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V SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM

16 e 17 de Maio de 2019
ISSN: 2448-1122
Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Departamento de Enfermagem (DEN)

ID 148
DESENVOLVIMENTO INTERPESSOAL: UMA EXPERIÊNCIA DE INSERÇÃO NA
RESIDÊNCIA EM GERÊNCIA DE SERVIÇOS DE ENFERMAGEM
Marcos Vinícius de Oliveira*, Thiago Eduardo de França, Cinthia Caroline Emerich, Renato
Pereira Neto, Larissa Gutierrez de Carvalho Silva, Kauana Olanda Pereira.
*Universidade Estadual de Londrina, Londrina-PR. E-mail: m.vinicius2264@gmail.com

INTRODUÇÃO:
No processo de trabalho do enfermeiro, é esperado que esses profissionais estejam aptos e
abertos para o desenvolvimento das várias habilidades necessárias ao exercício da profissão.
No ambiente de trabalho, as relações interpessoais são complexas, pois estão intimamente
conectadas ao conhecimento de si próprio, empatia, altivez, cordialidade, ética e sobretudo a
comunicação (CARDOZO; SILVA, 2014). É importante ressaltar que três das competências
fundamentais do enfermeiro no processo de cuidar configuram-se na liderança,
relacionamento interpessoal e visão sistêmica, considerando que as vivências experimentadas
na prática profissional são facilitadoras no desenvolvimento dessas competências para
executar tal função (SIQUEIRA et al., 2019). Dessa forma, a Residência em Gerência dos
Serviços de Enfermagem da Universidade Estadual de Londrina (UEL), salienta e corrobora
que o desenvolvimento de tais habilidades é essencial na formação de gestores de excelência
frente aos amplos processos de trabalho vivenciados pela equipe de enfermagem (UEL, 2008).
OBJETIVO:
Relatar as experiências e percepções de residentes de enfermagem durante a inserção em
campos práticos e teóricos.
MÉTODO:
Trata-se de um estudo do tipo relato de experiência das percepções de residentes de
enfermagem durante a inserção em campos práticos e teóricos. A Residência em Gerência dos
Serviços de Enfermagem da UEL, em sua estrutura geral conta com oito alunos, distribuídos
em quatro campos de estágio, sendo dois hospitais de nível terciário e outros dois de nível
secundário. A carga horária total é de 5.760 horas, das quais, 4.755 horas práticas, 630 horas
teórico práticas e 375 horas teóricas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO:
Quanto à inserção e iniciação de uma nova rotina experimentada pelos residentes de
enfermagem ao longo de dois meses, os sentimentos perpassam por níveis igualitários. Na

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disciplina teórico prática de Desenvolvimento Interpessoal, acontecem encontros mensais em
que as percepções e sentimentos vivenciados na prática pelos residentes são trabalhados e
interpretados em grupo. Dentre as pontuações mais relevantes no processo de inserção na
residência, é notável a insegurança na atuação técnica científica enquanto enfermeiro gestor
da equipe de enfermagem e na realização de práticas privativas do enfermeiro, como o
dimensionamento de pessoal em meio a uma equipe até então repleta de estranhamentos e
novos relacionamentos. A gestão de conflitos também é encarada como desafio pertinente a
prática dos enfermeiros residentes, visto que as relações humanas são constantemente
marcadas por diferenças das mais variadas formas, exigindo-se do residente em gerência,
flexibilidade e aptidão para promover o cuidado efetivo, seguro e livre de danos junto ao
paciente, famílias e equipes de trabalho. Ao passar do tempo através das experimentações
diárias, o residente visualiza-se mais seguro e apto para lidar com a rotina, visto que o
conhecimento, estudo e observação são geradores de empoderamento para ir ao encontro das
atividades propostas com segurança e autonomia. É importante validar que a residência parte
do princípio do aprendizado em serviço, o que torna o percurso mais direcionado quando
comparado ao início das novas práticas e rotinas de trabalho.
CONCLUSÃO:
É perceptível que essa tempestade de ideias e novas informações gera muita ansiedade, medo
e insegurança, características inerentes ao início de toda mudança, exigindo do profissional
residente em enfermagem: flexibilidade, resiliência, estudo contínuo, capacitação e busca de
novos aprendizados.

REFERÊNCIAS:
CARDOSO C.G; SILVA L.O.S. A importância do relacionamento interpessoal no
ambiente de trabalho. Rev Interbio. v.8 n.2, p. 24-34, 2014.
SIQUEIRA, C.L. et al. Knowledge of responsible technical nurses on management skills:
a qualitative study. Rev Bras Enferm, v. 72, n. 1, p. 43-8, 2019.
UEL. Universidade Estadual de Londrina (PR). Departamento de Enfermagem.
Residência em Gerência de Serviços de Enfermagem. Londrina; 2008.

DESCRITORES: Gestão em Saúde, Enfermagem, Relações Interpessoais.


EIXO-TEMÁTICO: Eixo 2: Gestão, serviços e políticas em saúde.

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