não subiu ao paraíso naquele
dia, por que três dias depois, na manhã da ressurreição, Ele disse a Maria Madalena:

“Não me segure, pois ainda não voltei para o Pai” (Jo 20.17).

Alguns tradutores da Bíblia reconhecem essa dificuldade. Para entender corretamente este
versículo é preciso lembrar que o texto original não tinha pontuação. Ela é deduzida pelo tradutor.
Por isso a Tradução Ecumênica preferiu colocar a palavra “hoje” deste versículo entre virgulas e o
verteu com as seguintes palavras:“Em verdade eu te digo, hoje, estarás comigo no paraíso”.
Mas qual é a grande verdade que esse versículo quer ensinar e que não podemos perder de
vista? A certeza de que a nossa salvação está garantida, não por que nós somos fiéis, mas por que
Cristo é fiel.
A promessa que Jesus fez naquela sexta-feira à tarde a Dimas é uma certeza que aquele que
clama ao Senhor também tem. Se irmos até Cristo Ele nos prometeu dar-nos a vida eterna:

“Quem crê no Filho tema vida eterna [veja que Ele não diz, que a pessoa que
crê terá, mas sim que tem, agora, a vida eterna]; já quem rejeita o Filho não
verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele”
(Jo 3.36).
Sobre esta certeza Paulo escreveu:
“Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida
eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6.23).
Neste versículo Paulo faz um contraste. Somos condenados à morte por que merecemos,
recebemos o “salário” por que trabalhamos para isso, mas a salvação é uma dádiva, ela é de
graça. Não trabalhamos para merecê-la.
“Porque a vontade de meu Pai é que todo o que olhar para o Filho e nele crer
tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia” (Jo 6.40).
Deus não mente e se Ele prometeu nos dar a vida então Ele via cumprir.

Conclusão
Certo chinês usava a seguinte ilustração para explicar por abandonara as religiões do seus
antepassados para se tornar cristão:
“Estava caído em um poço, quase me afogando no lodo, clamando por alguém que me ajudasse.
Nisto apareceu um ancião de aparência venerável, que me olho lá de cima e me disse:
'Filho, este é um lugar muito desagradável.'
'Sei que é. Mas pode o senhor ajudar-me a sair?'
'Filho meu. Chamo-me Confúcio. Se houvesses lido minhas obras e seguido o que elas ensinam,
nunca terias caído no poço.' E com isto se foi.
Logo vi que chegava outro personagem; esta vez um homem que cruzava os braços e fechava os
olhos. Parecei estar distante, muito distante. Era Buda e me disse:
'Filho meu, fecha teus olhos e esquece-te de ti mesmo. Põe-te em estado de repouso. Não penses
em nenhuma coisa desagradável. Assim poderá descasar como descanso eu.'
Ele morreu por mim Ele morre de amor por você

“Sim, pai, o farei quando sair do poço. Mas quando?'


Buda, porém se havia ido. Eu já estava desesperado quando se me apresentou ainda outra
pessoa muito distinta. Levava, em seu rosto, os traços do sofrimento, e lhe falei:
“Senhor, podes-me ajudar?”
Então abaixou-se até onde eu estava. Tomou-me em seus braços, me suspende e me tirou do
poço. Logo me eu de comer e me fez descansar. E quando eu já estava bem, disse-me:
“Não caias mais. Agora. Andaremos juntos''.
Esse era Jesus. É por isso que sou cristão.3
Deseja você aceitar a Cristo como teu Salvador, também? Que Deus abençoe a sua decisão!
Amém!

Referências bibliográficas:
1.FREITAS, Paulo G. Ilustrações selecionadas para sermões. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2004, p.18.
2.WHITE, Ellen G. O Desejado de todas as nações, p. 25.
3.ALMEIDA, Natanael de Barros. Tesouro de ilustrações. São Paulo: Vida Nova, 1981, p.12.
Ele morre de amor por você
VIVENDO PELO PODER
DA RESSURREIÇÃO
“Quando terminou o sábado, Maria Madalena, Salomé e Maria, mãe de Tiago,
compraram especiarias aromáticas para ungir o corpo de Jesus. No primeiro dia da
semana, bem cedo, ao nascer do sol, elas se dirigiram ao sepulcro, perguntando umas às
outras: 'Quem removerá para nós a pedra da entrada do sepulcro?

'Mas, quando foram vericar, viram que a pedra, que era muito grande, havia sido
removida. Entrando no sepulcro, viram um jovem vestido de roupas brancas assentado à
direita, e caram amedrontadas. 'Não tenham medo', disse ele. 'Vocês estão procurando
Jesus, o Nazareno, que foi crucicado. Ele ressuscitou! Não está aqui.

Vejam o lugar onde o haviam posto. Vão e digam aos discípulos dele e a Pedro: 'Ele está
indo adiante de vocês para a Galileia. Lá vocês o verão, como ele lhes disse''.
Tremendo e assustadas, as mulheres saíram e fugiram do sepulcro.
E não disseram nada a ninguém, porque estavam amedrontadas”
(Marcos 16:1-8).

Introdução:
Um dos grupos sociais que mais sofreu o efeito do isolamento social causado pela pandemia da
Nova Covid-19 foram as crianças e adolescentes. Uma pesquisa do Instituto de Psiquiatria da
Universidade de São Paulo (USP), feita com cerca de 7.000 pais de crianças e adolescentes dos 5
aos 17 anos, mostra que 27% das pessoas dessa faixa etária estão sofrendo de ansiedade ou
1
depressão.
Sem conviver com os colegas da escola e com
os parentes e vizinhos da mesma idade, além de
pais sem tempo para dar atenção para os filhos,
crianças e adolescentes sentem os efeitos
psicológicos e emocionais do isolamento social.
Mas elas não são as únicas a sofrerem os efeitos
nefastos da ansiedade. Os adultos já estão mais
acostumados a conviver com ela. A
preocupação com as contas atrasadas, o
desemprego, a educação dos filhos, problemas
de saúde, entre tantas outras coisas mantém as
pessoas em contínuo estado de ansiedade.
Os crentes não estão livres desse sentimento
de angústia. Contudo, nós não precisamos
sofrer de ansiedade. A ressurreição de Cristo
pode nos curar não só da ansiedade, como
também do medo, além de restaurar as feridas
de um coração culpado. Por isso, Paulo afirma
que devemos conhecer a Cristo e o “poder da
sua ressurreição” (Fp 3.10).
Vivendo pelo poder da ressurreição Ele morre de amor por você

As mulheres que que foram até a sepultura de Jesus, para realizar os rituais de sepultamento
daquele tempo, acabaram sendo impactadas dom o poder da ressurreição. Da mesma forma, a
ressurreição de Cristo pode manifestar o poder do evangelho no coração do crente. Como a
ressurreição de Cristo pode manifestar o poder do Evangelho no coração dos crentes? Através da
passagem que lemos essa noite, aprendemos que a ressurreição de Cristo pode nos impactar de
três maneiras.

Remédio para a ansiedade


Em primeiro lugar, através de Sua ressurreição, Cristo pode curar as nossa ansiedades. O relato
de Marcos afirma que as mulheres que foram ungir a Jesus tinham uma preocupação:

Quando terminou o sábado, Maria Madalena, Salomé e Maria, mãe de Tiago [...]
ao nascer do sol, elas se dirigiram ao sepulcro, perguntando umas às outras:
'Quem removerá para nós a pedra da entrada do sepulcro?'”
(Mc 16.1-3).

As mulheres estavam ansiosas por que não sabiam como removeriam a pedra que selava a
sepultura de Cristo, afim de ungir o seu corpo e lhe prestar a última homenagem. A angústia
daquele grupo de mulheres era lógica e justificada. Afinal, a pedra da sepultura pesava entre 1,5 e 2
toneladas. Era necessário 20 homens para remover a pedra. Quando José colocou o corpo na
sepultura, provavelmente foi retirando um calço que mantinha a pedra em uma canaleta. Com a
retirada da barreira e o declive na direção da entrada do túmulo, a pedra rolou para sua posição,
fechado a sepultura. Ela ainda estava selada e elas deveriam contar com a boa vontade dos
romanos para quebrar o selo. Mas elas eram mulheres de fé e mesmo com essas dificuldades elas
agiram.
Quando chegaram no local da sepultura, descobriram que Deus já havia resolvido o problema, só
que de uma maneira que eles não esperavam. Deus já havia removido a pedra (Mc 16. 4). Muitos
crentes sofrem por antecipação, imaginando as futuras dificuldades, que talvez nunca ocorram.
Viver pela fé é confiar na vontade soberana de Deus. É saber que a solução dEle é maior que as
nossas expectativas.
A ressurreição de Cristo tem poder de curar as nossas ansiedades. Temos motivos para nos
preocupar: prestação do carro que está atrasado, pandemia que parece que não quer acabar,
desemprego, violência, problemas conjugais, atitude dos filhos, enfim, a lista parece que não tem
fim.
Mas qual é o maior de todos os nossos desafios? Qual é a maior de nossas angústias? Com
certeza é a morte. Contudo, a Bíblia nos diz que Cristo ressuscitou. Ele venceu a morte.
“Portanto, visto que os lhos são pessoas de carne e sangue, ele também
participou dessa condição humana, para que, por sua morte, derrotasse aquele
que tem o poder da morte, isto é, o diabo, e libertasse aqueles que durante toda a
vida estiveram escravizados pelo medo da morte”
(Hb 2.14 e 15).
Se você confiar sua vida a Jesus Cristo não precisa ter “medo da morte”. Você está livre desse
tormento. Você pode até morrer, mas a morte não tem mais poder sobre você. Então, o que mais
pode nos pôr medo? A ressurreição de Cristo tem o poder de curar nossas ansiedades.
Vivendo pelo poder da ressurreição Ele morre de amor por você

Enfrentando o medo
Em segundo lugar, através de Sua ressurreição, Cristo pode curar os nossos temores. Marcos
cita as palavras do anjo a Maria Madalena:
“Não tenham medo” (Mc 16.6).
As mulheres estavam com medo por que não estavam entendendo o que estava ocorrendo. Elas
estavam com o coração estraçalhado pelo o que havia acontecido com seu Mestre. A última
imagem que tinha dEle era de um corpo todo ferido e abandonado às pressas na sepultura por que
estava chegando as horas sagradas do sábado.
Elas não queriam muita coisa. Elas queriam apenas seguir o costume daquele tempo e prestar a
última homenagem para quem dedicavam tanto afeto. Vamos fazer um exercício de empatia com
aquelas mulheres. Vamos nos colocar no lugar delas. Se perdêssemos alguém que amamos muito
como você gostaria que essa pessoa fosse sepultada? Esse amor por Jesus as levou a fazerem
coisas bem ariscadas. Elas foram de madrugada. Segundo a NVI “era de manhã bem cedo”. A ARA
preferiu verte o texto original de forma mais direta e diz que “era alta madrugada”. Ou seja, era um
pouco antes do sol nascer. Ela um grupo de mulheres, andando de madrugada pela cidade,
abatidas por horas de sofrimento e que não sabiam como iriam remover a pedra da porta da
sepultura. A única explicação para essa atitude é o amor que elas tinha por Cristo.
Por que será que vemos tão pouco do amor de Cristo entre os crentes em nossos dias? Por que
existem tão poucos que estão dispostos a ariscarem o seu status, o seu conforto e comodidade por
amor a Cristo? Talvez por que esses crentes não tenham experimentado o amor de Cristo de
verdade em suas vidas.

“Mas aquele a quem pouco foi perdoado, pouco ama” (Lc 7.47b).

Quando elas encontraram a sepultura vazia e um jovem vestido de branco, as Escrituras dizem
que sentiram muito medo (Mc 16.5). O medo é um sentimento natural que visa proteger a pessoa
do perigo. Ele nasce do desconhecido. Não se sente medo daquilo que você conhece, mas daquilo
que você desconhece. Elas estavam com medo por que não sabiam o que estava acontecendo.
Quando estamos no olho do furação, no meio da crise, costumamos não entender o que está
acontecendo, e chegamos a questionar a Deus. O anjo conformou aquelas mulheres, dizendo:
“Não tenham medo” (ver. 6). Ele explica então por que elas não deviam ter medo: “Ele
ressuscitou!”. Melhor notícia elas não podiam ter recebido. A ressurreição de Cristo tem o poder de
remover os nossos temores, também.

Perdão e reconciliação
Em terceiro lugar, através de Sua ressurreição, Cristo pode curar as nossas feridas emocionais.
Observe as palavras do anjo:

“Vão e digam aos discípulos dele e a Pedro: 'Ele está indo adiante de vocês para a
Galileia. Lá vocês o verão, como ele lhes disse'.” (Mc 16.7).

O anjo ordena que aquelas mulheres contassem aos demais discípulos o que havia ocorrido e que
se preparassem para se encontrar com Cristo na Galileia. Contudo, o anjo deixa um recado para um
discípulo em especial: Pedro. Ele disse:

“Vão e digam aos discípulos dele e a Pedro” (ver. 7).


Vivendo pelo poder da ressurreição Ele morre de amor por você

Jesus marcou um encontro com Pedro. Não é difícil imaginar a razão. Apesar de ser avisado pelo
próprio Jesus, Pedro o negou três vezes. O relato bíblico sobre a queda de Pedro é dramático. Lucas
carrega nas tintas quando pinta o quadro descrevendo a cena:

“Falava ele ainda [negando a Cristo], quando o galo cantou. O Senhor voltou-se
e olhou diretamente para Pedro. Então Pedro se lembrou da palavra que o
Senhor lhe tinha dito: 'Antes que o galo cante hoje, você me negará três vezes'.
Saindo dali, chorou amargamente.” (Lc 22.60-62).

Dá pra imaginar as mudanças da fisionomia de Pedro que aquele olhar de amor de Jesus deve ter
provocado. Jesus revelou que estava preocupado em curar o coração do Seu amigo. Ele sabia que
desde o momento que Pedro caiu em si até aquele momento o mundo de Pedro havia
desmoronado. Ele queria restaurar o seu coração. Como ia demorar um pouco até eles se
encontrarem, Ele deu um recado para Pedro: “Preciso falar com você”.
O evangelista João conta os detalhes desse encontro junto ao Mar da Galileia. Cristo lhe
perguntou três vezes:: “Tu me amas?” e três vezes Pedro reafirmou seu amor pelo Mestre. Então
Jesus restara Seu chamado: “Apascenta as minhas ovelhas” (veja o relado de Jo 21.15-17). O poder
da ressurreição de Cristo se manifestou no amor que Cristo revelou na restauração de Pedro.
Como povo precisamos crer mais no poder da graça. Jesus deseja perdoar todas as vezes que
negamos ao Seu nome pelas nossas atitudes. Ele quer apagar a sua culpa e remover o seu pecado,
como fez com Pedro. O poder da ressurreição se revela em vidas transformadas pelo perdão, como
aconteceu com Pedro.

Conclusão
Você quer experimentar o poder da ressurreição na Sua vida? A ressurreição de Cristo
revela que Deus deseja acalmar o seu coração ansioso. Ensina também que Ele quer remover
os seus temores e restaurar o seu coração ferido.
“Se a Páscoa disser qualquer coisa para nós, é que Jesus estará sempre
conosco. Os pirâmides do Egito são famosos porque abrigaram os corpos
mumificados dos antigos reis do Egito. O Catedral de Westminster em
Londres é reverenciado porque lá jazem os corpos da nobreza e de
Britânicos famosos. O mausoléu de Maomé é notável pelo caixão de pedra e
os ossos que contém. O cemitério de Arlington em Washington nos EUA é
venerado como o lugar de descanso de muitos Americanos famosos. Mas, o
sepulcro de Jesus é famoso, justamente porque está vazio.” 2

Com a Sua ressurreição, Cristo venceu a morte. Se você aceitar a Cristo como seu Salvador
pessoal, você passara da morte para a vida. Você também vai vencer a morte e viver para
sempre com Jesus. Você deseja tomar essa decisão agora?

Referências bibliográficas:
1. RODRIGUES, Gabriel. Uma a cada cinco crianças e adolescentes tem sintomas de ansiedade ou depressão. Jornal
O Tempo, 18 jan 2021. Disponível em: https://www.otempo.com.br/cidades/uma-a-cada-cinco-criancas-e-adolescentes-
tem-sintomas-de-ansiedade-ou-depressao-1.2435822 Acesso em: 22 jan 2021.
2.Don Emmitte, em "Living Illustrations for Effective Preaching". Disponível em:
http://www.hermeneutica.com/ilustracoes/ressurreicao.html Acesso em: 22 jan 2021.

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