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1. Material pré-aula
a. Tema
b. Noções Gerais
1
MS 23.452/RJ, rel. Min. Celso de Mello, DJ de 12 -5 -2000
práticas que transgredissem o regime de liberdades públicas e que
sufocassem, pela opressão do poder, os direitos e garantias
individuais, atribuiu -se ao Poder Judiciário a função eminente de
controlar os excessos cometidos por qualquer das esferas
governamentais”.
Como exemplo, expõe Gilmar Mendes “Da mesma forma, o STF
afirma a possibilidade de controle jurisdicional da regularidade do
procedimento de impeachment. A apreciação do mérito da acusação,
no entanto, está fora da jurisdição da Corte, por ser uma prerrogativa
do parlamento.”2
No mesmo sentido, com relação ao tema das medidas provisórias, o
STF pacificou o entendimento3 do controle judicial dos pressupostos
de relevância e urgência – exigidos pelo art. 62 da Constituição - nos
casos em que esteja objetivamente evidenciado patente excesso de
poder por parte do Poder Executivo.
Uadi Lammêgo Bulos 4 trabalha a crítica recorrente da doutrina
constitucionalista acerca do ativismo judicial expondo tanto os
aspectos negativos do instituto, como um “perigoso veículo de fraude
à Constituição”, pois, nas palavras do autor o “Poder Judiciário passa
a ser um órgão incontrolável”, como ainda os aspectos positivos,
afirmando é inegável que os “é aceitável que atuem com criatividade,
suprindo cochilos legislativos, eliminando silêncios eloquentes,
procurando sanar as dificuldades propiciadas pelo próprio
ordenamento, que é incapaz de prever, normativamente, a
unanimidade das situações a serem regulamentadas.”
Por fim, para firmar rigor terminológico com relação à diferenciação
entre ativismo judicial e judicialização Lenio Streck levanta os
conceitos envolvidos:
2
MENDES, Gilmar Ferreira Curso de direito constitucional / Gilmar Ferreira Mendes, Paulo Gustavo
Gonet Branco. – 12. ed. rev. e atual. – São Paulo : Saraiva, 2017. P. 443
3
RE 592.377, red. p/ acórdão Min. Teori Zavascki, julgado em 4-2-2015
4
Bulos, Uadi Lammêgo. Curso de direito constitucional I Uacli Lammêgo Bulos. - 8. cd. rcv. e atrn.11. de
acordo com a Emenda Constitucional n. 76/2013 - Seio Paulo: Saraiva, 2014p.409
como já o fiz em outras oportunidades, que a judicialização é
contingencial. Ela depende de vários fatores que estão
ligados ao funcionamento constitucionalmente adequado das
instituições. O ativismo judicial, por outro lado, liga-se à
resposta que o judiciário oferece à questão objeto de
judicialização. No caso específico da judicialização da política,
o ativismo representa um tipo de decisão na qual a vontade
do julgador substitui o debate político (seja para realizar um
pretenso “avanço” seja para manter o status quo).”
c. Julgados/Informativos
Ementa
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NA SUSPENSÃO DE TUTELA
ANTECIPADA. DIREITOS FUNDAMENTAIS SOCIAIS. DIREITO À
SAÚDE. SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. FORNECIMENTO DE
MEDICAMENTO INDISPENSÁVEL PARA O TRATAMENTO DE DOENÇA
GENÉTICA RARA. MEDICAÇÃO SEM REGISTRO NA ANVISA. NÃO
COMPROVAÇÃO DO RISCO DE GRAVE LESÃO À ORDEM E À
ECONOMIA PÚBLICAS. POSSIBILIDADE DE OCORRÊNCIA DE DANO
INVERSO. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. I - A
decisão agravada não ultrapassou os limites normativos para a
suspensão de segurança, isto é, circunscreveu-se à análise dos
pressupostos do pedido, quais sejam, juízo mínimo de delibação
sobre a natureza constitucional da matéria de fundo e existência de
grave lesão à ordem, à segurança, à saúde, à segurança e à
economia públicas, nos termos do disposto no art. 297 do RISTF. II –
Constatação de periculum in mora inverso, ante a imprescindibilidade
do fornecimento de medicamento para melhora da saúde e
manutenção da vida do paciente. III – Agravo regimental a que se
nega provimento. STA 761 AgR / DF - DISTRITO FEDERAL
d. Legislação
e. Leitura sugerida
f. Leitura complementar