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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL

UNINTER

CAROLINA MERLIN SIGNORINI, RU 2028486, TURMA 10/17

ESTÁGIO SUPERVISIONADO GESTÃO ESCOLAR: FORMAL E INFORMAL

SALTO
2019
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL

UNINTER

CAROLINA MERLIN SIGNORINI, RU 2028486, TURMA 10/17

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Relatório de Estágio Supervisionado


Gestão Escolar: formal e informal: apresentado
ao curso de Licenciatura em Pedagogia do
Centro Universitário Internacional UNINTER.

SALTO
2019
SUMÁRIO

1. Introdução ........................................................................................................ 3
2. O Estágio ......................................................................................................... 4
2.1. Identificação da escola estagiada ..............................................................5
2.2. Concepção pedagógica da escola .............................................................6
2.3. Descrição e análise reflexiva das atividades de Estágio Supervisionado..7
2.3.1. Caracterização estrutural ............................................................7
2.3.2. Caracterização dos profissionais que atuam na escola
estagiada .................................................................................................
...............8
2.4. Entrevista, Visita e Observações ..............................................................8
2.5. Plano de ação – Gestão Escolar .............................................................11
3. Considerações Finais .....................................................................................13
4. Referências Bibliográficas ..............................................................................15
5. Anexos ............................................................................................................16
1. INTRODUÇÃO

O Estágio supervisionado é uma atividade que oportuniza ao aluno a análise


da realidade da docência diretamente nos campos de atuação, reconhecendo os
métodos utilizados e os recursos disponíveis para favorecer o processo profissional
(UNINTER, 2019).
O Estágio tem como finalidade a análise reflexiva do contexto educativo
(formal ou informal), por meio de observação, investigação e planejamento na
Gestão Educacional.
A realização de um estágio cujo objeto de estudo é a gestão educacional está
diretamente relacionada à equipe pedagógica-administrativa da instituição (diretor,
supervisor, orientador, coordenador) e aos diferentes sujeitos que participam
ativamente da instituição, tais como: professores, funcionários, pais, alunos etc
(UNINTER, 2019).
As atividades desse momento do Estágio focalizaram os seguintes objetivos:
 Formação continuada dos profissionais ;
 Atividades de planejamento (de aulas, projetos ...) ;
 Memórias de reuniões ou atas ;
 Organização dos espaços educativos ;
 Entorno educacional • Demandas e desafios da comunidade ;
 Principais problemas sociais e pedagógicos enfrentados pela instituição;
 Projetos de interação com a comunidade.
O estágio é parte fundamental na formação do professor pois é em campo de
estágio que é possível articular a teoria aprendida com a prática apresentada. Sua
importância está em propiciar, aprofundamento científico e vivência de práticas
profissionais fundamentadas em atitude crítica e criativa, frente à realidade em
transformação e deve, em última instância, revelar a íntima relação entre teoria e
prática (UNINTER, 2019).
A metodologia aplicada em campo de estágio foi a observação participativa:

é realizada em contato direto, frequente e prolongado do


investigador, com os atores sociais, nos seus contextos culturais,
sendo o próprio investigador instrumento de pesquisa. Requer a
necessidade de eliminar deformações subjetivas para que possa
haver a compreensão de factos e de interações entre sujeitos
em observação, no seu contexto. É por isso desejável que o
investigador possa ter adquirido treino nas suas habilidades e
capacidades para utilizar a técnica. (Correia, 1999, p. 31)

Essa metodologia é denominada de qualitativa, a Observação Participante


é utilizada em estudos ditos exploratórios, descritivos, etnográficos ou, ainda,
estudos que visam a generalização de teorias interpretativas (CORREIA,
1999).
No presente relatório, temos descrito detalhadamente a caracterização da
escola estagiada, dos profissionais que nela trabalham, da participação da
comunidade, momentos de planejamento e a concepção pedagógica da instituição.
Além da observação participativa, acompanhamento e entrevista com
pedagogos, coordenadores e direção da escola, foi realizado um plano de ação
relacionado a gestão escolar.

2. O ESTÁGIO

A Administração Escolar, que é responsável por tratar dos recursos materiais e


financeiros disponíveis para garantia da qualidade de ensino difere amplamente da
Gestão Escolar que trabalha com a finalidade de dar significado aos recursos
atribuídos e à forma como serão utilizados no processo da educação (LIBANEO,
2013).
A Gestão Escolar envolve vários setores e possui quatro pilares: Gestão
Pedagógica, Gestão Administrativa, Gestão Financeira e Gestão de Eficiência. Elas
precisam estar em constante sintonia para o bom funcionamento da instituição.
Logo, o gestor precisa integralizar os diferentes setores em prol do desempenho
escolar (PARO, 2016).
Assim, gestão escolar é a forma de administrar a escola como um todo gerindo
cada área, observando as necessidades e particularidades de cada setor,
promovendo uma melhor relação e desenvolvimento das atividades (LIBANEO,
2013).
É preciso ter habilidades de gerenciamento em aspectos que vão do plano
pedagógico às questões financeiras, ou seja, dar atenção à instituição como um
todo, não apenas no foco de negócio, que é o ensino (PARO, 2016).
Pedagogicamente, o objetivo da gestão escolar é orientar a busca de resultados
e fortalecimento da liderança, motivando as equipes de professores e funcionários
no alcance dos objetivos, além de enfatizar a qualidade do currículo por
competências e promover estímulos à participação dos pais no processo de busca
da excelência do ensino-aprendizagem (LIBANEO, 2013).
Tendo isso em vista, cada instituição de ensino deve planejar e executar sua
proposta pedagógica, administrar os recursos materiais da instituição, zelar pelo
ensino-aprendizagem do discente e promover a integração entre a instituição e a
comunidade (LIBANEO, 2013).
O diretor é o principal responsável e incentivador da gestão pedagógica e deve
ter o auxílio do coordenador pedagógico para difundir uma nova metodologia de
ensino para toda o corpo docente (PARO, 2016).
Para um plano pedagógico de qualidade, é necessário ter uma Gestão
Administrativa comprometida com os custos do processo educacional e que garanta
o uso correto dos recursos físicos e financeiros da instituição(PARO, 2016).
Por esses fatores, o gestor escolar é responsável por alinhar os diversos
setores de maneira que conversem entre si, estabelecendo metas e criando
mecanismos de participação de acordo com a particularidade de cada instituição.
As informações devem ser distribuídas por todas as equipes internas, para
que todos os colaboradores possam visualizar os objetivos e metas, além do
cumprimento delas.
Vivemos em uma era de contínuas mudanças e essa realidade também se aplica
ao meio pedagógico. O gestor deve estar atento as novidades que venham a surgir
e aberto para abraçar algumas dessas alterações. Isso auxilia na evolução do
ambiente escolar e na melhora dos resultados dos alunos como um todo, que
estarão preparados para lidar com os novos desafios impostos pela sociedade
(LIBANEO, 2013).

2.1. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA ESTAGIADA

O estágio supervisionado: Gestão Escolar – formal e informal foi realizado na


Escola Estadual Irmã Maria Nazarena Correa situada à rua São Tiago, número 82,
no bairro Jardim Alvorada, localizada na cidade de Salto, estado de São Paulo, CEP
13327-552. O contato com a escola pode ser realizado através do número de
telefone (11) 4029-7969 e pelo e-mail e046929a@educacaosp.gov.br.
A escola oferta atendimento aos alunos nos períodos matutino, vespertino e
noturno. No período matutino e vespertino, as turmas são a partir do sexto ano até o
último ano do ensino Médio. No período noturno, as turmas são de Ensino Médio e
EJA.
A instituição atende um total de 1689 alunos e, desse total, 21 são alunos em
processo de inclusão.
O estágio foi realizado no período de 08 de maio de 2019 a 28 de maio de 2019
no período matutino sendo acompanhado o coordenador pedagógico.

2.2. CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA DA ESCOLA

  A escola é uma instituição social com o objetivo de desenvolver


as potencialidades físicas, cognitivas e afetivas dos alunos, por meio da
aprendizagem dos conteúdos (conhecimentos, habilidades, procedimentos, atitudes,
e valores) que deve acontecer de maneira contextualizada desenvolvendo nos
alunos a capacidade de tornarem-se cidadãos participativos na sociedade em que
vivem. O grande desafio da escola é fazer do ambiente escolar um meio que
favoreça o aprendizado e seja um ponto de encontro com o saber e com
descobertas de forma prazerosa e funcional (LIBANEO, 2014).
A escola deve oferecer meios e situações que favoreçam o aprendizado,
estimulando a vontade de aprender e também desenvolvendo a razão e o
entendimento da   importância desse aprendizado no futuro do aluno.
A concepção pedagógica é tradicional. A abordagem tradicional do ensino parte
do pressuposto de que a inteligência é uma faculdade que torna o homem capaz de
armazenar informações, das mais simples às mais complexas. Nessa perspectiva, o
professor decompõe o objeto de estudo com o objetivo de simplificar o
conhecimento a ser transmitido ao aluno que, por sua vez, deve armazenar somente
os resultados do processo (MIZUKAMI, 1986).
Desse modo, na escola tradicional o conhecimento humano possui um caráter
cumulativo, que deve ser adquirido pelo indivíduo pela transmissão dos
conhecimentos a ser realizada na instituição escolar (MIZUKAMI,1986).
Saviani (1991) mostra, porém, o caráter científico do ensino tradicional em suas
origens e que

...se estruturou através de um método pedagógico, que é o método


expositivo, que todos conhecem, todos passaram por ele, e muitos estão
passando ainda, cuja matriz teórica pode ser identificada nos cinco passos
formais de Herbart. Esses passos, que são o passo da preparação, o da
apresentação, da comparação e assimilação, da generalização e da
aplicação, correspondem ao método científico indutivo, tal como fora
formulado por Bacon, método que podemos esquematizar em três
momentos fundamentais: a observação, a generalização e a confirmação.
Trata-se, portanto, daquele mesmo método formulado no interior do
movimento filosófico do empirismo, que foi a base do desenvolvimento da
ciência moderna. (SAVIANI, 1991. p.55)

O ensino tradicional tem o objetivo de transmitir os conhecimentos, isto é, os


conteúdos a serem ensinados devem ser previamente compendiados,
sistematizados e incorporados ao acervo cultural da humanidade. Dessa forma, é o
professor que domina os conteúdos logicamente organizados e estruturados para
serem transmitidos aos alunos. A ênfase do ensino tradicional, portanto, está na
transmissão dos conhecimentos (Saviani, 1991).
A autora descreve também outra vertente do ensino tradicional, o chamado
ensino intuitivo, o qual se pretende provocar certa atividade no aluno:

Esta forma de ensino pode ser caracterizada pelo método maiêutico cujo
aspecto básico é o professor dirigir a classe a um resultado desejado,
através de uma série de perguntas que representam, por sua vez, passos
para se chegar ao objetivo proposto. (MIZUKAMI, 1986. p.17)

Essa metodologia é muito comum atualmente em nossas salas de aula. E os


estudiosos que defendem essa linha de pensamento, acreditam que ele provoca a
pesquisa pessoal no aluno. Quando os alunos conseguem chegar ao objetivo
proposto pelo professor, infere-se que eles compreenderam o conteúdo total
proposto. De acordo com Saviani (1991), o método tradicional continua sendo o
mais utilizado pelos sistemas de ensino, principalmente os destinados aos filhos das
classes populares.

2.3. DESCRIÇÃO E ANÁLISE REFLEXIVA DAS ATIVIDADES DO ESTÁGIO


SUPERVISIONADO
2.3.1. CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL

A escola conta com doze salas de aula bem arejadas e estruturadas,


cortinadas e com capacidade para 45 alunos. A escola também possui biblioteca,
sala de informática, sala de vídeo, sala dos professores, secretaria, sala de reunião,
sala da coordenação, sala da direção, pátio amplo com duas quadras poliesportivas
cobertas, estacionamento para carros e motos, almoxarifado, cozinha, palco. O local
é bastante arborizado. Cada bloco possui dois banheiros.
Apesar de a escola ter muitas escadas, possui estrutura completamente
adaptada para deficientes físicos com rampas bem acessíveis e conservadas.

2.3.2. CARACTERIZAÇAO DOS PROFISSIONAIS QUE ATUAM NA


ESCOLA ESTAGIADA

A escola estagiada tem uma área bem extensa e uma grande quantidade de
alunos matriculados e, por isso uma quantidade grande de profissionais e
professores.
Os profissionais trabalham a bastante tempo na instituição estagiada e tem
um vínculo muito grande com os alunos. Conhecem suas histórias e há respeito
mútuo.
Os professores, em sua totalidade, tem especialização e outros cursos de
formação e também atuam há muitos anos nesta mesma escola. Mais de 50% dos
professores realizam dupla jornada, ou seja, trabalham em duas escolas em dois
períodos diferentes.
Os professores se demonstram desanimados com relação a docência e
educação do país uma vez que estamos com a politica desacreditada e por
consequência não há vislumbre de melhorias para a educação. Alegam que as salas
de aulas são muito grandes, com uma quantidade muito grande de alunos e que não
há como realizar um ensino mais próximo dos alunos ou desenvolve-los em suas
dificuldade especificas e que menos atenção ainda é desprendida aos alunos de
inclusão.
Além disso, contam que os adolescentes estão faltando com o respeito em
sala de aula e que os pais atribuem a educação que deveria ser dada em casa à
escola.
Como os salários são baixos, há necessidade de dupla jornada
impossibilitando um planejamento de aulas diferenciado ou além daquilo que o
material traz. Caracterizando um ciclo vicioso na educação tradicional.

2.4. ENTREVISTA, VISITA E OBSERVAÇÕES

a) CONTEXTUALIZAÇÃO DAS OBSERVAÇÕES DE ESTÁGIO


A escola situa-se em um bairro de classe pobre e agrega todos os bairros
vizinhos como São Gabriel, São Judas, Bom Retiro I e II, São João, Icaraí e
bairros rurais como Buru e Reconquista.
Por consequência, a maioria dos alunos tem baixa condição socioeconômica
mas são assíduos e com familiares bastante presentes na escola.
A instituição atende um total de 1689 alunos e, desse total, 21 são alunos em
processo de inclusão.
O estágio foi realizado no período de 08 de maio de 2019 a 28 de maio de 2019
no período matutino sendo acompanhado o coordenador pedagógico.

b) CARACTERIZAÇÃO DOS ESPAÇOS DE OBSERVAÇÃO


A escola é de grande porte e com inúmeros espaços de ensino-aprendizagem
além da sala de aula.
Todos os espaços são amplos, ventilados, com boa iluminação, boa estrutura e
comporta todos os alunos de uma mesma sala apesar de as turmas serem
numerosas.
A escola está bem conservada, bem estruturada com recursos tecnológicos
como computadores em bom estado e em quantidade suficiente, projetores e outros.
A disposição dos espaços e móveis transmite a concepção pedagógica da
escola.

c) CARACTERIZAÇÃO DOS ENVOLVIDOS


A instituição atende um total de 1689 alunos e, desse total, 21 são alunos em
processo de inclusão.
Os professores se demonstram bastante abertos a comunicação e os alunos se
demonstram a vontade de realizarem aproximação tanto para sanar dúvidas e
discutir sobre conteúdo aplicado como para contarem sobre questões pessoais e até
familiares.
Há respeito mútuo apesar de o relato de alguns momentos de desrespeito dentro
de sala de aula entre professores e alunos.

d) CARACTERIZAÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA


A escola tem uma equipe bem organizada, coesa e que trabalham juntos há
muitos anos e, portanto, tem grande harmonia nos planejamentos das atividades e
nas resoluções de problemas apesar de uma grande quantidade e variedade de
problemas devido a dimensão da escola e a quantidade de alunos.
A equipe administrativa/pedagógica da escola é composta por 11 elementos
desde a diretora até os secretários da escola. Todos os profissionais extremamente
educados, atenciosos e disponíveis com os alunos, professores e estagiários.
Falando especificamente do coordenador pedagógico, profissional calmo,
sorridente e conhece os alunos intimamente. Seus problemas e dificuldades
escolares e comportamentos e atitudes dentro e fora da escola. Realiza também a
orientação dos professores que possuem inclusão em sala de aula , reuniões com
pais para alinhamentos e com alunos quando há problemas a serem resolvidos.
Apesar do volume de trabalho, harmoniosamente a equipe trabalha. Percebe-se
também um grande orgulho em apresentar a escola que trabalham e dedicam tanto
tempo e esforço.
A escola em questão é uma escola estadual. O governo do estado oferece
cursos e treinamentos aos professores como por exemplo oficinas pedagógicas,
inclusão e avaliação. Os professores precisam se dirigir até a cidade vizinha para
realizar cursos mais específicos ou longos e, algumas pequenas oficinas, são dadas
na escola.
Não há um momento específico para realização de estudos com a equipe de
professores apenas discussões orais conforme a necessidade do dia a dia.

e) ATENDIMENTO À COMUNIDADE
A realidade socioeconômica dos alunos e suas famílias é carente. Muitos
desempregados e alunos que vem para a escola, muitas vezes, sem se alimentar.
Roubos e furtos frequentes e drogas (muito comum). Isso, somado ao grande porte
da escola, traz inúmeros problemas e questões a serem resolvidas diariamente.
Todas as ocorrências da escola são registradas em livro de ocorrências.
Apesar da realidade do bairro e das famílias e alunos que a escola atende, a
comunidade é presente em todas as atividades que a escola oferece. Reuniões de
pais e mestres e festa do dia da família (em setembro) são exemplos. Os pais, em
sua maioria atendem aos chamados da escola quando necessário e alguns até
realizam consultas ao coordenador pedagógico quando estão enfrentando
problemas em casa ou em outro âmbito que não o escolar.
De acordo com o relato do coordenador pedagógico, hoje a escola tem uma grande
responsabilidade além dos conteúdos: educar e direcionar os pais na educação de
seus filhos. Os pais depositam toda confiança na escola, e essa, tenta minimizar
esses problemas através de conversas com responsáveis, palestras para maior
informação de um determinado assunto e outros. Então, a relação entre escola e
comunidade é reciproca, uma ajuda a outra.

A escola e antiga e bem dividida. Possui espaço para reunião, para reforço
escolar, biblioteca e um pátio enorme. Percebi que não faltam espaços para
eventos, reuniões e atividades.
A escola funciona da 7 horas às 23 horas com três turnos rigidamente
seguidos.
O planejamento das atividades são anuais em um planejamento no início do
ano com todos os professores e equipe pedagógica e semanais com ajustes de
acordo com a necessidade dos alunos e equipe pedagógica.
Todas as reuniões, ocorrências e HTPC são relatados em atas e são
arquivados na escola.

2.5. PLANO DE AÇÃO – GESTÃO ESCOLAR

TEMA
Pedofilia

JUSTIFICATIVA
Educadores têm papel fundamental na identificação de crimes de pedofilia.
Além de prestar atenção em sinais que a criança ou o adolescente vítima de abuso
pode demonstrar, é fundamental que o educador não se omita por nenhuma razão
caso suspeite de algo.
A escola é uma das principais instituições mediadoras do desenvolvimento
intelectual e social dos sujeitos, exercendo um importante papel no processo
formativo e consequentemente na constituição das relações sociais desses sujeitos
no espaço escolar e também na comunidade em que vivem (SANTOS, 2011).
Diante dessa perspectiva, acredita-se que a capacitação sobre o tema da
violência sexual contra crianças e adolescentes dentro do ambiente escolar faz cada
vez mais sentido, visto que infelizmente casos desse tipo de violência continuam
sendo uma triste realidade presente no cotidiano atual, mas que devido a tabus e
falta de conhecimento ainda não estão presentes nos conteúdos de sala de aula,
projetos escolares, e muito pouco nas formações dos/as profissionais da Educação.
Dia 18 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração
Sexual contra crianças e Adolescentes onde o lema é “Esquecer é permitir, lembrar
é combater”. A secretaria de ação social da cidade de Salto, envolvendo todas as
escolas do município indicou a necessidade de uma ação neste sentido. A prefeitura
fará uma ação no dia 17 com os alunos e a escola deve se organizar e realizar uma
atividade com esse tema.

OBJETIVO
Instrumentalizar professores e equipe de profissionais da escola para:

 Discutir diferentes formas de abuso infantil;


 Conhecer a lei do abuso sexual contra menores;
 Conhecer as leis e órgãos de proteção à criança e divulgá-los;
 Reconhecer situações de risco ou de abuso para saber o que fazer e a quem
recorrer nessas situações;
 Socializar o conhecimento adquirido sobre abuso sexual de crianças.

PROPOSTA DE TRABALHO
Apresentar e discutir as vivências e conhecimentos através da cartilha auto
explicativa da campanha contra a violência contra crianças e adolescentes com
conceitos básicos sobre violência sexual e apresentar o vídeo da campanha
defenda-se em um HTPC.
A cartilha traz:
 Necessidade de se falar sobre violência sexual contra crianças e
adolescentes,
 Princípios que orientam a proteção de crianças e adolescentes no Brasil
 Tipos de violência e seus conceitos (abandono, negligencia, violência
psicológica, violência física, violência institucional, violência sexual e outros).
Traz detalhamentos sobre os diferentes conceitos sobre violência sexual,
 Mitos e verdades,
 Como agir em casos de violência contra crianças e adolescentes,
 Fluxograma da rede de proteção dos direitos das crianças e adolescentes no
Brasil,
 Trechos de leis pertinentes ao assunto e
 Links do programa contra violência contra crianças e adolescentes.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao concluir este trabalho podemos efetivamente compreender a importância do


estágio supervisionando na formação docente, pois o estágio possibilitou redefinir os
saberes, as reflexões sobre a prática e a reconstrução de identidade de cada
membro da equipe pedagógica, sua importância e também o funcionamento
complexo que engloba toda a gestão escolar, assim sendo, obtivemos experiências
que irão favorecer nossas vidas pessoais e profissionais.
A experiência de estágio na formação de professores possibilita a articulação
entre os conhecimentos teóricos desenvolvidos na universidade, com a prática
educativa pensada em uma perspectiva e também representa a aproximação da de
seu campo de atuação. Compreende-se que a articulação teoria e prática precisa
fazer parte do direcionamento dado em todo o processo de formação docente
(AROEIRA, 2014).
Dessa forma, o estágio é o momento em que o discente tem a oportunidade de
analisar a prática docente em sala de aula, e realizar uma reflexão sobre a prática
pedagógica para, realizar mudanças e adequações em sua própria ação pedagógica
(AROEIRA, 2014).
Todavia convém ressaltar, que não é de caráter do aluno-estagiário observar a
pratica docente para criticar e menosprezar o trabalho desenvolvido, mas sim para
aprender e contribuir com o meio que está sendo observado.
Para atuar na Gestão Escolar é necessário ir além do conteúdo de sala de aula,
mas sim se dedicar a uma formação consistente e uma reflexão constante sobre
nossas práticas e cotidiano dos alunos, procurando sempre inovar e considerar a
bagagem já trazida por eles, professores e comunidade, além disso, é necessário
estar sempre abertos a indagações, à curiosidade, às perguntas para utilizar essas
indagações como fomento para a prática educativa e estarmos sempre atualizados,
estudando e pesquisando variados assuntos além da resolução de problemas
diários com a equipe de professores por exemplo ou problemas graves como uso de
drogas.
Nesse sentido, nós futuros professores, somos um elemento fundamental nesse
processo, em que estaremos sempre mediando e construindo a identidade e
despertando os interesses e as capacidades dos professores, alunos e estruturando
e planejamento a estrutura burocrática por trás das salas de aulas e gerenciando
problemas com alunos, professores e familiares.
De uma forma geral percebeu-se que o estágio proporcionou a análise de que a
teoria e prática devem caminhar juntas, possibilitando a reflexibilidade acerca da
profissão docente e na construção da identidade profissional do educador.
Transformar o ambiente educacional não é fácil, porém, é possível. Ao trabalhar
na construção de uma educação continuada, o gestor trará a inovação adequada ao
modo de ensinar. Desse modo, a Gestão Pedagógica é a base estrutural da
instituição de ensino, pois é responsável por gerir a parte educativa ao estabelecer
as diretrizes do ensino, metas a serem atingidas e os conteúdos das grades
curriculares.
Além disso, é função da área pedagógica acompanhar o desempenho estudantil
e dos professores, organizar a proposta pedagógica a ser seguida, treinar o corpo
docente mediante o modelo de educação traçado, motivar o aluno a aprender e
valorizar o corpo docente, incentivando-os a manter a qualidade das aulas. O
trabalho em gestão escolar é árduo porém gratificante.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AROEIRA, K. P. Estágio supervisionado e possibilidades para a formação com


vínculos colaborativos entre a universidade e a escola. In: ALMEIDA, M. I.;
PIMENTA, S. G. (Org.). Estágios supervisionado na formação docente. São Paulo:
Cortez, 2014.

CORREIA, M. C. A Observação Participante enquanto técnica de investigação.


Pensar Enfermagem, 13(2), 30-36, 1999.

LIBANEO, J.C. Organização e Gestão da Escola – Teoria e Prática. 6 ed. Heccus


Editora, 2013.

LIBANEO, J. C. Escola de tempo integral em questão: lugar de acolhimento


social ou de ensino-aprendizagem? In. BARRA, V. Educação: ensino, espaço e
tempo na escola de tempo integral. Goiânia: Cegraf/UFG, 2014.

MIZUKAMI, M. G. N. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986.

PARO, V.H. Gestão Democrática da Escola Pública. 4 ed. Cortez Editora, 2016.

SAVIANI, D. Escola e democracia. 24. ed. São Paulo: Cortez, 1991.


SANTOS, Benedito Rodrigues dos. Guia Escolar: identificação de sinais de
abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. Seropédica, RJ: Edur,
2011.

UNINTER. Manual de Estágio Supervisionado: Docência na Educação Básica.


2019

5. ANEXOS

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