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Plano de Aula – 18/10/2021

Tema
1.Parâmetros limites e valores de projeto – parte 2

Metodologia
Aula remota, apresentada sob forma de slides (power point), utilizando como meio de
transmissão a plataforma Google Meet / Zoom.

Bibliografia Básica
•NUVOLARI, A. Esgoto sanitário: coleta, transporte, tratamento e reúso agrícola. São
•Paulo: Edgard Blücher, 2003.
•TSUTIYA, M. T. Abastecimento de água. São Paulo: USP, 2006.
•TUCCI, C. E. M.; Porto, R. L.; Barros, M. T. Drenagem urbana. Porto Alegre: UFRGS, 1995.
RESUMO
População
Densidade populacional
Parâmetros Limites Coeficiente de retorno (C)
Taxa per capta
Coeficientes de Variação de vazão (k)

Vazões de Esgoto Q = Qd + I + Qc
3. Condições
Hidráulicas Exigidas
• O esgoto sanitário, além de substâncias orgânicas e minerais
dissolvidas, também leva substâncias coloidais e sólidos de maior
dimensão.

• Essa mistura, pode formar depósitos nas paredes e no fundo dos


condutos, o que não é conveniente para seu funcionamento
hidráulico (escoamento)
• No dimensionamento hidráulico, deve-se prover condições
satisfatórias de fluxo, atendendo alguns quesitos:

 Transporte de vazões máximas ( fins de plano – Qf) e mínimas


(início de plano – Qi).
 Promover o arraste de sedimentos (autolimpeza)
 Evitar condições que favoreça m a formação de sulfetos e gás
sulfídrico.
• Outras condições:

 Máxima altura da lâmina d’água – 75% do diâmetro (redes


coletoras)
 Vazão mínima = 1,5 L/s ou 0,0015 m³/s
0,75d0
4. Cálculo do diâmetro 0,013

• Através da equação de Manning (escoamento e superfícies livres),


pode-se calcular o diâmetro da tubulação esperada.

d0 = 0,3145 . (Qf / Io1/2)3/8

Adotar diâmetro comercial mais próximo


5. Declividade mínima e econômica

• A determinação da declividade está vinculada a dois conceitos:

 Autolimpeza (arraste de sedimentos)


 Economia do investimento ( > profundidade do conduto > R$)

• Declividade mínima – garantir o deslocamento e o transporte de


sedimentos.
• Declividade econômica – evitar o aprofundamento desnecessário dos
coletores.
• Para evitar confronto entre ambas as declividades, adota-se a maior
delas.
6. Autolimpeza dos condutos

• Dependerá:

Velocidade mínima;
Altura mínima de água no conduto (y0);
Natureza do efluente (orgânico ou mineral)
Tamanho da partícula;

• A velocidade de autolimpeza aumenta com o diâmetro (d0) do


conduto, para a mesma relação de enchimento (y/d0) [Vice-versa]
• Para canalizações de esgotos sanitário a sedimentação ocorrerá
quando:

Relação y/do ≤ 0,15  velocidades variando:

- 0,20 m/s (diâmetros menores)


- 0,60 m/s (diâmetros maiores)
• A fim de garantir o autotransporte dos sedimentos adota-se:

 Y0 /d0 = 0,50
 V = 0,60 m/s
7. Critério de tensão trativa

• A grandeza hidrodinâmica que promove o repouso ou o movimento


das partículas é a tensão de arraste.

• Exercida pela força tangencial atuante sobre a parte molhada do


conduto (peso do volume do líquido) contida em um certo
comprimento L.
• No caso de diâmetros grandes, a simples fixação da velocidade do
fluxo a uma certa altura de lâmina não garante a autolimpeza do
conduto.

Mantidos esses parâmetros constantes, a tensão de arraste


(tensão trativa) diminui com o aumento do diâmetro.
• Para a elaboração das curvas 1 e 2, utilizaram-se as seguintes
expressões:

σ = γ . R H . I0

para γ = 9800 N/m³ e n = 0,013 ; γ = peso específico do líquido;


n = Coeficiente de rugosidade de Manning

Curva 1:

v = 0,60 m/s ; Y0 /d0 = 0,50 e RH = 0,25 d0

Curva 2:

v = 0,50 m/s ; Y0 /d0 = 0,20 e RH = 0,1206 d0


Segundo NBR 9649/86:

Tensão trativa: força tangencial unitária aplicada às paredes do


coletor pelo líquido em escoamento.

Sua equação é deduzida de forma análoga à pressão de um sólido


que desliza sobre um plano inclinado.

F = γ . Am . L

Onde:
Am = área molhada da seção transversal.
F = peso do volume líquido contido num trecho de comprimento L.
Componente tangencial da área molhada:

T = F . senα ou T = γ . Am . L . senα

Tensão trativa (σ):

𝑇 γ . Am . L . senα
σ= = = γ . RH . senα
𝑃𝑚.𝐿 𝑃𝑚.𝐿

Pm = perímetro molhada.
RH = raio hidráulico.
• Como α é um ângulo sempre muito pequeno, sen α ≈ tg α = I0
(declividade do conduto)

σ = γ . R H . I0

Pela NBR:
• Valor mínimo de σ = 1,0 Pa (arraste de partículas de até 1,0 mm de D)
• Ceficiente de Manning (n) = 0,013
8. Declividade Mínima

 É aquela que para condições iniciais de vazão (Qi), atende a condição


σ = 1,0 Pa.

𝝈
I0 = (m/m)
𝑹𝑯 .𝜸
I0mín = 0,0055 . Qi-0,47
𝑨𝒎
Q= . RH2/3 . I01/2 . 10³ (L/s)
𝟎,𝟎𝟏𝟑
9. Procedimento para dimensionamento do conduto

1) Calcula-se a declividade econômica (I0,ec)


• Menor volume de escavação, fazendo com que a profundidade do
coletor a jusante seja igual a profundidade mínima (hmín).
2) Calcula a declividade mínima (I0mín)

I0mín = 0,0055 . Qi-0,47 σ = 1,0 Pa para Qi

3) Das duas declividades, adota-se a de maior valor e tem-se I0;

• Com I0 e Qf calcula-o diâmetro utilizando a equação:

d0 = 0,3145 . (Qf / Io1/2)3/8


NÃO ESQUEÇA!!

• O diâmetro adotado deverá ser o comercial com valor mais próximo


do calculado (+).

• Tanto QI quanto Qf são inferiormente limitadas a 1,5 L/s ou 0,0015


m³/s.
10. Velocidade crítica

• A norma 9649 mantém uma declividade máxima admissível para a


qual se tenha a velocidade final vf = 5,0 m/s.

I0 = 4,65 . Qf-2/3 ; Qf em L/s

• Quando a velocidade final (Vf) é superior à velocidade crítica (Vc) , a


maior lamina admissível deve ser y = 50% do diâmetro do trecho.

vc = 6(g.RH)1/2 ; g = aceleração da gravidade


• Caso esse situação ocorra (vf > vc), o trecho em questão deve ser
redimensionado mantendo-se a declividade escolhida e alterando o
diâmetro para a relação máxima y/d0 =0,50 e Qf ≥ 0,0015 m³/s.

d0 = 0,394 (Qf / Io-1/2)3/8

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