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Livros:
(1) SEPARATION PROCESS PRINCIPLES Chemical and Biochemical
Operations THIRD EDITION. J. D. Seader
(2) Processos de transporte e princípios de separações. Autor: Geankoplis
Conceito:
A secagem é uma operação unitária de transferência de massa e calor
envolvendo a remoção de água ou outro solvente de um sistema
sólido (líquido ou gás). A retirada da umidade ocorre por evaporação
ou sublimação mediante a aplicação de calor sob condições
controladas.
Vantagens:
• Melhor conservação do produto →Redução da Atividade de Água;
• Redução do peso e volume do produto;
• Processo de conservação econômico.
A secagem ocorre de acordo com dois processos
fundamentais:
Importância da secagem:
A escolha dependerá:
• Forma desejada ao produto processado;
• Fator econômico;
• Condições de operação.
Equipamentos – Classificação
Classificação segundo o modo de transferência de calor:
• Diretos:
Contato direto entre sólido úmido e o ar quente
- convecção
• Indiretos:
Transferência de calor através de paredes aquecidas
- condução;
- radiações (infravermelho, microondas);
- resistência elétrica;
- paredes refratárias, etc
Vantagens:
Desvantagens:
ar
ambiente
material Material
o
úmido Seco
retirada
Vagonetes
parcial do ar
CONTRA CORRENTE
ar
ambiente
material Material
o
seco Úmido
CO – CORRENTE
SECADOR DE TÚNEL
Características do equipamento:
Características do equipamento:
AR + água Pv
(vapor) T constante: a água contida no
alimento entra em equilíbrio com o
vapor d´água presente no ar.
sólidos + água
(líquida)
Tipos de umidade envolvidos na secagem de sólidos
Curva de
equilíbrio
Kg H 2O
X
Kg sólidos
Tipos de umidade envolvidos na secagem de sólidos
kg de água
Conteúdo de Umidade, base seca (X): X =
kg de sólido seco
𝑚𝑣 mv: massa do vapor
𝑋=
𝑚𝑠 ms: massa do sólido seco
𝑋 𝑤𝑠
𝑤𝑠 = 𝑋=
1+𝑋 1 − 𝑤𝑠
ϕ
Comportamento Geral na Secagem
Xe
θ (tempo)
Xc
X (Kg H2O/Kg sólido seco)
A-B →Período de Acomodamento;
B-C → Período de taxa de secagem constante;
C-E →Período de taxa de secagem decrescente.
Mecanismos e conceitos fundamentais da secagem de sólidos
A secagem de um sólido úmido, por meio de uma corrente de ar com velocidade de
escoamento constante a temperatura e umidade fixa, manifesta-se sob um comportamento
típico, que pode ser observado na curva da figura anterior Curva típica de secagem em
condições constantes de secagem; teor de umidade em função do tempo.
Trecho AB: O período em regime não permanente, durante o qual a temperatura do sólido
atinge seu valor de regime permanente. A T do sólido é menor que a T ambiente. O calor
transferido do ar para o sólido é maior do que o calor retirado do sólido para evaporar água;
Trecho CDE: período de taxa decrescente. Inicia quando a umidade do sólido atinge um
valor determinado chamado UMIDADE CRÍTICA. Este trecho pode ser dividido em duas
zonas: zona de superfície de secagem não-saturada e zona em que o fluxo interno de água
controla o processo.
XE ( Ponto E): A taxa de secagem aproxima-se de zero, num certo teor de umidade de
equilíbrio, que é o menor teor de umidade atingível no processo de secagem.
Curvas de Secagem – Primeira Etapa
A’
A :Tsólido menor que T do ar
A
A’ :Tsólido maior que T do ar
B :Tsólido= T do ar Umidade
crítica
θ (tempo)
Xc
Período curto de tempo
A-B: A temperatura da superfície do sólido é menor do que a T do ar de secagem
resultando num aumento da taxa de evaporação. Ocorre até o equilíbrio Tsólido= TBU
Umidade crítica
θ (tempo)
Constante
dmw
R=− Sabendo que: mw = mS X
A d
mS dX X: Teor de umidade
R=− Rc: velocidade de secagem (kg H2O/s.m2)
A d ms: Massa do sólido
mw: Massa do vapor de água
2 = mS X 1 dX
1 =0 d = A X 2 R Colocamos sinal (-) porque a massa vai de maior
para menor
c =
mS
(X1 − X 2 ) É muito melhor utilizar dados experimentais
da curva de secagem que outro método
ARc
Tempo de Secagem para o Período de Taxa de Secagem “Constante”
Método dos coeficientes de transferência
Transf. de calor pela massa
K y (wsup − war )
M ar
𝑞:ሶ Calor perdido na evaporação (kJ/s)
Nvapor: kmol de água evaporada/s.m2
N vapor =
M vapor
Mvapor: Massa molar
A: área superficial (m2)
= h(Tar − Tsup )
q
hc (T ar−Tsup )
Rc = Rc: taxa de secagem constante kg H2O/s.m2)
w
Substituindo Rc na equação do tempo:
c =
mS
(X1 − X 2 )
ARc
𝑚𝑆 𝜆𝑤 𝑋1 − 𝑋2 𝑚𝑆 𝑋1 − 𝑋2
𝜃𝑐 = 𝜃𝑐 =
𝐴ℎ𝑐 𝑇𝑎𝑟 − 𝑇𝑠𝑢𝑝 𝐴𝑘𝑦 𝑀𝑎𝑟 𝑤𝑠𝑢𝑝 − 𝑤𝑎𝑟
Tempo de Secagem para o Período de Taxa de Secagem “Constante”
Método dos coeficientes de transferência
hc .Deq
Nu = = 0,037 Re0,8Pr 0,33
k
onde hc pode estimado empiricamente (para o sistema ar-água) por meio
do fluxo de massa de ar por unidade de área G (kg ar úmido/hora.m2)
pelas equações:
1. para fluxo de ar paralelo à superfície, válida de 45 a 150 ºC e 0,6 a 7,6 m/s:
ℎ𝑐 = 0,0204𝐺 0,8
ℎ𝑐 = 1,17𝐺 0,37
𝑣𝑒𝑙.
Onde: 𝐺 = 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑎𝑟. 𝜌 Ou: 𝐺=
𝑣𝑎𝑟 ú𝑚𝑖𝑑𝑜
𝐺 = 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑎𝑟 ú𝑚𝑖𝑑𝑜 𝑥 𝜌𝑚𝑖𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎 vel=: velocidade do ar [m/s]
G=[kg ar úmido/hora.m²]
𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑎𝑟 ú𝑚𝑖𝑑𝑜
𝐺=
𝑣𝑚 ʋm=volume específico da
mistura[m³/kg ar úmido]
ℎ𝑐 = 0,0204𝐺 0,8
𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑎𝑟 ú𝑚𝑖𝑑𝑜
𝐺= 𝑣
1+𝑤
𝑚𝑆 𝜆𝑤 𝑋1 − 𝑋2
𝜃𝑐 =
𝐴ℎ𝑐 𝑇𝑎𝑟 − 𝑇𝑠𝑢𝑝
Tempo de Secagem para o Período de Taxa de Secagem “Decrescente”
Método da integração numérica
R = aX + b a: Inclinação da reta
dR R1 − R2
dR = adX dX = a=
a X1 − X 2
A partir: X1 e X2 podem ser inferiores a
2 =mS X1 dX Xcrítico e R é linear referente a X2.
t = d =
1 =0 A X 2 R
mS R1 dR mS R1 mS ( X 1 − X 2 ) R1
f = = ln f = ln
aA R2 R aA R2 A(R1 − R2 ) R2
Tempo de Secagem para o Período de Taxa de Secagem “Decrescente”
R = aX dR
a=
Rc R1 = Rc
dX =
a Xc X1 = X c
mS X1 dX
t =
A X 2 R Método usado quando se carece de dados detalhados. Então,
aproxima-se a uma reta que passa pela origem, onde a velocidade de
secagem é proporcional ao conteúdo de umidade livre. Tal
aproximação não implica que X2 seja igual a zero, apenas que segue a
tendência da reta que sai da origem.
mS R1 dR mS R1 mS X c Rc
f = = ln f = ln
aA R2 R aA R2 Rc A R2
Rc Xc mS X c X c
R2
=
X2
Por ser uma reta f = ln
Rc A X 2