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Educação
No conjunto, as três entidades vão atender instituições de ensino dos 26 estados que pediram ajuda
tecnológica para enfrentar o problema. Essas escolas registraram baixos índices de desenvolvimento da
educação básica (Ideb) em 2005 e 2007. A média nacional do Ideb em 2005 foi de 3,8 pontos e em 2007, de
4,2 pontos, numa escala até dez.
Etapas— A primeira etapa, já iniciada, é de formação e capacitação dos gestores das escolas a serem
atendidas e dos professores das classes dos alunos com defasagem de idade em relação à série ou ano. A
capacitação, com calendários diferenciados, deve ser concluída até fevereiro do próximo ano. A segunda fase
será a de acompanhamento das atividades dos professores nas salas de aula e de avaliação do processo
durante o ano letivo de 2010. A última etapa é a entrega dos resultados ao MEC.
Ao investir na correção de fluxo escolar, o Ministério da Educação espera, segundo Raymundo Ferreira, que
ao final de 2010 os estudantes sejam integrados à série ou ano correspondente à idade. O segundo
resultado esperado é o aumento do Ideb nas escolas atendidas. A aferição será feita com a aplicação da
Prova Brasil, em 2011.
Ionice Lorenzoni
A terceira série do ensino médio teve 6,7% de evasão, que chegou a 11% do total de alunos nessa etapa de
ensino. A metodologia que tornou possível esse levantamento, feito a partir do acompanhamento
longitudinal da trajetória dos estudantes, completa 10 anos, e os resultados foram apresentados durante o
seminário 10 Anos de metodologia de coleta de dados individualizada dos censos educacionais, realizado
pelo Inep.
A série histórica revela, em todas as etapas de ensino, uma queda progressiva na evasão escolar de 2007 a
2013, mas o comportamento se altera em 2014, quando as taxas aumentam. A evasão é maior nas escolas
rurais, em todas as etapas de ensino. O estado do Pará tem a mais alta taxa de evasão em todas as etapas
de ensino, chegando a 16% no ensino médio.
Migração – A migração para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) é mais expressiva ao final do ensino
fundamental, quando chega a 3,2% e 3,1%, no sétimo e oitavo anos, respectivamente. Em relação à rede de
ensino, a migração é maior na rede municipal dos anos finais do ensino fundamental, quando alcança uma
taxa de 3,8%. Já no ensino médio, a migração é mais expressiva na rede estadual de ensino, com 2,2%.
Já os indicadores de promoção e repetência não são inéditos, mas pela primeira vez são divulgados com
detalhamento para todo o território nacional. É possível, por exemplo, observar as taxas de cada unidade da
Federação e município. Entre 2014 e 2015, a repetência na primeira série do ensino médio chega a 15,2%. O
índice também é alto no sexto ano do ensino fundamental, com taxas de 14,1% de repetência.
O Seminário 10 Anos da Metodologia de Coleta de Dados Individualizados dos Censos Educacionais faz parte
das comemorações dos 80 anos de fundação do Inep e será encerrado nesta quarta-feira, 21, em Brasília. A
programação envolve debates sobre os ganhos informacionais com a mudança da metodologia de coleta de
dados, a potencialidade de uso das bases de dados estatísticos e os desafios futuros.
Nesta quarta-feira, 21, o Inep reapresentará os indicadores de trajetória do discente da educação superior,
divulgados no Censo da Educação Superior 2015, além de divulgar dados inéditos sobre a remuneração
média dos docentes da educação básica.