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NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 6937
Segunda edição
29.11.2010

Válida a partir de
29.12.2010

Técnicas de ensaios elétricos de alta tensão —


Dispositivos de medição
Techniques of high voltage electrical tests — Devices for measuring
em 10/06/2014
Impresso por ALBERTO SANTOS LUGO

ICS 19; 29.020 ISBN 978-85-07-02466-8

Número de referência
ABNT NBR 6937:2010
12 páginas

© ABNT 2010
NTBNET – Licença de uso exclusivo para o Sistema Petrobras

ABNT NBR 6937:2010


em 10/06/2014
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Sumário Página

Prefácio ................................................................................................................................................v
1 Escopo ................................................................................................................................1
2 Referências normativas .....................................................................................................1
3 Termos e definições ...........................................................................................................1
4 Sistemas de medição .........................................................................................................2
4.1 Sistemas de medição aprovados ......................................................................................2
4.2 Componentes do sistema de medição .............................................................................2
4.3 Dispositivos de conversão de alta tensão ou alta corrente ...........................................3
4.3.1 Divisor da tensão ...............................................................................................................3
4.3.2 Transformador de potencial ..............................................................................................3
4.3.3 Impedor de medição de alta tensão .................................................................................3
4.3.4 Transformador de corrente................................................................................................3
4.3.5 Derivador .............................................................................................................................3
5 Características do sistema de medição ...........................................................................4
5.1 Precisão de medição..........................................................................................................4
5.2 Características que determinam a precisão de medição ...............................................4
5.3 Características relacionadas à resposta em freqüência ................................................4
em 10/06/2014

5.4 Características relacionadas à resposta ao degrau .......................................................4


5.5 Características dos instrumentos ....................................................................................5
5.6 Determinação das características ....................................................................................5
5.7 Ficha de características.....................................................................................................6
5.8 Verificação de rotina ..........................................................................................................7
6 Circuitos de medição para tensões contínuas ................................................................7
7 Sistemas de medição de tensões alternadas ..................................................................8
8 Sistemas de medição de tensões de impulso .................................................................8
8.1 Grandezas a medir e precisão exigida .............................................................................8
8.2 Classificação dos sistemas de medição de impulsos ....................................................9
8.3 Prescrições relativas aos circuitos de medição..............................................................9
8.3.1 Precisão do fator de escala ...............................................................................................9
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8.3.2 Prescrições relativas à resposta ....................................................................................10


8.4 Freqüência máxima a ser registrada ..............................................................................11
9 Sistemas de medição para impulsos de corrente .........................................................11

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Figura
Figura 1 – Resposta normalizada do degrau g (t) de um sistema de medição .............................5

Tabelas
Tabela 1 – Tempos de resposta para medição de impulso de tensão ..........................................10
Tabela 2 – Tempo de resposta para medição de impulso de corrente .........................................12
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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos,
delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que
alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser
considerada responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR 6937 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), pela Comissão
de Estudo de Ensaios Elétricos de Alta Tensão (CE-03:042.01). O Projeto circulou em Consulta Nacio-
nal conforme Edital nº 10, de 28.10.2010 a 26.11.2010, com o número de Projeto ABNT NBR 6937.

Esta segunda edição cancela e substitui a edição anterior (ABNT NBR 6937:1981), a qual foi adequa-
da à Diretiva ABNT, Parte 2, sem mudanças técnicas.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:


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Scope
This Standard establishes requirements for devices and systems used to measure voltages and
currents during the dielectrics tests with continuous voltage, alternated voltage, atmospheric impulse
voltage and maneuver impulse voltage for tests with high currents of impulse.

This Standard is not applied to sphere’s spark dischargers covered by ABNT NBR 5412.
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Técnicas de ensaios elétricos de alta tensão — Dispositivos de medição

1 Escopo
1.1 Esta Norma estabelece os requisitos para dispositivos e para sistemas utilizados para medição
de tensões e correntes durante os ensaios dielétricos com tensão contínua, tensão alternada, tensão
de impulso atmosférico e tensão de impulso de manobra e para ensaios com altas correntes de impulso.

1.2 Esta Norma não se aplica aos centelhadores de esfera abrangidos na ABNT NBR 5412.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para refe-
rências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 5180, Instrumentos elétricos indicadores

ABNT NBR 5389, Técnicas de ensaios elétricos de alta tensão


em 10/06/2014

ABNT NBR 5412, Construção e uso do centelhador de esferas (uma esfera ligada à terra)

ABNT NBR 6938, Técnicas de ensaios elétricos de alta tensão – Guia de aplicação para dispositivos
de medição

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
fator de escala
fator pelo qual a indicação de saída do circuito de medição deve ser multiplicada para obter-se a gran-
deza ou a função de entrada
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NOTA É em princípio uma constante, mas sua validade pode ser restrita a um certo intervalo de tempo
ou faixa de freqüências. Neste caso, é necessário que sua validade seja especificada.

3.2
relação de um divisor de tensão
fator pelo qual a tensão de saída do circuito de medição deve ser multiplicada para obter-se o valor
medido da tensão de entrada

NOTA Depende da carga ligada à saída do divisor, cuja impedância necessita ser especificada. Em prin-
cípio, a relação é uma constante, mas a sua validade pode ser restrita a um certo intervalo de tempo ou faixa
de freqüências, necessitando neste caso da sua validade ser especificada.

3.3
resposta G
grandeza de saída do circuito de medição, em função do tempo ou da freqüência, quando é aplicada
uma tensão ou uma corrente à entrada do circuito

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3.4
resposta de amplitude em freqüência G (f)
relação, em função da freqüência “f”, entre a saída e a entrada do sistema, quando é aplicada à en-
trada uma variável senoidal

NOTA Uma forma conveniente é a “resposta em freqüência normalizada (f)”, na qual o valor constante
da amplitude de saída é tomado como unidade quando esta grandeza, multiplicada pelo fator de escala
correspondente, for igual à amplitude de entrada.

3.5
resposta ao degrau G (t)
resposta em função do tempo “t” quando se aplica na entrada um degrau de tensão ou de corrente

NOTA Uma forma conveniente é a “resposta normalizada ao degrau unitário g(t)” na qual o valor constante
da amplitude de saída é tomado como unidade quando esta grandeza multiplicada pelo fator de escala
correspondente for igual ao degrau de entrada.

4 Sistemas de medição
4.1 Sistemas de medição aprovados

Um circuito de medição que tinha sido submetido aos ensaios de funcionamento e às verificações
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de rotina especificadas nesta Norma e, deste modo, reconhecido conforme as prescrições especifi-
cadas para uma medição particular de tensão contínua, tensão alternada, tensão de impulso atmos-
férico, tensão de impulso de manobra ou corrente de impulso, pode ser designado como “circuito
de medição aprovado”.

NOTA Para orientação específica referente a circuitos de medição adequados para as medições supra-
mencionadas e a métodos para verificação do seu desempenho e precisão, ver ABNT NBR 6938.

4.2 Componentes do sistema de medição

Normalmente, não é normalmente possível medir diretamente altas correntes de impulso ou altas
tensões, consistindo o processo usual em converter a grandeza a ser medida em valores de corrente
ou tensão suficientemente baixos, para que possam ser medidos por meio de aparelhos de medição
ou oscilógrafos convencionais.
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Um circuito destinado a medir uma alta tensão ou alta corrente de impulso compreende geralmente:

a) um dispositivo de conversão, por exemplo, um divisor de tensão, uma impedância de medição


para alta tensão ou um derivado;

b) os condutores necessários para ligar este dispositivo ao objeto sob ensaio ou ao circuito de cor-
rente de impulso;

c) eventualmente, um resistor de atenuação inserido no condutor de alta tensão;

d) um cabo de medição com impedâncias ou circuitos de atenuação de terminação ou de adaptação


de impedâncias;

e) instrumentação indicadora ou registradora;

f) sistema de retorno à terra.

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Circuitos de medição que compreendem somente alguns dos componentes descritos ou que são ba-
seados em princípios diferentes são também aceitáveis, desde que satisfaçam os requisitos indicados
a seguir.

4.3 Dispositivos de conversão de alta tensão ou alta corrente

Um dos dispositivos conversores seguintes é geralmente utilizado segundo o tipo de tensão ou da


corrente a medir.

4.3.1 Divisor da tensão

Um divisor da tensão é um dispositivo destinado a fornecer uma fração adequada da tensão de ensaio
para a medição.

A tensão é aplicada aos terminais do divisor que é constituído normalmente por duas impedâncias em
série. Uma delas, o braço de alta tensão, suporta a maior parte da tensão. A tensão nos terminais da
outra que constitui o braço de baixa tensão é utilizada para medição. Os componentes dos dois braços
são normalmente resistores ou capacitores, ou ainda combinação dos dois, sendo o divisor designado
segundo o tipo e o arranjo dos componentes.

4.3.2 Transformador de potencial

Um transformador de potencial é um dispositivo destinado a fornecer uma tensão baixa, proporcional


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à tensão de ensaio para permitir medição das amplitudes e verificação das formas das tensões alter-
nadas elevadas.

4.3.3 Impedor de medição de alta tensão

Um impedor de medição de alta tensão é um dispositivo destinado a ser percorrido por uma corrente
proporcional à tensão de ensaio, ligado em série com um instrumento de medição de corrente. Ele é
constituído de resistores ou de capacitores, ou suas combinações, mas não pode ser considerado um
divisor de tensão, embora os componentes sejam semelhantes.

4.3.4 Transformador de corrente

Um transformador de corrente é um dispositivo destinado a fornecer uma corrente baixa proporcional


à corrente de ensaio. Ele compreende normalmente dois ou mais enrolamentos acoplados magnetica-
mente. É utilizado para medir amplitudes e verificar as formas de correntes alternadas elevadas. Um
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transformador de corrente de banda larga passante pode ser utilizado para a medição de correntes
de impulso.

Um comparador de corrente é um transformador de corrente especial no qual o zero do fluxo mag-


nético é detectado por meio de um terceiro enrolamento ligado a um detector de zero. O comparador
de corrente pode ser projetado para a medição de corrente alternada ou contínua e possui a vantagem
de alta precisão e boa estabilidade.

4.3.5 Derivador

Um derivador é um resistor destinado a fornecer uma tensão proporcional, em cada instante, à corrente
a medir. Ele compreende normalmente dois pares de terminais: um para conduzir a corrente a medir
e outro para medir a tensão desenvolvida nos terminais do derivador.

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5 Características do sistema de medição


5.1 Precisão de medição

A maioria das medições consideradas nesta Norma não pode ser feita com um alto grau de precisão.
Erros da ordem de 3 % ou maiores são tolerados, como indicado nas seções apropriadas.

A precisão da medição e as outras características de um sistema de medição devem estar de acordo


com as prescrições dadas em uma das seções seguintes, aquele que for aplicável ao tipo de tensão
ou de corrente a medir.

5.2 Características que determinam a precisão de medição

A precisão da medição de tensão e corrente é determinada pelas seguintes características do sistema:

a) a precisão do valor dado do fator de escala do sistema (ver 3.1);

b) pela resposta do sistema em freqüência ou ao degrau (ver 3.4 e 3.5).

5.3 Características relacionadas à resposta em freqüência

Em geral, a resposta em freqüência é aproximadamente constante dentro de uma certa faixa de fre-
qüência fora da qual ela se reduz gradualmente a zero, às vezes depois de uma crista de ressonân-
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cia no limite superior de freqüência. A resposta em freqüência é caracterizada pela sua freqüência
de corte inferior e superior, definida pela freqüência na qual a resposta cai 3 dB (60 %) abaixo do valor
do trecho plano. Em vários casos, o nível constante da resposta em freqüência estende-se à freqüên-
cia zero (corrente contínua).

A resposta em freqüência é particularmente útil para caracterizar sistemas de medição de ondulações


de tensão contínua, da freqüência fundamental e das harmônicas de sistemas de tensão alternada.
Para as relações entre as freqüências-limite e os erros de medição, deve ser consultada a literatura.
Recomenda-se, no entanto, que o nível constante da resposta em freqüência abranja a freqüência
zero, no caso de medições de tensões contínuas, e que se estenda bem acima e abaixo da freqüência
fundamental, no caso de medição de tensões alternadas.

Tais erros podem ser causados por crises pronunciadas de ressonância na medição de ondulação ou
harmônicas.
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5.4 Características relacionadas à resposta ao degrau

A resposta normalizada do degrau g (t) (ver Figura 1) de um sistema de medição cresce a partir
de zero e atinge o valor unitário; às vezes após uma superelevação ou oscilações, mantém-se aproxi-
madamente constante durante algum tempo e após, em alguns casos, se reduz a zero. Há freqüente-
mente um retardo inicial causado pelos cabos de medição etc.

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g(t)

T
1 T

T


T = T - T + T

t
01

Figura 1 – Resposta normalizada do degrau g (t) de um sistema de medição


A resposta ao degrau é particularmente útil para caracterizar sistemas de medição de impulso de ten-
são e de corrente. Ela é caracterizada pelo tempo de resposta T, definido por:

T = Tα – Tβ+ Tγ − ...... onde:

Tα . Tβ . Tγ etc. são as áreas entre a unidade e a resposta normalizada ao degrau.

Efetuar uma correção para os retardos, que não afetam a precisão de medição, extrapolando-se line-
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armente a parte inferior da resposta até zero virtual 0’, o qual é utilizado para diferir o início da respos-
ta (ver Figura 1).

No caso de sistemas de medição de dimensões físicas grandes, deve ser efetuada correção no
valor medido do tempo de resposta e de outros parâmetros da resposta; deve ser consultada a
ABNT NBR 6938.

5.5 Características dos instrumentos

Quando forem utilizados instrumentos convencionais, eles devem estar de acordo com a
ABNT NBR 5810 e ser da classe 0,5 ou melhor. Os outros instrumentos, como oscilógrafos
ou voltímetros de crista, devem estar de acordo com os requisitos gerais para os circuitos de medição
descritos nesta Norma.

NOTA Orientação geral para os oscilógrafos e voltímetros de crista, destinados à medição de alta tensão,
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é dada na ABNT NBR 6938.

5.6 Determinação das características

5.6.1 A concordância com os requisitos desta Norma deve ser verificada por meio da determina-
ção das características como as descritas nas seções apropriadas da ABNT NBR 6938. O resultado
dessas determinações e a precisão com a qual foram estabelecidas serão registradas na “ficha de
características” (ver 5.7). Esta ficha deve ser conservada pelo usuário.

5.6.2 Normalmente, é suficiente fazer estas determinações uma só vez, mas se o circuito for modifi-
cado de forma apreciável (ou se suas características forem duvidosas), elas devem ser repetidas em
parte ou na totalidade.

Para certos ensaios é suficiente que a determinação seja feita sobre um único protótipo.

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5.6.3 Em particular, devem ser determinados:

a) o fator de escala e sua faixa de validade;

b) as características de resposta (correspondente ao tipo da tensão ou corrente a medir);

c) a influência dos objetos vizinhos (ligados à terra, sob tensão ou percorridos por corrente elevada)
sobre o fator de escala e sobre a resposta. As distâncias mínimas aceitáveis a tais objetos devem
ser também determinadas.

d) a influência da amplitude e da duração da tensão ou da corrente aplicada, das condições atmos-


féricas e da poluição superficial, se houver, sobre as características medidas;

e) a aptidão do circuito de medição de funcionar durante o tempo especificado na sua tensão ou


corrente nominais máximas.

Na ausência de efeitos não lineares significantes devidos, por exemplo, a corona ou a efeitos termoe-
létricos, a determinação das características citadas nas alíneas a), b) e c) de 5.6.3 pode ser efetuada
por meio de ensaios com baixa tensão ou corrente.

5.6.4 Em princípio, as características especificadas em 5.6 devem ser determinadas para o circuito
de medição completo. Todavia, podem ser determinadas por ensaios separados feitos sobre os com-
ponentes individuais. Quando for assim, os procedimentos por meio dos quais eles são determinados
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e os resultados de cada medição individual devem ser registrados na “ficha de características”.

Deve-se notar que o fato de realizar medições em baixa tensão ou sobre componentes individuais
pode excluir determinadas interações que poderiam existir no circuito de medição. Tais efeitos podem
ter como origem a fonte de alta tensão ou outros componentes introduzidos no circuito que atuam so-
bre ele, não somente pelos seus terminais (acoplamento neutro, capacitâncias parasitas etc.).

Como alternativa, as características de um sistema de medição para um dado circuito podem ser
verificadas por comparação direta com um sistema de medição aprovado. Neste caso, a comparação
com um dispositivo de medição aprovado pode somente demonstrar que o sistema é aceitável para
o circuito particular e para a forma de impulso correspondente.

5.7 Ficha de características

Além do resultado das determinações especificadas em 5.6, a ficha de características deve conter
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uma descrição geral do sistema, identificação e descrição de seus componentes, as dimensões es-
senciais e outros parâmetros de interesse. Mais precisamente, devem ser dadas as informações sobre
os seguintes pontos, se essenciais:

a) detalhes sobre o tipo de sistema de retorno à terra e as ligações a ele usadas durante as deter-
minações das características;

b) comprimento, diâmetro e posição do condutor de alta tensão;

c) tipo, comprimento e posição dos cabos de medição, assim como as impedâncias de adaptação
às quais são ligados;

d) as características dos instrumentos usados;

e) a mais alta freqüência de ondulações, harmônicos ou oscilações em impulsos, para os quais


o sistema ainda pode efetuar registros dentro dos erros previstos.

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Além disso, a ficha de características deve estabelecer as variações admissíveis dos elementos enu-
merados acima para aplicação a uma medição específica.

5.8 Verificação de rotina

Recomenda-se efetuar verificações periodicamente ou quando solicitadas com relação a um ensaio


determinado, para assegurar:

a) que o fator de escala do circuito de medição não mudou significativamente em relação ao valor
determinado de acordo com 5.6;

b) que o nível de perturbações é suficientemente baixo.

6 Circuitos de medição para tensões contínuas


As grandezas a medir e a precisão exigida a prescrições referentes aos circuitos de medição estão
descritos em 6.1 a 6.2.3.

6.1 As prescrições gerais para as medições das tensões contínuas são:

a) medir a média aritmética da tensão com um erro não superior a 3 %;


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b) medir a amplitude das ondulações com um erro não superior ao maior dos dois valores seguintes:

— 10 % da amplitude real das ondulações;

— 1 % da média aritmética da tensão contínua.

NOTA Em certos casos, pode ser necessário detectar e medir as componentes transitórias. Nesta Norma
não são dados requisitos para este caso, mas pode-se obter orientação na seção referente às medições
da tensão de impulso da ABNT NBR 6938.

6.2 Essas prescrições são satisfeitas se o circuito de medição estiver de acordo com as prescrições
gerais citadas nas seções 4 e 5 e se a determinação das características mostrar que foram cumpridos
os requisitos indicados em 6.1.2.1 a 6.1.2.3.

6.2.1 A relação do divisor de tensão ou o valor da impedância de medição de alta tensão é estável
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e conhecido com um erro não superior a 1 %.

NOTA No caso de um circuito de alta impedância que compreende um divisor de tensão ou uma impe-
dância de medição de alta tensão, pode ser impossível satisfazer esta seção. Neste caso, um erro até 3 %
é permitido se um instrumento convencional, conforme 5.5, for utilizado para medição da média aritmética,
podendo, no entanto, resultar em um erro total ligeiramente superior a 3 %, o que é ainda aceitável. Os afas-
tamentos devem ser registrados no relatório de ensaio.

6.2.2 A resposta em freqüência do sistema utilizado para medir tensão de ondulação é adequada
e conhecida dentro da variação de 10 % em torno do valor real para a faixa de freqüências compreen-
didas entre a freqüência fundamental de ondulação e cinco vezes esta freqüência.

6.2.3 A corrente fornecida pela fonte de alta tensão sob tensão nominal não é inferior a 0,5 mA.

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7 Sistemas de medição de tensões alternadas


As grandezas a medir, a precisão exigida e as prescrições relativas ao circuito de medição estão
descritas em 7.1 a 7.2.2.

7.1 As prescrições gerais para a medição das tensões alternadas são:

a) medir o valor de crista ou eficaz da tensão com um erro não superior a 3 %;

b) medir a amplitude dos harmônicos com erro não superior ao maior dos dois valores seguintes:

— 10 % de amplitude dos harmônicos;

— 1 % da amplitude da fundamental.

NOTA Em certos casos, pode ser necessário medir as tensões transitórias superpostas a uma tensão
alternada. Nesta Norma não são dados requisitos para este caso, mas pode-se obter orientação na seção
referente à medição da tensão de impulso na ABNT NBR 6938.

7.2 Estas prescrições serão satisfeitas se o circuito de medição estiver de acordo com as prescri-
ções gerais citadas seção 5 e se a determinação das características mostrar que foram cumpridos os
requisitos indicados em 7.1.2.1 e 77.1.2.1.

7.2.1 A relação do divisor de tensão ou do transformador de potencial ou o valor da impedância


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de medição de alta tensão é estável e conhecida com erro não superior a 1 %.

NOTA No caso de sistemas de alta impedância que incluem um divisor de tensão, pode ser impossível
satisfazer esta seção. Neste caso, um erro até 3 % é permitido, se um instrumento convencional, conforme
5.5, for utilizado para medição do valor eficaz ou de crista, podendo, no entanto, resultar em um erro total
ligeiramente superior a 3 %, o que é ainda aceitável. Recomenda-se que os afastamentos sejam registrados
no relatório de ensaio.

7.2.2 A resposta em freqüência do circuito utilizado para medir os harmônicos é adequada e conhe-
cida dentro de uma variação de 5 % para a faixa de freqüências compreendida entre a fundamental
e o n-ésimo harmônico. Para a maioria dos circuitos, n pode ser tornado igual a 7.

Todavia, para circuitos baseados na medição da corrente de carga de um capacitor, podem ser esco-
lhidos valores mais elevados (por exemplo, n ≈ 20).

NOTA Quando for utilizado um analisador de harmônicos para medir um determinado harmônico, reco-
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menda-se que seus erros de medição sejam superiores a 5 % para os harmônicos até o sétimo e a 10 % para
os harmônicos até o vigésimo sétimo.

8 Sistemas de medição de tensões de impulso


8.1 Grandezas a medir e precisão exigida
8.1.1 Dificuldades de ordem prática impedem que seja obtido o mesmo grau de precisão de medição
para todos os tipos de impulso de tensão. Por conseqüência, as prescrições relativas à precisão de um
sistema de medição são especificadas em função do tipo de impulso a medir.

8.1.2 As prescrições gerais para medição das tensões de impulso são:

a) medir o valor de crista dos impulsos plenos e dos impulsos cortados na proximidade da crista
ou sobre a cauda com erro não superior a 3 %;

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b) medir o valor de crista dos impulsos cortados na frente com um erro Δ que depende do tempo até
o corte TC, da seguinte forma:

— se TC > 2 μs, Δ ≤ 3 %

— se 0,5 μs ≤ TC ≤ 2 μs, Δ ≤ 5 %

c) para os tempos até o corte inferiores a 0,5 μs, são admitidos erros superiores a 5 %, mas não se
pode dar orientação geral;

d) medir os parâmetros de tempo que definem a forma de impulso com um erro não superior a
10 %, exceto aqueles que definem a duração de queda de tensão durante o corte. Nenhuma
especificação de precisão é dada para medição precisa deste fenômeno;

e) medir as oscilações em impulsos com precisão suficiente para assegurar que elas não superem
os níveis estabelecidos na ABNT NBR 5389.

8.2 Classificação dos sistemas de medição de impulsos

Os sistemas de medição para tensões de impulso são classificados segundo o número de componen-
tes da parte de alta tensão do sistema de medição. Sistemas com um, dois e três componentes são
utilizados, mas o sistema a dois componentes é o mais comum. Os componentes são:
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a) o divisor de tensão;

b) o condutor de alta tensão;

c) a resistência de amortecimento na extremidade de entrada de um condutor de alta tensão


(se a resistência de amortecimento for utilizada na extremidade do divisor de tensão ligada ao
condutor de alta tensão, ela será considerada como fazendo parte do divisor e o circuito será
então a dois componentes).

8.3 Prescrições relativas aos circuitos de medição

As prescrições especificadas nesta seção serão satisfeitas se o circuito de medição estiver de acor-
do com as prescrições da seção 4 e se a determinação das características mostrar que ela satisfaz
as prescrições de 8.3.1 e 8.3.2.
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8.3.1 Precisão do fator de escala

8.3.1.1 A relação do divisor de tensão deve ser estável e conhecida com erro não superior a 1 %.

NOTA Em geral, quando divisores capacitivos são ligados a um oscilógrafo ou a um voltímetro de crista,
a relação de tensão não é constante durante toda a duração do impulso, se esta duração for muito longa.
É suficiente que a relação seja constante, com erro não superior a 1 % durante o tempo necessário para que
o impulso medido atinja seu valor de crista, e também seja constante com erro não superior a 5 % até o tempo
de meio valor do impulso de mais longa duração a ser medido.

8.3.1.2 O fator de escala do oscilógrafo ou do voltímetro de crista (incluindo os dispositivos de atenu-


ação ou de acoplamento) deve ser estável e conhecido com um erro não superior a 2 %.

8.3.1.3 A escala de tempo do oscilógrafo deve ser estável e conhecida com um erro não superior
a 2 %.

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8.3.2 Prescrições relativas à resposta

8.3.2.1 As condições de tempo de resposta do sistema de medição dependem da forma dos impul-
sos a serem registrados, como é mostrado na Tabela 1.

O tempo de resposta T conduz geralmente a um erro sistemático, na medição das amplitudes ou dos
parâmetros de tempo. Erros adicionais dos fatores de escala do divisor e dos instrumentos podem
levar o erro total a exceder os valores especificados em 8.1. Todavia, considerando que vários tipos
de erros se adicionam aleatoriamente, o erro total, geralmente, se situa dentro dos limites aceitáveis.

Tabela 1 – Tempos de resposta para medição de impulso de tensão

Impulso a medir Prescrições


Impulso atmosférico, 1,2/50 pleno ou cortado I T I ≤ 0,2 μs a
na crista ou na cauda

Impulso atmosférico com elevação linear, cortado I T I ≤ 0,05 Tr e ≤ 0,2 μs


na frente, tempo de elevação Tr

Impulso atmosférico com elevação não linear I T I ≤ 0,05 Umáx. /SL b


cortado no instante Tc
em 10/06/2014

Todos os impulsos da manobra I T I ≤ 0,03 Tc e ≤ 0,03 Tcr c


a Sistemas de medição com grandes superelevações ou oscilações na resposta podem causar erros maio-
res que os especificados em 8.1.2 na medição da amplitude e do tempo de frente de impulsos atmosféri-
cos normalizados.1)
b Um impulso com elevação não linear deve ser representado por vários segmentos de reta corretamente
ajustados. Desde que o corte seja rápido e que o último segmento cubra pelo menos 10 % da frente,
a inclinação deste segmento SL é utilizada juntamente com o valor da crista medindo Umáx para determi-
nação de Tc. Para os impulsos não incluídos na categoria acima, é dada orientação da seção relativa às
medições de impulso da ABNT NBR 6938.
c Para medição das descargas parciais durante os impulsos de manobra, o tempo de resposta do circuito
de medição deve ser sensivelmente melhor do que o indicado acima. 2)

NOTA As definições de Tr, Tc e Tcr são dadas na ABNT NBR 5389.


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8.3.2.2 A resposta de um sistema de medição às oscilações transitórias superpostas a um impulso


depende da freqüência de oscilação e da forma da resposta do circuito ao degrau. É reconhecido que,
em geral, as oscilações transitórias não podem ser registradas com grande precisão. Portanto, se ne-
cessário, podem ser feitas correções nas amplitudes registradas. Os valores corrigidos das amplitudes
das oscilações devem ser conhecidos dentro de mais ou menos 20 % dos valores máximos permitidos.

Para ter certeza de que as prescrições de 8.1 relativas à medição das oscilações sejam satisfeitas,
é necessário que o fator de correção requerido para as oscilações registradas não seja superior
a 5 para todas as freqüências até fmáx. (ver 8.4).

Um método reconhecido para determinar o fator de correção é dado na ABNT NBR 6938.

1) Até o presente momento não foram definidos valores-limites para estes erros.
2) Não existem especificações a respeito.

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8.4 Freqüência máxima a ser registrada

Para um dado circuito de ensaio, a freqüência máxima a ser registrada é a mais alta freqüência de os-
cilação com amplitude significante que pode aparecer no objeto sob ensaio ou no terminal de entrada
de alta tensão do circuito de medição, em um circuito de ensaio dado, com uma amplitude suficiente
para afetar a forma do impulso. Um valor prudente a ser adotado é dado por:

C
fmáx = (MHz)
(
4 H g + Hc )
onde

C tem valor de 300 μs, velocidade das ondas eletromagnéticas no ar;

Hg é a altura da parte utilizada no gerador de impulso, expressa em metros;

Hc é a altura do capacitor de frente, expressa em metros. No caso de circuito sem capacitor


de frente, Hc é a altura do objeto sob ensaio.

NOTA No caso dos circuitos de impulso que empreguem uma resistência série muito elevada, como aque-
la utilizada na geração de impulso de manobra, a ocorrência de oscilações com a freqüência acima é pouco
provável. Em tais casos, a freqüência máxima pode ser tomada igual a 0,1 vez este valor. Isto se aplica tam-
bém quando os impulsos de manobra são obtidos por meio de um transformador.
em 10/06/2014

9 Sistemas de medição para impulsos de corrente


As grandezas a medir, as precisões requeridas e as prescrições referentes aos circuitos de medição
estão descritos em 9.1 a 9.2.

9.1 As prescrições gerais para a medição de impulsos de corrente são:

a) medição do valor de crista dos impulsos de corrente normalizados com erro não superior a 3 %;

b) medição dos parâmetros de tempo dos impulsos de corrente com erro não superior a 10 %;

c) permitir a detecção das oscilações sobrepostas a um impulso de corrente.


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9.2 Estas prescrições serão satisfeitas se o circuito de medição estiver em conformidade com
as prescrições gerais da seção 5 e se a determinação das características especificadas mostrar que:

a) a resistência do derivador ou alternativamente a relação do transformador de corrente é estável


e conhecida com um erro não superior a 1 %;

b) o tempo de resposta do circuito está em conformidade com os requisitos estabelecidos na Tabela 2;

c) o tempo até o meio valor da resposta é muito mais longo que o tempo de frente e que o tempo
até o meio valor de corrente a medir, ou para impulsos retangulares, é maior que o tempo virtual
de crista.

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Tabela 2 – Tempo de resposta para medição de impulso de corrente

Impulso a medir Prescrições


8/20 μs I T I ≤ 1,6 μs
4/10 μs I T I ≤ 0,8 μs

NOTA Recomenda-se que o derivador seja, de preferância, do tipo tubular descrito na ABNT NBR 6938.
No entanto, derivadores de outros tipos podem ser utilizados.

Na ABNT NBR 6938, é também dada orientação referente aos procedimentos para determinação da resposta
de derivadores.

É necessário notar que a resposta de derivadores a um degrau não toma, geralmente, a forma de uma osci-
lação amortecida.
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