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Ministério da

Educação

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Correção de fluxo escolar terá investimento de R$ 78 milhões


Mais de 680 mil estudantes do ensino fundamental que estão em
séries ou anos incompatíveis com a idade receberão atendimento
específico durante o ano letivo de 2010, até superar a defasagem.
Para vencer esse obstáculo em escolas de 1.147 municípios, o
Ministério da Educação vai investir cerca de R$ 78 milhões.

A correção do fluxo escolar será feita com o uso de tecnologias


educacionais desenvolvidas pelos institutos Ayrton Senna e Alfa e
Beto e pelo Grupo de Estudos sobre Educação, Metodologia de
Pesquisa e Ação (Geempa). Todas elas pré-qualificadas pelo MEC.

No conjunto, as três entidades vão atender instituições de ensino dos 26 estados que pediram ajuda
tecnológica para enfrentar o problema. Essas escolas registraram baixos índices de desenvolvimento da
educação básica (Ideb) em 2005 e 2007. A média nacional do Ideb em 2005 foi de 3,8 pontos e em 2007, de
4,2 pontos, numa escala até dez.

De acordo com o coordenador-geral de tecnologias da educação da Secretaria de Educação Básica (SEB) do


MEC, Raymundo Carlos Machado Ferreira Filho, o Instituto Ayrton Senna será responsável pelo atendimento
a 505 municípios e a 276,3 mil alunos. A tecnologia usada será o programa Acelera, Brasil. O Instituto Alfa e
Beto vai atender 402 municípios e 275,9 mil estudantes com a tecnologia Programa de Correção de Fluxo
Escolar. O Geempa estará em 240 municípios para atender 131 mil alunos com a tecnologia Correção de
Fluxo Escolar na Aprendizagem. Os institutos e o Geempa trabalharão um ano e meio com as escolas.

Etapas— A primeira etapa, já iniciada, é de formação e capacitação dos gestores das escolas a serem
atendidas e dos professores das classes dos alunos com defasagem de idade em relação à série ou ano. A
capacitação, com calendários diferenciados, deve ser concluída até fevereiro do próximo ano. A segunda fase
será a de acompanhamento das atividades dos professores nas salas de aula e de avaliação do processo
durante o ano letivo de 2010. A última etapa é a entrega dos resultados ao MEC.

Ao investir na correção de fluxo escolar, o Ministério da Educação espera, segundo Raymundo Ferreira, que
ao final de 2010 os estudantes sejam integrados à série ou ano correspondente à idade. O segundo
resultado esperado é o aumento do Ideb nas escolas atendidas. A aferição será feita com a aplicação da
Prova Brasil, em 2011.

O investimento na aplicação de tecnologias na correção do fluxo escolar é uma resposta do Ministério da


Educação aos pedidos formulados pelos municípios nos planos de ações articuladas (PAR), em 2007 e 2008.
São prioritários os municípios com baixo Ideb.

Ionice Lorenzoni

Evasão no ensino médio supera 12%, revela pesquisa inédita


A maior taxa de evasão revelada pelo Censo Escolar entre 2014 e 2015 foi de 12,7% dos alunos matriculados
na primeira série do ensino médio, seguida por 12,1% dos matriculados na segunda série. A terceira maior
taxa de evasão é no nono ano ensino fundamental, que registrou 7,7%. Os números fazem parte dos
indicadores de fluxo escolar na educação básica, divulgados pela primeira vez pelo Instituto Nacional de
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), nesta terça-feira, 20.

A terceira série do ensino médio teve 6,7% de evasão, que chegou a 11% do total de alunos nessa etapa de
ensino. A metodologia que tornou possível esse levantamento, feito a partir do acompanhamento
longitudinal da trajetória dos estudantes, completa 10 anos, e os resultados foram apresentados durante o
seminário 10 Anos de metodologia de coleta de dados individualizada dos censos educacionais, realizado
pelo Inep.

Os números inéditos representam um grande avanço no monitoramento da educação e na condução das


políticas públicas e só são possíveis a partir da coleta de dados individualizados, adotada pelo Censo Escolar
desde 2007, e que permitiram um acompanhamento do estudante ao longo de sua trajetória escolar. Uma
das principais contribuições é a possibilidade de acompanhar os indicadores de todo o território nacional.

A série histórica revela, em todas as etapas de ensino, uma queda progressiva na evasão escolar de 2007 a
2013, mas o comportamento se altera em 2014, quando as taxas aumentam. A evasão é maior nas escolas
rurais, em todas as etapas de ensino. O estado do Pará tem a mais alta taxa de evasão em todas as etapas
de ensino, chegando a 16% no ensino médio.

Migração – A migração para a Educação de Jovens e Adultos (EJA) é mais expressiva ao final do ensino
fundamental, quando chega a 3,2% e 3,1%, no sétimo e oitavo anos, respectivamente. Em relação à rede de
ensino, a migração é maior na rede municipal dos anos finais do ensino fundamental, quando alcança uma
taxa de 3,8%. Já no ensino médio, a migração é mais expressiva na rede estadual de ensino, com 2,2%.

Já os indicadores de promoção e repetência não são inéditos, mas pela primeira vez são divulgados com
detalhamento para todo o território nacional. É possível, por exemplo, observar as taxas de cada unidade da
Federação e município. Entre 2014 e 2015, a repetência na primeira série do ensino médio chega a 15,2%. O
índice também é alto no sexto ano do ensino fundamental, com taxas de 14,1% de repetência.

Rendimento – Os indicadores de rendimento se referem à situação final do aluno ao final de um período


letivo declarada no Censo Escolar, podendo o mesmo ser aprovado, reprovados ou ter abandonado a escola
durante aquele ano letivo. Já os indicadores de fluxo escolar avaliam a transição do aluno entre dois anos
consecutivos considerando os seguintes cenários possíveis: promoção, repetência, migração para EJA e
evasão escolar.

O Seminário 10 Anos da Metodologia de Coleta de Dados Individualizados dos Censos Educacionais faz parte
das comemorações dos 80 anos de fundação do Inep e será encerrado nesta quarta-feira, 21, em Brasília.  A
programação envolve debates sobre os ganhos informacionais com a mudança da metodologia de coleta de
dados, a potencialidade de uso das bases de dados estatísticos e os desafios futuros.
Nesta quarta-feira, 21, o Inep reapresentará os indicadores de trajetória do discente da educação superior,
divulgados no Censo da Educação Superior 2015, além de divulgar dados inéditos sobre a remuneração
média dos docentes da educação básica.

Assessoria de Comunicação Social 

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