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Sete Razões Para Ensinar

História da Igreja aos Seus Filhos

Jeff Robinson
Traduzido do original em Inglês
7 Reasons to Teach Your Kids Church History
By Jeff Robinson

Via: Founders.org

Tradução por Camila Rebeca Teixeira


Revisão e Capa por William Teixeira

1ª Edição: Novembro de 2016

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida

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1
7 Razões Para Ensinar História da Igreja aos Seus Filhos
Por Jeff Robinson

Pergunte aos meus quatro filhos o que o pai deles ama e coloca no topo da lista depois de
2
“Jesus, nossa mãe, beisebol e os Georgia Bulldogs ”, a resposta pode ser apenas “pessoas
mortas”. Por quê? Eu penso que o fato de eu ensinar história da igreja para os meus filhos
é importante — tendo começado desde pequeninos — para que eles entendam a
riqueza da fé, e que eu sou ordenado a isso a partir das Escrituras. (E sim, eles
sabem que o herói deste Livro ressuscitou dentre os mortos).

Presumindo que eles têm ouvido, meus filhos podem dizer algo sobre Lutero, sobre as 95
teses e sobre uma porta da igreja em Wittenberg. (Eles até mesmo pronunciam o “W” como
um “V”, porque acham que parece com o som de um inseto). Eles conseguem lhe dizer
tudo sobre Calvino e seu confronto desagradável com William Farel. Podem dizer-lhe que
William Carey é o pai das missões modernas (e provavelmente eles lembrarão que ele era
um Batista). Podem dizer-lhe que Spurgeon fumava um charuto ocasionalmente e que um
homem com o nome engraçado de Atanásio ganhou o dia em uma reunião convocada pelo
Concílio de Nicéia (eles provavelmente dirão a data, a qual é 325 d.C.). Eles sabem que uma
importante batalha ocorreu em uma ponte chamada Mílvio (ou como meu filho de 6 anos de
idade chama: “Melvin”). Eles têm aprendido que aquelas pessoas que aparecem na nossa
varanda especificamente aos sábados, com as suas revistas Sentinela nas mãos são os
Arianos modernos. Eu tinha 30 anos antes que soubesse tudo isso.

De maneira alguma a história da igreja deve sobrepujar o ensino da Bíblia em


família. O culto familiar e a Palavra de Deus devem vir em primeiro lugar em sua
casa. Porém, os benefícios de ensinar-lhes algo sobre as pessoas importantes e
movimentos da rica herança da Igreja são inumeráveis. Aqui estão sete razões
pelas quais devemos ensinar história da Igreja aos nossos filhos.

1. Porque eles devem saber que o Cristianismo é uma fé histórica. Jesus realmente viveu.
Ele morreu. Ele ressuscitou. Ele subiu ao Céu. Ele está edificando a Sua igreja, assim como
prometeu. A história da Igreja testemunha todos esses fatos, os quais ocorreram e

1 Nota do Editor: Esta publicação é uma adaptação de um artigo originalmente publicado em The
Gospel Coalition.
2 Time de futebol americano.

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estão ocorrendo no tempo, espaço e história. Eu não quero que eles confundam a história
da redenção com O Hobbit, As Crônicas de Nárnia, Robinson Crusoé ou Rapunzel.

2. Porque queremos que eles evitem o esnobismo cronológico. Como C. S. Lewis disse,
novo não significa necessariamente melhor (ou vice-versa). Tal como os seus pais, nossos
filhos são constantemente inundados com mensagens de “novas” e “melhores” versões
1.1, 1.2, 1.3, e assim por diante. Eu quero que meus filhos saibam que o Evangelho não é
novo, ele não pode ser melhorado e nunca mudará. Eles devem saber também que,
enquanto não há nenhuma “era de ouro” no que diz respeito à história do homem, grandes
avivamentos no passado nos levam a orar para que Deus os realize novamente.

3. Porque eles devem saber é algo digno morrer pela Bíblia. Uma das definições da
história da igreja que eu dou aos meus alunos é simplesmente “uma batalha pela
Bíblia”, o que significa que a história da igreja é um relato da guerra de 2.000 anos
entre a heresia e a ortodoxia, entre as divergentes interpretações da santa Palavra
de Deus. Eu quero que meus filhos saibam que nossas Bíblias — especialmente
nós, que temos uma tradução em Inglês em praticamente todos os quartos da
nossa casa — não custaram barato. Homens e mulheres foram presos,
perseguidos, espancados e mortos para que pudéssemos ler a Bíblia em nossa
língua nativa. Eles também argumentaram, lutaram, foram perseguidos e até mesmo
morreram por permanecerem firmes em uma interpretação ortodoxa das Escrituras.

4. Porque eles devem saber que a teologia é importante. Eu quero que eles saibam
sobre Agostinho e Pelágio, Calvino e Armínio, Wesley e Whitefield e as diferenças
teológicas que os dividiam e o motivo pelo qual tal divisão era necessária, em
primeiro lugar. Quero que meus filhos sejam bons teólogos, conscientes de que
todo mundo tem uma teologia e nem todas elas se encaixam nas Escrituras. Eu
quero que eles saibam que as ideias têm consequências para o bem e para o mal. O
apóstolo Paulo teve uma visão de mundo. Hitler também tinha.

5. Porque eles precisam perceber que somos parte da Igreja de Cristo através dos tempos.
Nós não somos os primeiros Cristãos. E por mais que o ensino de minha igreja Deep South
pudesse ter sugerido (principalmente através da música) o contrário, vovó não foi a
primeira Cristã. Eu quero que eles conheçam sobre a coragem de Atanásio, o martírio de
Justino e Policarpo, o resplendor de Calvino, as palavras inesquecíveis de Lutero e a
batalha pela Bíblia em minha própria denominação, a Convenção Batista do Sul. Os

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capítulos finais da vida dos nossos heróis foram escritos e assim sabemos como a
sua caminhada com Deus acabou, e grandes homens e mulheres da história da
igreja são excelentes exemplos de fé perseverante (veja Hebreus 11).

6. Porque nós queremos que eles saibam que mesmo os grandes homens são
profundamente falhos. Faça um relato completo, vívido dos seus heróis a partir das
páginas da história da igreja — o bom, o mau, o feio — para lembrar aos seus filhos
que Jesus era e é o único Homem perfeito. Diga-lhes que alguns grandes líderes
espirituais, como o rei Davi no Antigo Testamento, fizeram coisas tolas, um
lembrete de que os pecadores são salvos pela justiça de Outro. Deus desenha
linhas retas com instrumentos tortos. Talvez essa perspectiva ajudará a direcionar
os seus filhos para longe das valas mortais do farisaísmo e do perfeccionismo.

7. Porque isso os encoraja a obedecerem ao Nono Mandamento. Deturpar a teologia ou as


ideias de outrem é dar falso testemunho contra eles. Calvino não inventou a predestinação.
O livre-arbítrio não foi obra exclusiva de Armínio. Wesley (os dois Wesley, na verdade) e
Whitefield, muitas vezes contenderam pessoalmente em cartas e sermões, não tinham
muitas condições de contato, e quase não tinham o tipo de relacionamento de “doce
discórdia” que é popularmente retratado (veja a excelente biografia de Thomas Kidd, de
2014, para confirmação). Portanto, caricaturar é deturpar. E deturpar intencionalmente é
violar a ordem de Deus. Acostume-os com essa ideia desde pequeninos. Pela graça de
Deus, podemos prepará-los para serem piedosos membros da igreja.

Então, por onde começamos? Felizmente, há muitos recursos para ensinar a Bíblia
e teologia às crianças atualmente, mas não muitos para ensinar-lhes história da
igreja. Abaixo estão alguns recursos que têm sido úteis para a nossa família:

***

[Preferimos não omitir a parte final deste artigo, abaixo, por uma questão
de fidelidade ao artigo, embora saibamos que soará meio “fora de
contexto” para os leitores de língua portuguesa. Gratos pela
compreensão – Editores EC]

***

History Lives: Chronicles of the Church Box Set (Christian Focus) por Mindy e
Brandon Withrow. Estes cinco volumes são perfeitos para a leitura de sua família
por um longo período de tempo, digamos um a dois anos, um capítulo a cada noite.
Nossas crianças os amam.

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Trial and Triumph: Stories from Church History (Canon Press) por Richard M. Hannula. Uma
excelente visão geral de pessoas importantes na história da igreja, em volume único.

The Church History ABCs: Augustine and 25 Other Heroes of the Faith (Crossway)
por Stephen J. Nichols. Breves leituras conduzem através do alfabeto a cada nome
figuras históricas correspondentes a uma determinada letra (“E para Jonathan
Edwards”). Este volume é colorido e alegremente ilustrado por Ned Bustard.

Reformation Heroes por Joel Beeke e Diana Kleyn. Este livro é um excelente
recurso para ensinar seus filhos sobre todas as vidas, ministérios e convicções
doutrinárias de todas as pessoas importantes da Reforma.

Biographies by Simonetta Carr. Esta é uma bela e bem escrita série de biografias para
crianças mais velhas. Carr fala sobre grandes e notáveis figuras da história da igreja,
como Calvino, Lutero, Agostinho, Atanásio, Jonathan Edwards e Anselmo, bem como
alguns que são menos conhecidas, incluindo Lady Jane Grey e Marie Durand.

Sola Scriptura!
Sola Gratia!
Sola Fide!
Solus Christus!
Soli Deo Gloria!

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 10 Sermões — R. M. M’Cheyne  Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —


 Adoração — A. W. Pink John Flavel
 Agonia de Cristo — J. Edwards  Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston
 Batismo, O — John Gill
 Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.
 Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo Spurgeon
Neotestamentário e Batista — William R. Downing
 Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon
PinkObjeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.
 Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse  Oração — Thomas Watson

 Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a 



Pacto da Graça, O — Mike Renihan
Doutrina da Eleição Paixão de Cristo, A — Thomas Adams

 Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos  Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards

Cessaram — Peter Masters Thomas


Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —
 Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da 
Boston
Plenitude do Mediador, A — John Gill
Eleição — A. W. Pink
 Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer  Porção do Ímpios, A — J. Edwards

pelosComo Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida


Arminianos — J. Owen


Pregação Chocante — Paul Washer
Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon
 Confissão de Fé Batista de 1689 Natural...,
Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado
 Conversão — John Gill A, Edição Comemorativa de Nº 200
 Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs  Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon
 Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel  Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon

 Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon


 Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.
 Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards M'Cheyne
 Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins  Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer
 Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink  Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon

 Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne  Sangue, O — C. H. Spurgeon

 Eleição Particular — C. H. Spurgeon  Semper Idem — Thomas Adams

 Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A  Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,
— J. Owen Owen e Charnock
 Evangelismo Moderno — A. W. Pink
 Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de Deus)
 Excelência de Cristo, A — J. Edwards — C. H. Spurgeon
 Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon
 Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.
 Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink Edwards
 Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink
 Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina é
Spurgeon
In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen

 Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos


Jeremiah
Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A — Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J. Owen
Burroughs  Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink
Pecadores,
Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação dos
A — A. W. Pink
 Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.
Downing
 Jesus! – C. H. Spurgeon  Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan


Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon
Livre Graça, A — C. H. Spurgeon
Claraval
Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de

 Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield  Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica no
 Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry Batismo de Crentes — Fred Malone
 Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill
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— Sola Fide • Sola Scriptura • Sola Gratia • Solus Christus • Soli Deo Gloria —
2 Coríntios 4

1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia
nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o
homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso
evangelho está
encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória
5
de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo
Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,
que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,
para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.
8
Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; 10 Trazendo
sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de
Jesus
se manifeste também nos nossos corpos; 11 E assim nós, que vivemos, estamos sempre
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na
nossa carne mortal. 12 De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13 E temos
portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, por
isso também falamos. 14 Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará
também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15 Porque tudo isto é por amor de vós, para
que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de
Deus. 16 Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
17
interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação
produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18 Não atentando nós nas coisas
que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se
não veem são eternas. Issuu.com/oEstandarteDeCristo

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