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MECÂNICA DOS SOLOS

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INVESTIGAÇÃO
GEOTÉCNICA

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Introdução
As obras civis só podem ser convenientemente projetadas,
depois de um conhecimento adequado da natureza e da
estrutura do terreno que vão ser implantadas.

A não observação de certos princípios de investigação ou mesmo


negligência diante obtenção de informações acerca do subsolo
tem conduzido ruínas totais ou parciais em obras.

O custo de um programa de prospecção bem conduzido situa-se


entre 0,5 a 1% do valor da obra. Projetos geotécnicos de
qualquer natureza são normalmente executados com base em
ensaios de campo, cujas medidas permitem uma definição
satisfatória da estratigrafia do subsolo e uma estimativa realista
das propriedades geomecânicas dos materiais envolvidos.

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Informações que buscam em um
programa de prospecção

- Área em planta, profundidade e espessura da camada de solo identificado;

- Compacidade dos solos granulares e a consistência dos coesivos;

- Profundidade do topo da rocha e suas características (litogia, área em planta,


Profundidade, grau de decomposição etc;

- Localização do NA;

- Extração de amostras indeformadas (ensaios mecânicos do solo)

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Programa de investigação
O projetista de fundações deverá definir o programa mais
adequado para obra, podendo ocorrer em 3 etapas:

- Investigação preliminar: Conhecer as principais características


do subsolo;

- Investigação complementar ou de projeto: caracterizar as


camadas mais importantes do ponto de vista do
comportamento das fundações;

- Investigação para fase de execução: confirmar condições de


projetos que são críticas na obra.

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Tipos de prospecção geotécnica
- Processos indiretos: Não fornecem os tipos de solos prospectados,
mas somente correlações entre estes e suas resistividades elétricas
e suas velocidades de propagação de ondas sonoras;

- Processos semi-diretos: Fornecem características mecânicas dos


solos prospectados. Os valores obtidos possibilitam por meios de
correlações indiretas informações sobre as naturezas dos solos;

- Processos diretos: Permitem o reconhecimento do solo


prospectado mediante análise de amostras, provenientes de furos
executados, estas fornecem subsídios para um exame táctil-visual,
além de executar ensaios de caracterização.

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Processos indiretos
Prospecção geofísica:

Dentre os vários processos existentes, o da resistividade elétrica


e o da sísmica de refração são os de uso frequente. São
processos rápidos e econômicos, principalmente em obras
extensas.

Propiciam resultados satisfatórios, quando se pretende


determinar as profundidades do substrato.

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Processos indiretos

RESISTIVIDADE ELÉTRICA

- Princípio de que vários materiais do subsolo possuem valores característicos de


resistividade

- São quadro eletrodos colocados na superfície do terreno. Sendo dois externos conectados
a uma bateria e um amperímetro. Os centrais ligados a um voltímetro. A resistividade é
medida a partir de um campo elétrico gerado artificialmente a partir de uma
Corrente elétrica no subsolo.

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Processos indiretos

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Sísmica de Refração

- Apoiam-se no princípio de que a velocidade de propagação de ondas sonoras é


Função do módulo de elasticidade do material, coeficiente de Poisson e a massa especifica

- Produz-se uma emissão sonora no terreno através de pancadas ou explosões, através


de geofones registra-se o tempo gasto das ondas desde a explosão até a chegada aos
geofones;

- Uso na área de exploração de petróleo e na engenharia civil.

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Processos semi-diretos
Foram desenvolvidos por causa das dificuldades de amostrar
certos tipos de solos, como areias puras e argilas moles. Não
fornecem o tipo de solo, mas somente certas características de
comportamento mecânico, obtidas mediantes correlações.

- Ensaio de palheta (vane test);


- Ensaios de cone;
- Ensaio pressiométrico;
- Ensaio dilatométrico.

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Processos semi-diretos
VANE TEST

- Também chamado de ensaio de palheta, foi desenvolvido para medir


a resistência ao cisalhamento não drenado das argilas moles “in situ”

- Consiste na cravação de uma palheta e medir o torque necessário


Para cisalhar o solo. Fornece uma ideia da sensibilidade da argila. Pode
Ser cravado diretamente no solo ou em furos de sondagens.

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Processos semi-diretos

Tempo para mobilizar a coesão, que no ensaio é de alguns minutos e em condições


De obras pode levar meses.

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Processos semi-diretos
ENSAIO DE PENETRAÇÃO ESTÁTICA DO CONE (CPT)

- Também conhecido como “deep-sounding”, foi desenvolvido na Holanda com o propósito


de simular a cravação de estacas.

- A resistência lateral é obtida pela diferença entre a resistência total, correspondente


ao esforço estático, necessário para a penetração do conjunto numa extensão de aproximação
25cm, e a resistência de ponta, quando se crava somente 4cm da ponta móvel;

- Três tipos: cone mecânico que mede pelo dinamômetro, cone elétrico que possui células
de carga e o piezocone.

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Processos semi-diretos

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Processos semi-diretos

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Processos semi-diretos

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Processos semi-diretos
ENSAIO PRESSIOMÉTRICO

-Tem o objetivo de determinar o módulo de elasticidade e a resistência ao cisalhamento


dos solos e rochas. É uma célula que é introduzida em furos de sondagem, e esta ligada a
aparelhos de medições de pressões e volumes. (Pressiômetro de Menard).

-Basicamente é um tubo metálico envolto por uma membrana de borracha que permite
ser expandida

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Processos semi-diretos

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Processo diretos
Permitem o reconhecimento do solo prospectado mediante
análise de amostras, provenientes de furos executados, estas
fornecem subsídios para um exame táctil-visual, além de
executar ensaios de caracterização.
- Poços;
- Trincheiras;
- Sondagens à trado;
- Sondagens de simples reconhecimento (SPT) e (SPT-T);
- Sondagens rotativas;
- Sondagens mistas.

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Processos diretos
POÇOS

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Processos diretos
TRINCHEIRAS

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Processos diretos
SONDAGEM A TRADO

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Processos diretos
SONDAGEM DE SIMPLES RECONHECIMENTO (SPT) E (SPT-T)

O método de sondagem à percussão, é o mais empregado no Brasil, é uma ferramenta


rotineira e econômica, empregada em todo o mundo, permitindo a indicação da densidade
de solos granulares, também aplicado à identificação da consistência dos solos coesivos e
mesmo de rochas brandas

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PRINCIPAIS NORMAS

- NBR 6484 – Execução de sondagens de simples reconhecimento dos solos –


Métodos de ensaios;

- NBR 6502 – Rochas e solos – Terminologia

- NBR 8036 – Programação de sondagem de simples reconhecimento dos solos


Para fundações de edifícios – Procedimento;

- NBR 13441 – Rochas e solos – Simbologia.

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Standard Penetration Test (SPT)
O SPT constitui-se de resistência dinâmica conjugada a uma sondagem
de simples reconhecimento. A perfuração é realizada por tradagem ou
circulação de água utilizando-se um trépano de lavagem como
ferramenta de escavação.

As amostras representativas do solo são coletadas a cada metro de


profundidade por meio de amostrador-padrão, diâmetro externo de
50mm.

O procedimento de ensaio consiste na cravação deste amostrador no


fundo de uma escavação (revestida ou não), usando um peso de 65kg,
caindo e uma altura de 750mm.

O valor do Nspt é o número de golpes necessário para fazer o


amostrador penetrar 30cm, após uma cravação inicial de 15cm.

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Ao se realizar uma sondagem pretende-se conhecer:

O tipo de solo atravessado por meio da retirada de uma amostra


semi-deformada, a cada metro perfurado.

A resistência oferecida pelo solo à cravação do amostrador


padrão, a cada metro perfurado.

A posição do nível d’água, quando encontrado durante a


perfuração

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SONDAGENS
S.P.T. (Standard Penetration Test)

abertura – ensaio penetração – amostragem (1m)


abertura 55cm – ensaio (45 cm)
amostrador cravado 45 cm no solo, anota-se o n. de
golpes para a penetração de cada 15 cm (peso padrão
de 65 kg, de uma altura de 75 cm)
S.P.T. é o n. de golpes necessários para a cravação dos
últimos 30 cm do amostrados.
Requisitos da sondagem: Determinar o tipo de solo, a compacidade (areias) ou
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consistência (argilas), espessura das camadas – água.
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NÚMERO
DE FUROS

NBR8036\1983
•De 200 até 1.200m2 de construção – 01 sondagem para cada 200m2
•De 1.200 até 2.400m2 de construção – 01 sondagem para cada 400m2 que exceder a
1.200m2.
•Acima de 2.400m2 – a critério do projetista conforme plano de construção
LOTES URBANOS (QUANT. MÍNIMAS)
< 200m2 => 2 furos
200m2 a 400m2 => 3 furos, ou,
Mínimo 3 furos para identificação das camadas
Profundidade mínima = 8,0m

A quantidade de furos deve ser determinada pela área construída (NBR8036/1983), no caso de obras
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maiores e edifícios. Consultoria é recomendada nestes casos.
Programa de sondagens

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ANÁLISE DO PERFIL – Localização dos
furos

1 perfil para cada furo de sondagem


Furos devem conter medidas “amarradas” para locação do tripé
Devem conter também a cota em relação à referência de nível (RN)

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SPT-T
É possível, ainda no final do ensaio à penetração, medir o torque
necessário para a rotação do amostrador padrão cravado, bem
como executar outros ensaios, aproveitando-se da perfuração.

O SPT-T foi proposto por Ranzini em 1988. Esse ensaio consite na


execução do ensaio de SPT, normatizado pela NBR6884/80 e,
logo depois de terminada a cravação do amostrado, é aplicada
uma rotação ao conjunto haste-amostrador com o auxilio de um
torquímetro.

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Processos direto

SONDAGENS ROTATIVAS

SONDAGENS MISTAS

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