IMPERIALISMO NA ÁSIA E NA ÁFRICA

​ Por consequência da Segunda Revolução Industrial e da expansão da industrialização para novas

regiões, os países industrializadas desenvolveram ações com o propósito de exercer o domínio sobre as
sociedades africanas e asiáticas, visando garantir o seu acesso a matérias-primas e fontes de energia.
Essa expansão deu origem ao período de imperialismo e neocolonialismo no século XIX.

​ Nesse período, surgiram inovações tecnológicas em equipamentos bélicos, que apoiaram a expansão
colonial europeia no século XIX. Esses recursos foram mobilizados em verdadeiras guerras de
conquista, promovidas simultaneamente por iniciativas imperialistas sobre regiões da África e da Ásia.

​ No final do século XIX, seguindo os acordos previstos na Conferência de Berlim, os exércitos

europeus conquistaram o interior da África. Com a conquista da maior parte das regiões utilizando-se
de extrema violência, além de estabelecer o domínio político e econômico, as ações colonialistas se
voltaram à propagação das tradições culturais ocidentais, sem respeitar a organização social e
cultural dos povos locais. Tal ocupação ocasionou diversos conflitos internos e guerras civis.

​ No continente asiático, as iniciativas de ocupação ocorreram inicialmente de maneira mais sutil, com
ações voltadas à desestruturação econômica e social das regiões de interesse. Foi dessa forma que
ocorreu a progressiva ocupação da Índia pelos ingleses, assim como a abertura da sociedade chinesa ao
comércio exterior.

​ As iniciativas imperialistas foram amplamente apoiadas por teorias pseudocientíficas que procuravam
justificar a dominação das sociedades africanas e asiáticas, como as teorias raciais, o determinismo e
os ideais civilizatórios, desenvolvidos principalmente por teóricos europeus e propagados em diversas
regiões do mundo. Essas teorias defendiam, de modo geral, que os povos brancos eram superiores aos
demais e que deveriam promover a civilização das outras sociedades, inserindo-as em seus padrões
institucionais, religiosos, econômicos e culturais.

​ O processo de dominação neocolonial levou a grandes transformações nas sociedades industriais e nas
sociedades colonizadas. Nos países colonialistas, houve aumento da industrialização; para as
sociedades submetidas ao imperialismo, houve exploração de recursos naturais e econômicos, além do
emprego de extrema violência, não apenas física, mas também simbólica. As iniciativas coloniais
causaram inúmeros conflitos regionais, além de contribuir para grandes danos ambientais, econômicos
e sociais.

​ Durante todo o período em que o imperialismo e o neocolonialismo vigoraram, as sociedades africanas

e asiáticas ofereceram resistência às iniciativas de dominação, de modo a rejeitar as imposições
estabelecidas, preservar suas tradições e afirmar a sua autonomia.