Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Índice
Resultados da Aprendizagem...........................................................................3
I. Comércio internacional..............................................................................4
1. Diversidade do comércio internacional......................................................4
II. Balança Corrente - registo das trocas internacionais............................9
1. Importância dos registos das trocas comerciais.......................................9
2. Balança corrente......................................................................................12
2.1. Conceito...............................................................................................12
2.2. Saldo....................................................................................................13
3. Componentes da Balança Corrente..........................................................15
2.1. Balança de mercadorias.........................................................................15
2.1.1. Importações......................................................................................15
2.1.2. Exportações.......................................................................................15
2.2. Balança de serviços...............................................................................17
2.3. Balança de rendimentos.........................................................................18
2.4. Balança de transferências correntes.......................................................18
III. Integração económica..........................................................................19
1. Conceito de integração económica..........................................................19
2. Formas de integração económica............................................................21
2.1. Zona de comércio livre...........................................................................22
2.2. União aduaneira....................................................................................22
2.3. Mercado comum....................................................................................23
2.4. União económica...................................................................................24
3. Processo de construção da União Económica..........................................25
4. Criação da União Económica e Monetária................................................28
4. Desafios colocados à UE decorrentes do respetivo alargamento............34
6. Realidade atual da economia portuguesa................................................43
7. Indicadores de desempenho da economia portuguesa...........................48
7.1. Comparação com os da EU....................................................................56
8. Estrutura da população............................................................................56
8.1. Estrutura etária.....................................................................................56
1
ECONOMIA
2
ECONOMIA
Resultados da Aprendizagem
3
ECONOMIA
I. Comércio internacional
Com base nas vantagens que cada país dispõe para a produção de certos bens, esta
tem aumentado, dando origem a trocas internacionais que, nas últimas décadas, se
têm desenvolvido em grande escala devido à globalização – resulta da expansão da
produção e do comércio a nível mundial – e à defesa do comércio sem fronteiras.
4
ECONOMIA
A DIT justifica a divisão da produção de bens por países com base nas vantagens
absolutas e relativas que esses países apresentam relativamente ao fabrico desses
bens.
Como consequência, os países mais desenvolvidos ganham mais nas trocas porque
exportam bens mais caros, contra os bens produzidos nos países mais atrasados que
são mais baratos mas que não têm tanta qualidade como os primeiros.
Esta divisão do trabalho entre países com tipos de recursos diferentes origina
desigualdades nas trocas, beneficiando os países mais industrializados.
2. Trocas internacionais
5
ECONOMIA
6
ECONOMIA
Os países não são autossuficientes, isto é, não produzem tudo aquilo de que
necessitam levando à especialização de alguns países. Os países, de acordo com os
recursos naturais e humanos de que dispõem, podem, por exemplo, especializar-se
nalgumas produções cujos excedentes vendem ao exterior (é o caso dos países ricos
em petróleo que vendem esta matéria-prima para o exterior).
Como estas produções são desiguais nos vários Estados, é lógico que se estabeleçam
intercâmbios onde uns oferecem produtos a outros que deles necessitem. O
intercâmbio resulta da necessidade de satisfazer a população com determinados
produtos que, nesse local, não existem em quantidade suficiente para as suas
necessidades.
7
ECONOMIA
Recentemente, o comércio foi afetado pela recessão mundial, mas a UE continua a ser
a maior potência comercial do mundo, representando 16,4 % das importações
mundiais em 2011. Seguem-se-lhe os Estados Unidos da América, com 15,5 % das
importações mundiais, e a China, com 11,9 %.
A UE foi também o maior exportador, com 15,4 % das exportações mundiais, contra
13,4 % para a China e 10,5 % para os Estados Unidos.
8
ECONOMIA
As trocas de bens, serviços e capitais entre uma economia e o resto do mundo são
registadas num documento designado balança de pagamentos onde se inscreve
os fluxos monetários ou financeiros. Em Portugal este documento é realizado pelo
Banco de Portugal.
Importância
O registo das trocas comerciais torna-se relevante nas economias abertas que detêm
relações económicas com outros países, envolvendo trocas de mercadorias, fatores de
produção e ativos financeiros, trocas que se aprofundam com o fenómeno da
globalização.
9
ECONOMIA
Uma compra ao resto do Mundo (importações) regista-se na coluna dos débitos e uma
venda ao resto do Mundo (as exportações) regista-se na coluna dos créditos e cada
transação internacional é lançada duas vezes na balança de pagamentos:
10
ECONOMIA
Uma vez como crédito (+) e uma vez como débito (-), assim, o saldo da é sempre
igual a zero.
11
ECONOMIA
2. Balança corrente
2.1. Conceito
12
ECONOMIA
2.2. Saldo
Uma balança corrente negativa implica que a economia do país está a ser financiada
por poupança externa. Mostra que um país está a gastar no estrangeiro mais do que
ganha nas transações com outras economias, sendo, por conseguinte, um devedor
líquido face ao resto do mundo.
13
ECONOMIA
Portugal, conjuntamente com a maioria dos países da EU, apresenta um saldo negativo
na balança de mercadorias (défice). O valor das exportações é inferior ao valor das
importações, o que representa uma situação desfavorável para o nosso país, uma vez
que saem mais divisas do que entraram no país.
2.1.1. Importações
2.1.2. Exportações
14
ECONOMIA
Saldo nulo: quando o valor das importações é igual ao valor das exportações.
15
ECONOMIA
Quanto maior for a taxa de cobertura, menos deficitária será o saldo da balança de
mercadorias do país.
O valor deste serviço regista flutuações acentuadas devido aos períodos de recessão
ou de crescimento económico. Em períodos de forte expansão económica, a tendência
é para o aumento das receitas do turismo. Para além do desempenho e económico dos
diferentes países, também a existência de paz e de segurança a nível mundial favorece
o turismo, possibilitando o aumento das receitas do mesmo.
16
ECONOMIA
Em Portugal esta balança tem registado défices de valor absoluto crescente entre
vários períodos, de 1998 a 2001 e 2003 a 2005, resultante, segundo o Relatório do
Banco de Portugal, da descida das taxas de juro.
17
ECONOMIA
Podemos distinguir a:
Integração formal: definida formalmente através de acordos escritos vastos e
complexos.
Integração informal: que se limita à grande cooperação comercial entre
estados. Assume a forma de sistema de preferências aduaneiras onde os países
que a compõem limitam-se a conceder mutuamente algumas vantagens
18
ECONOMIA
Vantagens
Aumento de produção resultante de fenómenos de especialização.
Aumentos de produção derivados da exploração de economias de escala.
Melhoria dos termos de troca do grupo, relativamente ao resto do mundo.
Melhoria de eficiência, resultante do acréscimo de concorrência dentro do
grupo.
Mudanças na qualidade e quantidade de “inputs”, tais como fluxos de capital e
avanço da tecnologia.
Crescimento económico – há aproveitamento de um enorme mercado por parte
dos países membros.
Desvantagens
Perda de receitas fiscais devido à perda de taxas aduaneiras.
Perda de alguma autonomia.
19
ECONOMIA
20
ECONOMIA
Na zona de comércio livre os países membros aceitam abolir entre si todos os direitos
aduaneiros e restrições quantitativas no comércio de mercadorias. Contudo, cada país
é livre para definir as suas pautas e restrições quantitativas em relação aos países
membros não membros.
São organizações de países que se unem para permitir a livre circulação de bens entre
si sem impedir os países de manter acordos comerciais com países não participantes
da Zona de Livre Comércio e cada país possui uma política comercial e económica
autónoma (ex. NAFTA).
A união aduaneira, além da livre circulação de bens e serviços dos países participantes,
implica a existência de uma política comercial externa comum.
21
ECONOMIA
Na Europa, a união aduaneira foi iniciada com o Tratado de Roma em 1957 e os seus
mecanismos evoluíram essencialmente para se adaptarem às novas tecnologias e para
melhor garantirem a segurança, nomeadamente, a proteção contra a contrafação e a
pirataria.
O mercado comum define-se, como uma união aduaneira acrescida da livre circulação
dos fatores de produção. O mercado comum acrescenta à união aduaneira a livre
circulação de mercadorias, serviços, pessoas e capitais. São abolidas não apenas as
restrições sobre os produtos negociados, mas também as restrições aos fatores
produtivos (trabalho e capital).
Nos mercados comuns é permitida não só a livre circulação de bens como também de
serviços e pessoas (mão-de-obra). Além disso as políticas comerciais e económicas dos
países são coordenadas e as negociações com outros países são sempre feitas em
bloco. Um exemplo é a União Europeia até 1992. Após este ano a UE é considerada
União Económica, o que configura um estádio de integração ainda maior.
22
ECONOMIA
23
ECONOMIA
24
ECONOMIA
A criação das Comunidades foi iniciada pela via económica através da colocação sob
uma Autoridade Comum a produção do carvão e do aço franceses e alemães. Visava
não só encetar entre os dois rivais europeus, uma cooperação económica que ligasse
os destinos de um Estado ao outro, como também, e sobretudo controlar a produção
dos bens essenciais a qualquer esforço de guerra, tornando-a materialmente
impossível.
Eram objetivos dos Tratados de Paris e de Roma (que criaram a CEE e a EURATOM)
a fusão dos sistemas económicos e das políticas económicas dos Estados-membros de
modo a obter-se, posteriormente, uma unificação política entre estes.
O objetivo imediato das Comunidades, assim que a CEE e a EURATOM foram criadas
foi a construção, entre os Estados-membros, de uma união aduaneira, que
suprimisse os direitos alfandegários e das práticas comerciais restritivas e
estabelecesse uma Pauta Aduaneira Comum para os Estados-membros face a
terceiros.
25
ECONOMIA
O Ato Único Europeu, assinado na Haia, em Fevereiro de 1986 faz uma mini reforma
aos Tratados de Roma, a mais significativa das quais no âmbito económico visando
lançar a competitividade da economia europeia através do estabelecimento de um
Mercado Único de 320 milhões de consumidores, isto é, de um espaço sem fronteiras
no qual fosse assegurada a livre circulação das mercadorias, serviços, pessoas e
capitais.
A integração não podia, a partir de então, manter-se no âmbito dos mercados, pois
exigia já, que se pusessem em prática as políticas comuns, ou uma coordenação das
políticas nacionais que levariam à exigência das reformas institucionais que Maastricht
viria dar resposta, abrindo o caminho para a União Económica e Monetária.
26
ECONOMIA
27
ECONOMIA
A decisão de formar uma União Económica e Monetária foi tomada pelo Conselho
Europeu na cidade neerlandesa de Maastricht, em Dezembro de 1991, tendo sido
posteriormente consagrada no Tratado da União Europeia (Tratado de Maastricht).
28
ECONOMIA
Na UEM não existe uma instituição única responsável pela política económica, sendo
esta responsabilidade partilhada entre os Estados Membros e as instituições da União
Europeia. Os principais protagonistas da UEM são:
29
ECONOMIA
Estágios da UEM
A União Económica e Monetária foi um processo difícil e lento, que comportou várias
fases.
1ª Fase da UEM
Zona de comércio livre
É a base da integração económica regional, quando os Estados decidem suprimir, nas
suas relações mútuas, as barreiras e os obstáculos ao comércio, através da
liberalização das trocas dentro do bloco, abolição total dos direitos aduaneiros
recíprocos, liberalização dos investimentos e harmonização das normas técnicas.
São excluídas da zona de comércio livre matérias como a livre circulação dos fatores de
produção e a harmonização das políticas económicas, com a salvaguarda, importante,
de que a liberdade de comércio só se aplica aos produtos originários dos Estados-
membros da zona.
Para não haver desvios de comércio, os produtos têm de ser produzidos pelos Estados-
membros ou ter uma certa percentagem de incorporação de valor de um dos Estados-
membros, o que lhes dá o desígnio de mercadorias originárias.
União aduaneira
A união aduaneira caracteriza-se como uma zona de comércio livre acrescida da
adoção de uma Pauta Aduaneira Comum aplicável por todos os Estados-membros da
união relativamente a países terceiros, sendo certo que a livre circulação das
mercadorias é global, por abranger todos os produtos (industriais e agrícolas) – o que
pode não ocorrer na zona de comércio livre, a qual pode abarcar apenas, ou os
produtos industriais (como é o caso da EFTA), ou os produtos agrícolas – produzidos
localmente ou importados.
O Ato Único Europeu viria formalizar a UEM como um objetivo a ser alcançado,
vindo o Pacote Delors, de 1988 estabelecer o plano para que tal meta fosse alcançada,
30
ECONOMIA
depois introduzida no pela revisão feita em Maastricht que vem dar cumprimento ao
que já havia sido enunciado no Ato Único, porém com um alcance mais profundo.
2ª fase UEM
Iniciou-se a segunda fase da União Económica e Monetária no dia 1 de Janeiro
de 1994, marcado pela criação e a entrada em funcionamento do Instituto Monetário
Europeu (IME) para exercer dois tipos de funções apenas durante a segunda fase.
31
ECONOMIA
3ª fase UEM
A terceira fase da UEM teve início formal a 1 de Janeiro de 1999 e, em 1 Janeiro de
2002, as notas e moedas do Euro entraram em circulação junto dos cidadãos
europeus.
A terceira fase viria a ser caracterizada por dois aspetos essenciais.
Preços estáveis.
Solidez das finanças públicas
Condições monetárias sólidas.
Balança de Pagamentos sustentável.
32
ECONOMIA
Em matéria de dívida pública, o critério referia que o montante global desta dívida
não deveria exceder um valor equivalente a 60% do respetivo Produto Interno Bruto.
Quanto ao critério relativo à solidez das condições monetárias, e uma vez que
esta solidez é aferida pela taxa de juro, o tratado estabeleceu que essa taxa não
deveria exceder, em mais de dois pontos percentuais, a taxa média dos três países
com melhor performance em termos de taxas de juro.
33
ECONOMIA
Com o colapso dos regimes do bloco de leste em 1989, uma série de antigos países
comunistas da Europa Central e Oriental tornaram-se membros da UE em duas vagas
de adesões, respetivamente, em 2004 e 2007. Em 2013, a Croácia tornou-se o 28.º
Estado-Membro da UE.
O Tratado da União Europeia estabelece que qualquer país europeu se pode candidatar
à adesão, desde que respeite os valores democráticos da UE e se comprometa a
promovê-los. Mais especificamente, deve cumprir os seguintes critérios de adesão:
34
ECONOMIA
O alargamento da União Europeia aos países da Europa Central e Oriental (PECO) pode
ser considerado como um dos acontecimentos mais significativos e suscetíveis de
exercer uma forte influência nas políticas da UE, nomeadamente na política regional
comunitária.
Desafios
O alargamento tem lugar numa altura em que a UE enfrenta importantes desafios em
termos de desempenho económico, de coesão interna e do seu papel no plano
externo.
35
ECONOMIA
Entre 2007 e 2013 a UE investiu mais de 348 mil milhões de euros no desenvolvimento
das suas regiões, designadamente na melhoria dos transportes e ligações internet, no
apoio às pequenas e médias empresas de áreas desfavorecidas, investimentos num
ambiente mais limpo, na valorização das qualificações e competências dos cidadãos,
na promoção da inovação, da eficiência energética e na luta contra as alterações
climáticas
36
ECONOMIA
Deficiência institucional
O alargamento é um acontecimento crucial para a construção europeia, capaz de
marcar profundamente a política do continente nas próximas décadas. Para tanto, o
alargamento exige que as instituições se adaptem a este aumento do número de
membros e que criem medidas operacionais de funcionamento com base na
democracia o que ira implicar a sua reforma.
Posição de liderança
A UE continua com dificuldade em assumir uma posição de liderança na cena política
internacional.
37
ECONOMIA
que respeita a esta questão, a Europa, como um todo, não existiu. O peso económico
da UE deve ser acompanhado de uma voz política nos assuntos mundiais.
Esta questão poderá ser solucionada em parte pela criação de novas figuras
institucionais que permitem à europa dialogar com os seus parceiros mundiais.
38
ECONOMIA
A UE necessita de uma solidariedade a nível transnacional que ainda não existe, e esta
necessidade exerce um papel central para estabilidade política, económica e social
interna da organização. Esta identidade coletiva pode atenuar as tensões enfrentadas
pela organização, agravadas pela recente crise económica.
A construção de uma identidade não é algo que pode ser facilmente realizado. A UE é
uma organização composta por Estados modernos que passaram por um longo e
profundo processo de formação nacional e que têm como um de seus princípios
fundadores a soberania.
Estabelecer uma ordem que seja capaz de acomodar esse princípio com as noções de
justiça e igualdade peculiares de cada membro tem sido o maior desafio das
organizações regionais e internacionais atuais, e a UE não foge à regra.
39
ECONOMIA
Isto posto, não há uma identidade europeia única e consensual, sob a qual os cidadãos
da UE se identificam. A integração europeia deve ir além do âmbito económico e
procurar formar esta identidade, para dar mais força, coesão social e estabilidade
interna à União.
OUTROS
Globalização
A combinação dos progressos tecnológicos, dos baixos custos dos transportes e da
liberalização na UE e no resto do mundo conduziu a um aumento dos fluxos comerciais
e financeiros entre os vários países, com importantes consequências a nível do
funcionamento da economia europeia.
Embora seja inegável que a globalização traz enormes benefícios e oportunidades, não
é menos verdade que tem como resultado para a Europa uma forte concorrência quer
dos países com economias de baixos custos, como a China e a Índia, quer dos países
com economias orientadas para a inovação, como os EUA.
40
ECONOMIA
Envelhecimento da população
Nas próximas décadas, todos os países da UE registarão um aumento da percentagem
de pessoas idosas e uma redução significativa das pessoas jovens e das pessoas em
idade de trabalhar.
Se bem que o aumento da esperança de vida seja uma importante conquista das
sociedades europeias, o envelhecimento das populações coloca desafios significativos à
economia e aos sistemas europeus de segurança social. A transição demográfica é
considerada um dos mais importantes desafios para a União Europeia.
Em países europeus as taxas de fertilidade caíram muito nas últimas décadas. A maior
parte da Europa está envelhecida, e a gerar uma onda de problemas sociais e
económicos. Menos jovens significa que haverá menos trabalhadores para sustentar as
pensões dos aposentados que vivem muito, colocando um peso severo sobre as
economias da Europa.
41
ECONOMIA
Crise
Desde 2009 que Portugal vive uma situação de recessão económica, conjugada com
um crescimento contínuo da dívida pública, políticas de austeridade, nacionalização de
bancos falidos, intervenção externa acompanhada de resgates financeiros à economia
nacional, dificuldades no controlo do défice e clima de contestação social provocados
pela crise económica.
Portugal e a UE
42
ECONOMIA
O sucesso dos primeiros anos de integração europeia contribuiu para o largo consenso
gerado em torno da participação de Portugal na criação da UEM. A adesão ao euro foi
assumida como um desígnio nacional e como um elemento central da política
económica portuguesa e da estratégia de desenvolvimento económico, que visava a
convergência para os níveis de rendimento dos países mais ricos da UE.
43
ECONOMIA
Por outro lado, as novas condições monetárias propiciavam melhor recurso ao crédito,
o que desenvolveu comportamentos consumistas, elevando a despesa das famílias,
financiada em grande parte por um excesso de circulação de dinheiro fácil obtido por
via dos apoios comunitários e do endividamento a taxas de juro reduzidas, sem
correspondência com a capacidade produtiva nacional. Esta discrepância haveria de se
traduzir no desequilíbrio das contas externas e no crescimento dramático do
endividamento na componente externa.
44
ECONOMIA
Globalização
As implicações do desmoronamento do bloco de Leste situam-se entre os fatores que
ampliaram de maneira muito significativa a concorrência externa em relação à
economia Portuguesa, designadamente em termos de bens e capitais. O reforço da
globalização em geral contribuiu igualmente para a intensificação da concorrência
internacional.
A maior inflação nos bens e serviços mais abrigados da concorrência externa permitiu
drenar recursos de melhor qualidade para estas atividades, reduzindo as
potencialidades de desenvolvimento e o sucesso no sector dos bens transacionáveis.
45
ECONOMIA
Estas perspetivas anunciadas inserem-se num clima ainda incerto, do lado interno,
pelos reflexos da forte redução da despesa pública/consolidação orçamental/medidas
de austeridade, decorrentes do programa de assistência financeira acordado com a
União Europeia e o FMI (abril de 2011 até 2014), e, ao nível externo, pelos impactos
da crise da dívida soberana na Zona Euro (evolução da procura externa por parte dos
principais parceiros comerciais de Portugal) e ainda pelas condições de acesso aos
mercados de financiamento internacionais versus capacidade de financiamento da
economia portuguesa.
Na parte final do ano de 2013, assistiu-se a uma diminuição da incerteza e dos riscos
financeiros globais associados à dívida soberana devido aos progressos alcançados na
construção da união bancária europeia, com destaque para o acordo no seio da União
Europeia, para os dois primeiros pilares (Mecanismo Único de Supervisão e de
Resolução).
46
ECONOMIA
47
ECONOMIA
48
ECONOMIA
49
ECONOMIA
Défice público
Balança comercial
Conceito: é uma das componentes da Balança de Pagamentos de determinado país,
onde são registadas as importações e as exportações de mercadorias, nomeadamente
50
ECONOMIA
A intenção é que sempre haja um lucro, ou seja, que o valor das exportações seja
maior do que os das importações. Nesse caso, houve um superavit. Caso ocorra o
contrário, as importações tenham tido valor maior que as exportações, é dito que
houve um deficit.
51
ECONOMIA
A relação de IED compreende uma empresa matriz e uma filial estrangeira, as quais,
em conjunto, formam uma empresa multinacional. Para ser considerado como IED, o
investimento deve conferir à empresa investidora matriz o controlo sobre a filial.
As Nações Unidas definem controlo como a propriedade de 10% ou mais das ações
ordinárias ou do direito a voto de uma empresa de capital aberto, ou seu equivalente
caso seja de capital fechado; a propriedade de menos de 10% do capital ou sem
controlo chama-se investimento de portfólio.
52
ECONOMIA
Taxa de desemprego
Conceito: consiste no indicador económico que mede o nível do desemprego de uma
economia. É calculada através do quociente entre o número de desempregados e a
população ativa.
Portugal é um país com 10,5 milhões de habitantes, sendo que aproximadamente 52%
é considerada população ativa.
Apenas o desemprego não voluntário deve ser combatido nas políticas de combate ao
desemprego, na mediada em que só conta como desempregado quem está
efetivamente interessado em trabalhar e não tem emprego (os desempregados
involuntários).
53
ECONOMIA
O défice da balança de bens foi totalmente compensado pelo excedente dos serviços:
-5,2%, uns, +5,2% do PIB, os outros. Crescem as transferências dos emigrantes e
recuam as dos imigrantes.
Se a expansão das exportações de bens e o turismo são dados positivos, a quebra das
importações espelha um clima interno depressivo. As transferências monetárias
revelam o aumento da procura de trabalho dos portugueses no estrangeiro, enquanto
os de fora, que o haviam feito entre nós, estão a regressar aos seus países de origem.
Entre 2000 e 2003 Portugal afastou-se do nível de vida registado na Zona Euro que
continuou a crescer de forma mais acentuada. Em termos percentuais, o produto
português passou de 72,4 % do Produto da Zona Euro para 71 % de 1999 para 2003.
54
ECONOMIA
55
ECONOMIA
8. Estrutura da população
Conceito: a estrutura etária de uma população é a sua repartição desta por sexos e
idade. Para se caracterizar a estrutura etária é habitual considerar três grandes grupos
etários: os jovens, os adultos e os idosos.
Pirâmides etárias
Conceito: são gráficos horizontais, com dois sectores separados: população masculina
e população feminina. Cada barra mostra o efetivo de uma idade ou, mais comum, de
uma classe de idades (com amplitudes de 5 anos).
56
ECONOMIA
57
ECONOMIA
58
ECONOMIA
Segundo a ONU no ano de 2005 havia cerca de 190 milhões de pessoas a viver fora do
seu país de origem.
Os países desenvolvidos abrigam cerca de 60%, com destaque para a Europa como a
maior recetora de imigrantes (64 mi.), em segundo a Ásia com (53 mi.) e América do
norte (44 mi.), com destaque para os Estados Unidos maior recetor individual.
59
ECONOMIA
60
ECONOMIA
população ativa
taxa de atividade=
população total
61
ECONOMIA
8.3.1. Emprego
Empregados são os indivíduos, com idade mínima de 15 anos que, no período de
referência, se encontrava numa das seguintes situações:
62
ECONOMIA
8.3.2. Desemprego
Desempregado corresponde a um indivíduo, com idade mínima de 15 anos que, no
período de referência, se encontra simultaneamente nas situações seguintes:
63
ECONOMIA
9. Estrutura da produção
Desde 1988 até 2011, a média de crescimento do PIB trimestral de Portugal foi de
0,50%, atingindo um máximo histórico de 3,30% em Dezembro de 1990 e um recorde
de baixa de -2,60% em Março de 1991.
A crise financeira mundial, cujo ponto de partida se deu nos Estados Unidos,
desencadeou um decréscimo do PIB em quase todos os países, incluindo Portugal. Em
2011 assistiu-se a uma contração de 1,9% do PIB português e acordo com o Banco de
Portugal, para 2012 prevê-se uma queda de 3,4% do PIB.
As variações do PIB de acordo com a agência Fitch, para o ano 2013, situam-se perto
dos 0%, o que significa estagnação da economia portuguesa. Por sua vez, o Banco de
Portugal considera que a economia irá crescer aproximadamente 0,4% e o Banco
Central supõe que o crescimento será de 0,3%.
64
ECONOMIA
65
ECONOMIA
Agricultura.
Pecuária.
Extração vegetal.
Caça.
Pesca.
Mineração.
66
ECONOMIA
Setor terciário: agrupa as atividades que embora não produzam bens materiais,
prestam serviços à população.
Na última década, para além de uma maior incidência e diversificação dos serviços na
atividade económica, registou-se uma alteração significativa no padrão de
especialização da indústria transformadora em Portugal, saindo da dependência de
atividades industriais tradicionais para uma situação em que novos setores, de maior
67
ECONOMIA
É de salientar o crescente domínio do setor dos serviços, à semelhança, aliás, dos seus
parceiros europeus. Em 2011, agricultura, silvicultura e pescas representaram apenas
2,1% do VAB (contra 24% em 1960) e 9,9% do emprego, enquanto a indústria,
construção, energia e água corresponderam a 23,3% do VAB e 27,3% do emprego. Os
serviços contribuíram com 74,5% para o VAB e representaram 62,8% do emprego.
Mais de um terço da área do país está ocupada por florestas, e Portugal assegura
cerca de metade da produção mundial de cortiça. O país é também sede de grandes
empresas industriais, incluindo uma fábrica de papel de renome internacional, o maior
produtor mundial de aglomerados de madeira e a mais antiga fábrica de conservas de
peixe do mundo.
68
ECONOMIA
O saldo da balança comercial de bens e serviços foi positivo nos primeiros nove meses
de 2013, invertendo a tendência negativa registada no mesmo período homólogo. As
exportações de bens também aumentaram, em termos homólogos, entre janeiro e
setembro do corrente ano (+4,0%), enquanto as importações registaram uma variação
nula no mesmo período, tendo-se verificado uma redução do défice da balança
comercial (-17,0% face ao período homólogo).
O principal destino das exportações de bens foi a UE (70,5% do total entre janeiro e
setembro de 2013, face a 71,1% no período homólogo), sendo de realçar o aumento
da quota das exportações para os mercados do Magrebe (3,4% entre janeiro e
setembro de 2013, face a 2,3% no período homólogo de 2012). Os principais clientes
de Portugal foram a Espanha, a Alemanha e a França, que representaram cerca de
47% do total exportado nestes três trimestres de 2013.
69
ECONOMIA
A União Europeia foi a origem da maioria dos produtos comprados nos primeiros nove
meses de 2013 (71,1% do total), sendo a Espanha, a Alemanha e a França os
principais fornecedores, que conjuntamente representaram aproximadamente 50% do
total importado, entre janeiro e setembro de 2013.Com a adesão de Portugal à UE,
Portugal acentuou o grau de abertura ao exterior e reforçou as trocas com os países
europeus, com particular destaque para Espanha pela proximidade dos países.
70
ECONOMIA
11.Recursos humanos
11.1. Educação
71
ECONOMIA
72
ECONOMIA
Esta formação, situada ao nível das medidas estratégicas para potenciar as condições
de empregabilidade e de transição para a vida ativa, assume-se como uma resposta
prioritária para jovens, enquanto promotora dos diferentes graus de escolaridade e
qualificação profissional.
73
ECONOMIA
74
ECONOMIA
Políticas fiscais
As políticas fiscais traduzem-se na preocupação do Estado em cobrar impostos,
atendendo a critérios de justiça social, a tributação maior dos rendimentos mais
elevados e menor os rendimentos mais baixos.
É o que acontece, por exemplo, com o IRS (imposto sobre o rendimento das pessoas
singulares). O IRS é um imposto direto progressivo, isto é, as taxas aplicadas sobre os
rendimentos das famílias são tanto mais elevadas quanto mais elevados forem os seus
rendimentos.
Além disso, as famílias com rendimentos muito baixos estão isentas.
Por outro lado, o valor do imposto cobrado depende de fatores como: número de
filhos, despesas de saúde, despesas com a educação, etc.
75
ECONOMIA
Todos estes aspetos não podem ser desligados do significado que têm para o meio
social concreto em análise, com a sua cultura e valores próprios, que condicionam, por
exemplo, as especificidades do consumo. Mediante um padrão de necessidades de
vida, o consumo de determinados bens e serviços define, então, o nível de satisfação
de uma população.
12.3. Inflação
76
ECONOMIA
77
ECONOMIA
78
ECONOMIA
Bibliografia
Gomes, Rita; Silva, Fernando, Economia, Manual nível 3 - Ensino profissional, Porto
Editora, 2010
Sites Consultados
Eurocid
http://www.eurocid.pt
Eurostat
http://epp.eurostat.ec.europa.eu/
Pordata
http://www.pordata.pt/
Universidade Aberta
Apontamentos “Introdução à Economia”
http://sebentaua.blogspot.pt/
79