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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO


DEPARTAMENTO DE MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENSINO
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

KAIRO DA SILVA

TÍTULO DO SEU TRABALHO

Orientadora:
Prof.ª Dra.

TERESINA-PI
2021
KAIRO DA SILVA
 
 
 
 
 
 
TÍTULO DO SEU TRABALHO

 
 
Monografia apresentada à
Coordenação do Curso de Pedagogia
da Universidade Federal do Piauí
como requisito final para obtenção do
título de licenciada em Pedagogia.
Orientadora: Prof.ª Dra.
 
 
 

TERESINA-PI
2021
KAIRO DA SILVA

 
TITULO DO SEU TRABALHO

 
Teresina, ____ de __________________ de 2021.

Monografia apresentada à Coordenação do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia da


Universidade Federal do Piauí, como requisito final para a obtenção do título de licenciada em
Pedagogia.

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________________
Profa. Dra. ...................................................................
Universidade Federal do Piauí
Presidente
__________________________________________________
Profa. ...........................................................................
Universidade Federal do Piauí
Examinadora
__________________________________________________
Profa. ....................................................................................
Universidade Federal do Piauí
Examinadora
Esta produção tem por dedicatória
primeiramente a Deus que me proporcionou
viver cada etapa deste curso com êxito; a
minha família que participou ativamente
deste momento, contribuindo de forma
positiva para meu progresso durante todo o
escrito deste.
AGRADECIMENTOS

Agradeço, sobretudo, a Deus, pois sem Ele não estaria concluindo esta
etapa da vida acadêmica.
Sou grata aos meus pais .......................... e .......................... que
apostaram em mim e me oportunizaram concluir este curso com garra e
dedicação.
À minha orientadora Professora Dra. .........................................................
por todo o seu auxílio e orientação nesta jornada de conclusão, me
incentivando a crescer profissionalmente ao longo desta pesquisa.
Por fim, agradeço e honro a FACULDADE por proporcionar tão efetivo
sistema de ensino para nós corpo discente.
“[...] A minha contribuição foi encontrar uma
explicação segundo a qual, por trás da mão que
pega o lápis, dos olhos que olham, dos ouvidos
que escutam, há uma criança que pensa”.

Emília Ferreiro
RESUMO
ABSTRACT
INTRODUÇÃO
GERALMENTE SÃO 2 PÁGINAS
CONSTA NO PRIMEIRO PARAGRAFO UM BREVE COMENTÁRIO SOBRE
O TEMA
DEPOIS UM PARAGRAFO COM OS OBJETIVOS GERAL (1) E
ESPECIFICOS (3)
JUSTIFICATIVA DE ESCOLHA DO TEMA
METODOLOGIA UTILIZADA (NO SEU CASO É QUALITATIVA
BIBLIOGRAFICA), COLOQUE O NOME E O ANO DE UM AUTOR DESTA
LINHA DE PESQUISA PODE SER RICHARDON OU GONSALVES.
COLOQUE O NOME DE 3 AUTORES QUE VC MAIS USOU COMO
PESQUISA E O ANO DE CITAÇÃO DA OBRA DE CADA UM DELES.
DEPOIS 3 PERGUNTAS QUE NORTEIAM ESTE TEMA
DEPOIS COMO ESTAO DISTRIBUIDAS AS SESSOES DO SEU TCC E O
TITULOS DELAS
CONCLUA EM UM PARAGRAFO COM ALGO QUE LHE CHAMOU
ATENÇÃO NO TEMA
O ULTIMO PARAGRAFO VC DEVE FECHAR COM UMA CONCLUSAO
FINAL DO QUE VC ENTENDEU DO TCC E DE SUA PESQUISA.
Título: ANÁLISE DOS EFEITOS DAS DESCARGAS
ASMOSFÉRICAS SOB AS LINHAS DE TRANSMISSÃO, AS
FALTAS E PERCAS FINANCEIRAS.
1. INTRODUÇÃO
O uso da energia elétrica é de grande importância para a sociedade
atual e o seu fornecimento impacta diretamente no desenvolvimento econômico
das nações. O crescimento de demanda e consumo de eletricidade estão
andando sempre juntas e nas últimas décadas o desenvolvimento e a
qualidade de vida das pessoas contribuíram para a dependência do
fornecimento continuo de eletricidade, e essa visão implica nas formas de
geração primaria da energia, deixando-a mais cara.
Portanto, essa dependência de eletricidade para o crescimento
econômico fez com que a produção elétrica fosse uma responsabilidade de
terceiros para a sua geração. Com o avanço social, essa demanda atingiu
grandes grupos populacionais que geralmente se encontram longe das usinas
geradoras de produção e isto demandam um elevado custo de operacional.
Com isso, é necessário transportar toda energia elétrica que é gerada nas
usinas, e esse transporte é feito por linhas de transmissão que cobrem boa
parte do território nacional.
Mas nem sempre essa energia chega ao consumidor final de forma
limpa, completa e sem alteração de corrente ou tensão, pois devido há muitos
problemas que possa ocorrer durante o processo de transporte, um dos
problemas mais comum nas linhas é a incidência de descargas atmosféricas.
Segundo o INPE – (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), em 2020, um
estudo mostrou que o Brasil é o país mais atingido por raios no mundo, são
cerca de 77.8 milhões de descargas elétricas por ano.
Devido à grande quantidade de incidência dos raios sob território
brasileiro, as descargas atmosféricas são responsáveis por um grande
número de desligamentos das linhas de transmissão e distribuição de
energia elétrica, além da queima de um número considerável de
transformadores de distribuição. Segundo o ELAT (2019), no Brasil cerca
de 70% dos desligamentos na transmissão e 40% na distribuição são
provocados por raios e cerca de 40% dos transformadores também são
queimados por raios.
É importante entender que as descargas atmosféricas sobre as linhas de
transmissão faz com que a isolação da torre possa atingir o seu limite de
máximo de proteção e gerando nas linhas os surtos de tensão e corrente que
se propagam em ambas as direções em rumo aos seus terminais e isso
compromete a qualidade de energia que será entregue ao consumidor final.
Caso tenha algum outro problema no sistema que impeça o seu religamento,
pode acontecer inclusive de existir a indisponibilidade da linha, acarretando na
falta de eletricidade e possivelmente em prejuízos financeiros não só para a
empresa, mas para toda a sociedade que está sendo alimentada. ELAT (2019),
afirma que para minimizar o elevado número de desligamentos provocados
por raios, diversas técnicas têm sido desenvolvidas, destacando-se entre
elas o aperfeiçoamento dos sistemas de aterramento, de modo a
minimizar a impedância de aterramento, e o uso de para-raios. Tais
técnicas podem ser aplicadas em regiões críticas das linhas onde a
incidência de descargas é maior.

1.1 OBJETIVO GERAL (usar o infinitivo)


ANALISAR*** Este trabalho tem como objetivo contribuir para o
conhecimento e entendimento dos efeitos das descargas atmosféricas sob as
linhas de transmissão, bem como as percas financeiras, as proteções, as
avarias, as soluções mais viáveis para a solução das faltas e INDICAR** as
maneiras de prevenção destes incidentes atmosféricos sobre as LT’s.
IDENTIFICAR**

1.2 JUSTIFICATIVA (em produção)

2. DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
Descargas elétricas são manifestações elétricas que ocorrem na
atmosfera, geralmente acompanhada logo após de grandes estrondos causado
por elas ação delas, e esses sons são causados pela velocidade da luz ao
ultrapassar a barreira do som. Portanto, esse fenômeno tende-se a de ser
aleatório, pois não se sabe onde exatamente irá ocorrer com qual potência
duração tempo. Por isso, será abordado nesse estudo as formas de como
esses fenômenos são formados as incidências deles no Brasil e com o foco
que abrange as linhas de transmissão.
KAIRO SE AQUI FOR UMA CÓPIA DE UM AUTOR VC PRECISA
PARAFRASEAR. SE FOR ALGO ESCRITO SEU VC PRECISA CITAR EM
QUEM VC SE BASEOU PARA CHEGAR A ESSE CONCEITO.

2.2 CONHECIMENTOS GERAIS SOBRE AS D.A’S


De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), em
sua norma 5419/2015, define as descargas atmosféricas como descargas que
se originam na atmosfera entre nuvem e terra, nuvem e nuvem, formada por
uma ou várias ramificações e tem uma corrente tão elevada que chegam na
ordem dos quiloampères. As descargas atmosféricas produzem uma corrente
elétrica que é uma das mais violentos acontecimentos da natureza. Em
números, pode-se dá um exemplo de que uma única descarga pode facilmente
produzir uma potência de energia de 100 milhões de volts, atingir a
temperatura de 20 mil graus centígrados e percorrerem 5km de distância ao
seu alcance. A corrente pode chegar a 30 mil Ampères, quase de mil vezes a
potência de um chuveiro elétrico e tem a capacidade para iluminar uma
residência durante um mês.
Devido à grande quantidade de cargas elétricas positivas e negativas
que existem na atmosfera, as nuvens de tempestades são as mais propensas a
acontecer esse fenômeno e assim os raios atingirem a superfície da Terra. Em
probabilidade, a cada 10 raios formados apenas 2 atingem a superfície.
Quando uma descarga elétrica atinge a rede elétrica, pode ocorrer
simplesmente a atuação de um para-raios, sem causar nenhum dano ou até
mesmo o desligamento de um disjuntor e a queima de equipamentos – Barros
(2012)

2.3 FORMAÇÃO DAS D.A’S


De acordo com a teoria do eletromagnetismo, os materiais são
classificados de acordo com as suas propriedades elétricas existentes. Como
as descargas atmosféricas ocorrem geralmente no ar, é considerado o ar como
um material dielétrico, ou seja, um isolante. As descargas ocorrem devido à
grande quantidade de cargas elétricas na atmosfera, geralmente em nuvens
conhecidas como Cúmulos Nimbus, estas mesmas existentes em grandes
tempestades.
No entanto, o Grupo de Eletricidade Atmosférica – ELAT (2018), afirma
que as formações das nuvens de tempestade estão relacionadas a combinação
de três fatores, a umidade do ar, a variação da temperatura de acordo com a
altura e os ventos, responsáveis em jogar o ar para cima. Barros (2012) afirma
que é comum na estação do verão ocorrer formações de pancadas de chuvas
com mudanças repentinas de tempo e muitas dessas tempestades acontecem
de formas localizadas e dependendo dos trechos, podem haver pancadas de
chuvas ou não. O processo da formação de uma nuvem de tempestade pode
ser observado na figura ### a seguir:
Figura: Formação da nuvem de tempestade

Fonte: ELAT (2018)


PARAGRAFOS TEM NO MÁXIMO 5 OU 6 LINHAS.
A diferença entre isolantes e condutores é a capacidade de elétrons
livres existentes nas camadas atômicas externas, fazendo assim a propagação
da eletricidade sobre a superfície do isolante em si. Isso ocorre quando uma
força maior de cargas é exercida sobre o isolante. Em teoria, este é o princípio
da formação das descargas atmosféricas. Ao romper a rigidez do isolante
ocorre um movimento de cargas negativas e cargas positivas, formando assim
uma corrente elétrico.
Com a ação dos ventos, acontece uma separação de cargas dentro da
própria nuvem, em casos mais comuns é que as cargas negativas fique na
parte inferior e as cargas positivas na parte superior das nuvens. O movimento
de cargas é tão intenso que termina rompendo a rigidez dielétrica do ar
originando assim o raio, fazendo com que agora o ar seja um condutor de
eletricidade, pois o ar tem uma rigidez dielétrica de apenas 3MV/m, isso
significa que o campo elétrico precisa ser igual ou maior a este valor para o ar
se tornar condutor de eletricidade (MELO, 2016).
Visto que já se entende como é originado uma descarga atmosférica, é
correto afirmar que não é um fenômeno natural leve. Este efeito pode custar
grandes percas financeiras sobre as L.T’s de alta e baixa tenção, problemas
em subestações de distribuição e estações elevadores e abaixadores de
tensão. Todavia, é importante estudar acerca do assunto para que novas
maneiras de proteção sejam aplicadas para que ocorram a menor chance de
percas sobre as L.T’s ao serem atingidas pelas D.A’s, visando a segurança dos
operadores e equipamentos, é importante estudar as formas mais seguras para
se trabalhar com este fenômeno natural.
Visto, é considerado o uso de um controle de medida na implantação do
Sistema de Proteção de Descargas Atmosféricas (SPDA), os quais protegem
edifícios, equipamentos, instalações elétricas e de telecomunicações,
reduzindo os danos impostos ás estruturas, os impactos de desligamento e
manutenção corretivas. Este trabalho está focado em conhecer cada parte das
linhas de transmissão, desde os aspectos constritivos e o ligamento da linha,
até as características financeiras sobre as linhas ao serem atingidas por
alguma descarga atmosférica.

3. SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA – SEP


Para um melhor entendimento do assunto deste capitulo e do tema a ser
tratado, é importante estabelecer a definição de Sistema Elétrico de Potência.
Segundo a NBR 5460, o Sistema Elétrico de Potência é definido na
seguinte forma:
3.613.1 Em sentido claro, é o conjunto de todas as instalações e
equipamentos destinados a geração, transmissão e distribuição de
energia elétrica (601-01-01).
3.613.2 Em sentido restrito, é um conjunto de linhas e subestações
que assegura a transmissão e/ou a distribuição de energia elétrica,
cujos os limites são definidos por meios de critérios aprimorados,
tais como localização geográfica, tensão, concessionária e etc. (601-
01-02).
O glossário da norma técnica NR-10, define o Sistema Elétrico de
Potência (SEP) como:
26. Sistema Elétrico de Potência (SEP): conjunto das instalações e
equipamentos destinados a geração, transmissão, distribuição de
energia elétrica, e até a medição.
Em situações normais de operação, a energia elétrica pode ser gerada
de várias formas possíveis. No Brasil a maneira mais comum de geração é
através das hidroelétricas. Em prática é gerado na ordem de 13kv a 25kv, o
que não é adequado para as transmissões de longas distancias. Então, entram
em serviço os transformadores elevadores, cuja a função é aumentar a tensão
e reduzir a corrente, evitando assim as perdas durante o processo de
transporte dessa energia gerada. Em função, as LT’s tem como objetivo
transportar essa energia gerada nas usinas, até os centros de distribuição e por
fim serem entregues aos consumidores finais.
CITAÇÕES LONGAS SÃO COLOCADAS A DIREITA E AS CURTAS
SÃO COLOCADAS NO CORPO DO TEXTO, CADA UMA COM O NOME E O
ANO DE SEU AUTOR.
A utilização da eletricidade está presente no cotidiano das pessoas
independentemente do nível social, econômico e cultural a que pertencem,
sejam elas nas residências, comércios ou indústrias destinadas a produção,
lazer, transporte comunicação e ainda outras aplicações – Barros (2015). Visto
isso, o uso da eletricidade em grande escala, somado ao despreparo e a falta
de conhecimento dos consumidores e alguns profissionais no setor energético,
estava aumentando o número de acidentes devido a manobra ou contato direto
com a corrente de energia. Como toda atividade econômica tem regras de
conduta e segurança, é importante lembrar que os profissionais que atuam no
setor elétrico devem observar e atender as normas técnicas e
regulamentadores, e ao considerar o SEP, tem que considerar também a
norma de segurança da NR-10.
De acordo com Barros (2012), as normas técnicas são elaboradas pelas
fabricantes, instituições acadêmicas e pesquisadores pertencentes à sociedade
de moro geral que fornecem orientações para a execução e instalações
elétricas que são consideradas entre outras os seguintes itens:
 Cálculos de dimensionamento de condutores e dispositivos de proteção;
 Formas de instalação e as influências externas a serem consideradas
em um projeto;
 Aspectos de segurança, incluindo o aterramento, a proteção de
dispositivos de corrente de fuga sobre as tensões e correntes;
 Instalações de consumidores, incluído subestações, dentro da faixa de
tensão especificada;
 Critérios específicos de segurança para as subestações consumidoras
incluindo acessos e estrutura física;
 Procedimento para aceitação da instalação nova e para sua manutenção
incluindo etapas de inspeção visual
Por fim, a norma regulamentadora também estabelece os requisitos
essenciais que a instalação deve possuir. Constituindo a disposição oficial que
indica a maneira de pôr em execução de uma lei ou decreto
independentemente da localização onde está instalada.
Considerando a definição de SEP – Sistema Elétrico de Potência, apresentado
pela NR-10, abrangendo as configurações de alimentação, instalações elétricas
industriais, residenciais e comerciais, os níveis de tensão são considerados da
seguinte forma: CONTEXTUALIZAR
 Alta Tensão (AT): tensão superior a 1000v em CA ou 1500v em CC;
 Baixa Tensão (BT): tensão superior a 50v em CA ou 120v em CC, igual
ou inferior a 1000v em CA;
 Extrabaixa Tensão (EVT): tensão não superior a 50v em CA ou 120 em
CC;
A figura ### mostra em forma resumida, como está organizado o Sistema
Elétrico de Potência, onde o mesmo é composto pelas fases de geração,
transmissão, distribuição e consumo.
Figura###: Sistema elétrico de potência (SEP).

Fonte: Freitas (2017).

Em qualquer uma destas fases do SEP, as empresas concessionárias


de energia elétrica devem possuir a permissão de utilização e exploração do
serviço por um determinado período, além da responsabilidade de manter e
operar o sistema de forma adequada, mandetnedo os índices de qualidade do
fornecimento dos limes estabelecidos pela ANEEL, afirma Barros (2012).
A transmissão de energia elétrica no Brasil é diferente devido as
quantidades de níveis de tensões e as quantidades de potências a serem
transportadas, refletindo assim no âmbito físico e econômico durante as etapas
de construção das linhas de transmissão. As LT’s são compostas por uma
parte ativa e outra passiva, caracterizando os condutores como a parte ativa,
fazendo o transporte dos campos elétricos e fluxo de potência, e os elementos
passivos representam os isoladores, as torres e todas as estruturas de apoio
dos condutores. Tendo em vista a questão da geração de energia elétrica, um
estudo mais especifico nesta área pode-se entender que ela é gerada
normalmente em 13.8kv até 22kv, as gerações acima deste valores precisam
de uma tecnologia melhor para a isolação dos equipamentos.
É utilizado os geradores síncronos para este serviço, sendo de categoria
hidráulica ou a vapor. Após a geração, tem se a etapa da transmissão desta
energia gerada, pois o valor da tensão é estabelecido de acordo com a
distância a ser percorrida e da quantidade de energia a ser transportada. Essas
linhas operam em malha, ou seja, é interligado, como dito acima, tendo essa a
vantagem de ter a confiabilidade deste sistema e o suprimento de energia sã
bem maiores, fazendo com que possa haver de ‘’intercambio” para exportar
energia em tempos de secas em algumas regiões e a desvantagem desse
sistema é a sua complexidade, pois de acordo com o crescimento populacional
e comercial, a demanda aumenta de tal forma que se ocorrer algum problema
na malha de transmissão, pode afetar quaisquer consumidores destas
categorias.
Contanto, afirma-se dizer que com o passar dos anos os projetos de
LT’s veem se aperfeiçoando cada vez mais para que tenham um bom
desempenho e menos perdas, as estruturas sendo mais resistentes a ação do
tempo e dos fenômenos naturais e a fácil construção e manutenção, com o
foco de transmitir de forma mais eficiente a eletricidade lhe imposta.
Deve-se também conter sistemas de controle de produção para que a
cada instante seja produzida energia de forma de forma necessária para
atender as demandas e as perdas na produção da energia elétrica. Para uma
melhor visão desse sistema complexo baseado no SEP, pode-se utilizar
diagramas de potência unifilares para representar a forma de geração,
produção e transporte dessa energia elétrica,
Primeiramente conta-se a parte da geração de energia e logo após a
subestação elevadora para subir o nível de tensão para a transmissão
operando em malhas, pois o sistema elétrico de potência do Brasil é
interligado, logo após a tensão ser elevada vai para a parte de sub-transmissão
que é feita de forma radial e em algum casos podem operar em malhas, mas
comumente operam em modo radial, e logo após tem-se o transformador da
subestação de distribuição que vai dar origem ao sistema de distribuição
primaria, que na maioria dos casos é um sistema de distribuição radial, pois é
simples e mais barato e logo a distribuição secundária que podem operar em
malha ou radial. Nesta linha, é visto que este sistema de geração e distribuição,
na prática, é muito complexo, pois os operadores fazem as manobras de
energia elétrica de tensões medias e altas, correndo um alto risco de vida e
outrora requem um amplo projeto estudado para que ocorra o mínimo de erros
previstos antes mesmo de realizar as ligações da linha. (colocar a referencia
aqui)
Amaral (2018), afirma que existem áreas brasileiras que poderiam ser
autossuficientes em energia, o que facilitaria sua chegada à população. Ainda,
a falta de políticas públicas de longo prazo e revisão do modelo tributário são
obstáculos para que a energia, principalmente a renovável, torne-se mais
acessível e barata para os consumidores, investidores e indústrias.
QUANDO VC TERMINA UMA SESSÃO E ABRE OUTRA VC PRECISA
DE UM PARAGRAFO-PONTE. QUE É O RESUMO DO QUE VC ESCREVEU
NA SESSÃO ANTERIOR E A EXPLICAÇÃO DO QUE VC FALARÁ A DIANTE.
3.1 TRANSMISSÃO
Uma rede de transmissão de energia elétrica, conecta grandes centros de
geração que estão localizados de longe dos centros urbanos e diretamente
para os centros de cargas, que estes estão localizados perto das cidades,
centros industriais e mantém o sistema elétrico funcionando corretamente
interconectado, há uma operação síncrona. A operação de transportar energia
elétrica por cabos condutores, torna por si próprio uma operação de alto custo,
pois nelas correm altas quantidades de potencias elétrica que tem como
objetivo reduzir a corrente elétrica sobre todo trajeto implementado. De acordo
com Goméz (2015), o papel dinâmico das linhas está entre o equilíbrio de
produção e consumo que deterina sua estrutura tipicamente malhada, em que
cada usina da rede é conectada a todos os outros para evitar as
consequências prováveis de falhas.

4. SISTEMA DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA BRASILEIRA


De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, o
sistema de transmissão de energia elétrica do Brasil é constituído por linhas de
corrente contínua (CC) e por corrente alternada (CA), com tensões que variam
de 138kv até 800kv, contendo 160.859,05KM (2020) em linhas de transmissão
e com o valor de 387.370,74MVA (2020) somando estes a geração e consumo.
É possível observar na figura que este sistema é bem complexo e eficaz, visto
que as concessionárias visam o desempenho e a melhor forma de toda essa
energia gerada ser suprida sem nenhuma perca na sua capacidade e
qualidade. Este sistema de malhas de linhas de transmissão conta com 109
agentes de distribuição, entre estes empresas públicas, privados e de
economia mista.
Figura: Expansão das linhas de transmissão em 2020.
Fonte: ANEEL (2020)

A transmissão de energia elétrica no Brasil é diferenciada devido a


quantidade de níveis de tensões diferentes, que o mesmo está ligado a
quantidade de potência a serem transportados refletindo assim no âmbito físico
e econômico durante as etapas de construção das LT’s. As LT’s são
compostas por uma parte ativa e outra passiva, caracterizando os condutores
como a parte ativa, transmitindo os campos elétricos e o fluxo de potência, e os
elementos passivos representam os isoladores, as torres e toda as estruturas
de apoio dos condutores. (a referência essta no outro computador) Afirma-se
que como passar dos anos, os projetos de LT’s veem se aperfeiçoando a cada
vez mais, para que tenham um alto desempenho, com o foco em transmitir de
forma mais eficiente a eletricidade imposta a ela considerando também as
percas serem menores, todo o projeto estrutura serem mais resistentes a ação
do tempo e aos fenômenos naturais e a sua fácil construção e manutenção.
Nos últimos anos vem crescendo a geração de energia elétrica
proveniente do aproveitamento da luz solar e dos ventos, onde este é captado
por grandes pás sustentadas por uma elevada torre, produzindo assim o
movimento de rotação do eixo do gerador. A matriz elétrica brasileira é ainda
mais renovável do que a energética, isso porque grande parte da energia
elétrica gerada no Brasil vem de usinas hidrelétricas. A energia eólica também
vem crescendo bastante, contribuindo para que a nossa matriz elétrica
continue sendo, em sua maior parte, renovável – (EPE, 2020). Muitas pessoas
confundem a matriz energética com a matriz elétrica, mas elas são diferentes.
Enquanto a matriz energética representa o conjunto de fontes de
energia disponíveis para movimentar os carros, preparar a comida no fogão e
gerar eletricidade, a matriz elétrica é formada pelo conjunto de fontes
disponíveis apenas para a geração de energia elétrica. Dessa forma, podemos
concluir que a matriz elétrica é parte da matriz energética.
A figura ### apresenta um gráfico que indica o percentual da
participação na matriz energética brasileira dos diferentes tipos de sistemas de
geração elétrico.
Figura: Matriz Elétrica Brasileira 2019.

Fonte: Balanço Energético Nacional Interativo (2020).

4.1 SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL (SIN)


Todo o sistema de geração e transmissão de energia elétrica no Brasil, é
composto usinas hidro-termo-eólico de grandes magnitudes, bem como as
hidroelétricas na liderança na forma de geração de eletricidade de vários
proprietários. (ONS, 2020) Atualmente, um projeto foi concluído de uma linha
que mede cerca de 6.159,34 km, do total de novas linhas de transmissão
concluídas no Brasil em 2020, com acréscimos em 15 estados. A Agência
Nacional de Energia Elétrica – ANEEL também registrou em 2020 a adição ao
Sistema Interligado Nacional de 14.485,33 megavolt-ampères (MVA) em
transformadores de subestações instalados em 17 estados. Os quantitativos
estão no infográfico de expansão da transmissão divulgado pela ANEEL, que
está localizado na Figura 04, a partir de dados da fiscalização da Agência e do
Operador Nacional do Sistema – ONS (ONS, 2020).
Com a capacidade atual de geração instalada no SIN, formada
principalmente por usinas hidroelétricas, existem 16 bacias hidrográficas em
atividade localizadas e diferentes regiões do país. Nos últimos anos as usinas
eólicas teve um grande crescimento nas regiões nordeste e sul do brasil,
aumentando o desempenho da malha de energia e estendendo o uso da
energia elétrica para outros consumidores residenciais e industrias de médio
porte, e devido ao avanço da tecnologia, estas industrias estão adotando robôs
semi autônomos para sua linha de produção fazendo assim com que seja
necessário uma alimentação de energia elétrica maior que o normal e
aumentando o consumo da mesma.
Figura: Sistema Interligado Nacional - Rede de Operação – Expanção até 2024

Fonte: ONS (2019)

5. TIPOS DE LINHAS DE TRANSMISSÃO


Segundo Menezes (2015), a transmissão de energia elétrica pode ser
feita por linhas aéreas, subterrâneas ou subaquáticas. No caso do Brasil as
linhas de transmissão aéreas são as mais comuns, devido ao seu menor custo
em relação às demais, e são sistemas compostos basicamente por cabos
condutores de fase, cabos para-raios, isoladores e estruturas de torres para
suportar todo esse equipamento. É definido como linhas de transmissão, cabos
condutores usado para transportar energia elétrica por longas distâncias, com
baixo valor de perdas e distorções. Em geral as linhas de transmissão operam
com tensões superiores a 100kv e em algumas situações chegam até 1000kv,
essas conhecidas como UHC DC (Ultra High Voltage Direct Current), um
exemplo dessa linha está localizada na China. Portanto é valido dizer que as
classificações desses tipos de linhas são dadas pelas características do tipo de
corrente, tipo de extensão e ao tipo de nível de tensão. Sob o ponto de vista
físico elétrico, as linhas de transmissão e sub-transmissão se confundem
(FUCHS, 1979).
Figura: As linhas de 440 kv e a linha de 500 kv SE Assis - SE Londrina (2014).

Fonte: Adaptado de https://www.flickr.com/photos/92036053@N06/13244099414/in/photostream/

5.1 LINHA DE TRANSMISSÃO QUANTO AO TIPO DE


CORRENTE
Em relação ao tipo de corrente, as LT’s tem como comparação as
correntes contínuas e as correntes alternadas. As duas modalidades tem
características específicas as tornam cada uma ultil para determinadas
aplicações específicas. As linhas CC é mais indicado para as linhas de longas
distancias, pois apresentam também nível de tensão muito mais alto do que a
CA, podendo ser do tipo UHC CC, contribuindo para a diminuição das perdas e
barateando o projeto da linha. Já as linhas de transmissão CA tem algumas
vantagens, por exemplo, ela pode ser aplicada em um transformador para que
também as perdas sejam menores e não necessitar de uma tensão muito alta,
o problema desse tipo de corrente é a sua alternância que é dada pela forma
senoidal, ou seja, toda e qualquer problema na rede pode causar uma variação
nessa senoide e com isso originando as perturbações harmônicas. A
usabilidade das linhas em CA precisa de muitos ajustes com o decorrer da sua
utilização, é muito útil para os ajustes de demanda, para evitar ao
extremo as perdas e pode isso veem-se utilizando a corrente continua para
as transmissões de energia elétrica. Por fim pode-se observar que as linhas em
CC passaram a ser melhores estudadas e analisadas para serem colocadas
em pratica com mais frequência, não substituindo totalmente as linhas em CA,
mas sim para criar um sistema mais fácil e de múltiplas funções.
5.2 LINHA DE TRANSMISSÃO QUANTO AO TIPO DE
EXTENÇÃO
Para fins de organização é comum subdividir as LT’s de acordo com sua
extensão. Essas linhas de transmissão são modeladas conhecendo-as seus
aspectos físicos e elétricos de fase e comprimento. Podemos classificar as
linhas aéreas de transmissão como curtas, medias ou longas. As linhas curtas
são as que tem uma distância de até 80km, as linhas médias vão de 80km até
240km de extensão, e as linhas longas são as maiores que 240km de
extensão. Para as LT’s serem classificas dessa maneira, tem-se que
considerar nelas as capacitâncias de derivação ser tão pequenas que pode ser
totalmente desprezada sem perdas aceitável de precisão e considerar também
as indutâncias em série.
A linha de transmissão de maior extensão do brasil fica localizada sobre o Rio
Madeira, conectando as regiões Sudeste e Norte do país, com uma extensão
de 2385km caracterizada como HVDC e sua tensão sendo de 600kv.

5.3 LINHA DE TRANSMISSÃO QUANTO AO NÍVEL DE TENSÃO


Podendo também ser classificadas pelo nível de tensão, as LT’s
caracterizam pela padronização das tensões nominais para os diferentes
comandos de sistemas energéticos. Segundo a ANEEL em sua norma técnica
0075.2011 SDR/ANEEL, Dez 2011, as linhas de distribuição secundárias
apresentam os níveis de tensão de 380/220v e 220/127v nas redes trifásicas e
440/220 nas redes monofásicas. Os sistemas de sub-transmissão contam com
os níveis mais baixos de tensão, tais como 34.5kv, 69kv, 88kv ou 138kv, e
alimentam as subestações de distribuição sendo que os alimentadores de
saída são operam em 13.8kv.
As redes de tensões nominais iguais ou superiores a 230kv são
denominadas de redes EHV – Extra Alta Tensão, onde no Brasil foram
classificadas como rede básica de transmissão. As redes com tensões
nominais iguais e entre 69kv e 138kv, são denominadas redes de alta tensão.
As redes de com tensão nominal entre 1kv até 69kv são denominadas redes de
média tensão ou tensão primaria. No Brasil existe um sistema em operação em
corrente contínua localizado na usina de ITAIPU com um nível de tensão de
600kv.

6. CARACTERISTICAS TÉCNICO CONSTRUTIVAS DAS


LINHAS DE TRANSMISSÃO
Os projetos e construções das linhas de transmissão é de grande
importância para o desenvolvimento econômico e energético do Brasil, não
somente pelo fato de transportar energia elétrica para as indústrias e
residências, mas porque oferece de forma direta e indireta empregos e
serviços, canteiro de obras e nas indústrias de diferentes áreas. Para a
execução de um projeto de linha, é correto afirmar que é uma atividade
bastante complexa, exige muitos estudos preliminares, serviços de mãos de
obra no campo, e jurisdição ambiental para que a obra seja planejada e
finalizada dentro do prazo e com a qualidade e desempenho esperados, dentre
as mesmas atividades preliminares é considerado também os serviços de
engenharia, a montagem e manutenção das torres e a supervisão do projeto
executado. A confiabilidade da linha pode ser definida como a eficiência em se
transformar entradas e saídas num processo produtivo de energia elétrica
(SOUZA, 1998).
Vale destacar que para a construção civil é possível abordar a
produtividade do empreendimento sob diferentes aspectos a partir da escolha
do tipo de recurso que será transformada (ADAUTO, 2019). Segundo a NBR
5422/1985 as estruturas que formam uma linha de transmissão podem ser
classificadas principalmente em relação a três critérios: Quanto a sua função
na linha, a forma de resistir e ao material que são feitas. Nos próximos tópicos
serão abordados e conceituados os componentes que formam uma linha de
transmissão, deste a estrutura da torre até os cabos de guardas.

6.1 CONDUTORES
É o componente mais ativo nas linhas de transmissão, pois é através
das condutores onde a energia elétrica é transportada do ponto de geração até
os centros de distribuição de cargas. Dito, é fundamental a sua utilização,
embora seja responsável pela grande parte dos custos envolvidos nos projetos
das LT’s, e em algum projetos são utilizados milhares e milhares de metros
deste material. A quantidade de condutores por fase a serem utilizados nas
linhas depende muito d projeto onde ele vai ser instalado, essa característica
ser propriamente para ter o controle do efeito corona e a reatância de linha,
pois o efeito corona é a ionização do arem volta dos condutores, causando o
surgimento do campo elétrico no local causando assim perdas por meio da
emissão de luz e ruídos. Ao utilizar-se mais de um condutor por fase resulta em
uma menor reatância e um campo elétrico mais fraco na superfície do condutor
fazendo com que o efeito corona seja eliminado na linha.
Colocar aqui as minhas palavras 14/04/2021

Os condutores podem ser de vários tipos de metais, tanto ferro, como


cobre ou alumínio, pode set também feitos de outros metais com composições
variadas nas sua estrutura. Com os avanços nas pesquisas na área de
ciências dos materiais, foi se constatado que os condutores de alumínio são os
mais eficazes na condução de eletricidade, as perdas na condução são
mínimas possui um baixo custo de produção, possui resistência mecânica
regular e atualmente este é o material mais usado nas LT’s. Os condutores de
alumínio nu com alma de aço (formados por um grupo de fios de alumínio
dispostos concentricamente em torno de um fio de aço) são os mais utilizados
nas LTs do Brasil.
Figura: Cabo de alumínio nu (ACSR) – extra forte.

Fonte: Adaptado https://www.induscabos.com.br/portfolio-item/fios-e-cabos-de-aluminio-nu-


caa-acsr-extra-forte-acsr/

Indicação 1: Cabo de aço galvanizado de alta resistência mecânica.


Indicação 2: Fios de Alumínio cru 1350 encontrados sobre o núcleo de
aço.
Além dos materiais já conhecidos, alguns estudos feitos nessa área das
ciências dos materiais mostram algumas inovações que tem sido aplicadas em
algumas instalações específicas, um exemplo são os condutores reforçados
por compósitos ou fibras de carbono. Apesar destes materiais apresentarem
um custo elevado se comparado aos tradicionais, estes possuem certas
vantagens como o baixo peso, alta condutividade, resistência em corrosões e a
elevada carga de ruptura permitido o uso em altas temperaturas, geralmente
esses tipos de condutores são usados em grandes travessias.
Portanto o processo de seleção de um condutor para um projeto de LT é
uma das tarefas mais importantes para a sua execução, já que isso faz um
impacto direto no modelo da torre, na isolação e nos esforços mecânicos na
qual irão ser usadas na linha. As especificações que definem os cabos
condutores são sua bitola, diâmetro, peso, carga de ruptura, resistência elétrica
e capacidade de reatância. Como dito anteriormente, algumas condições
externas interferem no seu desempenho, como a temperatura ambiente,
pressão barométrica, velocidade do vento, emissividade e absorção solar,
estas mesmas condições que também influenciam consideravelmente na
escolha do condutor.
6.2 ISOLADORES
Os isoladores das linhas de transmissão são geralmente feitos de
porcelana, vidro temperado ou polímero onde a autonomia delas está ligado
diretamente ao desempenho da linha, onde a sua função é sustentar os cabos
e mantê-los eletricamente isolados a estrutura das torres. O número de
isoladores por cadeia é determinado de acordo com a tensão da linha e o
isolamento deve suportar tensões maiores que a tensão normal de operação,
devido inclusive as descargas atmosféricas e surtos de manobras. Os
isoladores são feitos de materiais dielétricos, visam garantir a confiabilidade do
sistema tanto nas torres e nos condutores, suportando também a resistência
mecânica que acontecem devido a ação dos ventos sobre os condutores.
Atualmente os isoladores mais usados nas LT’s de extra alta tensão são feitos
de vidro, pois tem um baixo custo de manutenção e funcionalidade mecânica
muito confiável. Já os isoladores de porcelana são mais encontrados nas linhas
de distribuição, possuindo suas limitações para o uso delas em determinados
casos.

Os isoladores também podem ser classificados quando a sua forma de


instalação onde a suspensão e ancoragem é calculada com referência ao peso
do condutor e dependendo do mesmo, a instalação pode ser feita na forma de
“I” ou “V”, obedecendo a folga de tolerância devido as deflexões mecânicas que
ocorrem nas linhas. Por serem materiais consideravelmente frágeis, todo dano
físico pode causar fuga de eletricidade ou rompimento da isolação, fazendo
assim com que os operadores terem um cuidado extra ao instalar, transportar e
na maneira de armazenar corretamente os isoladores que ficam em reserva.
De acordo com Rubens Fuchs (1979), os isoladores podem ser classificados
em três tipos, são eles:
Isoladores de Pinos: São instalados por um meio de pino de aço com
uma cabeça de chumbo filetada, onde o isolador é aparafusado. Estes
possuem uma resistência mecânica pequena e devido a isso são utilizados em
linhas de até 69kv ou na distribuição residencial.

Figura: Isolador de pino polimérico 25/35kv


Fonte: Adaptado de VGS Group

Isolador do tipo Pilar: Estes tem o desempenho mecânico maior quando


comparados com o isolador de pino, são mais comum encontrados em linhas
superiores a 69kv.
Figura: Isolador do tipo Pilar em porcelana.

Fonte: Adaptado EletroMarcos elétricos (2021)

Isoladores de Disco: São constituídos pela sobreposição de discos e


seus engates são feitos de ferro ou aço zincados. Podem ser instalados em “I”
ou “V” na torres.
Figura: Isolador de disco polimérico.

Fonte: Adaptado de Exponencial materiais elétricos.

6.3 CABO DE GUARDA


É o componente responsável pela proteção dos condutores contra as
descargas atmosféricas. É o composto por uma estrutura de cabos geralmente
mais fino que usados nos condutores das fases, e se encontram instalados no
ponto mais alto da torre de transmissão, para protegê-las das descargas
atmosféricas. Estes cabos são aterrados oferecendo o caminho da eletricidade
para o solo evitando assim que a estrutura e a transmissão de energia elétrica
não sejam afetados.
Normalmente são utilizados cabos de aço que são conectados à torre
através das ferragens de fixação e, deste modo, as eventuais descargas
atmosféricas circulam pelo cabo de aço, pela torre e pelo sistema de
aterramento. Porém, nos últimos anos, diversas transmissoras têm adotado a
estratégia de substituir um dos cabos para-raios por cabo OPGW (Optical
Ground Wires). A utilização destes cabos óticos, apesar de seu preço ser, em
alguns casos, quatro vezes mais caro que os tradicionais, agrega valor ao
sistema devido à capacidade da fibra ótica de transmitir voz, dados e imagens
a altas taxas por meio digital, aumentando a confiabilidade da rede e facilitando
o gerenciamento do sistema de transmissão, além de possibilitar o envio de
sinais de telecomunicação e tele controle (Menezes, 2015). Em alguns casos
são utilizado sinalizadores nas linhas sob os cabos de guarda, que geralmente
é uma esfera de cor alaranjada. É empregado em localidades onde há um certo
fluxo de aeronaves, travessias de trens, rodovias e objetos voadores de
pequeno porte, para facilitar a visibilidade e evitar acidentes.

6.4 INSTALAÇÃO DOS CABOS

Ao concluir o processo de montagem das estruturas, é iniciado a


instalação dos para raios e dos condutores, visto que esta parte do projeto
envolve também a atividade de lançamento, grampeação, emendas e o
fechamento. A atividade de lançamento é tão complexa que envolve todo um
plano elaborado para a avaliação de todas as condições e obstáculos
presentes no caminho das LT’s, tendo o objetivo de encontrar a melhor
distribuição de bobinas no campo, isso para que não haja desperdício de
material e otimizando toda a atividade de montagem do projeto.
Logo após concluir os locais de início e fim da linha de transmissão,
como as ordens de fixação das bobinas, emendas, as proteções e sinalizações
sobre as rodovias e ferrovias, e sobre outras linhas, é iniciado a etapa de
lançamento. Primeiramente são lançados os cabos para raios no ponto mais
alto da torre e logo após os cabos condutores na parte inferior. Em alguns tipos
de linhas, como as de Extra Alta Tensão os cabos são lançados ligados a uma
tensão controlada, começando primeiramente lançando um cabo de aço de
menor peso para depois ser conectado no cabo piloto através de um balancim.
Os cabos são puxados com o auxílio de um guincho que fica localizado na
outra extremidade da próxima torre, no final da mesma os cabos saem das
bobinas, passando pelo freio e assim concluído a etapa de lançamento dos
condutores entre duas torres.
Figura: Lançamento de cabos sob tensão controlada.

Fonte: Furnas (2012)

A quantidade de bobinas utilizadas no projeto depende muito da


extensão da LT, os condutores envolvidos em cada bobina são enrolados
comumente em suportes de madeira que tem a capacidade máxima de
transportar até 2000 metros de cabo condutor, caso a extensão da LT seja
maior que a bonina, é feito emendas nos condutores para conectar os dois
segmentos. Para que isso ocorra é necessário um serviço de aplicação de
luvas, atividade realizada por um operador profissional dessa área utilizando a
matéria prima do cabo condutor que está sendo usando no projeto e é
adicionando sobre ele uma pasta antioxidante, caso o condutor for do tipo
ACRS.

É obrigatório que se proceda a limpeza dos condutores principais e


paralelos com escova de aço e se aplique pasta inibidora anti-óxido. Logo após
o condutor é corado em paralelo no comprimento adequado para aplicar os
subconjuntos da emenda nas extremidades do Condutor Paralelo, isso em
solo. Por fim é aplicado somente metade do primeiro subconjunto da emenda e
repetidas vezes o mesmo procedimento para os demais subconjuntos até que
todo o material seja enrolado no condutor (SENDI, 2008). Nesta linha, é
possível entender que para ser aplicado de forma correta e eficaz, precisa-se
ter domínio na maneira de entrelaçar as emendas, pois todo erro e má
colocação resultaria em perdas financeiras e fuga de eletricidade, logo que
esses problemas são evitados a todo o momento, não se deve ter nenhum tipo
de erro durante o processo de instalação.

Segundo a 3M Brasil, o processo de aplicação é uma tarefa bastante


simples e de conhecimento de todos os eletricistas que já têm experiências em
comprimir os terminais para condutores convencionais, e pode ser resumida na
seguinte sequência: Corte a área do condutor envolvido pela camisa de
puxamento, passe a extremidade do condutor dentro da luva de alumínio,
exponha a alma de compósito metálico do condutor retirando as coroas de
alumínio na dimensão desejada, fazer a primeira compressão com a matriz
para aço, limpar a superfície do condutor com escova de aço.
Trazer então a luva de alumínio para cima da luva de aço, encher a
mesma com o composto para altas temperaturas, tampar o orifício da luva com
a rolha de alumínio e realizar a segunda compressão usando a matriz para
alumínio introduzida na prensa de 100 toneladas. Portanto, é visto que na guia
de regulamentação e instalação, com dois estágios bem definidos, é utilizado a
primeira etapa que é de fazer compressão de uma luva de aço, para fazer a
sustentação mecânica e o segundo a compressão de uma luva de alumínio que
estabelece a conexão elétrica. Para executar a compressão, usa-se um
conjunto de prensagem com dois pares de matrizes idênticos às usadas nos
condutores ACSR.
Logo após os cabos condutores serem lançados, estes devem possuir
os mesmo valores de flechas igualmente planejadas no projeto. Diante disso, é
correto afirmar que em toda a linha é necessário que os valores de cada flecha
seja igual as demais linhas até chegar ao seu destino final, pois caso não tenha
esse padrão, pode-se ter desperdícios elétricos, materiais e financeiros.
Segundo Meneses (2015), a flecha é a maior distância vertical entra as linhas
que ligam os pontos de apoio dos cabos condutores e o ponto mais baixo da
curva, assim mostrado na figura ####. A extensão máxima da linha entre duas
torres recebe o nome de vão e normalmente o comprimento dessa linha
descreve uma curva, chamada de catenária. Na Figura #### está descrito a
flecha onde extremos estão as torres de transmissão e os condutores ficam na
altura máxima, e teoricamente no meio o ponto cuja altura é mínima ao solo
junto com a diferença máxima das alturas, a chamada de flecha.

Figura ###: Curva em flecha de uma linha de transmissão.

Fonte: Mendes (2010).

Valame (2019) afirma que é de grande importância definir a extensão da


faixa de servidão da linha de transmissão, pois largura dessa faixa deve
respeitar as normas que estipulam distâncias seguras em relação ao campo
elétrico, campo magnético, ruído audível e rádio interferência presentes nas
linhas de transmissão de energia elétrica, ou seja, a partir dela dá para saber a
área que uma pessoa comum não é aconselhada ultrapassar, só trabalhadores
locais e sua largura dependendo da tensão que passa sobre a linha. Por fim,
após a etapa de fechamento ser finalizada junto com os cabos corretamente
regulados, as roldanas utilizada nos lançamentos são substituídas por grampos
de suspensão fazendo assim a grampeação dos cabos e o seccionamentos
dos cabos condutores para que a ligação elétrica seja mantida.

6.5 FERRAGENS NAS LINHAS

Existem algumas ferragens nas linhas de transmissão cujo o objetivo é


resistir os esforços eletromecânicos quanto para reduzir os efeitos elétricos
quando ao efeito corona. Os grampos que são instalados nas estruturas
realizam a interligação entre a cadeia de isoladores e a estrutura da torre. São
usadas tanto na cadeia de isoladores e na estrutura da torre. São usados tanto
na cadeia de isolação quanto nas ancoragens, e dependendo do encaixe as
extremidades delas podem ser no formato de concha, bolo ou garfo. Para
reduzir o efeito dos ventos sobre os condutores e para-raios, é utilizados
espaçadores e amortecedores que são instalados após a conclusão dos cabos
condutores. A função destes espaçadores é manter a separação e
distanciamento dos condutores para impedir o choque entre as linhas enquanto
os amortecedores tem o objetivos de absorver as vibrações dos cabos quando
os ventos atingem as mesmas.

Figura ##: O Espaçador Amortecedor Preformado – AGSD 

Fonte: PLP Brasil, (2021).

6.6 SINALIZAÇÃO
Como objetivo de sinalizar, garantir a segurança e identificar os cabos
condutores nas linhas, a instalação de sinalizadores é de responsabilidade da
empresa construtora e esta mesma ter a obrigação de fazer a instalação
seguindo as normas técnicas do NBR 6535 de 2005. Geralmente são no
formato de bolas no tom laranja presentes nos fios de alta tensão. As esferas
sinalizadoras são colocadas nos fios elétricos para evitar acidentes envolvendo
aeronaves e helicópteros. Inclusive é por esse mesmo motivo que elas são
laranja. A cor possui bastante contraste e pode ser vista com facilidade mesmo
de longe.

7.0 A OCORRENCIA DAS DESCARGAS ATMOSFÉRICAS


SOBRE AS LINHAS DE TRANSMISSÃO

---- as descargas atmosféricas são fenômenos da natureza onde tendem a


acontecer em situações imprevistas, imprevisíveis, aleatórias e de acordo com
as suas condições particulares, sendo elas entre nuvem-nuvem e nuvem solo.
Apesar do fenômeno nuvem-nuvem ser o mais conhecido pela sua frequência
de acontecimentos, o fenômeno nuvem-solo é o que será de maior foco neste
estudo, pois ela acontece comumente sobre as LT’s, causando danos
consideráveis.

7.1 DESCARGAS NUVEM-SOLO

O raio é um fenômeno da natureza absolutamente imprevisível, tanto em suas


características elétricas, como em relação aos seus efeitos destruidores
decorrentes de sua força energética, e nada em termos práticos pode ser feito
para impedir a “queda” de um raio em uma determinada região ou objeto.
Devido a essa característica, é importante atentar para esse efeito sobre as
LT’s, pois essas são estruturas muito altas podendo ser atingida de forma mais
fácil do que algum outro objeto que esteja ao seu redor. Geralmente o canal
inicia-se na região inferior de cargas negativas com diversas ramificações
horizontais, propagando-se para cima em direção as cargas positivas.

Conforme Melo (2016), existem as chamadas descargas descendentes


positivas, as descargas descendentes negativas, as descargas ascendentes
positivas e as descargas ascendentes negativas, outrora os termos
ascendentes e descendentes definem a direção da carga elétrica. Um exemplo
prático dessas características anteriores é que um impulso de descarga parte
das nuvens e ao chegar próximo ao solo, um outro impulso contrário ao
primeiro surge para fechar o circuito.
De acordo com VISACRO (2005), afirma que a elevação do campo elétrico e a densidade
das cargas elétricas positivas induzidas na superfície do solo ocorrem devido à proximidade
do canal carregado negativamente ao solo. Contudo, as descargas negativas podem ser
expostas como um canal de transferência de cargas elétricas das nuvens para a terra, após a
polarização das nuvens, é criado um campo elétrico no solo com cargas oposta a base das
nuvens.
É importante esclarecer que as descargas ascendentes, positivas e negativas,
são associadas a estruturas muito altas, da ordem de centenas de metros de
altura, e as descargas descendentes estão associadas a estruturas mais
baixas, da ordem de dezenas de metros de altura, e dentro dessas estruturas
estão as linhas de transmissão. Visto, as proteções contra esses fenômenos
tende a ser mais complexas e de alta resistividade, logo as descargas trazem
consigo uma corrente de alta tensão e caso o SPDA não suporte tamanha
corrente, poderá haver uma falta ou um surto de sobretenção na linha. Cerca
de apenas 10% das descargas atmosféricas com cargas positivas são
descendentes – SALARI (2006).

De acordo com o IEEE – Institute of Electrical and Electronic Engineers, com base
em dados meteorológicos, a atividade de descargas atmosféricas
descendentes é dada pela equação 7.1. Onde o GFD – Ground Flash Density, é o
número de primeiras correntes de retorno de descargas atmosféricas
descendentes por quilômetro quadrado por ano e TD é o número de dias com
descargas atmosféricas por ano.

(Eq. 7.1)

A equação mencionada, desenvolvida por Anderson e Ericksson e com base


em medidas de relâmpagos obtidas a partir de contadores de relâmpagos
localizados na África do Sul, tem mostrado bons resultados quando são
comparados aos dados do coletor de raios em zonas temperadas, mas não
necessariamente nas regiões tropicais. Esta circunstância motivou a criação de
uma nova Força Tarefa CIGRE (TF C4.04.04) dedicada ao estudo de
Relâmpagos parâmetros em zonas tropicais, especialmente na Colômbia,
México e Brasil que têm coletou dados de relâmpagos de seus próprios
sistemas de localização de relâmpagos – IEEE Padrão 1410-2004.

Ao decorrer de uma grande concentração de cargas negativas no interior da


nuvem, o campo elétrico em algum momento dentro da nuvem ultrapassa a
rigidez dielétrica do ar originando os campos ionizados, permitindo o
deslocamento de cargas. Esse deslocamento se dá a uma duração aproximada
de 25 a 50 μs. A partir do solo em objetos ou estruturas de algumas dezenas
de metros surge um campo elétrico alto suficiente para gerar canais
ascendentes de cargas positivas, e ao estabelecer a conexão entre essa carga
positiva e a negativa q se encontra na base das nuvens, surge um canal
condutor que será percorrido por uma corrente e com alta velocidade.

A corrente, chamada por corrente de retorno, tem velocidade em torno de 107


a 108 m/s e representa o ponto alto da descarga atmosférica, quando então o
movimento da grande quantidade de cargas através do canal ionizado produz
uma luminosidade de grande intensidade (relâmpago) e o aquecimento e
consequente expansão do ar na região produz um estrondo (trovão) – SALARI
(2006).

Melo, apresenta os resultados pesquisados através de estudos feitos por


Grisgby sobre a análise da incidência desse tipo de descarga em um único
condutor de uma linha aérea. Essa análise levou a uma expressão que
aproxima número de incidências (Ns) sobre um condutor por 100 km de
comprimento por ano. Onde h é a altura média da linha em metros, mostrado
na equação a seguir:

(Eq. 7.2)
Em áreas de GFD – Ground Flash Density, moderado a alto, um ou mais fios
de blindagem são geralmente instalados acima do condutores de fase. Esta
blindagem geralmente tem uma taxa de sucesso superior a 95%, mas adiciona
quase 10% a o custo de construção da linha e também desperdiça energia de
correntes induzidas que também é usado para analisar falhas de blindagem –
Grigsby (2012).

7.3 SOBRE A CORRENTE DE DESCARGA

Como mencionado no capitulo 7.1, as descargas descendentes são as mais


comuns ao atingirem uma L’T. Portanto, no contexto deste trabalho é
necessário entender as caracterisristicas dos estudos de desempenho das
linhas e equipamentos à incidência da corrente gerada na descarga
atmosféricas. SOLARI (2006) afirma que a corrente da descarga atmosférica
tem papel fundamental, seguindo os seus seguintes parâmetros mais
relevantes e unidades mais frequentes: forma de onda, amplitude máxima,
polaridade (positiva ou negativa), tempo de frente de onda, tempo de meia
onda e derivada máxima da corrente na frente de onda em relação ao tempo.

Para uma amplitude máxima de descarga, o valor é definido de acordo com o


pico da corrente que é formada, sendo representada pela unidade chamada
kA. O IEEE, em seu Padrão 1410-2004, aborda e define os conceitos de
amplitude da corrente de descargas: ao serem depositadas no canal, a
corrente move-se para baixo ao longo do centro do canal em uma região
com poucos centímetros de diâmetro, produzindo no solo um pico de
corrente médio de cerca de 30 kA. Existe um tempo de onda, em μs, que é
definido como o intervalo de tempo onde a corrente vale 10% e 90% do seu
valor de pico, representado pela equação (T10/90). Logo, o tempo de meia
onda (Tmo2kA), em μs, é o tempo entre o instante em que a corrente vale
2kA até o instante em que ela vale 50% do seu valor de pico.

SHIGIHARA (2005), nos mostra uma visão estatística dos valores de picos das
correntes, utilizando-se tradicionalmente a expressão proposta por Anderson e
Eriksson (1980) que resulta na aplicação da equação (7.3), onde a mesma
descreve a função da distribuição cumulativa:
Eq. (7.3)

Onde μ é o valor médio do logaritmo da variável aleatória x e Oms


correspondente ao seu desvio padrão logarítmico. O significado da equação
(2.1) é a probabilidade de que a variável x assuma valores inferiores a X, ou
seja, a função é totalmente caracterizada por μ ou Oms proporcional a corrente
de descarga – SHIGIHARA (2005).

7.4 FALTAS, SOBRETENSÕES E TRANSIENTE


Visto no capitulo 7.1, as descargas descendentes são as mais frequentes ao
atingirem uma linha de transmissão, portanto elas são responsáveis pelas maiorias
das causas de interrupções no fornecimento de energia elétrica. As alterações na
senoide de uma corrente elétrica na LT, devido a uma sobre-tensão causada
por uma DA’s, origina um surto ou transiente elétrico sobre a linha, que este
ocorre num intervalo de tempo muito pequeno. Existem duas formas de um
transiente ser gerado: via perturbações externas ou curto elétrico no
chaveamento. Em dados retirados na região da américa do norte, esse tipo de
fenômeno natural é responsável por 26% das interrupções no fornecimento em linhas
de até 230kV e 65% nas linhas de até 345kV – MELO (2006)

Como toda linha contém percas, essas ondas vão se adaptando na própria
linha ao se propagarem, fazendo com que estas fique os níveis de tensão e
corrente da linha fiquem estabilizadas, efeito chamado de transiente.

No SEP – Sistema Elétrico de Potência, a grande causa dos


desligamentos não programados nas linhas são as descargas atmosféricas.
Existem três tipos de desligamentos causado por descarga atmosféricas, são
eles o flashover, blackflashover e ruptura a meio de vão. Assim que ocorre um
distúrbio na linha de transmissão, origina-se uma onda de corrente e tensão
que se divide em duas e viaja pela linha. Esta mesma onda vija sobre a linha
causando alterações na senoide, faz-se a sobreposição e se distorcendo com a
onda incidente.

7.4.1 Blackflashover
Backflashover é a disrupção do isolamento de uma linha provocada pela
sobretensão resultante na cadeia de isoladores decorrente da incidência direta
de descargas no cabo de blindagem ou na torre – Cunha (2010).

Figura ##: Ruptura de isolamento por blackflashover

Os cabos de guarda que blindam as linhas são usados na tentativa de evitar o


contato direto do rádio nos condutores de fase e para conduzir a corrente de
descargas continuas até as estrutura aterrada da torre. Entretanto, quando
ocorre um raio sobre a linha, a corrente de descarga e a sobretensão
associada viajam sobre os cabo de guarda até chegar na primeira torre
aterrada e as ondas ficam dispersadas, ou seja, uma parte da carga elétrica do
raio corre sobre o cabo de guarda e outra desce em direção ao solo pelas
torres de transmissão.
Cunha (2010), afirma que quando a onda de sobretensão atinge o solo,
ela é submetida a uma reflexão, devido a descontinuidade da impedância de
surto da torre com a impedância de aterramento, e se a impedância não for
muito reduzida, a amplitude da onda de sobretensão resultante no topo da torre
pode ser muito elevada. Logo, é importante lembrar que a intensidade das
sobretensões não são afetadas significamente pela magnitude da tensão na
linha.
O blackflashover é o responsável pelos desligamentos frequentes não-
programados em linhas de transmissão pelas descargas atmosféricas, a maior
parte dos esforços para a melhoria de desempenho de linhas são direcionados
para esse tipo de mecanismo.

7.4.2 Flashover

O flashover é uma ruptura no isolamento de uma linha devido à incidência


direta de uma descarga atmosférica nos cabos condutores, seja por ausência
de cabos de blindagem ou por falha de blindagem, diferentemente do
blackflashover que ocorre no cabo de guarda – Cunha (2010). Nesta ocasião, a
sobretensão nos condutores que pode ser maior que o que os isoladores
podem suportar, provocando uma falha no isolamento da primeira estrutura
aterrada que as ondas de surto atingem, ocorrendo também um curto-circuito
entre fase terra mendes

Cunha , A corrente elétrica do raio, ao tocar diretamente nos condutores,


divide-se em duas ondas de corrente de amplitude aproximadamente iguais
que viajam para cada lado do cabo condutor a partir do local da queda do raio.
As correntes geram ondas de sobretensão com amplitudes iguais ao seu
produto pela impedância de surto da linha.

As correntes ( I ) geram ondas de sobretensões com amplitudes iguais ao seu


produto pela impedância de surto ( Zs ) da linha, V = Zs . I. Para ondas
impulsivas rápidas, como normalmente são caracterizadas as ondas de
descargas, a impedância de onda se aproxima da impedância de surto da linha
Zs = L /C (Cunha, 2010), sendo L e C a indutância e capacitância por km da
linha.

Logo, assim que o raio atinge a primeira torre aterrada, os isoladores ali
presentes suportam a tensão de onda da corrente de surto. A sobretensão na
maioria das vezes é capaz de provocar uma falha no isolamento podendo
originar um curto circuito entre a fase e a terra. Os cabos de guarda,
conhecidos também como cabos para-raios, é o equipamento mais eficaz de
prevenção sobre o flashover e seu uso em linhas de transmissão, no Brasil, é
bastante comum. Embora, Cunha (2010) afirma que mesmo com a aplicação
dos cabos para raios, ainda podem acontecer os desligamentos por falha de
isolação, devido à ocorrência de descargas de baixa amplitude de corrente,
mas capazes de gerar uma sobretensão suficiente para exceder a
suportabilidade do isolamento.

Visto estes dois fenômenos que ocorre sobre as linhas de transmissão


desencadeado por uma descarga atmosférica, é fato concordar que a
suportabilidade dos isolamentos definida para uma determinada linha é
projetada pensando-se na operação em regimes permanente ou transitório. A
ruptura do isolamento é um dos principais eventos que ocorrem quando
acontece um backflashover ou flashover, e depende de três fatores
basicamente (IEEE, 1997):
- Características da sobretensão resultante da corrente da descarga como
amplitude, forma de onda e polaridade;
- Tensão instantânea na linha no momento da incidência da descarga;
- Suportabilidade das cadeias de isoladores.

7.4.3 Ruptura a meio de vão


Este fenômeno não é muito comum de acontecer sobre as redes
elétricas, este só ocorre, ou tornam-se mais prováveis, em casos onde o
espaçamento entre os condutores de fase e a blindagem são reduzidos, menor
que 300m (CUNHA, 2010). Geralmente em linhas de Extra-Alta-Tensão, por
terem os vãos muito longos, quando um raio atinge a linha no meio do vão no
cabo para raios, ela divide-se em duas partes de amplitudes relativamente
iguais que viajam até a torre aterrada mais próxima, semelhantemente a forma
que ocorre um blackflashover.
Até que a onda refletida chegue, a onda incidente prevalece e a
sobretensão pode atingir valores elevados, dependendo do tempo de frente da
onda. Se este valor for reduzido, segundo Cunha (2010) a amplitude das
sobretensões desenvolvidas no ponto onde o raio caiu, em relação a outros
pontos ao longo da linha, podem ser relativamente mais alta, e sua intensidade
podendo chegar a ser três vezes maior do que o valor obtido se a descarga
fosse no topo da torre.
De certo, alguns pesquisadores classificam este tipo de efeito como um
blackflashover, pois há algumas particularidades desse efeito em relação ao
que ocorre na cadeia de isoladores juntamente com a torre. A sobre tensão
resultante é definida pela diferença de amplitudes das ondas de sobre tensão
no ponto de incidência e nas fases mais próximas – Rocha (2009). Segundo
Udo (1997), existe uma probabilidade de ocorrência de ruptura a meio de vão
em relação a outros tipos de desligamento é da ordem de 1 a 5% para linhas
de extra-alta tensão.

Logo, a ocorrência de uma descarga atmosférica sobre uma linha de


transmissão resulta, portanto, em uma falta. Esta falta é definida por uma falha
no isolamento ocorrido pela sobretensão na linha, causada pelo do raio. Esta
mesma falta está relacionada a um curto circuito, e sua corrente está
relacionada a impedância do sistema entre o gerador e a falta, sendo que esta
corrente pode apresentar um valor muito elevado em comparação com a
corrente normal de operação do sistema. Essa corrente corre por muito tempo
pelo sistema pode causar problemas térmicos e mecânicos aos equipamentos
por onde passa, principalmente se essa corrente passar por um longo tempo

8.0 PROTEÇÃO DE LT CONTRA DESCARGAS ATMOSFERICAS


Faltam ainda produzir as seguintes etapas:

Sobretensões, Transiente e Faltas

PROTEÇÃO DE LT CONTRA DESCARGAS ATMOSFERICAS

PERDAS TÉCNICO-FINANCEIRAS E AVARIAS

CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COLOQUE AS FONTES DE CADA UMA DAS IMAGENS NO INICIO DO SEU


TCC DEPOIS DO RESUMO COM O TITULO: REPRESENTAÇÃO DE IMAGENS E
LEGENDAS

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