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Imuno Apostila 3
Imuno Apostila 3
inflamação aguda
Unidade I:
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Unidade: Tecidos e órgãos inflamação aguda
Medula Óssea
Como citado anteriormente a medula óssea é um órgão primário e
secundário. Agora, vamos conhecer a medula óssea como um órgão primário.
A medula óssea é um tecido gelatinoso que ocupa o interior dos ossos.
Na medula óssea são produzidos os componentes do sangue: as hemácias
(glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas. A
medula óssea é constituída por células reticulares, associadas às fibras
reticulares, que juntos dão o aspecto esponjoso e tem a função sustentadora e
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indispensável ao desenvolvimento das células que participam da
hematopoese. No meio deste tecido reticular encontra-se uma enorme
quantidade de capilares sanguíneos sinusóides, com grandes poros que
permite a saída de células hematopoéticas (células do sangue). Esse tecido é
chamado de tecido hematopoético e gera as hemácias e leucócitos que
seguem para os vasos.
A medula como órgão linfóide primário é capaz de formar pro-linfócitos
que foram geradas das células totipotentes. Os pro-linfócitos que migram para
o timo tornam-se linfócitos T, enquanto que os que persistem na medula óssea
tornam-se linfócitos B.
A hematopoese consiste na formação das células do sangue. Após o
nascimento essas células são geradas somente na medula óssea da tíbia, do
fêmur, das vértebras, do esterno e das costelas. Aos 50 anos a geração das
células hematopoéticas ocorre nas vértebras, no externo e nas costelas.
Timo
O timo é um órgão linfático que se localiza no tórax, próximo ao coração,
atrás da extremidade superior do externo. É dividido em dois lobos, o direito e o
esquerdo, sendo revestido por uma cápsula que penetra pelo parênquima
tímico e forma septos que vai dividindo os lobos em inúmeros lóbulos.
Nos lóbulos tímicos são observadas duas zonas: a medular e a cortical.
A zona cortical, que é a mais periférica, apresenta os linfócitos T em
maturação (pró linfócitos) e a zona medular possui tecido conjuntivo frouxo e
células epiteliais especializadas e hematopoéticas. Após o amadurecimento, os Unidade: Tecidos e órgãos inflamação aguda
linfócitos T se dirigem para região medular onde penetram nas vênulas
(estas não tem barreira) ou nos vasos eferentes linfáticos saindo deste órgão
em direção aos tecidos linfóides secundários.
O timo atinge seu máximo de desenvolvimento na puberdade chegando
a pesar 70g. A partir da puberdade o timo começa a involuir até chegar a 10g
no idoso. No recém nascido, o timo é grande devido ao desenvolvimento dos
órgãos imune secundários, pois esses possuem áreas timo-dependentes que
tem que ser preenchidas pelos linfócitos T. Na puberdade essas áreas já estão
preenchidas, havendo apenas as substituições de linfócitos que saem desses
órgãos.
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A função do timo é promover a maturação dos linfócitos T. Esses
linfócitos chegam da medula óssea como pro-linfócitos, amadurecem no timo e
migram para os outros tecidos/órgãos linfóides, onde se tornam ativos para a
resposta imune. Outra função importante do timo é a produção de fatores de
desenvolvimento como: a timosina alfa, timopoetina, timulina e o fator tímico
humoral. Estes fatores vão agir no próprio timo (hormônios parácrinos) ou agir
nos órgãos/tecidos secundários (hormônios endócrinos), onde estimulam a
maturação completa dos linfócitos.
Se houver uma timectomia no indivíduo, haverá uma deficiência de
linfócitos T no organismo, e ausência das áreas timo-dependentes nos órgãos
secundários.
Em pessoas que apresentam o defeito congênito chamado de síndrome
de DiGeorge, não ocorre o desenvolvimento do timo e esses indivíduos
apresentam ausência de células T. Essa ausência de linfócitos T levam a uma
falta de imunidade celular e um aumento de doenças infecciosas.
microrganismo que estão nos tecidos. Vários desses vasos linfáticos menores
desembocam nos linfonodos de onde parte um vaso de calibre um pouco
maior. Esses vasos se unem e desembocam no sistema vascular sanguíneo,
em grandes veias perto do coração.
Os linfonodos (gânglios linfáticos) são órgãos pequenos em forma de
feijão que aparecem no meio do trajeto de vasos linfáticos. Normalmente
estão nas partes proximais dos membros, como nas axilas, na região inguinal e
no pescoço.
Esse órgão apresenta um importante papel de filtrar a linfa que chega
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até eles, e remover bactérias, vírus, restos celulares, etc. Os linfonodos são
revestidos de uma cápsula de tecidos conjuntivo, que emite ramos internos,
dividindo em lóbulos incompletos. Na região convexa chegam os vasos
linfáticos (aferentes) e na região côncava, que é o hilo chega uma artéria que
nutre esse órgão e sai uma veia e um vaso linfático eferente.
A figura 1 apresenta um esquema da estrutura interna dos linfonodos, e
também as divisões histológicas de cada parte.
Podemos observar que na parte côncava (hilo) entra uma artéria e sai Unidade: Tecidos e órgãos inflamação aguda
uma veia que drena o sangue dos linfonodo. Há também, um vaso linfático
eferente (saída da linfa). Esse órgão apresenta 3 regiões: cortical, paracortical
e medular. Na cortical aparecem nódulos que pode ser observado em detalhes
à direita. Esses nódulos são ricos em linfócitos B. A região cortical é vazia
nos linfonodos em indivíduos que apresentam deficiência de linfócitos B.
Os linfócitos T são encontrados numa região que fica entre o córtex e a
medular, chamada de zona paracortical. Esta região está ausente quando o
indivíduo é submetido a uma timectomia ou apresenta a síndrome de
DiGeorge.
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A medula possui um aspecto trabecular e se situa no centro do órgão.
Nela encontramos numerosos macrófagos, plasmócitos disseminados e
linfócitos maduros que estão “prontos” para sair do linfonodo e se dirigir ao
local de ação. As células maduras saem pela veia e pelos vasos linfáticos
eferentes e atingem a circulação sanguínea e linfática.
Os vasos linfáticos aferentes (que chegam nos linfonodos) desembocam
no seio subcapsular, onde corre a linfa. Este é o primeiro local de contato do
linfonodo com a linfa. É importante notar que nessa região aparecem células
apresentadoras de antígenos chamadas de células dendríticas. Essas
células, como os macrófagos, fagocitam os antígenos que chegam pela linfa, e
vão apresentar na sua superfície para os linfócitos T. Quando isso ocorre inicia-
se uma resposta imune específica contra esse antígeno.
A resposta imune que se desenvolve nos linfonodos, dependendo do
antígeno, faz com que os linfonodos aumentem de tamanho, devido à grande
proliferação dos linfócitos. Este processo de hipertrofia dos linfonodos é
chamado de adenite, ou linfadenite. Os linfócitos ativados saem do órgão
pelos vasos linfáticos ou pelos vasos sanguíneos indo ao local de ação.
Vale perceber que os linfonodos satélites são linfonodos que recebem a
linfa de uma parte determinada do corpo, situados geralmente nas
extremidades dos membros ou próximo a um órgão. Os linfonodos satélites da
coxa estão na região inguinal. É importante que saibamos a localização
anatômica destes linfonodos, pois se encontrarmos uma linfadenite nos
linfonodos inguinais, provavelmente esta ocorrendo uma infecção no membro
inferior.
Unidade: Tecidos e órgãos inflamação aguda
Agora que já conhecemos os linfonodos vamos observar na figura 2
essa estrutura juntamente com a circulação sanguínea e o sistema linfático.
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Coração
Pulmão
Coração
Baço
linfonodo
linfonodo
Tecidos e órgãos
imune adquirida.
Baço
O baço é um órgão maciço avermelhado, de consistência gelatinosa,
situado no quadrante superior esquerdo do abdômen. É o maior órgão linfático
secundário do nosso corpo e tem como função imunológica, a liberação de
linfócitos B, T, plasmócitos e outras células linfóides maduras capazes de
realizar uma resposta imune.
O baço é envolvido por uma cápsula de tecido conjuntivo, que emite
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septos (trabéculas) para o interior do órgão. Estes septos não delimitam lóbulos
completos no órgão, mas formam o arcabouço (estroma) do órgão. O
parênquima do baço é dividido em duas regiões: a polpa branca e a polpa
vermelha.
A polpa branca se refere aos pontos brancos que encontramos no corte
histológico do baço. Esses pontos são os corpúsculos de Malpighi. Este
corpúsculo é responsável pela função de órgão linfóide do baço. O
corpúsculo recebe no centro uma arteríola, chamada arteríola da polpa branca.
Ao redor dela encontramos a bainha periarterial, que é o local onde estão os
linfócitos T e linfócitos B.
A polpa vermelha é o restante do órgão tendo uma coloração vermelha,
devido à alta concentração de hemácias. O baço é um órgão que armazena
sangue, e lança estas hemácias para circulação no caso de necessidade.
Diferente dos linfonodos, esse órgão não está interposto com a corrente
linfática. O baço é o maior responsável pela remoção de partículas estranhas
(antígenos) do sangue, de hemácias e plaquetas envelhecidas.
Medula óssea
A medula óssea pode ser considerada também como órgão linfóide
secundário por receber linfócitos T que se desenvolveram no timo e migraram
para esse órgão. Também encontramos plasmócitos e linfócitos B maduros na
medula, que estão “prontos” para agir e realizar alguma resposta.
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patogênicos que possam vir junto com os alimentos. Esta imunoglobulina
depois de produzido pelo plasmócito atravessa o epitélio e é liberado na luz do
órgão. Essa imunoglobulina fica na luz do órgão e neutraliza a ação de
microrganismos que poderiam penetrar na mucosa.
A amigdalite ou tonsilite é a inflamação das tonsilas e resulta numa
hipertrofia do órgão. Quando as tonsilas são atacadas por vírus ou bactérias
ocorre uma resposta inflamatória que pode levar a uma produção intensa de
linfócitos. Os folículos aumentam de tamanho e a tonsila fica vermelha e muito
dolorida. Os linfócitos B se tornam ativados e se diferenciam em plasmócitos.
Os plasmócitos produzem anticorpos (imunoglobulinas) que atacam os
agressores. O pus que se forma é o resultado dessa resposta inflamatória e
resultante da morte de leucócitos e de muco.
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Esse tecido pode estar difuso, sendo que os linfócitos T e B não estão
em áreas distintas. Pode ocorrer também desses linfócitos estarem
compartimentalizados e formarem folículos linfóides. Os folículos podem estar
presentes nos mesmos locais dos tecidos linfóides difuso, sendo mais
abundante nas mucosas dos sistemas gastrintestinal, respiratória e genital. A
função desses tecidos linfóides é semelhante ao da tonsila e da placa de
Peyer.
INFLAMAÇÃO
INFLAMAÇÃO AGUDA
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outro módulo deste curso.
Assim, deve-se interferir no desenvolvimento da resposta inflamatória
quando o processo estiver causando um grande desconforto – como por
exemplo dor intensa – ou quando deixa de proteger o organismo e começa a
causar lesões no indivíduo - como observado nas alergias e no
desenvolvimento de edema em grandes áreas corporais.
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cardinais da inflamação aguda:
Dor
Calor
Rubor
Tumor
Perda da função
O calor (elevação da temperatura local) e o rubor (hiperemia) são
justificados pela vasodilatação local e consequente chegada de maior fluxo
sanguíneo na área; já o tumor (edema) deve-se ao aumento da
permeabilidade vascular, sendo este o causador do estímulo da dor devido a
compressão de terminações nervosas e pela chegada de mediadores
químicos, como por exemplo, a bradicinina, que estimula receptores
algésicos.
Este conjunto de eventos causam o mau funcionamento da área afetada,
justificando a perda da função do local.
CÉLULAS INFLAMATÓRIAS
Macrófago
Neutrófilo
Mastócito
MACRÓFAGO
É um fagócito, ou seja, uma célula capaz de internalizar corpos
estranhos ao emitir prolongamentos de sua membrana citoplasmática,
originando uma estrutura denominada pseudópodos (falsos pés).
São originados na medula óssea. Quando encontrados no sangue são
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classificados como monócitos, recebendo o nome de macrófagos quando
migram para os tecidos. Estão presentes no tecido conjuntivo, baço, linfonodos,
fígado, vias aéreas, encéfalo, ossos, cavidade peritoneal e pleural.
Após a fagocitose, ocorre a liberação de compostos químicos, tais como
peróxido de hidrogênio (H2O2) e óxido nítrico (NO), capazes de digerir o
material internalizado, como, por exemplo, bactérias e fungos.
Este tipo celular migra para o foco inflamatório em poucas horas após o
início do processo. Caso trate-se de uma lesão estéril, ou seja, isenta de
microrganismos, o principal papel desta célula será limpar a área, retirando os
restos de células que morreram devido a algum trauma. Caso tenha ocorrido a
penetração de algum microrganismo, sua função será a eliminação deste
invasor.
O macrófago não morre ao eliminar agentes invasores,
desempenhando outra função importantíssima no processo de imunização, que
é levar fragmentos dos microrganismos aos órgãos linfóides e apresentá-los a
grupos celulares responsáveis pela resposta imune adaptativa, sendo os
macrófagos classificados como célula apresentadora de antígeno (CAA).
NEUTRÓFILO
Neutrófilos são fagócitos originados na medula óssea e encontrados em
elevado número na circulação sanguínea. São produzidos diariamente,
apresentando uma vida curta - durando poucas horas na circulação após sua
liberação.
Assim como os macrófagos, este fagócito possui elevado poder em Unidade: Tecidos e órgãos inflamação aguda
eliminar microrganismos, desempenhando importante papel em processos
infecciosos bacterianos.
É o primeiro grupo celular a migrar para o foco inflamatório e
infeccioso, fagocitando e liberando compostos tóxicos ao agente invasor.
Diferente do macrófago, os neutrófilos morrem no combate a bactérias
devido à incapacidade de se proteger contra seus próprios produtos tóxicos,
sofrendo autodigestão.
Sua morte é responsável pela produção de um composto denso, opaco
de cor amarelada conhecido como pus.
O pus é composto basicamente por:
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Restos de neutrófilos,
Restos bacterianos,
Restos do tecido lesionado;
Proteínas plasmáticas.
Os neutrófilos, embora apresentem elevado poder de eliminação
bacteriana (maior que a capacidade dos macrófagos), não são CAAs, pois o
fato de serem eliminados no processo, inviabiliza a apresentação de partes do
microrganismo aos linfócitos, células responsáveis pela resposta imune
adaptativa – abordada em outro momento do curso.
MASTÓCITOS
Os mastócitos são células produzidas pela medula óssea; possuem
grânulos em seu interior preenchidos por compostos químicos - dentre eles
destaca-se a histamina.
Devido à presença destes grânulos, são classificadas como
granulócitos, sendo encontradas no tecido conjuntivo ao redor dos vasos
sanguíneos.
A estimulação dos mastócitos ocorre pela liberação de mediadores
químicos inflamatórios – pelas células lesionadas e células endoteliais
próximas ao local injuriado – causando sua desgranulação e consequente
liberação de histamina.
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Histamina
Encontra-se pré-formada nos grânulos presentes em mastócitos,
basófilos e eosinófilos, sendo liberada quando estes grupos celulares são
estimulados.
Desempenha um importante papel nos processos inflamatórios,
alérgicos e nas infecções causadas por helmintos, com capacidade de causar
vasodilatação e bronco constrição.
Bradicinina
Este composto químico é gerado após a ativação de sistemas
plasmáticos no desenvolvimento do processo inflamatório.
É um potente vasodilatador, além de causar elevação da permeabilidade
vascular. Está associado ao desenvolvimento da dor, pois estimulam os
receptores algésicos.
Prostaglandinas
É um composto de fase aguda, sendo gerado pela ativação de
fosfolipases que clivam os fosfolipídeos constituintes da membrana celular.
Além de causar vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular,
promovendo a formação do edema, está associado ao desenvolvimento da
febre e da dor, uma vez que é capaz de diminuir o limiar de excitabilidade das
fibras nervosas (hiperalgesia).
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deste evento implica em interações entre as células endoteliais, moléculas de
adesão e diversos mediadores químicos.
Os leucócitos – células brancas do sangue – apresentam uma molécula
de adesão denominada L-selectina na superfície de sua membrana, capaz de
ligar-se a proteoglicanos presentes nas células endoteliais; já as P-selectinas
e E-selectinas são encontradas na membrana das células endoteliais após as
mesmas sofrerem estímulo de substâncias presentes no foco inflamatório;
como por exemplo a histamina.
Logo após a injúria tecidual, as células inflamatórias – neutrófilos e
macrófagos – são atraídas para o foco da lesão – processo denominado
quimiotaxia; para isto, ocorre a marginalização leucocitária, quando as
células brancas do sangue começam a se aproximar da margem dos vasos
sanguíneos enquanto as hemácias fluem mais ao centro.
Quando as moléculas de adesão dos leucócitos – L-selectina - e as
presentes nas células endoteliais – P-selectinas e E-selectinas – entram em
contato, ocorre o rolamento destes fagócitos sobre o endotélio – rolling -,
ocasionando a diminuição da velocidade dos mesmos. Este evento, além de
desacelerar a velocidade destes grupos celulares na corrente sanguínea -
facilitando a passagem das células do sistema imune para o foco inflamatório -,
eleva a ativação dos mesmos.
O próximo passo consiste na passagem dos fagócitos pelo espaço
originados na junção entre as células endoteliais - processo denominado
diapedese. Este processo ocorre após a emissão de prolongamentos
citoplasmáticos (pseudópodos – falsos pés) pelas células em questão,
Unidade: Tecidos e órgãos inflamação aguda
desenvolvendo uma forma de movimento amebóide.
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rapidamente, sem que ocorra o desenvolvimento de sequelas.
Esta resposta imune também está associada ao processo de
regeneração tecidual, uma vez que induz a migração e proliferação de
fibroblastos; angiogenese (produção de novos vasos sanguíneos) e síntese de
fibronectina, colágeno e proteoglicanos, entre outros.
Além destas ações, é responsável também pela apresentação de partes
de microrganismos aos linfócitos, desencadeando assim o desenvolvimento da
resposta imune adaptativa, responsável pelo desenvolvimento de mecanismos
imunológicos específicos contra patógenos.
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PROCESSAMENTO E APRESENTAÇÃO DE ANTÍGENOS PELO
COMPLEXO PRINCIPAL DE HISTOCOMPATIBILIDADE
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O MHC classe II, diferentemente do MHC classe I, é encontrado na
superfície das células apresentadoras de antígeno clássicas (CAA). As células
apresentadoras de antígenos são células especializadas em apresentar
antígenos para os Linfócitos TCD4. Essas células são:
- as células dendríticas,
- os macrófagos e
- os linfócitos B.
Para que ocorra a apresentação do antígeno por essas células, este (o
antígeno) precisa ser processado dentro da célula, logo, as células devem
apresentar antígenos processados junto com o MHC para os linfócitos T.
Existem diferentes tipos de antígenos tais como vírus, células tumorais e
bactérias, protozoários, helmintos, toxinas, etc.
Quando a apresentação do antígeno ocorre via Célula Apresentadora de
Antígenos (CAA) com MHC classe II o seu reconhecimento será feito pelo
linfócito T CD4, também conhecida por linfócito T auxiliar.
Quando a apresentação do antígeno ocorre por diversos tipos celulares,
nas fendas das moléculas de MHC classe I (presente em diversas células) o
seu reconhecimento será realizado pelo linfócito TCD8 ou linfócito T citotóxico.
Uma regra simples para guardar isso é que o resultado da multiplicação
do tipo de linfócito T com a classe de MHC tem como resultado, sempre, o
valor é igual a 8, assim sendo:
TCD 4 X MHC 2 = 8
TCD 8 X MHC 1 = 8
Enfatizando os pontos principais do reconhecimento do antígeno pelos
Unidade: Tecidos e órgãos inflamação aguda
linfócitos:
Linfócitos B reconhecem Antígenos nativos (isto é, as proteínas presentes
na superfície do patógeno não-processado),
Linfócitos T reconhecem Antígenos processados (isto é, peptídeos
processados e apresentados juntamente com o complexo principal de
histocompatibilidade).
o Linfócitos T CD4 reconhecem antígenos apresentados
pelas células apresentadoras de antígenos via MHC classe
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o Linfócitos T CD8 reconhecem antígenos apresentados por
diferentes tipos de células nucleadas via MHC classe I
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Referências
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www.cruzeirodosul.edu.br
Campus Liberdade
01506-000
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