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GABARITO
Q.1. Um bloco de massa M está ligado a um segundo bloco de
massa m por uma mola linear de comprimento natural igual a 8a.
Quando o sistema está em equilíbrio com o bloco de massa M no
chão e o outro bloco e a mola verticalmente sobre ele, o
comprimento da mola é 7a. O bloco de cima é então pressionado
até que a mola tenha metade de seu comprimento natural e, em
seguida, liberado do repouso.
(a) Considere que o bloco de massa M fique parado e seja y a
posição do bloco de massa m em relação à posição de equilíbrio. Mostre que a
Lagrangiana do bloco de massa m é
onde .
(c) Calcule a força que a mola exerce sobre o bloco de massa M. Mostre que este bloco
permanecerá parado se
onde .
(c) No instante t, a extensão da mola é y - a e a tensão τ é
Esta força puxa o bloco de massa M para cima. Logo, o bloco de massa M permanecerá
parado se
O lado esquerdo desta desigualdade tem como valor máximo 2mg. Portanto, o bloco de
massa M nunca se moverá se .
Q-2. Uma massa m está presa num ponto fixo da borda de uma
roda de raio R. A roda não tem massa, exceto por uma massa M
no seu centro (veja a figura ao lado). A roda rola sem deslizar
sobre uma mesa horizontal.
(a) Escreva a Lagrangiana do sistema em termos da coordenada
. Dica: Considere a origem do seu sistema de referência como
sendo o ponto em que a massa m está tocando a mesa no
instante . No instante t, quando a roda tiver girado de , o ponto que toca a mesa
nesse instante estará deslocado de uma distância para a direita da origem. A partir
dessa informação, escreva as coordenadas e das massas m e M em
termos de .
(b) Da equação de Euler-Lagrange, encontre a equação do movimento da roda. .
(c) Mostre que para ângulos pequenos, a equação do movimento se reduz a
A energia potencial da massa M é constante e pode ser deixada de fora porque não vai
contribuir para a equação do movimento. Tomando o zero do potencial ao nível da
mesa, a energia potencial gravitacional da massa m é . A
Lagrangiana do sistema é, então,
ou,
ou
onde é o vetor unitário normal à superfície da lâmina. Note que é tudo semelhante ao
que você fazia na Física III.
(b) Para o disco de raio R, a lei de Gauss continua valendo, mas não temos simetria
suficiente para tornar simples o cálculo do campo pela lei de Gauss. Assim como na
Física III, vamos considerar o disco como consistindo de muitos anéis concêntricos.
Seja um desses anéis de massa dm entre r e r + dr. Por simetria, o campo num ponto do
eixo do anel é paralelo ao eixo e é dado por
ou
(e) Tomando o zero da energia potencial no plano x = 0, a energia potencial é dada por
Quando x >> R,
e, portanto,
(4.2)
(ii) Supondo que o ponto B cai em queda livre, calcule , substitua na Eq. (4.2) e o
resultado na Eq. (4.1) e encontre
(4.3)
(iii) Fazendo ao nível da extremidade fixa A, mostre que a energia potencial da
corrente é
(4.4)
Agora, calcule a derivada da Eq. (4.4) e encontre
(4.5)
Finalmente insira (4.4) e (4.5) na Eq. (4.2) e o resultado na Eq. (4.1) e ache
(4.6)
Note que as equações só dão o mesmo valor para . Quando , o valor da
tensão cresce muito. Resultados experimentais indicam que a tensão cresce rapidamente
chegando a ser cerca de 25 vezes o valor do peso da corrente.
Solução:
(a) As únicas forças externas atuando sobre a corrente no instante t são a tensão T,
puxando a corrente em A para cima, e o peso da corrente Mg. Logo, da segunda lei de
Newton,
(4.1)
onde P é o momento do centro de massa da corrente e . Por outro lado, a
massa do pedaço de corrente que está em movimento é . Logo, o momento
do centro de massa da corrente é
(4.2)
Se o ponto B está caindo em queda livre e usando as condições iniciais do problema,
temos que
Substituindo na (4.2),
(4.3)
(b) Fazendo ao nível da extremidade fixa A, quando a extremidade livre da corda
está em x, sua energia potencial é (energia potencial da parte direita, mais a energia
potencial da parte esquerda, com ):
A energia cinética é
uma vez que, quando x = 0 a corrente estava parada e só tinha energia potencial. Deste
modo, da conservação da energia,
(4.4)
Calculando a derivada em relação ao tempo de ambos os lados desta equação,
encontramos
(4.5)
Inserindo (4.4) e (4.5) na Eq. (4.2) e o resultado na Eq. (4.1) achamos
(4.6)
Q.5. (a) Uma partícula é lançada da origem com uma velocidade escalar u numa direção
que faz um ângulo α com a horizontal. O movimento se dá no plano x, z, onde o eixo Oz
aponta verticalmente para cima. Se a velocidade de lançamento u é fixa, mostre que a
partícula poderá passar pelo ponto (a, b), para uma escolha de α, se (a, b) for um ponto
que está abaixo da parábola
Esta é a chamada parábola de segurança. Pontos acima da parábola não podem ser
atingidos pelo projétil.
(b) Uma granada explode no solo lançando fragmentos em todas as direções com
velocidades escalares até 30 m/s. Um homem está numa janela aberta 20 m acima do
chão num prédio que está a 60 m do local da explosão. Ele estará seguro?
Solução:
(a) Suponha que o movimento começa na origem e que se dá no plano (x, z) e que o
eixo Oz aponta verticalmente para cima. Então, a trajetória da partícula é
Se a partícula passar através do ponto (a, b), então a, b e α devem satisfazer a equação
que é uma equação do segundo grau para . Uma trajetória através do ponto (a, b)
existirá se esta equação tiver raízes reais para . Ou seja, se