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Fontes Utilizadas:
Fontes escritas:
SOUZA, Maria Salete de. Fortaleza – Uma Análise da Estrutura Urbana. In: 3º
Encontro Nacional de Geógrafos – UFC, Fortaleza, 1978.
Bibliografia:
ADERALDO, Mozart Soriano. História abreviada de Fortaleza e Crônicas sobre a
cidade amada. 2.ed. Fortaleza; Programa Editorial da Casa de José Alencar, 1998.
AMORA, Zenilde Baima. Aspectos Históricos da Industrialização no Ceará. In:
SOUZA, Simone de. (Coord.) História do Ceará. 4ed. Fortaleza: Fundação Demócrito
Rocha, 1995.
CORDEIRO, Celeste. O Ceará na Segunda metade do século XIX. In: SOUSA,
Simone de; GONÇALVES, Adelaide... {et al}. Uma nova história do Ceará. 4ª ed. rev.
e atual. - Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2007.
FILHO, José Ernesto Pimentel. Urbanidade e Cultura Política: a cidade de Fortaleza
e o liberalismo Cearense no século XIX. Fortaleza: UFC/ Cada de José de Alencar
Programa Editorial, 1998.
RESUMO
No presente texto o autor vai nos relatar como se deu um dos principais
processos de mudança da capital do estado do Ceará, processo esse que veio a partir
de uma modernização na virada do século XIX para o século XX, inspirados na
arquitetura, na cultura e em diversos aspectos do estilo de vida europeu, sobretudo o
francês.
O começo desta modernização se deu a partir de uma época em que apareceu
alguns dos personagens mais famosos da história cearense, um desses nomes era o
de Nogueira Accioly, político cearense que teria ganhado prestígio e certa quantia de
poder ainda na época da monarquia, mas que teve sua ascensão no final do século
XIX e começo do XX, quando se tornou o primeiro governante civil do estado. É
praticamente impossível falarmos de Nogueira Accioly sem citar a sua oligarquia, que
dominou o estado durante muito tempo, e um dos nomes que vieram da oligarquia
Accioly foi o coronel Guilherme Rocha, que enquanto intendente da capital, foi um
dos que mais trabalhou pela melhora e embelezamento de Fortaleza, baseando-se
no estilo europeu, Guilherme Rocha construiu diversos prédios, mercados, praças,
lojas, clubes entre diversos outros espaços públicos, deixando a cidade com uma
arquitetura padronizada, seguindo as características e as mudanças de estilo dos
países da europa, fato este que representou uma mudança não somente na parte
física da cidade, mas também na moral e nas maneiras de se comportar da
população.
Com a crescente modernização e urbanização da cidade de Fortaleza começa
agora um aumento no fluxo de pessoas que chegam e circulam na capital, como
empresários, grandes negociantes, profissionais e trabalhadores de diversas áreas
do estado e do país, além da elite agroexportadora que já vivia aqui. Com esse
aumento de pessoas morando e circulando na cidade foram estabelecidos novos
estilos de vida e comportamento para a população, sobretudo a mais pobre, que
durante o governo de Ildefonso Albano e apoiado pelas elites mais ricas, eram
instigados a não permanecer muito tempo no ambiente das ruas de Fortaleza,
recomendando-se que fossem do trabalho diretamente para a sua casa e vice-versa,
evitando ambientes como bares e bordéis, e proibindo até algumas formas de
comércios de rua, usando a desculpa de que Fortaleza teria que ser uma cidade
limpa, e sem nenhuma ameaça para a saúde dos seus habitantes. O governo de
Ildefonso Albano também ficou famoso por trazer algumas melhorias para a cidade,
uma delas na questão de mobilidade, onde melhorou a qualidade das vias, tanto em
pavimentação como em um aumento no seu tamanho, motivado pela chegada dos
primeiros veículos e dos bondes, que poderiam ser usados tanto pelos indivíduos
pertencentes a elite da capital quanto pelos trabalhadores.
A cultura europeia começa agora a influenciar não somente a arquitetura ou o
estilo de vida da cidade e seus habitantes, mas agora o estilo europeu serve de
inspiração para a classe trabalhadora cearense, que influenciados por algumas
mudanças que estavam acontecendo no velho continente, sobretudo a revolução
bolchevique em 1917, passa agora a criar uma maior consciência de classe e dos
problemas que circulam no ambiente do proletariado, e foi durante este período que
começaram algumas greves e criações de movimentos e partidos que lutavam pela
causa do trabalhador, acontecimentos estes que geraram algumas mudanças no
estado, uma delas a deposição de alguns nomes importantes, como o próprio
Nogueira Accioly, que junto com a repercussão da primeira guerra mundial, marcaram
o começo do fim do estilo de vida eufórico da capital, que era amplamente conhecida
por todos como “belos tempos”.
Com o número de habitantes crescendo de maneira acelerada devido ao
crescimento das indústrias e dos comércios, a cidade agora começa a ficar mais
divididas, os locais que a população trabalhadora frequentam e residem passa a ficar
mais longe dos grandes centros, e consequentemente começa uma segregação entre
os mais pobres e a elite de Fortaleza, ocorrendo assim um desequilíbrio na parte física
da cidade, onde alguns locais são reconhecido por seu charme, glamour, serviços de
qualidade e outros não possuem serviços básicos como saneamento, acarretando
assim em um maior isolamento de algumas classes sociais diante das outras. E assim
foram começando a se criar os bairros da elite, como a Jacarecanga, o Benfica,
Aldeota, Farias Brito e etc. enquanto a população mais pobre começa a se formar nas
favelas da capital. É nesse momento que Fortaleza começa a receber vários
investimentos, pois com a população crescendo devido a seca de 1932, que trouxe
muita gente do interior para a capital e a chegada dos norte-americano no período da
segunda guerra mundial, Fortaleza precisa agora de mais projetos de urbanização e
de melhora, na parte de infraestrutura, mobilidade, comércio entre outros aspectos do
cotidiano.
Resumo dirigido 1 CEARÁ II
Aluno: Renan Viana Almeida Paixão
Título: A CIDADE DE FORTALEZA EM TEMPOS DE LIMPEZA: O TRABALHO
INFORMAL ENTRE O SANEAMENTO URBANO, POLÍTICAS PÚBLICAS E A
FILOSOFIA (1880-1910)
Autor: Daniel Camurça Correia
Tema: Neste texto, o autor nos apresentará a questão da chegada de vários
indivíduos de outras regiões do estado para a capital, e como esses retirantes que
fugiam da seca, junto com outros moradores de Fortaleza conseguiam sobreviver a
difícil vida urbana, tendo que arranjar sustento através de trabalhos informais, onde
além de prestarem serviços difíceis para qualquer pessoa, ainda tinham que conviver
com o preconceito e segregação de uma elite local.
Bibliografia:
BARBOSA, Marta Emisia Jacinto. Cidade na contramão: Fortaleza nas primeiras
décadas do século XX. Dissertação de Mestrado: PUC/SP, 1996.
VEIGA-NETO, Alfredo. Foucault – Filosofia e política. Rio de Janeiro: Autêntica,
2011.
NEVES, Frederico de Castro. A multidão e a história: saques e outras ações de
massas no Ceará. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2000
RIOS, Kênia Sousa. Isolamento e poder: Fortaleza e os campos de concentração
na seca de 1932. Dissertação de Mestrado em História Social. São Paulo: PUC/SP,
1998
Resumo