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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL

UNINTER

CAROLINA MERLIN SIGNORINI, RU 2028486, TURMA 10/17

ESTÁGIO SUPERVISIONADO: DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA

SALTO
2019
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL

UNINTER

CAROLINA MERLIN SIGNORINI, RU 2028486, TURMA 10/17

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Relatório de Estágio Supervisionado Docência


na Educação Básica: apresentado ao curso
de Licenciatura em Pedagogia do Centro
Universitário Internacional UNINTER.

SALTO
2019
SUMÁRIO

1. Introdução ........................................................................................................ 3
2. O Estágio ......................................................................................................... 4
2.1 Educação Infantil ....................................................................................... 4
a) Concepção Pedagógica do Centro de Educação Infantil ................ 5
b) Descrição e análise reflexiva das atividades do Estágio
Supervisionado .................................................................................6
c) Plano de Ação .................................................................................. 9
2.2 Anos Iniciais do Ensino Fundamental ...................................................... 11
a) Concepção Pedagógica do Centro de Educação Infantil .............. 11
b) Descrição e análise reflexiva das atividades do Estágio
Supervisionado .............................................................................. 12
c) Plano de Aula ..................................................................................15
3. Considerações Finais .....................................................................................19
4. Referências Bibliográficas ..............................................................................21
5. Apêndices .......................................................................................................23
6. Anexos ............................................................................................................24
1. INTRODUÇÃO

O Estágio supervisionado é uma atividade que oportuniza ao aluno a análise


da realidade da docência diretamente nos campos de atuação, reconhecendo os
métodos utilizados e os recursos disponíveis para favorecer o processo profissional
(UNINTER, 2019).
O Estágio tem como finalidade a análise reflexiva do contexto escolar, por meio de
observação, investigação, planejamento e regência de aulas na Educação Infantil e
nos anos iniciais do Ensino Fundamental (UNINTER, 2019).
As atividades desse momento do Estágio focalizaram os seguintes objetivos:
 Análise de princípios e critérios para organização de atividades de ensino
adotados pelos professores;
 Análise dos processos de ensino e aprendizagem;
 Planejamento e Docência – Elaboração de plano de ação na Educação
Infantil; elaboração e aplicação de plano de aula no Ensino Fundamental;
 Elaboração, análise e discussão de relatório e diagnósticos realizados no
estágio.
O Estágio Supervisionado na Educação Básica se realizou em duas etapas
contemplando a Educação Infantil e o Ensino Fundamental porém, mesmo em
ambientes físicos diferentes, o responsável técnico foi o mesmo.
Na etapa 1, o estágio deu-se em um ambiente exclusivamente voltado para a
Educação Infantil, ou seja, não compartilhado com crianças com mais de 5 anos de
idade o que facilita a exposição de materiais pelas salas de aula, pelos corredores e
com ambiente externo apropriado para a idade. A escola conta com berçário,
oferecido para crianças de 6 meses até 1 ano e 3 meses, até salas com alunos de 5
anos sendo oferecido até em período integral.
Na etapa 2 do estágio aconteceu em uma escola que abrange alunos do
primeiro ano do ciclo 1 até o quinto ano deste mesmo ciclo com turmas pela manhã
e a tarde. O ambiente é preparado para a inclusão de diversos tipos de alunos
apesar de ser um prédio mais antigo. Não há ambiente para recreação além do pátio
escolar.
O estágio é parte fundamental na formação do professor pois é em campo de
estágio que é possível articular a teoria aprendida com a prática apresentada. Sua
importância está em propiciar, aprofundamento científico e vivência de práticas
profissionais fundamentadas em atitude crítica e criativa, frente à realidade em
transformação e deve, em última instância, revelar a íntima relação entre teoria e
prática (UNINTER, 2019).
A metodologia aplicada em campo de estágio foi a observação participativa:

é realizada em contato direto, frequente e prolongado do


investigador, com os atores sociais, nos seus contextos culturais,
sendo o próprio investigador instrumento de pesquisa. Requer a
necessidade de eliminar deformações subjetivas para que possa
haver a compreensão de factos e de interações entre sujeitos
em observação, no seu contexto. É por isso desejável que o
investigador possa ter adquirido treino nas suas habilidades e
capacidades para utilizar a técnica. (Correia, 1999, p. 31)

Essa metodologia é denominada de qualitativa, a Observação Participante


é utilizada em estudos ditos exploratórios, descritivos, etnográficos ou, ainda,
estudos que visam a generalização de teorias interpretativas (CORREIA,
1999).
Além da observação participativa em sala de aula e nos ambientes de
convivência, foi realizado um plano de ação para a educação infantil e um plano de
ação para o ensino fundamental sendo este último aplicado em sala de aula.
No presente relatório, temos descrito as atividades realizadas em sala de aula
nos dias de observação participativa com análise reflexiva, a descrição dos planos
de ação da educação infantil e ensino fundamental além das impressões da
aplicação da docência no ensino fundamental.

2. O ESTÁGIO

2.1. EDUCAÇÃO INFANTIL

O estágio de Educação Infantil se deu na escola CEMUS IV – Professor Odilo


Della Paschoa que se encontra no bairro Vila Ideal e conta com uma equipe de 20
professores, 20 funcionários e aproximadamente 200 alunos de 6 meses há 5 anos
de idade. A oferta das turmas ocorre em meio período ou em período integral. O
local é arborizado, amplo com estrutura direcionada para educação infantil com
parque, biblioteca, horta e com refeitórios e banheiros adaptados para crianças de
até 5 anos.

A) CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA

Quando iniciam sua trajetória de vida, as crianças tem direito a saúde, amor,
aceitação e segurança, que constituem um forte alicerce para suportar as fases
posteriores do desenvolvimento.
A Lei de Diretrizes e Bases no 9394/96 , que organiza os sistemas e formas de
ensino no Brasil, traz uma nova concepção de creche-ambiente de educação e
cuidados, onde surgem vários questionamentos, mostrando a fundamental
importância deste espaço, anteriormente direcionado aos cuidados para com a
criança, atribuindo-se a partir de então, um papel educativo complementar junto às
famílias.
O currículo da Educação Infantil – 0 a 3 anos – é centrado nos eixos de
formação pessoal, social e conhecimento de mundo e deverá contribuir para prática
e vivencias pedagógicas plenas de êxito e alegria, culminando com aprendizagem
satisfatória e significativa das crianças.
No meio educacional, existem várias concepções a respeito do significado e dos
objetivos do ensino. Algumas são centradas na figura do professor, geralmente
baseadas nas tendências de educação tradicional, outras têm o aluno como sujeito
do ensino, baseadas em tendências escolanovistas, e outras ainda, talvez cada vez
mais atuais e elaboradas, são centradas não tão somente no trabalho do professor e
nem mesmo somente no processo de aprendizagem individual do aluno, mas no
conjunto formado por estes fatores, na relação professor-aluno que permeia,
obrigatoriamente, o processo eficaz de ensino-aprendizagem (GADOTTI, 1995).
Durante as observações do estágio, percebeu-se que o aluno é o sujeito da
aprendizagem, mas ele não está sozinho nessa tarefa. Sua aprendizagem é
mediada pelo professor. Cabe ao professor, com sua experiência, propor desafios,
problematizações, hipóteses e investigações, levando o aluno a mobilizar recursos
cognitivos que o levem a progredir em suas descobertas. Cabe ao aluno o esforço
intelectual, a explicitação de suas hipóteses e de seu raciocínio, assim como a
tomada de consciência de suas maneiras de aprender. Dessa forma, a
aprendizagem do aluno é um processo reflexivo, de construção de sentidos e de
significados na sua relação com os objetos do conhecimento, mediado pelo
professor. Cabe aos dois reconhecer que todo conhecimento nunca se torna
completo e acabado, o que os estimula permanentemente a buscar saber mais e
melhor (GADOTTI, 1995).

B) DESCRIÇÃO E ANÁLISE REFLEXIVA DAS ATIVIDADES DO ESTÁGIO


SUPERVISIONADO

A sala escolhida para realizar o estágio supervisionado foi uma turma com
alunos, em sua maioria, com 4 anos completos. A turma tinha 19 alunos, uma
professora e uma ajudante de sala.
A disposição de sala era alunos em cadeiras em grupos de quatro, com quadro
negro e espaço amplo para realização de atividades. Inúmeras prateleiras com
material e livros à disposição separados em temas como por exemplo canto da
leitura , cantinho de artes e canto dos jogos e vários cartazes pendurados em um
varal ao redor da sala de aula.
A organização do ambiente é um fator que contribui para o aprendizado das
crianças de qualquer faixa etária, porém, no caso da Educação Infantil, pensar na
disposição dos componentes da sala de aula como mesas e cadeiras, quadros,
brinquedos é determinante para que a criança apreenda todo o conhecimento
necessário e participe com prazer de todas as atividades trazidas (SAINT-ONGE,
1999).
Como fator determinante, temos que a sala de aula deve ser um ambiente
estimulante para as crianças. É na educação infantil que suas capacidades
cognitivas e motoras são exercitadas através de atividades lúdicas – ou seja, é no
ambiente da sala de aula que a criança deve aprender brincando. É importante que
todas as ferramentas necessárias para que o educador desenvolva seu
planejamento de aula e alcance seus objetivos estejam sempre à mão, e que cada
elemento que componha o ambiente seja cuidadosamente escolhido (SAINT-ONGE,
1999).
Como principais pilares a serem observados na organização da sala de aula são:
higiene, decoração e funcionalidade para os alunos e para o professor. Além disso,
a sala de aula deve estimular a responsabilidade e desenvolver habilidades sociais
como gentileza nas crianças, portanto, dividir o local disponível em espaços
compartilhados, que devem ser arrumados pelas próprias crianças, é algo altamente
recomendado (MEC, 2006).
A organização do espaço é a materialização de uma determinada
concepção de infância e de criança. As formas de arrumação da sala, das
mobílias, dos materiais disponíveis, da altura dos móveis e dos murais e dos
brinquedos nos levam a refletir sobre a visão da instituição e os jeitos de ser
e de conviver das pessoas que ali atuam. Além disso, revelam o Projeto
Político-Pedagógico que sustenta a prática pedagógica de cada ambiente.
(PORTAL DA EDUCAÇÃO, 2015).

Em sala de aula foi observado que, diariamente, na chegada à sala de aula, o


professor inicia com a rotina, ou seja, recebe os alunos com música suave, conversa
com os alunos sobre que dia é (numericamente e dia da semana), mostra o
calendário, conversa sobre o clima, conta quantos alunos estão em sala (meninos,
meninas e total) e os questiona se alguém tem algo especial para contar que fez no
dia anterior. Em seguida o professor conta ao aluno o que está programado para
aquele dia.
As atividades aconteceram principalmente em dois ambientes : sala de aula e
ambiente externo (pátio e parquinho).
No primeiro dia, o professor trabalhou inicialmente a revisão do nome dos alunos
e a revisão do conceito de igual e diferente com o objetivo de os alunos
reconhecerem a letra inicial do nome e sua escrita e conseguirem realizar a
diferenciação dos opostos. Para isso, ele utilizou como estratégia a utilização de
brincadeiras, trabalho artístico e cartaz. Os alunos cantaram músicas infantis e
foram ao parquinho. Após o parquinho houve a higiene das mãos e arrumação da
sala. Este último momento descrito, acontece como rotina em todos os dias da
observação.
No segundo dia acompanhado, o tema abordado foi “Respeitando as diferenças.
A primeira atividade foi uma dinâmica da folha de papel amassada que após
amassada não perde suas marcas com o intuito de estimular a criança a respeitar e
tratar seus colegas de forma pacifica e respeitosa. A segunda atividade foi
relacionada a tarefa de casa: os pais responderam questões sobre a criança como
por exemplo com quem a criança se parece mais, qual é a cor dos olhos, a cor dos
cabelos e outras questões e o professor discutiu sobre a diferença entre os alunos e
as pessoas trazendo sempre o tema respeito. Em seguida, o professor leu o livro
MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA interagindo com os alunos, mostrando as
ilustrações e foi aberta uma roda de conversa sobre o tema e em seguida os alunos
realizaram um desenho sobre o livro. Houve também um momento de brincadeira
livre no parque e, seguindo a mesma rotina, higiene das mãos e arrumação da sala.
No terceiro dia de observação da turma de alunos, as atividades foram mais
voltadas para desenvolvimento de coordenação motora das crianças: brinquedos de
encaixe, modelagem com massinha, montagem de quebra cabeça e alinhavo.
No quarto dia de estágio, após serem recebidos com a rotina, realizaram uma
pintura livre, após isso, brincaram com LEGO em atividade dirigida pelo professor
trabalhando sequencia matemática, realizaram contação de histórias com dedoches
e em seguida brincaram com boliche e peteca no pátio.
No último dia de observação, os alunos realizaram uma pintura com guache e
cotonete, montaram quebra cabeça, tiveram um momento de brincar livre com um
brinquedo que levaram de casa e encerraram o dia com fantoches.
As atividades em sala de aula foram todas dirigidas e com objetivo claro no
desenvolvimento e aprendizagem das crianças. Porém, nenhuma atividade em
ambiente externo foi dirigida, todos os momentos foi apenas de recreação como se
apenas o ambiente de sala de aula fosse de aprendizagem.
As atividades lúdicas são fundamentais na formação das crianças, e facilitadoras
dos relacionamentos e das vivências no contexto escolar, pois além de estimular a
imaginação, promove as transformações de sujeito em relação ao seu objeto de
aprendizagem.
 O brincar associado ao educar proporciona grande eficácia em relação à
assimilação de conteúdos e é um método que merece importância e pesquisas a
seu respeito.
Em seus estudos, Vygotsky (1998) afirma que a brincadeira é como uma maneira
de expressão e aprendizado do mundo dos adultos através do estabelecimento de
relações, atividades e apropriação de papéis. A brincadeira faz surgir nas crianças, a
capacidade para imaginar, fazer planos, apropriar-se de novos conhecimentos pois,
por intermédio da brincadeira e das atividades lúdicas, a criança está vivenciando
novos conhecimentos, e atua, mesmo que simbolicamente, nas diferentes situações
vividas pelo ser humano, reelaborando sentimentos, construindo conhecimentos,
significados e atitudes que serão trazidas para construção de si mesma em uma
enorme bagagem de conhecimento e vivências prazerosas de sua vida escolar.
Para que a criança possa praticar sua capacidade de criar é necessário que haja
riqueza e diversidade nas experiências que lhe são oferecidas e é preciso apropriar-
se de elementos da realidade da criança do seu cotidiano, readaptando e sendo
motivado com prazer no seu aprendizado.
C) PLANO DE AÇÃO

IDENTIFICAÇÃO
Instituição: CEMUS IV – Professor Odilo Della Paschoa
Professora: Sandra Maura Dias
Estagiário: Carolina Merlin Signorini
Turma: Infantil II – 4 a 5 anos
Número de alunos: 19 alunos
Tempo de duração de aula: 3 horas

EIXO DE TRABALHO E CONTEÚDO


O eixo de trabalho neste plano de ação é natureza e sociedade. O conteúdo a
ser trabalhado é alimentação saudável e preservação e cuidado com o meio
ambiente.

OBJETIVOS
 Desenvolver o grafismo (trabalhando o desenho de círculos);
 Trabalhar o equilíbrio e a concentração através de atividades físicas;
 Desenvolver o cuidado com a alimentação;
 Conhecer a importância da preservação e cuidado com o seu meio ambiente.

MATERIAIS UTILIZADOS/RECURSOS
O recurso utilizado será a construção de cartazes utilizando giz de cera, papel
pardo, guache, pincel, lixas de parede e milho.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA/SÍNTESE DO ASSUNTO


O papel da escola no tema saúde do aluno e educação em saúde centra-se
na preocupação com a construção da consciência crítica de seus alunos e,
consequentemente, a conquista da cidadania.
Nesta perspectiva, as práticas educativas no espaço escolar devem integrar
estratégias pedagógicas que propiciem discussão, problematização, reflexão das
consequências das escolhas no plano individual e social e decisão para agir
(CATRIB ET AL, 2003).
Com a LDBEN 9394, as creches e pré-escolas, que atendem crianças de até
seis anos e se vincularam ao sistema educacional, trouxe uma discussão e uma
preocupação mais formal com esse nível de ensino, preocupação esta que pode ser
identificada também por meio da criação dos Referenciais Curriculares Nacionais da
Educação Infantil (BRASIL, 2000).
Este material, mesmo sem explicitar claramente a necessidade do trabalho
com a promoção da saúde, expõe a importância do trabalho com a formação integral
das crianças. Centra-se nos eixos de Formação Pessoal e Social (incorporando a
preocupação com o cuidado infantil dentro do eixo de Identidade e Autonomia) e
Conhecimento de Mundo (incorporando o trabalho com conteúdos informativos
sobre o tema saúde dentro do eixo de Natureza e Sociedade).

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Em uma roda conversar informalmente com os alunos, sobre como segurar
um lápis e fazer movimentos circulares desenhando bolinhas. Colocar um cartaz de
papel pardo no chão da sala e pedir que os alunos desenhem círculos nele. Após
todos terem desenhado, conversar sobre os tamanhos dos círculos, fazendo-os
observar que praticamente todos têm tamanhos diferentes, mas que ainda assim
continuam sendo círculos. Após terminarem, pintar com pincel e tinta os círculos.
Após finalizada esta etapa, em rodinha da conversa trazer o tema
alimentação, de como devemos cuidar dela e como ela é importante para a nossa
saúde. Utilizando o cartaz da atividade anterior com os círculos, cada aluno deve
plantar dentro do circulo que desenhou uma sementinha (milho). Contar para a
turma qual semente ele plantou e por quê. Assim que terminarem, realizar um
trabalho de arte feito com lixa, onde deverão pintar uma folha em branco com a lixa
embaixo uma fruta ou legume, onde eles falaram o nome. Ao final, os trabalhos
serão expostos no varal da sala de aula.
Em um momento de avaliação da atividade, os alunos devem reconhecer a
figura geométrica círculo e as cores que estão pintados, desenvolvendo assim sua
concentração. Na segunda atividade, os alunos deverão ter refletido sobre sua
alimentação e os cuidados que devem ter com ela.
REFERÊNCIAS
CATRIB, A.M.F. et al. Saúde no espaço escolar. In: BARROSO, M.G.T.; VIEIRA,
N.F.C.; VARELA, Z.M.V. (Orgs.). Educação em saúde no contexto da promoção
humana. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2003.         

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Promoção da


saúde: 1998. Disponível em: <http:// www.saude.gov.br/sps>. Acesso em: 20 abr.
2019.       

2.2 ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

O estágio de Educação Infantil se deu na escola CEMUS IV – Professor Odilo


Della Paschoa que se encontra no centro da cidade e conta com uma equipe de 30
professores, 13 funcionários e aproximadamente 470 alunos de primeiro ano do ciclo
I até quinto ano do ciclo I e 12 crianças com necessidades especiais . A oferta das
turmas ocorre em período matutino e vespertino.
O prédio da escola é um pouco antigo mas o estado de conservação é bom e
bem adaptado para crianças com necessidades especiais. Conta com um pequeno
refeitório, pátio e uma quadra coberta na área externa e, além das salas de aula,
possui biblioteca, sala de artes e sala de informática.

1. CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA

  A escola é uma instituição social com o objetivo de desenvolver


as potencialidades físicas, cognitivas e afetivas dos alunos, por meio da
aprendizagem dos conteúdos (conhecimentos, habilidades, procedimentos, atitudes,
e valores) que deve acontecer de maneira contextualizada desenvolvendo nos
alunos a capacidade de tornarem-se cidadãos participativos na sociedade em que
vivem. O grande desafio da escola é fazer do ambiente escolar um meio que
favoreça o aprendizado e seja um ponto de encontro com o saber e com
descobertas de forma prazerosa e funcional (LIBANEO, 2014).
A escola deve oferecer meios e situações que favoreçam o aprendizado,
estimulando a vontade de aprender e também desenvolvendo a razão e o
entendimento da   importância desse aprendizado no futuro do aluno.
A concepção pedagógica é tradicional. A abordagem tradicional do ensino parte
do pressuposto de que a inteligência é uma faculdade que torna o homem capaz de
armazenar informações, das mais simples às mais complexas. Nessa perspectiva, o
professor decompõe o objeto de estudo com o objetivo de simplificar o
conhecimento a ser transmitido ao aluno que, por sua vez, deve armazenar somente
os resultados do processo (MIZUKAMI, 1986).
Desse modo, na escola tradicional o conhecimento humano possui um caráter
cumulativo, que deve ser adquirido pelo indivíduo pela transmissão dos
conhecimentos a ser realizada na instituição escolar (MIZUKAMI,1986).
Saviani (1991) mostra, porém, o caráter científico do ensino tradicional em suas
origens e que

...se estruturou através de um método pedagógico, que é o método


expositivo, que todos conhecem, todos passaram por ele, e muitos estão
passando ainda, cuja matriz teórica pode ser identificada nos cinco passos
formais de Herbart. Esses passos, que são o passo da preparação, o da
apresentação, da comparação e assimilação, da generalização e da
aplicação, correspondem ao método científico indutivo, tal como fora
formulado por Bacon, método que podemos esquematizar em três
momentos fundamentais: a observação, a generalização e a confirmação.
Trata-se, portanto, daquele mesmo método formulado no interior do
movimento filosófico do empirismo, que foi a base do desenvolvimento da
ciência moderna. (SAVIANI, 1991. p.55)

O ensino tradicional tem o objetivo de transmitir os conhecimentos, isto é, os


conteúdos a serem ensinados devem ser previamente compendiados,
sistematizados e incorporados ao acervo cultural da humanidade. Dessa forma, é o
professor que domina os conteúdos logicamente organizados e estruturados para
serem transmitidos aos alunos. A ênfase do ensino tradicional, portanto, está na
transmissão dos conhecimentos (Saviani, 1991).
A autora descreve também outra vertente do ensino tradicional, o chamado
ensino intuitivo, o qual se pretende provocar certa atividade no aluno:

Esta forma de ensino pode ser caracterizada pelo método maiêutico cujo
aspecto básico é o professor dirigir a classe a um resultado desejado,
através de uma série de perguntas que representam, por sua vez, passos
para se chegar ao objetivo proposto. (MIZUKAMI, 1986. p.17)

Essa metodologia é muito comum atualmente em nossas salas de aula. E os


estudiosos que defendem essa linha de pensamento, acreditam que ele provoca a
pesquisa pessoal no aluno. Quando os alunos conseguem chegar ao objetivo
proposto pelo professor, infere-se que eles compreenderam o conteúdo total
proposto. De acordo com Saviani (1991), o método tradicional continua sendo o
mais utilizado pelos sistemas de ensino, principalmente os destinados aos filhos das
classes populares.

2. DESCRIÇÃO E ANÁLISE REFLEXIVA DAS ATIVIDADES DO ESTÁGIO


SUPERVISIONADO

A turma escolhida para realizar o estágio supervisionado foi uma turma de


alfabetização, ou seja, primeiro ano do ciclo I com alunos com 6 anos completos.
Eram 20 alunos, uma professora e uma ajudante de sala que trabalha
exclusivamente no acompanhamento de uma aluna cega.
A disposição de sala era de alunos em cadeiras em duplas, enfileirados, com
quadro negro e pouco espaço livre. Duas prateleiras no fundo da sala e um armário
que mantinham os livros dos alunos e materiais da professora. No entorno da sala,
um varal com cartazes diversos. Nesta armário, havia muitos materiais para o ensino
da aluna cega incluindo uma máquina de braile.
Em sua vida escolar, o aluno cego necessita de materiais adaptados que
favoreçam o aprendizado através do conhecimento tátil-cinestésico, auditivo, olfativo
e gustativo – em especial materiais gráficos tateáveis e o braile. A adequação de
materiais tem o objetivo de garantir o acesso às mesmas informações que as outras
crianças têm, para que a criança cega não esteja em desvantagem em relação aos
seus pares (BATISTA, 2005).
Amiralian (2002) considera duas concepções de inclusão do deficiente visual. A
primeira proposta está mais voltada a programas de treinamentos que visam tornar o
deficiente visual mais parecido com o vidente.

Esse processo, chamado normalização, é bastante criticado. Primeiro,


porque não é possível tornar uma pessoa aquilo que ela não é. Além disso,
a questão da normalização traz nas entrelinhas a ideia de que ser deficiente
visual é ser inferior e faltante. Isto dificulta ainda mais a vivência dessa
condição pelo deficiente, porque se todas as suas percepções e conceitos
são considerados inferiores, então, resta a esta pessoa a busca constante
dos conceitos visuais que não lhe são acessíveis, a não ser pela fala dos
videntes, o que os deixa novamente dependentes (AMIRALIAN, 2002).
Há também uma outra forma de inclusão do deficiente visual que o aceita sem
valorizar as suas incapacidades, mas buscando respeitar o que ele é.
Essa concepção de inclusão tira de foco os limites e déficits dessas
pessoas, mas busca compreender a forma como essa pessoa se constitui e
percebe o mundo, de modo a não querer transformar os cegos em videntes,
e nem tampouco impor conceitos, padrões e valores dos que veem. Em vez
disso, tenta entender as limitações da ausência de visão e analisa as
condições de vida na família, escola e em outros grupos de referência que
possam facilitar o desenvolvimento desse indivíduo (AMIRALIAN, 2002).

Após a chegada em sala de aula, o professor inicia a rotina, ou seja, coloca


na lousa e solicita que o aluno o faça em seu caderno, data, o nome da escola, o
nome do aluno, o nome da professora, o dia da semana e as condições climáticas
Na lousa e com ajuda dos alunos, realiza a contagem dos alunos e expõe o
planejamento das atividades do dia. Em seguida, baseado em um cartaz de
sequência, solicita dois ajudantes para entregar os materiais dos demais alunos.
A ajudante de sala, através das orientações da professora, adapta todas as
atividades da turma para a aluna cega. As atividades são as mesmas porém
adaptadas. As letras são feitas em selas de braile com EVA para realização de
cruzadinhas e ditados por exemplo. Os desenhos são ampliados e contornados com
cola quente e, as letras são contornadas com barbante. Dependendo da atividade, o
professor realiza uma adaptação. Algumas atividades ficam apenas na oralidade,
sem adaptação.
A escola possui teclado especial para as aulas de informática e programa que
realiza a leitura das atividades e máquina de braile.
No primeiro dia de estágio, os alunos iniciaram a aula utilizando um livro onde
diariamente pintam um gráfico, de acordo com uma legenda, a temperatura do dia
anterior. Em seguida tiveram aula de português onde realizaram uma cruzadinha
com a letra M, leitura de parlenda enfocando a mesma letra, desenho e pintura
relacionados a essa parlenda. A adaptação para a aluna cega foi através de leitura
das palavras da cruzadinha nas celas de braile e pintura do desenho contornado da
parlenda em escala aumentada. Após o intervalo, tiveram aula de matemática
realizando contagem das ilustrações do livro e exercícios que trabalham maior e
menor. Para a adaptação dessa atividade para a aluna cega, foi colado diversos
materiais para contagem (palitos, bolinhas de papel, barbantes e outros).
No dia seguinte, todas as palavras que foram circuladas na parlenda do dia
anterior, foram utilizadas para um ditado. Em seguida tiveram aula de artes onde foi
trabalhado uma obra de arte de Tarsila do Amaral com material reciclável. Nesse
dia, os alunos foram liberados para assistir, na quadra da escola, o ensaio do teatro
que a escola apresentaria em uma amostra estudantil na cidade.
No próximo dia de observação participativa, a aluna cega era a ajudante na
entrega dos livros e, para ela identificar onde o aluno está em sala de aula, o aluno
bate palmas até a aluna cega encontra-lo. Na primeira aula foi dado matemática, os
alunos trabalharam com dinheiro. Recortaram moedas e notas e trabalharam
problemas envolvendo adição e subtração. A aula cega trabalhou apenas na
oralidade. A segunda aula foi português e foi trabalhado uma figura com animais
escondidos onde os alunos os encontraram, pintaram e escreveram o nome de
todos abaixo do desenho. A aluna cega os soletrou na oralidade e trabalhou as
letras nas selas de braile. Os animais trabalhavam a letra M. No último momento do
dia, os alunos foram encaminhados para a sala de informática. Nesse momento não
houve atividade dirigida. Os alunos, em duplas, podiam escolher jogos educativos
que estavam instalados nos computadores. A aluna cega tem disponível um
programa que realiza a leitura do que digita e, nesse momento, a aluna ficou
desvendando o teclado e a posição das letras.
No quarto dia de estágio, os alunos foram até o teatro para assistirem uma
peça da amostra estudantil de teatro da cidade. A peça era O Mistério de Feiurinha.
Durante a peça, a ajudante de sala que fica exclusivamente com a aluna cega, foi
relatando as cenas e o cenário. Ao chegarem na escola, realizaram um desenho
relacionado à peça de teatro. Também conversaram sobre o caminho, as calçadas,
as pessoas, as lojas, os carros.
No quinto dia de estágio, os alunos tiveram uma prova de matemática com
problemas de adição e subtração. A condução da avaliação foi tranquila com várias
explicações sobre as questões para a turma. A aluna cega tem agilidade mental e,
antes mesmo da adaptação da atividade para contagem e apenas com a leitura do
problema pela professora, ela obtinha a resposta correta. No segundo período,
realizaram a leitura de um livro escolhido pela turma e um desenho sobre ele.
No último dia de observação, os alunos iniciaram o dia com aula de educação
física. Em seguida realizaram correção da lição de casa onde os alunos precisavam
realizar a substituição de desenhos por palavras. A aluna cega não realizou a
atividade pois os pais também são cegos e não houve adaptação. Em seguida foi
dado inicio a aula de português com uma nova letra: N. Os alunos realizaram uma
lista de palavras iniciadas por N.
Na sala de aula há mais dois alunos com grande dificuldade, em todos esses
dias, me aproximei de um deles e colaborei com seu desenvolvimento nas
atividades de sala.
Após o cumprimento de observação participativa, no último dia, foi realizado a
regência da aula planejada que será descrito a seguir.

3. PLANO DE AÇÃO

IDENTIFICAÇÃO
Estagiário: Carolina Merlin Signorini
Instituição: CEMUS IV – Professor Odilo Della Paschoa
Disciplina: Português e Matemática
Turma: Primeiro ano do ciclo I
Professora: Luiza Estela Biaggio Rodrigues

CONTEÚDO
Português (construção de palavras e separação de sílabas) e Matemática (formas
geométricas e conceito de quantidade – mais e menos)

OBJETIVO
Dar continuidade no trabalho já iniciado pela professora, sem desfragmentação do
conteúdo e, através de diversas maneiras, também desenvolver a coordenação
motora dos alunos (recorte e colagem, pintura, escrita). Desenvolver e reforçar o
conceito e mais e menos nos alunos, formas geométricas e legenda. Desenvolver e
reforçar nos alunos as novas letras aprendidas e separação de sílabas.

SÍNTESE DO ASSUNTO
Em Freire (1992), mesmo sem utilizar o termo letramento propriamente dito,
percebe-se que era um defensor ativo das propostas de ler para o mundo, e não
permanecer na mera repetição de letras e números, vazios de significados, mas
trazer para aqueles que participam deste processo a luz das ideias de reivindicar
uma sociedade igualitária, pois esta se encontra marginalizada por oprimidos e
opressores.

Daquele contexto ‐ do meu mundo imediato fazia parte, por outro lado, o
universo da linguagem dos mais velhos, expressando as suas crenças, os
seus gostos, os seus receios, os seus valores. Tudo isso ligado a contextos
mais amplos que o do meu mundo imediato e de cuja a existência eu não
podia sequer suspeitar. (FREIRE, 1992, p.14).

Letramento e Alfabetização de acordo com Melo, Rocha & Campos (2010),


são considerados processos indissociáveis, interdependentes e simultâneos, pois:

a Alfabetização desenvolve-se no contexto de e por meio de


práticas sociais de leitura e escrita, isto é, através de atividades de
Letramento, e este por sua vez, só pode desenvolver-se no contexto da e
por meio da aprendizagem das relações grafema fonema, isto é em
dependência da Alfabetização (SOARES 2004. p.14. apud MELO, ROCHA
& CAMPOS 2010)

Como afirma ainda Melo & Rocha (2009) na prática de ensino, o professor
promove atividades sociais com motivos claros em que alunos participarão,
ativamente, de modo, que construam a relação entre texto, motivo e atividade social.
Destacam questões sobre o quê, onde, como e por que usar determinado texto.
Acredita-se que tal relação otimizará a formação do leitor iniciante enquanto usuário
da língua na cultura letrada.

DESENVOLVIMENTO DA AULA
Após a realização da rotina, iniciamos a aula com matemática. No primeiro
exercício, os alunos devem contar os ovinhos nos ninhos e responder as questões
propostas e na segunda atividade, deve contar as figuras, colocar o número arábico
ao lado e escreve-lo por extenso. Após, realizar a pintura das figuras e localizar qual
imagem tem mais ou menos.

Este exercício ajudará as crianças a desenvolver suas habilidades de


contagem e observação, além de conceitos matemáticos como comparação e
relação de números com quantidades.
Na segunda atividade de matemática, trabalharemos formas e legenda. O
aluno deverá reconhecer quais formas geométricas representam o desenho e após,
realizar a pintura do desenho através da legenda. A capacidade de identificar com
precisão formas é uma habilidade matemática fundamental, e é bastante gratificante
para crianças porque o mundo delas é cheio de formas. Entender formas permitirá
que os alunos estejam mais sintonizados para o mundo ao seu redor e ver as
conexões entre os objetos.

Iniciamos português com um caça palavras e seguimos com uma atividade


para completar o nome da figura com a primeira letra. Em seguida, foi aplicada uma
atividade de separação de sílabas com algumas perguntas sobre as palavras do
quadro. E, por último, uma atividade para perceber o som da fala que também
trabalha letras e sílabas.

Para tarefa de casa, entreguei uma folha para recorte e cole de português.
RECURSOS
Utilizado as atividades descritas acima.

AVALIAÇÃO
A avaliação se deu inicio assim que as atividades foram aplicadas pois
realizamos a atividade na oralidade em conjunto e rodiziando nas carteiras dos
alunos. Ao final da atividade de matemática realizamos algumas perguntas em grupo
como por exemplo qual a figura que tem três pontas, que objeto tem forma de círculo
e quadrado.
Após a atividade de português conversamos sobre a separação de sílabas na
oralidade com palavras sugeridas pelos alunos e nomes descobrindo as palavras
monossílabas e palavras com muitas sílabas.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao concluir este trabalho podemos efetivamente compreender a importância do


estágio supervisionando na formação docente, pois o estágio possibilitou redefinir os
saberes, as reflexões sobre a prática e a construção de identidade de cada criança.
Foi relevante vivenciarmos a realidade do trabalho educativo na Educação Infantil e
nos anos iniciais do Ensino Fundamental, assim sendo, obtivemos experiências que
irão favorecer nossas vidas pessoais e profissionais.
A experiência de estágio na formação de professores possibilita a articulação
entre os conhecimentos teóricos desenvolvidos na universidade, com a prática
educativa pensada em uma perspectiva e também representa a aproximação da de
seu campo de atuação. Compreende-se que a articulação teoria e prática precisa
fazer parte do direcionamento dado em todo o processo de formação docente
(AROEIRA, 2014).
Dessa forma, o estágio é o momento em que o discente tem a oportunidade de
analisar a prática docente em sala de aula, e realizar uma reflexão sobre a prática
pedagógica para, realizar mudanças e adequações em sua própria ação pedagógica
(AROEIRA, 2014).
Todavia convém ressaltar, que não é de caráter do aluno-estagiário observar a
pratica docente para criticar e menosprezar o trabalho desenvolvido, mas sim para
aprender e contribuir com o meio que está sendo observado.
Para atuar na Educação Infantil é necessário ir muito além de apenas gostar de
crianças, mas sim se dedicar a uma formação consistente e uma reflexão constante
sobre nossas práticas, procurando sempre inovar, além disso, é necessário estar
sempre abertos a indagações, à curiosidade, às perguntas das crianças inclusive
para utilizar essas indagações como fomento para a prática educativa e estarmos
sempre atualizados, estudando e pesquisando variados assuntos.
Nos anos iniciais do Ensino Fundamental é necessário estudo constate e
empenho do professor e da escola para sempre superar a visão puramente
tradicional de ensino para que a escola seja sempre um ambiente de aprendizagem
prazerosa, que desperte o interesse do aluno através do oferecimento de meios e
situações que favoreçam o aprendizado, estimulando a vontade de aprender e
também desenvolvendo a razão e o entendimento da   importância desse
aprendizado no futuro do aluno.
Apesar de, entre as turmas que acompanhei, a diferença de idade ser tão
pequena (dois anos ou menos), é visível a diferença das duas fases de ensino,
Educação Infantil e Ensino Fundamental. Os alunos até 5 anos são respeitados
como crianças e as atividades favorecem que se realize um desenvolvimento social
e como cidadão. Assim que o aluno entra no ensino fundamental, o aluno é quase
forçado a deixar o lúdico de lado e a se concentrar em suas cadeiras e lousa, onde
quase em todos os momentos, é esquecido que eles continuam sendo crianças e
que o lúdico também traz aprendizado.
Nesse sentido, nós futuros professores, somos um elemento fundamental nesse
processo, em que estaremos sempre mediando e construindo a identidade e
despertando os interesses e as capacidades das crianças.
De uma forma geral percebeu-se que o estágio proporcionou a análise de que a
teoria e prática devem caminhar juntas, possibilitando a reflexibilidade acerca da
profissão docente e na construção da identidade profissional do educador.
O que se pode considerar ao término desse trabalho, é que, a educação infantil e
dos anos iniciais do ensino fundamental precisam ser entendidas não como um
tabuleiro em que todos os pedaços são iguais, mas como uma colcha de retalhos,
em que os pedaços são diferentes, isto é, atuar com crianças é vislumbrar a beleza
e diversidade do ser criança e as múltiplas alternativas educativas.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Natureza Humana, 9(1), 129-153, 2007.

AROEIRA, K. P. Estágio supervisionado e possibilidades para a formação com


vínculos colaborativos entre a universidade e a escola. In: ALMEIDA, M. I.;
PIMENTA, S. G. (Org.). Estágios supervisionado na formação docente. São Paulo:
Cortez, 2014.

Batista, C. G. Formação de conceitos em crianças cegas: questões teóricas e


implicações educacionais. Psicologia: teoria e pesquisa, 21(1), 7-15, 2005.

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Pensar Enfermagem, 13(2), 30-36, 1999.

CATRIB, A.M.F. et al. Saúde no espaço escolar. In: BARROSO, M.G.T.; VIEIRA,
N.F.C.; VARELA, Z.M.V. (Orgs.). Educação em saúde no contexto da promoção
humana. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2003.        
FREIRE, P. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 27.
ed. São Paulo: Cortez / Autores Associados, 1992.

GADOTTI, M. Histórias das ideias pedagógicas. São Paulo: Ática, 1995.

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social ou de ensino-aprendizagem? In. BARRA, V. Educação: ensino, espaço e
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MEC. Parâmetros Básicos de Infraestrutura para Instituições de Educação


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MELO, Silmara C. Barbosa; ROCHA, Sílvia R. da Mota. Modelos teórico-


metodológicos de alfabetização e letramento: implicações pedagógicas. XIX
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PORTAL EDUCAÇÃO. O Brincar. Disponível em


<https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/o-brincar/26042>.
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RIZZO, G. Creche: organização, currículo, montagem e funcionamento.


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VYGOTSKY, Lev. S. A Formação Social da Mente. 4ª ed. São Paulo: Martins Fontes
Editora Ltda, 1998

5. APÊNDICES

img1: Prova de matemática aplicada durante o estágio


6. ANEXOS

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