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OPERAÇÕES UNITÁRIAS V

Universidade de São Paulo


Escola Politécnica
Departamento de Engenharia Química

Aula 12 – Operações de Secagem – Parte 1

Livros:
(1) SEPARATION PROCESS PRINCIPLES Chemical and Biochemical
Operations THIRD EDITION. J. D. Seader
(2) Processos de transporte e princípios de separações. Autor: Geankoplis
Conceito:
A secagem é uma operação unitária de transferência de massa e calor
envolvendo a remoção de água ou outro solvente de um sistema
sólido (líquido ou gás). A retirada da umidade ocorre por evaporação
ou sublimação mediante a aplicação de calor sob condições
controladas.

O termo secagem se refere a remoção mecânica de umidade,


envolvendo uma corrente de gás para arrastar a umidade. Será
aplicado a transferência de um líquido que está num sólido, líquido
ou gás molhado para a fase não saturada. A secagem serve para
remover quantidades de água/solvente pequenas, de materiais sólidos.

O objetivo da secagem é reduzir o conteúdo de líquido residual até


um valor desejado, mais baixo que o anterior.

Evaporação de uma solução, sem o auxílio de uma corrente de gás


para arrastar a umidade não é considerada secagem.
Exemplos:
• Secagem de sólidos: grãos, massas, secagem de pastas
• Secagem de madeira (indústria de móveis)
• Secagem de detergentes (indústria química)
• Alimentos Desidratados: café, leite, passas de uva, massas,
farinhas, feijão, leguminosas, cereais matinais, chás e temperos.
• Ingredientes Desidratados: ovo em pó, aromatizantes e corantes,
lactose, sacarose e frutose em pó, enzimas e leveduras.

Vantagens:
• Melhor conservação do produto →Redução da Atividade de Água;
• Redução do peso e volume do produto;
• Processo de conservação econômico.
A secagem ocorre de acordo com dois processos
fundamentais:

Transferência de calor: o calor flui do ambiente para a


superfície externa e daí para o líquido no interior do sólido.
Transferência de massa: na forma de líquido e de vapor no
interior do sólido e na forma de vapor da superfície para o
ambiente.

Importância da secagem:

• Facilitar o manejo posterior do produto;


• Permitir o emprego satisfatório do mesmo;
• Reduzir o custo de embarque;
• Aumentar a capacidade de equipamentos;
• Preservar os produtos durante o armazenamento e
transporte;
• Aumentar o valor ou a utilidade dos produtos residuais.
Tipos de Equipamentos

A escolha dependerá:
• Forma desejada ao produto processado;
• Fator econômico;
• Condições de operação.
Equipamentos – Classificação
Classificação segundo o modo de transferência de calor:
• Diretos:
Contato direto entre sólido úmido e o ar quente
- convecção
• Indiretos:
Transferência de calor através de paredes aquecidas
- condução;
- radiações (infravermelho, microondas);
- resistência elétrica;
- paredes refratárias, etc

Classificação segundo o modo de operação:


• Batelada/Semi-Batelada:
Operação intermitente ou cíclica (regime não
permanente);
• Contínuo:
Regime permanente com alimentação ininterrupta.
SECADOR DE BANDEJAS
SECADOR DE BANDEJAS
Características do equipamento:

✓ Modo de operação: batelada


✓ Bandejas podem ser inteiriças, perfuradas, com vãos ou
telas → materiais granulados = bandejas perfuradas (facilita
TM)
✓ Profundidade das bandejas: 10 a 100 mm
✓ Velocidade do ar: 3 a 4 m/s, paralelamente ao produto
✓ 10 a 20% do ar é renovado, restante é circulado
✓ Consumo de 2,5 kg de vapor de água/kg de água
evaporada, chegando até a 10 kg vapor/kg de água
evaporada para atingir umidades muito baixas.
SECADOR DE BANDEJAS

Vantagens:

✓ Baixo custo para construção e manutenção

Desvantagens:

✓ Custo mão de obra operacional é alto


✓ Não uniformidade da umidade dos produtos secos → resultado
da não uniforme e inadequada circulação do ar dentro do secador,
por isso é importante evitar bolsões de ar e manter umidade, T e
vel. do ar circulado
✓ Gasto energético → abertura de porta
SECADOR DE BANDEJAS – INDUSTRIAL
(detalhe dos carrinhos)
SECADOR DE TÚNEL
Aquecedor Soprador

ar

ambiente

material Material
o
úmido Seco
retirada
Vagonetes
parcial do ar

CONTRA CORRENTE
ar

ambiente

material Material
o
seco Úmido

CO – CORRENTE
SECADOR DE TÚNEL

Características do equipamento:

✓ Modo de operação: contínuo → por isso pode seguir na


linha de processo sem estocagem intermediária
✓ Modo de TC: contato direto
✓ Adaptação do secador de bandejas → tamanho do
equipamento é pequeno em relação à quantidade de produto
a ser seco → custos de secagem menores
✓ Umidade mais uniforme
SECADOR DE TÚNEL

Características do equipamento:

✓ Contato com ar:


✓ co-corrente → sólido úmido em contato com ar mais quente,
retiro menos umidade, MAS evita case-hardening

✓ contra corrente → ar mais quente em contato com sólido


quase seco (Tsól ≈ Tar quente), umidade ligada é retirada mais
rapidamente, MAS podem ocorrer danos ao sólido seco e
sistema perde calor sensível, o que diminui a eficiência térmica
do processo de secagem
EQUILÍBRIO DE FASES na SECAGEM
Exemplo: um sólido em equilíbrio com o ar que o circunda.

Deixando um sólido em contato com uma pequena quantidade de ar à temperatura


constante, atinge-se um estado de equilíbrio entre as duas fases contatadas. O
componente água distribui-se em ambas as fases (umidade de equilíbrio).

AR + água Pv
(vapor) T constante: a água contida no
alimento entra em equilíbrio com o
vapor d´água presente no ar.
sólidos + água
(líquida)
Tipos de umidade envolvidos na secagem de sólidos

Curva de
equilíbrio

 Kg H 2O 
X 
 Kg sólidos 
Tipos de umidade envolvidos na secagem de sólidos
 kg de água 
Conteúdo de Umidade, base seca (X): X =  
 kg de sólido seco 
𝑚𝑣 mv: massa do vapor
𝑋=
𝑚𝑠 ms: massa do sólido seco

Conteúdo de Umidade, base úmida (Ws): ws =  kg de água 



 kg de sólido seco + kg de água 
𝑚𝑣
𝑤𝑠 =
𝑚 +𝑚
 ms
𝑣 𝑠

𝑋 𝑤𝑠
𝑤𝑠 = 𝑋=
1+𝑋 1 − 𝑤𝑠

Umidade de Equilíbrio (Xe): Conteúdo de umidade mínima de ser obtida com o ar de


secagem utilizado. A pressão parcial da umidade está em equilíbrio com a do vapor
contido no meio de secagem. A taxa de secagem atinge um valor nulo. A umidade
permanece no sólido qualquer que seja o tempo de secagem.
Umidade livre (XL): Umidade que pode ser retirada pelo ar usado na
secagem. A umidade retida em excesso além do teor de umidade de
equilíbrio.
XL = X − Xe  Kg de água livre 
 
 Kg de sólido seco 
Umidade Ligada: Conteúdo de umidade que pode estar adsorvida
nas paredes celulares ou estruturas sólidas, em solução dentro das
células ou em pequenos poros dentro do material. Tal água retirada
do sólido está em equilíbrio com o ar parcialmente saturado. Ela
exerce uma pressão de vapor mais baixa que a da água pura.

Umidade não Ligada: Conteúdo de umidade extra presente sobre a


superfície do sólido, ou em grandes cavidades dentro do sólido que
exerce a mesma pressão de vapor que a da água líquida pura na
temperatura do sistema.
Exemplo 1: Blocos de 1 kg de sabão úmido contem um teor inicial de 20,2% de
umidade em base seca. Estes blocos estão sendo secados com ar num secador de
túnel a 1 atm. O sabão é secado até o equilíbrio com o ar a 25°C e uma umidade
relativa de 20%. Determinar a massa evaporada de umidade a partir de cada bloco.
𝑋 0.202 𝑘𝑔 𝐻2 𝑂
𝑤𝑠 = = = 0.168
1 + 𝑋 1 + 0.202 𝑘𝑔 𝑑𝑒 𝑠ó𝑙𝑖𝑑𝑜 ú𝑚𝑖𝑑𝑜

ϕ
Comportamento Geral na Secagem

Curvas de Secagem Curvas de taxa de Secagem


X (kg H2O/kg sólido seco)

R (kg H2O/s. m2)


Umidade
Umidade crítica
crítica

Xe

θ (tempo)
Xc
X (Kg H2O/Kg sólido seco)
A-B →Período de Acomodamento;
B-C → Período de taxa de secagem constante;
C-E →Período de taxa de secagem decrescente.
Mecanismos e conceitos fundamentais da secagem de sólidos
A secagem de um sólido úmido, por meio de uma corrente de ar com velocidade de
escoamento constante a temperatura e umidade fixa, manifesta-se sob um comportamento
típico, que pode ser observado na curva da figura anterior Curva típica de secagem em
condições constantes de secagem; teor de umidade em função do tempo.

Trecho AB: O período em regime não permanente, durante o qual a temperatura do sólido
atinge seu valor de regime permanente. A T do sólido é menor que a T ambiente. O calor
transferido do ar para o sólido é maior do que o calor retirado do sólido para evaporar água;

Trecho BC: Período de taxa constante. A T do sólido é igual a T ambiente. É caracterizado


pela velocidade de secagem ser inalterada com a diminuição do teor de umidade. O calor é
transferido para a superfície de secagem do sólido basicamente por convecção.

Trecho CDE: período de taxa decrescente. Inicia quando a umidade do sólido atinge um
valor determinado chamado UMIDADE CRÍTICA. Este trecho pode ser dividido em duas
zonas: zona de superfície de secagem não-saturada e zona em que o fluxo interno de água
controla o processo.

XE ( Ponto E): A taxa de secagem aproxima-se de zero, num certo teor de umidade de
equilíbrio, que é o menor teor de umidade atingível no processo de secagem.
Curvas de Secagem – Primeira Etapa
A’
A :Tsólido menor que T do ar
A
A’ :Tsólido maior que T do ar

R (kg H2O/s. m2)


X (kg H2O/kg sólido seco)

B :Tsólido= T do ar Umidade
crítica

θ (tempo)
Xc
Período curto de tempo
A-B: A temperatura da superfície do sólido é menor do que a T do ar de secagem
resultando num aumento da taxa de evaporação. Ocorre até o equilíbrio Tsólido= TBU

A’-B: Não temos uma taxa expressiva


Curvas de Secagem – Secagem Constante
Mecanismos convectivo e difusivo
controla a secagem [Variáveis
importantes: T e vel. do ar e estrutura
porosa do sólido].

X (kg H2O/kg sólido seco)


Umidade crítica

Umidade crítica

θ (tempo)

Constante

Superfície do sólido parcialmente saturada de água (secagem por evaporação do


líquido na superfície
Curvas de Secagem – Secagem Decrescente

X (kg H2O/kg sólido seco)


Umidade crítica
Transf.
de calor

Etapa C-D → O filme de líquido na superfície tem θ (tempo)


desaparecido;
Etapa D-E → frente de secagem penetra no sólido, Período mais longo da
Ponto E: umidade de equilíbrio operação de secagem
Tbu→ T∞
➢ Nenhum ponto de saturação na superfície do sólido (secagem por difusão da umidade no
interior do sólido)
➢ Mecanismo difusivo controla a secagem [°T e velocidade do ar praticamente não
interferem na cinética de secagem].
Zona de superfície de secagem não-saturada (trecho CD): Segue-se
imediatamente a umidade crítica. Neste estágio, a superfície do sólido apresenta
áreas secas que se ampliam na proporção em que a secagem prossegue.
Consequentemente, a taxa de secagem diminui uma vez que a mesma é relativa a
toda a área do sólido em contato com o ar. A evaporação ocorre na superfície do
sólido e a resistência a difusão interna do líquido é pequena comparada com a
resistência para remover o vapor da superfície. A T do sólido aumenta, pois recebe
do ar a mesma quantidade de calor que corresponderia ao período de taxa
constante, sem, no entanto, ocorrer igual evaporação. Em outras palavras, parte da
energia que era utilizada para a evaporação na fase anterior, acaba sendo utilizada
para elevar a T do sólido.

Zona em que o fluxo interno de água controla a operação (Trecho DE):


Caracteriza-se pelo fato de que o fluxo interno de água controla a taxa de secagem.
Os fatores que influenciam a taxa de secagem são os mesmo que afetam a difusão
da água através de sólidos. Observa-se que a umidade do ar não tem efeito na taxa
de secagem, mostrando que esta depende da resistência a difusão da água. A
medida que a quantidade de umidade diminui por causa da secagem, a velocidade
da difusão interna da umidade decresce. A evaporação ocorre dentro da estrutura
do sólido.
CÁLCULO DO TEMPO DE SECAGEM
θt: Tempo total de secagem
t = c +  f θc: Tempo ou Período a taxa constante
θf: Tempo ou Período decrescente

Tempo de Secagem para o Período de Taxa de Secagem “Constante”


Método da curva de secagem (Experimental)

dmw
R=− Sabendo que: mw = mS X
A d
mS dX X: Teor de umidade
R=− Rc: velocidade de secagem (kg H2O/s.m2)
A d ms: Massa do sólido
mw: Massa do vapor de água
 2 = mS X 1 dX
1 =0 d = A X 2 R Colocamos sinal (-) porque a massa vai de maior
para menor

c =
mS
(X1 − X 2 ) É muito melhor utilizar dados experimentais
da curva de secagem que outro método
ARc
Tempo de Secagem para o Período de Taxa de Secagem “Constante”
Método dos coeficientes de transferência
Transf. de calor pela massa

q = m w = M vapor N vapor Aw

K y (wsup − war )
M ar
𝑞:ሶ Calor perdido na evaporação (kJ/s)
Nvapor: kmol de água evaporada/s.m2
N vapor =
M vapor
Mvapor: Massa molar
A: área superficial (m2)

= M ar K y (wsup − war )w


λw: Calor de vaporização (kJ/kg de água) q
Ky: Coeficiente de tranf. de massa
A
Transf. de calor por convecção

= h(Tar − Tsup )
q

= hc (Tar − Tsup ) = M ar K y (wsup − war )w


A q
A
Tempo de Secagem para o Período de Taxa de Secagem “Constante”
Método dos coeficientes de transferência Dividindo pelo calor
latente para igualar
as unidade da

= hc (Tar − Tsup ) = M ar K y (wsup − war )w  w


𝑅=
𝑑𝑚𝑣 q velocidade de
secagem
𝐴𝑑𝜃𝑡𝐴 e
A
𝑑𝑚𝑣 𝑞ሶ ℎ𝑐 𝑇𝑎𝑟 − 𝑇sup
𝑅𝑐 = = = = 𝑀𝑎𝑟 𝐾𝑦 𝑤𝑠𝑢𝑝 − 𝑤𝑎𝑟
𝑑𝑡𝐴 𝐴𝜆𝑤 𝜆𝑤 𝑤𝑠𝑢𝑝 − 𝑤𝑎𝑟

hc (T ar−Tsup )
Rc = Rc: taxa de secagem constante kg H2O/s.m2)
w
Substituindo Rc na equação do tempo:

c =
mS
(X1 − X 2 )
ARc
𝑚𝑆 𝜆𝑤 𝑋1 − 𝑋2 𝑚𝑆 𝑋1 − 𝑋2
𝜃𝑐 = 𝜃𝑐 =
𝐴ℎ𝑐 𝑇𝑎𝑟 − 𝑇𝑠𝑢𝑝 𝐴𝑘𝑦 𝑀𝑎𝑟 𝑤𝑠𝑢𝑝 − 𝑤𝑎𝑟
Tempo de Secagem para o Período de Taxa de Secagem “Constante”
Método dos coeficientes de transferência

hc .Deq
Nu = = 0,037 Re0,8Pr 0,33
k
onde hc pode estimado empiricamente (para o sistema ar-água) por meio
do fluxo de massa de ar por unidade de área G (kg ar úmido/hora.m2)
pelas equações:
1. para fluxo de ar paralelo à superfície, válida de 45 a 150 ºC e 0,6 a 7,6 m/s:

ℎ𝑐 = 0,0204𝐺 0,8

2. para fluxo de ar perpendicular à superfície, válida de 45 a 150 ºC e 0,9 a 4,6 m/s:

ℎ𝑐 = 1,17𝐺 0,37
𝑣𝑒𝑙.
Onde: 𝐺 = 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑎𝑟. 𝜌 Ou: 𝐺=
𝑣𝑎𝑟 ú𝑚𝑖𝑑𝑜
𝐺 = 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑎𝑟 ú𝑚𝑖𝑑𝑜 𝑥 𝜌𝑚𝑖𝑠𝑡𝑢𝑟𝑎 vel=: velocidade do ar [m/s]
G=[kg ar úmido/hora.m²]
𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑎𝑟 ú𝑚𝑖𝑑𝑜
𝐺=
𝑣𝑚 ʋm=volume específico da
mistura[m³/kg ar úmido]

Calcular G a partir de dados da carta psicrométrica:

𝑚𝑎𝑟 + 𝑚𝑤 ρm: Densidade da mistura [kg de ar seco +


𝜌𝑚 = ÷ 𝑚𝑎𝑟 kg de vapor de água/m³ da mistura]
𝑉𝑚
1+𝑤
𝜌𝑚 =
𝑣
𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑎𝑟 ú𝑚𝑖𝑑𝑜
1 𝑣 𝐺= 𝑣
𝑣𝑚 = = 1+𝑤
𝜌𝑚 1 + 𝑤
Exemplo 2: Torta úmida de CaCO3 passará pela etapa de secagem em
um secador de bandeja por circulação paralela à superfície. Cada
bandeja (medidas da bandeja: 2,5 cm de altura e área de 1,5 m2)
contem:
• 73 kg de torta úmida com 30% de umidade em base seca.
• O ar de aquecimento está a 1 atm, 77°C e 10% de umidade
relativa.
• O processo continua até fim período da taxa constante onde o
produto atinge 10% em base seca.
• A velocidade em que o ar passa sobre o sólido úmido é de 4 m/s.
• O período de pré-aquecimento pode ser negligenciado. Determinar:
a) O conteúdo de água no inicio e no final do processo
b) O tempo em horas necessárias para atingir o teor de umidade
crítica.
73 kg de torta úmida com 30% de umidade em base seca.
𝑋
𝑤𝑠 =
1+𝑋

o produto atinge 10% em base seca.

O tempo em horas necessárias para atingir o


teor de umidade crítica:
𝑚𝑆 𝜆𝑤 𝑋1 − 𝑋2
𝜃𝑐 =
𝐴ℎ𝑐 𝑇𝑎𝑟 − 𝑇𝑠𝑢𝑝

ℎ𝑐 = 0,0204𝐺 0,8

𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑎𝑟 ú𝑚𝑖𝑑𝑜
𝐺= 𝑣
1+𝑤
𝑚𝑆 𝜆𝑤 𝑋1 − 𝑋2
𝜃𝑐 =
𝐴ℎ𝑐 𝑇𝑎𝑟 − 𝑇𝑠𝑢𝑝
Tempo de Secagem para o Período de Taxa de Secagem “Decrescente”
Método da integração numérica

1. Taxa em função linear:

R = aX + b a: Inclinação da reta
dR R1 − R2
dR = adX dX = a=
a X1 − X 2
A partir: X1 e X2 podem ser inferiores a
 2 =mS X1 dX Xcrítico e R é linear referente a X2.
t =  d =
1 =0 A X 2 R
mS R1 dR mS R1 mS ( X 1 − X 2 ) R1
f =  = ln f = ln
aA R2 R aA R2 A(R1 − R2 ) R2
Tempo de Secagem para o Período de Taxa de Secagem “Decrescente”

2. Taxa em função linear que passa pela origem (zero):


Derivando: A inclinação: Assumindo:

R = aX dR
a=
Rc R1 = Rc
dX =
a Xc X1 = X c
mS X1 dX
t =
A X 2 R Método usado quando se carece de dados detalhados. Então,
aproxima-se a uma reta que passa pela origem, onde a velocidade de
secagem é proporcional ao conteúdo de umidade livre. Tal
aproximação não implica que X2 seja igual a zero, apenas que segue a
tendência da reta que sai da origem.

mS R1 dR mS R1 mS X c Rc
f =  = ln f = ln
aA R2 R aA R2 Rc A R2
Rc Xc mS X c X c
R2
=
X2
Por ser uma reta f = ln
Rc A X 2

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